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Adelmo Borges no Colunistas: Camaçari e a mudança de cenário


Adelmo Borges dos Santos

Novos atores


Ao acompanhar os festejos tradicionais da orla de Camaçari, as pessoas perceberam a presença de novos atores na cena política do município participando dos movimentos e cortejos das lavagens. São personagens que passaram a ocupar cargos públicos de notoriedades, após serem testados (ou não) por diversos escalões da administração em condições auxiliares. 


Na gestão anterior esses cargos foram na maioria ocupados por pessoas alheias à comunidade camaçariense, ficando os destaques para os que conseguiram um espaço no legislativo. Dentre eles, o Vereador Dudu do Povo, Ivandel, Mar de Areia, Jamesson, Herbinho, Dr. Samuka, Deni de Isqueiro.


No período da intervenção militar, vem ao palco o interventor Humberto Ellery que encaminhou a ascensão de Eudoro Tude e Luiz Caetano. 


Tude ocupou o passo municipal por dois mandatos e Caetano iniciou o quarto. Ambos se tornaram prefeito e comandaram a política local por 40 anos. Tude promove para a linha de comando os colaboradores Raimundo Brumett, Helder Almeida, Vital Sampaio, Cibiê, Maria Del Carmen, Waldir Freitas, Matos, João da Galinha etc. 


Caetano conduz para o cenário político local Téo Ribeiro, José Marcelino, Cleber Alves, Carlos Silveira, Bira Coroa, Paulinho do Som, Vital Vasconcelos, Luiza Maia, Everaldo Maia etc.


Estudiosos e formadores de opinião relatam que a presença de Tude e Caetano, assim como seus sucessores Helder Almeida e Ademar Delgado não foram suficientes para alterar o vetor de crescimento do município, uma vez que os mesmos problemas dos últimos 50 anos estão presentes atualmente. 


O crescimento populacional de Camaçari, no período, foi em média 0,8%, segundo o IBGE. No entanto a população ainda sente as dificuldades frente a um serviço de saúde e de educação ineficiente, dificuldade na mobilidade urbana sem um sistema e transporte público definido, deficiência na oferta de moradias, poucas áreas de lazer, falta de fornecimento de saneamento básico em 31% das localidades inclusive esgotamento sanitário, falta de políticas públicas que possa promover a assistência as pessoas carentes e uma política de emprego e renda para a população. Há 41 anos, o vereador João Machado foi à tribuna reclamar sobre os esgotos a céu aberto que jorravam na Gleba B e C. Cedendo aparte o vereador Ninho adicionou a reclamação para os mesmos problemas em Vilas de Abrantes, assim como a constante falta de fornecimento de água potável.


No início da gestão Caetano 04, as ruas foram ocupadas com a presença de novos atores. A vice-prefeita Déa Santos, Ivoneide Caetano (Dep. Federal) Elci Freitas (Cultura), Ednalva (Governo), Fabiana Montenegro (Administração), Marcio (Educação), Gabriela Mendes (Saúde), Dulce Nazaré (ISSM), Edmilson (STT) e dos vereadores Tagner, Kaique Aras, Neidinha, Sales, Vagner Bispo e Prof. João Dão.  Alguns já traquejados no contato com o público, outros por natureza ou habilitação vão contornando as dificuldades, naturais nos primeiros movimentos. O fato é que, dessa nova safra poderá aparecer novos talentos políticos para adicionar a uma prática técnico administrativa que os levaram ao quadro atual.


A importância da aparição desses novos “aprendizes de feiticeiro” quando a política local passa por mudanças radicais em suas práticas em função do desenvolvimento tecnológico, inteligência artificial – IA, popularidade das redes sociais e a independência dos meios de comunicação tradicionais. Mais ainda, por já apontar sinais de acomodação das contribuições concentradas nos principais líderes dos últimos 40 anos, Luiz Caetano (progressistas) e Eudoro Tude (conservador). Dessa nova safra alguns sobreviverão outros perderão a oportunidade, como ocorrera com os que tiveram a oportunidade e atualmente não figuram entre os destaques.


A ocorrência não deixa de ser um arejamento na tradicional prática política, global/nacional/local, que tem provocado inquietações a partir de um confronto de interesses econômicos que passa por tradução de afirmações ideológica (extrema direita x esquerda), provocado inquietações aos mercados e por consequência aos consumidores a partir da oscilação da moeda de referência (dólar), altas taxas de juros causando restrição do crédito e aguçamento do processo inflacionário.


Que DEUS e os Orixás nos protejam


Adelmo Borges dos Santos  adelmook@gmail.com


Opiniões e conceitos expressos nos artigos são de responsabilidade do autor

01/02/2025

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