Quebrando o silêncio
Tenho refletido em silêncio a continuidade ou não das minhas falas, dos meus posicionamentos, das minhas ações e reações. Como o silêncio é inimigo da verdade, entendi que este é o momento de ronpê-lo. Até porque sempre fiz a minha voz ressoar. Não para criar contendas ou dissensões, mas para harmonizar o que nada deveria romper as nossas relações afetivas criadas ao longo de uma vida na alegria ou na dor da luta cotidiana por dignidade, equidade, justiça, igualdade e direito.
Foi assim que pensei: somos todos suscetíveis a acreditar naquilo que nos convém ou que é de interesse público pela fé, pela inocência ou pela esperança de “salvadores” da pátria. Estes, enganadores da boa fé, da necessidade do pão material e espiritual. Somos todos caminhantes de uma esperança frágil ou de fé batalhadora.
Só não somos juízes do pensamento ou da convicção alheia. Só não podemos ser defensores de corruptos de quaisquer natureza ideológica ou partidária, por entendermos que somente o meu lado é que está certo ou que o outro lado sempre foi e é diferente de tudo que vemos na realidade.
Ademais, é mister que se faça o equilíbrio, o ponderamento, de forma que tenhamos o direito de nos posicionar sem sofrermos o juízo de valor, mediante e apenas aquilo que eu ou você acredita.
O debate das ideias é pertinente e eu sou defensora. É assim que crescemos e permitimos ao outro a reflexão e, conscientes do justo caminho da verdade, refaçamos nossos passos, realinhemos o nosso pensar e a nossa posição, para trabalharmos pela coletividade. Não apenas para o nosso grupo, não apenas para nós mesmos.
Maria Luiza D’Errico Nieto maluderrico@gmail.com é camaçariense, educadora por vocação, poeta, escritora amadora e funcionária pública
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31/10/2024