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Começa o julgamento dos assassinos da vereadora Marielle


Começa nesta quarta-feira (30), o julgamento dos acusados pelos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gome, o ex-sargentos da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Ronnie Lessa e Élcio de Queiróz. Marielle então vereadora pelo PSOL do Rio de Janeiro, foi assassinada no bairro do Estácio, no Rio de Janeiro, na noite de 14 de março de 2018. Também foi morto o motorista. O veículo em que estava foi alvejado com vários disparos  que  deixou uma assessora ferida.


Os réus respondem pelo crime de duplo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emboscada e dificuldade em garantir a defesa da vítima), além da tentativa de homicídio contra Fernanda Chaves, única sobrevivente do atentado.


Os réus serão ouvidos por videochamada. Atualmente, Ronnie Lessa está preso no Complexo Penitenciário de Tremembé, em São Paulo; e Élcio Queiroz, está detido no Complexo da Papuda, em Brasília. O julgamento, que tem como base o 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, reúne documentos que somam 13.680 folhas em 68 volumes e 58 anexos.


Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), autor da ação, os jurados estarão incomunicáveis e dormirão nas dependências restritas do Tribunal de Justiça do Rio durante todo o período do processo. O júri popular é composto pelo presidente do júri (Juiz de direito) e mais um grupo de jurados (cidadãos sem antecedentes criminais e que não possuem graduação em direito, sorteados para estar no dia do julgamento). Deste grupo, sete integrantes compõem o conselho de sentença que irá definir a responsabilidade do acusado pelo crime.


Entre os depoentes, a única sobrevivente do atentado, a jornalista e assessora de Marielle, Fernanda Chaves, que acompanhava a vereadora e o motorista, além de familiares das vítimas e dois policiais civis.


Acusados Ronnie Lessa é um ex-sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro acusado de ser o executor do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. Está preso desde 2019. Em 2023, ele foi expulso da corporação em decorrência do seu envolvimento no crime e, em 2024, o ex-militar firmou um acordo de delação premiada no inquérito que investigou a morte da vereadora.


Élcio de Queiroz é um ex-sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro acusado de ser o cúmplice de Ronnie Lessa na execução que resultou no assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. Era o motorista do carro usado para perseguir e matar a vereadora. O ex-militar foi expulso da corporação em 2015, antes dos eventos pelo qual será julgado. Preso desde 2019, Queiroz aceitou um acordo de delação premiada em 2024 e nele confirmou que os tiros que alvejaram a vereadora e o motorista foram disparados por Ronnie Lessa.

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