A portaria que normatiza a realização de transplantes no país será revisada pelo Ministério da Saúde. Mudança, anunciada pela ministra da pasta, Nísia Trindade, vem depois da infecção pelo HIV em pacientes transplantados, no Rio de Janeiro.
Segundo Nísia, apesar de a portaria ser considerada clara, a proposta do Ministério da Saúde é aprimorar os procedimentos de doação. A ministra destacou, mais uma vez, que haverá uma investigação aprofundada sobre as infecções no Rio de Janeiro, tanto que o episódio está a cargo da Polícia Federal (PF). Ela ressaltou que os transplantes no Brasil passam por normas técnicas reconhecidas internacionalmente e que os procedimentos são seguros.
O Brasil realizou entre janeiro e junho deste ano, 14.352 mil transplantes pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país. O número já é maior que o do ano passado (2023), quando foram registrados 13,9 mil durante o mesmo período. Os órgãos mais doados foram os rins, fígado, coração, pâncreas e pulmão, além da córnea e medula óssea.
No total, 4.580 órgãos, além de 8.260 córneas e 1.512 medulas ósseas (classificadas como tecidos) foram doados nos primeiros seis meses de 2024. O aumento em relação a 2023 foi de 3,2%. Se considerarmos apenas os transplantes de órgãos sólidos, o crescimento foi de 4,2% neste primeiro semestre do ano.