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Lições  O alcaide de Camaçari, Antonio Elinaldo (Democratas), coleciona mais uma derrota e consequente desgaste político com o equivocado projeto de requalificação da praça da Matriz, em Vila de Abrantes. Depois de insistir no erro ao prosseguir com uma obra descompromissada e longe do mínimo que o bom senso exige, o demista teve que recuar e mandar demolir parte dos quiosques construídos na praça.  Agora dá outro passo atrás com a paralisação total dos trabalhos.  


Lições 2 Ao acatar a recomendação de suspensão dos serviços em importante espaço localizado em sítio histórico do século XVI. (Confira), feita pelo Ministério Público Estadual (MPE), a gestão não apenas atesta seu descuido com a história da cidade que tem como missão constitucional preservar. Comete outro crime, não menos grave, que é o de queimar dinheiro público, construindo e depois demolindo.


Lições 3 Cabe agora ao MPE e à Corporação Andina de Fomento (CAF), banco internacional  financiadora dessa e de outras obras no município, realizar as devidas inspeções, mudanças no projeto, avaliação dos prejuízos e as medidas necessárias para a responsabilização dos responsáveis.


Lições 4 A prefeitura de Camaçari precisa esclarecer para a população e para a imprensa se houve ou não modificação dos trabalhos depois do financiamento aprovado pela CAF. Recuo com parada e redesenho do projeto da praça da Matriz, seu cronograma de obras e, provavelmente, seus custos, não é um bom sinal para quem pleiteia rediscutir o pacote de projetos aprovados e assegurados por empréstimo a entidade de fomento também, conhecida como Banco de Desenvolvimento da América Latina.


Lições 5 Como vem informando em várias notas distribuídas para a imprensa, a prefeitura de Camaçari defende a redefinição de alguns projetos já aprovados  pela CAF para que essa conta permita a inclusão do financiamento da construção do hospital municipal, orçado em cerca de R$ 70 milhões.


Lições 6 Contrato de empréstimo com a CAF, no valor de USD 80 milhões, algo em torno de R$ 400 milhões, na atual cotação do dólar, foi assinado em junho de 2019. O financiamento, que integra o programa  “Cidades com Futuro” da CAF, tem entre as obras, a duplicação do viaduto do Trabalhador, o trevo da Cascalheira, a recuperação da antiga estação de trens, o horto florestal,  serviços de infraestrutura urbana, recuperação de escolas, e outras melhorias.


Lições 7  Distante desse processo, quando deveria ser uma das protagonistas desse debate, a Câmara de Vereadores e Camaçari precisa retomar sua missão constitucional de fiscalizadora. Eleita em 2020 com renovação de 50%, casa legislativa, independente da coloração política dos seus 21 integrantes, sinaliza os mesmos moldes da velha política. Permanecer alheia a questões como a grita sobre as obras na praça da Matriz, só para ficar nesse exemplo, empurra o Legislativo para a fogueira do descompromisso com sua história, e com o dinheiro do contribuinte.


Guarda-chuva A criação de uma associação de ex-prefeitos baianos não é consenso entre os ex-alcaides de Camaçari. Estrutura que deve reunir mais de uma centena de antigos gestores, conta com o apoio de 3 dos 5 ex-comandantes do município nos últimos 40 anos. Lista dos apoiadores da entidade tem Humberto Ellery, (1975/1985 e 1993/1996), atualmente filiado ao Cidadania; o petista Luiz Caetano (1986/1988 e 2005/2012); e o  ex-PT e hoje sem partido, Ademar Delgado (2013/2016). Contrário, aparece apenas o demista Helder Almeida (2002/2004). Outro filiado ao Democratas, o ex-alcaide José Tude (1989/1992 e 1997/2002) não respondeu até o fechamento da Coluna.  


Guarda-chuva 2 Ainda embrionária, entidade  com similares em Santa Catarina e Mato Grosso, vai precisar avançar com uma agenda onde o debate sobre cidades, futuro e governança superem a pura e simples organização de uma estrutura capaz apenas de defender ex-prefeitos das condenações e demandas jurídicas patrocinadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).


Mudo  O conselho municipal de meio ambiente (COMAM) continua esperando uma explicação do vereador Gilvan Souza (PSDB), sobre seu projeto de lei que mexe na atual legislação ambiental. Sem informar onde foi gestada, proposta criticada pelo COMAM (Confira) que sequer foi apresentada, ainda que informalmente, aos vereadores da comissão de meio ambiente, é um verdadeiro cheque em branco, dizem.


Mudo 2 Ambientalistas também estranham a desenvoltura de um vereador sem histórico de luta e participação nas discussões referentes ao planejamento urbano, sair apadrinhando uma proposição tão complexa e que exige um debate amplo.  


Maré As obras de contenção na praia de Busca Vida estão longe de um desfecho favorável para o condomínio responsável pelos serviços, que ambientalistas e vereadores consideram uma agressão ao meio ambiente, com reflexos diretos num dos pontos de desova de tartarugas marinhas do litoral norte da Bahia


Maré 2 Apesar da boa vontade da prefeitura de Camaçari, e do inegável poder de mobilização do Porto Busca Vida Resort, continuidade das obras orçadas em cerca de R$ 3 milhões e totalmente bancadas pelos quase 190 privilegiados moradores do exclusivíssimo condomínio, segundo apurou a Coluna, não vai encontrar ´maré mansa`.


Maré 3 Especialista consultado pelo Camaçarico lembra que em novembro do ano passado o Ibama embargou obra parecida na Praia do Forte, município vizinho de Mata de São João, outro ponto de reprodução da espécie marinha. A resolução do conselho nacional do meio ambiente (CONAMA), que regulamenta o licenciamento ambiental em praias onde ocorre a desova de tartarugas marinhas, diz de forma clara que o Ibama precisa ser consultado antes do início de qualquer serviço. Obra também exige consulta à secretaria de patrimônio da união (SPU) e Marinha. Impacto não prejudica apenas as tartarugas. A construção de uma contenção numa área próxima à foz de um rio, no caso o Joanes, é outro complicador com reflexos na corrente da maré, diz.


Equilíbrio Camaçari caminha para ganhar uma base da Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (COPPA). Pedido de instalação de um sistema de vigilância do meio ambiente, em especial na orla de Camaçari, território dos especuladores e invasores de áreas de proteção ambiental, é luta antiga dos ambientalistas, como mostram relatos e documentos de ambientalistas. Um desses registros é a ata de reunião realizada em outubro 2009, entre a comunidade da orla e representantes da secretaria de meio ambiente do estado (Sema).


Equilíbrio 2 Depois de definir, no começo de julho, sobre a instalação da unidade, a Polícia Militar espera a contrapartida do município. Para fechar esse ecossistema de proteção, a PM cede os policiais e parte dos equipamentos, enquanto os ambientalistas entram com a boa vontade e a capacidade de fiscalização. Nesse tripé falta apenas a prefeitura de Camaçari ceder uma área e viabilizar a instalação da unidade. O local ainda não foi definido, mas a região de Abrantes, constantemente agredidas pelas caçambas de extração de areia, é um dos pontos preferidos.


Descuido Conhecida mundialmente pela sua aldeia hippie e suas belas praias, Arembepe anda irreconhecível e precisando do olhar comprometido da prefeitura de Camaçari. Uma dessas marcas é o trecho do calçadão da praça das Amendoeiras, que dá acesso à praia do Porto, e a própria beira mar, transformados em depósito de velhas embarcações, tralhas e equipamentos como mesas e cadeiras.


Descuido 2 Independente de verão ou inverno, famoso point precisa de atenção especial.  O ordenamento não beneficia apenas com a comunidade. É preciso ir além e entender a importância de Arembepe para o turismo de Camaçari e da Bahia. 


Calibre Camaçari fecha julho com mais assassinatos que o mesmo mês de 2020. De acordo com o boletim da secretaria de segurança pública (SSP-BA) foram registradas 14 mortes violentas, 3 a mais que julho do ano passado. Já na conta dos 7 primeiros meses do ano, a SSP registra uma  redução de 8 assassinatos na comparação com os 133 somados entre janeiro e julho de 2020.


João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor


2/8/2021 Fechamento às 18h


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Lições  O alcaide de Camaçari, Antonio Elinaldo (Democratas), coleciona mais uma derrota e consequente desgaste político com o equivocado projeto de requalificação da praça da Matriz, em Vila de Abrantes. Depois de insistir no erro ao prosseguir com uma obra descompromissada e longe do mínimo que o bom senso exige, o demista teve que recuar e mandar demolir parte dos quiosques construídos na praça.  Agora dá outro passo atrás com a paralisação total dos trabalhos.  


Lições 2 Ao acatar a recomendação de suspensão dos serviços em importante espaço localizado em sítio histórico do século XVI. (Confira), feita pelo Ministério Público Estadual (MPE), a gestão não apenas atesta seu descuido com a história da cidade que tem como missão constitucional preservar. Comete outro crime, não menos grave, que é o de queimar dinheiro público, construindo e depois demolindo.


Lições 3 Cabe agora ao MPE e à Corporação Andina de Fomento (CAF), banco internacional  financiadora dessa e de outras obras no município, realizar as devidas inspeções, mudanças no projeto, avaliação dos prejuízos e as medidas necessárias para a responsabilização dos responsáveis.


Lições 4 A prefeitura de Camaçari precisa esclarecer para a população e para a imprensa se houve ou não modificação dos trabalhos depois do financiamento aprovado pela CAF. Recuo com parada e redesenho do projeto da praça da Matriz, seu cronograma de obras e, provavelmente, seus custos, não é um bom sinal para quem pleiteia rediscutir o pacote de projetos aprovados e assegurados por empréstimo a entidade de fomento também, conhecida como Banco de Desenvolvimento da América Latina.


Lições 5 Como vem informando em várias notas distribuídas para a imprensa, a prefeitura de Camaçari defende a redefinição de alguns projetos já aprovados  pela CAF para que essa conta permita a inclusão do financiamento da construção do hospital municipal, orçado em cerca de R$ 70 milhões.


Lições 6 Contrato de empréstimo com a CAF, no valor de USD 80 milhões, algo em torno de R$ 400 milhões, na atual cotação do dólar, foi assinado em junho de 2019. O financiamento, que integra o programa  “Cidades com Futuro” da CAF, tem entre as obras, a duplicação do viaduto do Trabalhador, o trevo da Cascalheira, a recuperação da antiga estação de trens, o horto florestal,  serviços de infraestrutura urbana, recuperação de escolas, e outras melhorias.


Lições 7  Distante desse processo, quando deveria ser uma das protagonistas desse debate, a Câmara de Vereadores de Camaçari precisa retomar sua missão constitucional de fiscalizadora. Eleita em 2020 com renovação de 50%, casa legislativa, independente da coloração política dos seus 21 integrantes, sinaliza os mesmos moldes da velha política. Permanecer alheia a questões como a grita sobre as obras na praça da Matriz, só para ficar nesse exemplo, empurra o Legislativo para a fogueira do descompromisso com sua história, e com o dinheiro do contribuinte.


Guarda-chuva A criação de uma associação de ex-prefeitos baianos não é consenso entre os ex-alcaides de Camaçari. Estrutura que deve reunir mais de uma centena de antigos gestores, conta com o apoio de 3 dos 5 ex-comandantes do município nos últimos 40 anos. Lista dos apoiadores da entidade tem Humberto Ellery, (1975/1985 e 1993/1996), atualmente filiado ao Cidadania; o petista Luiz Caetano (1986/1988 e 2005/2012); e o  ex-PT e hoje sem partido, Ademar Delgado (2013/2016). Contrário, aparece apenas o demista Helder Almeida (2002/2004). Outro filiado ao Democratas, o ex-alcaide José Tude (1989/1992 e 1997/2002) não respondeu até o fechamento da Coluna.  


Guarda-chuva 2 Ainda embrionária, entidade  com similares em Santa Catarina e Mato Grosso, vai precisar avançar com uma agenda onde o debate sobre cidades, futuro e governança superem a pura e simples organização de uma estrutura capaz apenas de defender ex-prefeitos das condenações e demandas jurídicas patrocinadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).


Mudo  O conselho municipal de meio ambiente (COMAM) continua esperando uma explicação do vereador Gilvan Souza (PSDB), sobre seu projeto de lei que mexe na atual legislação ambiental. Sem informar onde foi gestada, proposta criticada pelo COMAM (Confira) que sequer foi apresentada, ainda que informalmente, aos vereadores da comissão de meio ambiente, é um verdadeiro cheque em branco, dizem.


Mudo 2 Ambientalistas também estranham a desenvoltura de um vereador sem histórico de luta e participação nas discussões referentes ao planejamento urbano, sair apadrinhando uma proposição tão complexa e que exige um debate amplo.  


Maré As obras de contenção na praia de Busca Vida estão longe de um desfecho favorável para o condomínio responsável pelos serviços, que ambientalistas e vereadores consideram uma agressão ao meio ambiente, com reflexos diretos num dos pontos de desova de tartarugas marinhas do litoral norte da Bahia


Maré 2 Apesar da boa vontade da prefeitura de Camaçari, e do inegável poder de mobilização do Porto Busca Vida Resort, continuidade das obras orçadas em cerca de R$ 3 milhões e totalmente bancadas pelos quase 190 privilegiados moradores do exclusivíssimo condomínio, segundo apurou a Coluna, não vai encontrar ´maré mansa`.


Maré 3 Especialista consultado pelo Camaçarico lembra que em novembro do ano passado o Ibama embargou obra parecida na Praia do Forte, município vizinho de Mata de São João, outro ponto de reprodução da espécie marinha. A resolução do conselho nacional do meio ambiente (CONAMA), que regulamenta o licenciamento ambiental em praias onde ocorre a desova de tartarugas marinhas, diz de forma clara que o Ibama precisa ser consultado antes do início de qualquer serviço. Obra também exige consulta à secretaria de patrimônio da união (SPU) e Marinha. Impacto não prejudica apenas as tartarugas. A construção de uma contenção numa área próxima à foz de um rio, no caso o Joanes, é outro complicador com reflexos na corrente da maré, diz.


Equilíbrio Camaçari caminha para ganhar uma base da Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (COPPA). Pedido de instalação de um sistema de vigilância do meio ambiente, em especial na orla de Camaçari, território dos especuladores e invasores de áreas de proteção ambiental, é luta antiga dos ambientalistas, como mostram relatos e documentos de ambientalistas. Um desses registros é a ata de reunião realizada em outubro 2009, entre a comunidade da orla e representantes da secretaria de meio ambiente do estado (Sema).


Equilíbrio 2 Depois de definir, no começo de julho, sobre a instalação da unidade, a Polícia Militar espera a contrapartida do município. Para fechar esse ecossistema de proteção, a PM cede os policiais e parte dos equipamentos, enquanto os ambientalistas entram com a boa vontade e a capacidade de fiscalização. Nesse tripé falta apenas a prefeitura de Camaçari ceder uma área e viabilizar a instalação da unidade. O local ainda não foi definido, mas a região de Abrantes, constantemente agredidas pelas caçambas de extração de areia, é um dos pontos preferidos.


Descuido Conhecida mundialmente pela sua aldeia hippie e suas belas praias, Arembepe anda irreconhecível e precisando do olhar comprometido da prefeitura de Camaçari. Uma dessas marcas é o trecho do calçadão da praça das Amendoeiras, que dá acesso à praia do Porto, e a própria beira mar, transformados em depósito de velhas embarcações, tralhas e equipamentos como mesas e cadeiras.


Descuido 2 Independente de verão ou inverno, famoso point precisa de atenção especial.  O ordenamento não beneficia apenas com a comunidade. É preciso ir além e entender a importância de Arembepe para o turismo de Camaçari e da Bahia. 


Calibre Camaçari fecha julho com mais assassinatos que o mesmo mês de 2020. De acordo com o boletim da secretaria de segurança pública (SSP-BA) foram registradas 14 mortes violentas, 3 a mais que julho do ano passado. Já na conta dos 7 primeiros meses do ano, a SSP registra uma  redução de 8 assassinatos na comparação com os 133 somados entre janeiro e julho de 2020.


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Prumo A decisão do alcaide de Camaçari, Antonio Elinaldo (Democratas) de mandar demolir parte dos quiosques em construção na histórica praça da Matriz, em Vila de Abrantes, como mostrou o Camaçari Agora (Confira), não fica apenas no ´faz e desfaz`, comum na gestão pública. Movimento tardio do gestor, apesar dos alertas da comunidade, dos historiadores e da imprensa, desde maio, quando as obras estavam em fase inicial, deixa lições mais profundas. Descuido  avança e empurra  Antonio Elinaldo (Democratas) para o colo da Lei que pune o gestor que gasta sem planejamento e exibe pouco cuidado o dinheiro público.


Prumo 2 No caso dos quiosques da praça de Vila de Abrantes, os custos do prejú com construção e demolição, mesmo considerados baixos para os padrões da rica Camaçari, cerca de R$ 30 mil, segundo cálculos feitos por engenheiro consultado pela Coluna, representam recursos do contribuinte que foram queimados. Esse dinheiro, que vai virar escombros, daria para manter durante um mês uma unidade de saúde da família (USF), só para citar um exemplo.


Prumo 3 Decisão de demolir, que a prefeitura não explica de forma transparente, acontece coincidentemente depois dos questionamentos do Camaçari Agora e do Coluna Camaçarico sobre as diferenças no projeto apresentado em novembro e o atual em execução. Provocada, a Corporação Andina de Fomento (CAF), também conhecida como Banco de Desenvolvimento da América Latina, financiadora da obra de R$ 2,5 milhões, não respondeu alegando que essas dúvidas deveriam ser tiradas pela prefeitura de Camaçari.


Prumo 4 Imbróglio  ficou ainda maior com a declaração do alcaide. Em nota da prefeitura distribuída para a imprensa na segunda-feira (26), o prefeito declara: “Estive acompanhando de longe toda essa discussão para ver realmente o sentimento das pessoas e o que a grande massa de Vila de Abrantes queria. Por isso, nós iremos remover a estrutura para atender o pedido da maioria dos moradores que desejam isso. Quem manda e quem decide é a maioria da população”. Já na sua página do Instagram, a expressão “Estive acompanhando de longe toda essa discussão” foi suprimida. No lugar entrou o ameno e menos denunciador sobre sua distância de tão importante debate o “Acompanhei toda a discussão”. O alcaide, mais que ninguém, sabe que o povo não teve acesso à obra, fechada por tapumes, muito menos discutiu o projeto, para opinar sobre a demolição dos quiosques. 


Prumo 5 Mas, o ´faz, desfaz e refaz`, pilotado pela doutora Joselene Cardim, titular e toda poderosa da secretaria de infraestrutura (Seinfra), tem precedentes muito maiores e com prejuízos que  dariam, não para manter um posto da USF por 30 dias, mas construir algumas unidades, sejam de saúde, escolares, ou qualquer outra estrutura necessária para a atendimento da população.


Prumo 6 O Camaçarico tem mostrado nos últimos anos esse festival de descuidos. Dois exemplos são simbólicos: as obras na avenida Jorge Amado, e a duplicação do viaduto de acesso à sede pela BA-535 (Via Parafuso). Sinal amarelo, segundo apurou a Coluna, já aparece nas obras do rio Camaçari. O alerta foi dado pelo ministério do desenvolvimento regional (MDR). Obra de urbanização e saneamento integrado da bacia do rio Camaçari tem valor total de pouco mais de R$ 86 milhões.


Prumo 7 Na Jorge Amado, principal entrada da cidade, os custos saltaram em cerca de 50%. Como mostrou o Camaçarico em várias edições, descuido pode ser conferido de forma resumida na edição da Coluna de 8 de outubro (Confira).


Prumo 8 A duplicação do viaduto do trabalhador é outro exemplo. Orçada em R$ 13,4 milhões, obra de construção da segunda pista sobre a Via Parafuso foi iniciada em outubro de 2019, com prazo de entrega no mês de abril do ano seguinte. Como mostrou a Coluna (Confira) em junho do ano passado, portanto 2 meses depois do prazo previsto para a inauguração, os serviços pararam de vez com a desistência da construtora. Mais uma vez o troca-troca representou custo adicional, na época estimado em 30% do valor original da obra. Como em todas as obras do município, a Seinfra mais uma vez não informou os novos valores. Com a inauguração, prevista para os próximos dias, a expectativa é de que o número finalmente seja revelado. 


Balança O movimento da OAB-Camaçari, sobre a polêmica de Busca Vida deixou mais dúvidas que certezas. De acordo com ambientalistas e gente envolvida na luta contra a privatização das praias, ouvidos pela Coluna, o que deveria ser uma ação mais firme contra a obra de contenção nas areias da famosa praia, e os seus riscos para o prosseguimento do ciclo de vida das tartarugas marinhas, que tem no local um dos pontos de desova da costa brasileira, mostrou uma OAB mais para reticente. 


Balança 2  Garantem que a nota da entidade, divulgada pelo Camaçari Agora (Confira), não sinalizou avanço esperado e que a luta exige. Sem definir ou anunciar qualquer instrumento legal para barrar a obra na praia mais exclusiva e ´AAA` da costa de Camaçari, documento cita "possíveis efeitos nefastos da instalação das barreiras de contenção”.


Balança 3  Documento diz ainda que a OAB-Camaçari, através da sua comissão de meio ambiente, mobilidade urbana e direito urbanístico,  está se cercando de "todos os instrumentos legais, documentos, análises técnicas, vistorias e laudos, juntamente com órgãos, profissionais da área e entidades representativas, com vistas à análise e providências cabíveis".  


Fumaça A secretaria de cultura de Camaçari (Secut) prepara o projeto de tombamento da aldeia hippie, point conhecido mundialmente e grande polo de atração e divulgação da famosa região do litoral de Camaçari. O tombamento tem um porém. Com a decretação da aldeia como zona protegida contra modificações e destruições sem autorização, será necessária a implantação do projeto de requalificação do espaço.


Fumaça 2 Pronto e engavetado pelo atual governo municipal desde 2018, projeto tem até livro lançado contando um pouco da história da aldeia underground dos anos 1970. Assinado pelo arquiteto, artista visual e designer Gringo Cardia, responsável pela repaginação da Casa de Jorge Amaro, do museu do carnaval e da casa da música, todos em Salvador, projeto tem custo estimado em cerca de R$ 30 milhões. Dinheiro que parece grande, na verdade garante saneamento básico e demais obras de infraestrutura para a aldeia e região, instalação de equipamentos, inclusão de  um acervo de obras de arte, e total apoio à comunidade. Projeto  seguramente coloca Arembepe no mapa mundial do turismo.


Fumaça 3  Exibindo pouca vontade política para viabilizar o projeto da aldeia hippie, Camaçari segue no mesmo caminho com a proposta de proteção da igreja do Espírito Santo, tombada recentemente, mas sem perspectiva de recuperação do seu importante patrimônio do século XVI. Precisa de restauro, mas não existe dinheiro. O empresariado da região, capitaneado pelo Cofic, pode ser um excelente parceiro na aposta de tão importante projeto de resgate da memória de Camaçari, da Bahia e do Brasil. 


João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor 


28/7/2021 Fechamento às 17h12


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Dúvidas O festival de descuidos da gestão de Camaçari com o patrimônio histórico e a memória da cidade ganha mais um capítulo. A mais nova dúvida é sobre o processo de tombamento da Igreja do Espírito Santo, aprovado em 24 de maio, pelo conselho de cultura do município, e confirmado em decreto assinado pelo alcaide Antonio Elinaldo (Democratas) na úlima quinta-feira (15).


Dúvidas 2  Decreto chama a atenção de especialistas a ausência de definição da área no entorno da igreja a ser preservada. De acordo com o decreto publicado no Diário Oficial do Município, esse tamanho será estabelecido pelo “ Plano de Salvaguarda, onde será traçada uma poligonal delimitando esta área de proteção, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano Municipal, de acordo com a legislação vigente”.  Com essa carta na manga, a gestão do alcaide Antonio Elinaldo, que só tem exibido movimentos contrários à preservação do patrimônio histórico de Camaçari, ganha poderes para reduzir ainda mais a área de proteção e de entorno da igreja.


Dúvidas 3 Ainda segundo fontes ouvidas pela Coluna, que aprovaram e consideraram bem feito e detalhado o estudo que resultou no tombamento da igreja, pela museóloga Katia Cunha Melo, essa área de abrangência deveria ter sido definida pela prefeitura, no caso a secretaria de cultura (Secult), responsável pelo projeto, ainda durante o processo de tombamento. Como mostrou o Camaçarico de 20 de maio (Confira), o próprio projeto de tombamento municipal destaca a importância do entorno da igreja.


Dúvidas 4 Cabe agora ao bispo da Diocese de Camaçari, Dom Petrini, ampliar esse debate, sem apagar na sua agenda a questão da praça do Divino. Um desses pontos que preocupam a Paróquia de Abrantes, segundo apurou a Coluna, é a área lateral da igreja, usada pra alojar pontos de vendas de comidas e bebidas. Além da demora comprometer ainda mais a paisagem, religioso viaja em agosto para Roma, onde deve definir seu futuro e ser informado sobre o sucessor do seu posto na Diocese de Camaçari.


Dúvidas 5 A mais nova interrogação nesse histórico retângulo, que tem uma das 10 mais antigas igrejas do Brasil como referência, é sobre o projeto em execução. O Camaçari Agora continua esperando as respostas ao pedido de informações feitas à Corporação Andina de Fomento (CAF), sobre as obras de requalificação na praça da Matriz, em Vila de Abrantes. E-mail enviado na terça-feira (13), ao diretor representante da CAF no Brasil, Jaime Holguin, pede esclarecimentos sobre o projeto em execução, reconhecido por especialistas como uma agressão ao conjunto histórico do local.


Dúvidas 6 A indagação é se o projeto em andamento, com a construção de quiosques e elementos totalmente em desacordo com o projeto apresentado em novembro e mostrado na última edição da Coluna (Confira), foi autorizado pela CAF. Pedido, reforçado em nova correspondência, nesta segunda-feira (19), busca esclarecer se o projeto foi alterado pela prefeitura de Camaçari, sem o consentimento da CAF, ou recebeu o aval da entidade de fomento, também conhecida como Banco de Desenvolvimento da América Latina.


Dúvidas 7 Nessa lista merece destaque a atuação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-Bahia), que avalia desde o início da semana passada um mandado de segurança pedindo a suspensão das obras de requalificação da praça. Documento, enviado à presidência estadual do colegiado, pela OAB-Camaçari, começa a ganhar tons de envelhecimento se somados às duas semanas que o pedido tramitou em Camaçari até ser finalmente enviado para aprecisão e aprovação da OAB estadual, responsável pela  apresentação desse tipo de ação.


Certezas Por falar em meio ambiente, preservação e compromisso com a coisa pública, a prefeitura de Camaçari, através de sua pasta do desenvolvimento urbano e meio ambiente (Sedur) continua dando uma de ´joão-sem-braço`, e não esclarece as dúvidas levantadas pelo Camaçari Agora (Confira), sobre as obras de contenção na praia de Busca Vida. Em nota distribuída pela prefeitura, sexta-feira (12), o município atesta os serviços realizados pelo condomínio, mas não dá detalhes sobre o tamanho da obra, prazos, muito menos se manifesta sobre as denúncias dos ambientalistas, preocupados com a obra e  o consequente comprometimento do movimento de desova, reprodução e volta para o mar das tartarugas naquele ponto da costa do município.


Lembrança Se depender o deputado estadual Niltinho Junior (PP), o empresário camaçariense Bruno Lima, uma das mais de 600 vítimas fatais da Covid-19 no município, será homenageado com o nome de uma escola. Segundo apurou a Coluna, um Projeto de Lei será apresentado na Assembleia Legislativa, propondo a troca da unidade escolar de Arembepe pelo nome do jovem nativo.


Lembrança 2 Sem entrar no mérito da homenagem, não vai ser fácil promover a mudança. A única escola estadual na localidade é a Nadir Copque, nome dado a educadora que lecionou na região durante muitos anos. As demais escolas, as municipais Lídia Coelho, Giltônia Pereira e Aluno Mirim não podem ter seus nomes trocados por decisão da Assembleia Legislativa. 


João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor


19/7/2021 Fechamento às 17h55


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Corrente Depois de quase dois meses de espera, o Ministério Público Estadual (MPE) finalmente decidiu ´recomendar` em ´caráter de urgência` a paralisação das obras de requalificação da praça do Divino, em Vila de Abrantes. Tocada pela prefeitura de Camaçari, obra realizada num espaço que forma um conjunto histórico que tem a centenária igreja de Espírito Santo como elemento principal, vem sendo criticada por historiadores, comunidade, Conselho Municipal de Meio Ambiente de Camaçari (COMAN),  Igreja Católica, e pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), através da subseção Camaçari, que inclusive prepara ação na Justiça pedindo a suspensão do projeto de requalificação.


Corrente 2 De acordo com o documento assinado pelo promotor Luciano Pita, com data de segunda-feira (12), o MP também defende que o projeto seja reanalisado pelo núcleo de defesa do patrimônio do MPE e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). 


Corrente 3 Segundo apurou a Coluna, a prefeitura ainda não respondeu ao MP. Mesmo consciente do equívoco, a gestão do alcaide Antonio Elinaldo (Democratas) deve ganhar tempo consultando a secretaria de infraestrutura (Seinfra), responsável pela obra, e a pasta da cultura. A Secult recentemente aprovou, através do seu conselho municipal de cultura, o tombamento da igreja do Espírito Santo. Como registrou o Camaçarico na sua edição de 20 de maio deste ano (Confira), documento assinado pela museóloga Kátia Cunha Melo destaca a necessidade de preservação do entorno do templo, e a sua importância como sítio histórico, herança dos índios tupinambás e dos jesuítas na construção de uma das primeiras povoações do Brasil.   


Corrente 4 Com a decisão do MPE, a necessidade de transparência e mais esclarecimentos sobre a requalificação da praça da Matriz fica ainda mais evidente. Segundo apurou a Coluna, um novo elemento alonga esse rosário de mistérios, descuidos e pecados da prefeitura.


Corrente 5 A mais recente dúvida é se o projeto em execução, contratado e financiado pela CAF-Corporação Andina de Fomento, é o mesmo apresentado ao organismo internacional também conhecido como Banco de Desenvolvimento da América Latina.


Corrente 6 Fotos postadas nas redes sociais, em novembro do ano passado, quando os serviços  deveriam ser iniciados, conforme contrato e consta na placa da obra, exibem um projeto totalmente diferente do que vem sendo executado. Imagens postadas no Facebook do Abrantes em Foco (Confira) só ampliam as dúvidas de que a prefeitura se recusa a esclarecer, apesar da ampla repercussão na imprensa.  


Corrente 7 A Coluna consultou arquitetos que constataram que as fotos da obra em andamento não são compatíveis com o projeto apresentado na publicação. Chama a atenção no projeto, reproduzido ao lado, junto com as fotos recentes dos serviços, a ausência dos quiosques. Com cerca de 30 metros quadrados de área, quiosque em construção e localizada a pouco metros da frente da centenária igreja, além da estética duvidosa, é considerado por especialistas um elemento descaracterizador da paisagem.


Corrente 8 Procurada pela Coluna, a gestão da CAF-Corporação Andina de Fomento, em Brasília, diferente da prefeitura, se mostrou interessada e ficou a informar detalhes sobre o projeto.  


João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor


14/7/2021 Fechamento às 14h04


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Fotos atuais e o projeto apresentado em novembro do ano passado. CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR






Fissura O alcaide Antonio Elinaldo (Democratas) segue com dificuldades para recompor a unidade da sua base, com a volta dos 6 vereadores do chamado grupo ´renovação` para a liderança e coordenação do vereador Flávio Matos (Democratas). Segundo apurou o Camaçarico, encontro de sábado (2), na prefeitura, entre Elinaldo e os vereadores Herbinho (PSL), Dr Samuka e Ivandel Pires (Cidadania), Deni de Isqueiro (Democratas) e Val Estilos (Republicano) não avançou. Com problemas de ordem familiar, o vereador Jamesson Silva (PSL) não compareceu.


Fissura 2 Anunciado para a imprensa como uma conversa sobre “voltas às aulas presenciais”, encontro de sábado não passou de mais uma tentativa do alcaide de acomodar e retomar o controle total da sua base. Mesmo permanecendo com 17 dos 21 votos do Legislativo, movimento da ´renovação` põe cerca na base governista que continua dividida em duas bancadas. A dos 6, que tem como  pauta as questões de acessibilidade,  mobilidade urbana, e saúde, segue liderada por Herbinho, enquanto os outros 11 continuam orientados pelo vereador Flávio Matos.


Fissura 3 No dia anterior, o grupo esteve reunido com o vereador Niltinho Maturino (PSDB). Mesmo conhecido pela sua capacidade de diálogo, Niltinho, que integra a bancada dos 11, não conseguiu convencer o grupo a recuar. Sem riscos de rompimento com o governo do alcaide Elinaldo, bancada da renovação defende mais espaço na gestão e interlocução sem intermediários.


Roteiro É pura certeza a dobradinha para as eleições legislativas de 2022, formada pelos vereadores Júnior Borges (Democratas) para deputado estadual, e Geraldo Junior (MDB), que tenta uma cadeira na Câmara Federal. A sintonia dos presidentes dos legislativos de Camaçari e Salvador, respectivamente, mostra que a dupla JB e GJ não está para brincadeira.


Roteiro 2 A disputa de 2022 não retira do foco de JB outra certeza, a sucessão do alcaide Antonio Elinaldo (Democratas), em 2024. A única dúvida nessa composição é o destino partidário do camaçariense. Junior Borges fica no Democratas, ou vai para o MDB apadrinhado por Geraldinho. É aguardar o quadro e esperar a janela partidária, em março de 2022, quando a mudança de legenda será permitida sem implicações legais.


Roteiro 3  Outra dobradinha que começa a exibir seus movimentos é a Paulo Azi, presidente estadual do Democratas, e candidato à reeleição para Congresso Nacional, e o seu companheiro de legenda e presidente municipal do partido, o ex-prefeito de Camaçari, Helder Almeida, que planeja voltar ao legislativo estadual.


Roteiro 4 Série de encontros com lideranças, sempre às segundas-feiras, na sede do Democratas, em Salvador, abriu julho com os vereadores Fafá de Senhorinho, Deni de Isqueiro e Mar de Areias (Democratas). Também bateram ponto o tucano Niltinho Maturino, e o suplente de vereador, Vaninho da Rádio (Democratas). `Semana que vem tem mais`, garante Helder Almeida, coordenador do grupo que tem como candidato a governador o presidente nacional do Democratas e ex-prefeito da capital, ACM Neto.


Tempo  “O Direito não socorre aos que dormem”.  O conhecido princípio máximo do Direito parece que não vem sendo lembrado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-Camaçari), quando não finaliza e apresenta com a velocidade necessária, ação na Justiça pedindo a suspensão das obras de requalificação na praça de Vila de Abrantes. Documento, pronto desde a semana passada, segundo apurou a Coluna, é o único instrumento capaz de fazer parar a obra da prefeitura de Camaçari, que vem desfigurando e distanciando o importante sítio histórico do século XVI de um projeto de resgate e fortalecimento da história da cidade.


Tempo 2 Localizada no chamado ´retângulo`, que tem como principal referência a centenária Igreja do Espírito Santo, praça vem sendo tocada sem os mínimos cuidados, ferindo inclusive a legislação municipal e outros instrumentos legais, como mostrou a Coluna de 21 de junho (Confira). Queixa também conta com o apoio de historiadores e pesquisadores.


Tempo 3 Completam esse quadro, que só agrava e permite o avanço de uma obra totalmente descompromissada com o futuro da cidade, a omissão do Ministério Público Estadual, e da Câmara de Vereadores. Nesse silêncio conveniente, ganha destaque a bancada oposicionista e sua liderança maior, o ex-prefeito Luiz Caetano (PT). Esse quadro de descompromisso ganha reforço com a dificuldade enfrentada pelo bispo Dom Petrini, chefe da Diocese de Camaçari, em arranjar espaço na agenda do alcaide Antonio Elinaldo para discutir mudanças no projeto.


Tempo 4 Bom para os políticos governistas, preocupados apenas em acomodar seus cabos eleitorais nos novos espaços comerciais que estão sendo construídos em área pública, projeto quebra um princípio básico de respeito à atividade religiosa. Verdadeira aberração, um desses quiosques, com cerca de 30 metros quadrados de área, ironicamente erguido no local da antiga cruz, remanejada desde os anos 1960 para o adro da igreja, não apenas interfere no conjunto. Muito mais que impedir a visão do belo e histórico templo fundado pelos jesuítas, e marco da fundação da cidade, o quiosque instalado a poucos metros do adro da igreja vai permitir uma estranha e inadmissível interação dos seus frequentadores com as ações desenvolvidas na igreja.


Tempo 5 Intransigente na sua visão miúda, os planejadores da prefeitura, capitaneados pela doutora Joselene Cardim, secretaria de infraestrutura (Seinfra), esquecem a importância do local e a sua inclusão num projeto maior de resgate da memória da cidade, inclusive com a implantação de mais um roteiro do chamado turismo religioso. Proposta antiga, feita pelo pesquisador e morador de Vila de Abrantes, José Fernando, defende a criação de um memorial na praça, inclusive com um monumento que lembre as presenças dos tupinambás e dos jesuítas, e a importância desses antepassados na construção da cidade. Proposta de criação desse espaço, com linha do tempo e um marco, também é defendida por setores da Igreja Católica.


Tempo 6 Cabe ao alcaide Antonio Elinaldo (Democratas) fazer a necessária genuflexão, admitir seus pecados e refazer o projeto. Insistir no erro de prosseguir ´marretando` a história da cidade, iniciada com a demolição do casarão centenário e do cinema, no coração da sede de Camaçari, em 2019, não ajuda em nada. Perdem Camaçari e o próprio Elinaldo, que empurra seu projeto político de poder para o vazio do imediatismo descompromissado com os verdadeiros anseios de uma cidade e seu povo.


Algodão Um mês depois de anunciar que Camaçari possuía quase 6 mil (5.816) pessoas que não tomaram a segunda dose da vacina contra a Covid-19, a secretaria de saúde do município (Sesau) segue sem informar o que foi feito para reduzir ou, de preferência, acabar com esse déficit. Outras cidades adotaram estratégias como busca ativa e até recursos tecnológicos para mapear, encontrar e vacinar esses que perderam o prazo por algum motivo.


João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor


5/7/2021 Fechamento às 17h20


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Atraso A escultura “Sereia de Arembepe”, do artista plástico Deo Sena, volta a ser alvo da intolerância religiosa, transvestida de vandalismo. Peça inaugurada em fevereiro deste ano, e financiada por verba da Lei federal Aldir Blanc, teve seu punho direito quebrado e o seu espelho, adereço e símbolo da beleza, arrancado. Essa é a segunda vez que o trabalho do artista, instalado no famoso povoado do litoral norte de Camaçari, sofre agressão.


Pecados A Igreja Católica parece que decidiu entrar na luta em defesa de um projeto de requalificação da praça de Vila de Abrantes, que contemple, integre e respeite o conjunto histórico do século XVI.


Pecados 2 Como informou o Camaçari Agora (Confira), o bispo da Diocese de Camaçari, Dom João Carlos Petrini, reconheceu a necessidade de mudança no projeto e solicitou uma conversa com o alcaide Antonio Elinaldo (Democratas).


Pecados 3 Marcada inicialmente para esta terça-feira (29), reunião terminou sendo cancelada pela prefeitura. Sem nova data, reunião entre o bispo e o prefeito não lembra em nada os velhos tempos da Igreja Católica, que não apenas tinha espaço na agenda do poder, como influenciava e era consultada.


Pecados 4 Com esse adiamento, sintoma inequívoco do desprestígio e deselegância com a Igreja do papa Francisco, a obra segue seu cronograma de desfiguração do espaço.


Pecados 5 Luta em defesa de importante patrimônio histórico e artístico da cidade também sensibilizou a Ordem dos Advogados do Brasil. A OAB-Camaçari deve entrar nas próximas horas com ação na Justiça pedindo a suspensão das obras. A medida extrema veio em razão da negativa do Ministério Público. O MP, através da sua promotoria do meio ambiente, não viu nenhum impedimento para parar o prosseguimento da obra. Posição do promotor Luciano Pita frustrou as expectativas da OAB que entendeu ter base nos seus questionamentos, e até documentos legais que destacam a necessidade de cuidados especiais com o espaço que integra o retângulo original do projeto da primeira aldeia e núcleo que originou a cidade.


Calibre Não é por acaso que Camaçari aparece entre os 10 municípios mais violentos do Brasil, segundo estudo divulgado semana passada pelo instituto de pesquisa econômica aplicada (Ipea). Antes mesmo de acabar o mês de junho, o número de assassinatos contados no município, pela secretaria de segurança pública do estado (SSP-BA), já supera o mesmo período de 2019 e 2020. Com 21 registros de mortes violentas, até dia 29, junho de 2021 aparece com o dobro dos registros nos mesmos meses de 2020 e 2019. Perde apenas para 2018, que contou 23 assassinatos.


Calibre 2 Na conta do semestre, 2021 soma 111 mortes violentas, 11 a menos que no mesmo período (janeiro/junho) de 2020. Ano, ainda pelo meio, ultrapassa os primeiros 6 meses de 2019 (86 assassinatos) e 2018 (101 mortes).


Números Camaçari fecha junho com números menores de óbitos e casos de contaminação pelo coronavírus. Faltando dois dias para fechar o mês, município registra 1.378 novos casos e 41 óbitos. Ainda de acordo com número divulgados até a noite de segunda-feira (28), pela secretaria de saúde do município (Sesau), na comparação com os mesmos 28 dias de maio, junho registrou 11 óbitos a menos e redução de 528 novos casos.


Números 2 O sistema de UTIs também registrou queda na ocupação dos leitos. Taxa de ocupação, que nos primeiros 15 dias de junho ficou na maioria dos dias em 100%, e nunca menos que 80%, começou a registrar queda nessa última quinzena. Entre os dias 16 e 18 ainda registrou ocupação máxima, caindo para a taxa de 70% até o dia 28, com exceção do dia 25, quando registrou apenas metade (50%) dos leitos ocupados com pacientes com Covid-19, ou suspeitos aguardando resultado. A última taxa de ocupação foi de segunda feira (28), com 80%.


João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor


 29/6/2021 Fechamento às 16h50


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Dura lex sed lex A obra de ´requalificação` da praça de Vila de Abrantes, tocada pela prefeitura de Camaçari, não é apenas um exemplo de descuido com o patrimônio e com a história da cidade. Compromete a própria gestão do alcaide Antonio Elinaldo (Democratas), quando a sua secretaria de desenvolvimento urbano (Sedur), responsável pelo licenciamento dessa e de todas as obras em Camaçari, atropela as leis municipais, como o plano diretor de desenvolvimento urbano (PDDU), e até a legislação estadual. 


Dura lex sed lex 2 Pesquisa feita pela Coluna mostra que a obra em importante sítio histórico do século XVI, e que tem como principal referência a centenária Igreja do Espírito Santo, sequer levou em consideração os mecanismos legais de proteção a esse tipo de construção. infelizmente, a expressão que traduzida do latim para o português diz que ´a lei é dura, mas é a lei`, segue sem leitura e entendimento em Camaçari.


Dura lex sed lex 3 Festival de irregularidades no processo que autorizou a obra pode ser comprovado já no parágrafo único do artigo 28 do decreto de 6 de junho de 2012, que regulamenta a Lei nº 10.431, sobre a Política de Meio Ambiente e de Proteção à Biodiversidade do Estado da Bahia, de dezembro de 2006. Documento sobre o Zoneamento Territorial Ambiental diz que é preciso considerar, entre outros aspectos, “a compatibilização do uso do solo e a necessidade de preservação e conservação dos recursos naturais, patrimônio histórico, cultural, paisagístico e arqueológico, com as demandas das atividades socioeconômicas”.


Dura lex sed lex 4 Como já mostrou a Coluna em várias postagens (Confira), ação da prefeitura, preocupada apenas em inaugurar mais uma praça, também tratora o seu próprio Código Urbanístico e Ambiental (Lei 913/2008). No seu Capítulo V, artigo 50, sobre espaços territoriais especialmente protegidos, o documento diz que o “patrimônio cultural” está entre esses espaços.


Dura lex sed lex 5 Como já mostrou o Camaçarico, a Sedur sequer realizou qualquer estudo, como exige a legislação, optando por uma licença simples, como se uma obra em sítio histórico pudesse ser comparada a uma construção padrão. Esse descompromisso se reforça com o artigo 143 da mesma Lei, que fala da necessidade “licenciamento ou autorização de obras, atividades e empreendimentos suscetíveis de causar impacto no meio ambiente deve ser instruído, quando necessário, com Estudos Ambientais”.


Dura lex sed lex 6 Mas, as marretadas da prefeitura, que derrubaram em 2019, o antigo cinema e o casarão centenário e sede dos 3 poderes, querem mais escombros e avançam sobre o seu próprio plano diretor de desenvolvimento urbano (PDDU). Lei que organiza o crescimento e o funcionamento do município, sejam áreas urbanas, rurais ou industriais, teve a sua última atualização em 2008, portanto em atraso no seu processo de atualização, a cada 10 anos, como manda Lei Federal. É esse documento, que coincidentemente vem sendo discutido nos últimos anos, inclusive com audiências públicas, portanto com ´memória fresca` entre as autoridades e demais atores envolvidos com a questão no município. O próprio PDDU, como não poderia ser diferente, reconhece a Igreja do Divino Espirito Santo, recentemente tombada (Confira), e a praça no seu entorno como sítio que abriga os registros da história e cultura locais.


Dura lex sed lex 7 Espaço, onde hoje a prefeitura de Camaçari realiza obras sem os devidos cuidados com a questão histórica, é citado no PDDU como Zona Especial de Interesse Cultural (ZEIC), formada por “ valores materiais, de reconhecidas características identitárias, cênicas e arquitetônicas, destinadas à manutenção, preservação e/ou requalificação, para fins de interesse cultural.”  Reforço sobre esse descompromisso aparece ilustrado em mapa do plano sobre o Zoneamento Especial Orla, onde a Igreja do Divino Espirito Santo, juntamente com sua praça, estão incluídos como “Zona Especial de Interesse Cultural”.


Dura lex sed lex 8 Ainda no artigo 51 do PDDU, o texto é claro ao definir como necessidade para obras nesses locais a “delimitação da área e seu entorno mediante estudos acurados da paisagem, como escala do lugar, cones de abertura visual e graus de fechamento dos espaços descobertos, relação entre massas construídas e massas vegetais”. O projeto de ´requalificação` da praça, como já denunciou a Coluna, não apenas ignora o subsolo do local, e todo o seu entorno, quando constrói quiosques que retiram a vista da igreja e interfere de forma negativa na paisagem do conjunto histórico.


Dura lex sed lex 9 Chama a atenção, a omissão da CAF - Corporação Andina de Fomento, auto-identificada como Banco de Desenvolvimento da América Latina, financiadora da obra. Segundo apurou a Coluna, a CAF, organismo internacional compromissado em financiar obras de interesse público, sempre pautada por cuidados com a história e o meio ambiente, sequer tenha realizado uma auditoria no local.


Dura lex sed lex 10 A missão de zelar e cumprir as leis não é exclusividade da prefeitura. Outros agentes, como o Ministério Público (MP), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-Camaçari), e a própria Igreja Católica, precisam fazer a sua parte. O MP, através da sua promotoria do meio ambiente, apenas pediu informações, mas não solicitou a suspensão da obra. A OAB, que desde a semana passada, como informou a Coluna, prepara ação na justiça contra o prosseguimento da obra, tem participação reforçada pelo próprio PDDU. A OAB-Camaçari tem assento no conselho municipal da cidade (CONCIDADE), definido pelo PDDU como entidade deliberativa e consultiva, portanto com poder de voto e interferência no processo de licenciamento no município. Fecha essa trindade a Diocese de Camaçari, liderada pelo bispo Dom Petrini, que deveria ser a principal interessada no debate e na defesa que assegure a preservação de sua história.


João Leite Filho joaoleite01@gmail.com - Editor


21/6/2021 Fechamento às 17h19


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Compromisso  Diferente de outras estruturas, a Ordem dos Advogados do Brasil, Subseção Camaçari (OAB-Camaçari) segue preocupada com a preservação de parte importante do conjunto histórico que tem como referência principal a centenária igreja do Espírito Santo, em Vila de Abrantes. Nessa caminhada de poucos parceiros, a OAB prepara medidas mais duras para tentar assegurar o direito da cidade sobre a preservação do seu patrimônio histórico.


Compromisso  2 Segundo apurou a Coluna, a OAB-Camaçari, através de sua comissão de meio ambiente, mobilidade urbana e direito urbanístico (COMAMDU), entra nos próximos dias com ação na Justiça pedindo a imediata suspensão das obras tocadas pela prefeitura de Camaçari. A alegação para o mandado de segurança é a falta dos devidos cuidados na reforma de um espaço situado sobre importante sítio arqueológico remanescente do século XVI. Reforçam a ação, as implicações causadas por um projeto que não leva em consideração fatores como a interferência negativa na paisagem, com a construção de equipamentos inadequados na praça que integra o conjunto da igreja, recentemente tombada como Patrimônio Histórico do Município.


Compromisso  3 Medida extrema é resultado das negativas da prefeitura em debater a questão. As cobranças da OAB-Camaçari começaram, no dia 14 de abril, quando enviou ofício 001/2021, ao alcaide Antonio Elinaldo (Democratas), que sequer teve a delicadeza republicana de responder. No documento, assinado pela presidente da COMANDU, Suzana Morena Torres, a OAB pede a “suspensão das obras”, e lembra ao governo sobre a necessidade de evitar novos erros, como o cometido em 2019, com as demolições do casarão que sediou os 3 poderes, e do antigo cinema, ambos no coração da sede do município.


Compromisso  4 Documento, que a Coluna teve acesso, cita de forma clara esse descaso patrocinado por quem deveria ser o principal guardião. Num dos trechos do ofício a OAB lamenta “o que ocorreu com a história viva da sede deste município, quando da demolição de prédios no centro da cidade para a construção de réplicas, quando o Poder Público poderia e deveria intervir a tempo de recuperá-los”.


Compromisso 5 A novela da praça de Vila de Abrantes tem outro personagem importante, também conhecido pela sua missão de defesa da cidadania. Sem resposta da prefeitura, a OAB solicitou o apoio do Ministério Público (MP), que sequer ´recomendou` parar a obra, como esperado nesses casos. A promotoria do meio ambiente, chefiada pelo promotor Luciano Pita, solicitou apenas informações sobre o projeto.


Compromisso 6 Nesse ‘banho maria’, a Diocese de Camaçari, comandada pelo bispo Dom Petrini, e a Câmara de Vereadores, presidida pelo demista Junior Borges, também contribuem para o perigoso retardo desse importante e necessário debate. Sem se manifestar, num estranho e perigoso silêncio, a Igreja Católica, que deveria ser a primeira a defender esse importante legado da sua história, também precisou ser provocada. Um encontro com o bispo já foi solicitado pela OAB.


Compromisso  7 No Legislativo, mesmo sendo casa de representação plural, como deve ser, a omissão também parece ser consenso. Voz solitária, pedindo mudanças no projeto, veio do vereador governista Doutor Samuka (Cidadania). Na midiática bancada da oposição o tema preservação do patrimônio também parece irrelevante, e mexe com feridas do passado.


Compromisso  8 Os hoje antigovernistas, poder antes da atual gestão, também demostraram descaso com o patrimônio da cidade. Nessa triste cronologia de  descompromisso estão os ex-alcaides Ademar Delgado e Luiz Caetano. Ambos eleitos pelo PT, governaram Camaçari por 12 anos seguidos, mas nada fizeram para recuperar o antigo cinema, a estação de trens, muito menos o casarão que nasceu no século 19 como sede da antiga fazenda Camassary, do capitão João Francisco da Costa. Marco da cidade, demolido em 2019 pelo atual gestor, também foi moradia do desembargador Montenegro, até virar prédio público.


Ufa! Depois da pressão da imprensa, e do vexame na mídia, a prefeitura de Camaçari perdeu o medo. Pasta da saúde (Sesau), comandada pelo médico e vereador licenciado, Elias Natan (PSDB), abriu cadastro, como sugeriu a Coluna, e iniciou na segunda-feira (14) a vacinação contra a Covid-19 dos profissionais de comunicação do município. Segundo apurou o Camaçarico, 25% dos 80 cadastrados já receberam a primeira agulhada.


Passado  A doutora Andrea Montenegro perdeu uma  bela oportunidade de se posicionar em defesa da vacinação dos profissionais do sistema único de assistência social (SUAS). Em entrevista ao radialista Oswaldinho Marcolino, na noite de segunda-feira (14), na Sauípe FM, a atual secretária de desenvolvimento urbano (Sedur), sequer comentou o manifesto dos profissionais do SUAS, lido pelo apresentador durante sua entrevista, e entregue nesta terça-feira (15), ao secretário José Matos, da pasta de relações institucionais do município (Serin). 


Passado 2 Mesmo comandando a secretaria do desenvolvimento social e cidadania (Sedes),  considerada ´coração, pulmão e cérebro` do SUAS, durante o último ano (2020) do primeiro governo do alcaide Antonio Elinaldo (Democratas), a doutora Andrea nada falou. Mudez só deixou muitas dúvidas.


João Leite Filho joaoleite01@gmail.com - Editor


15/6/2021 Fechamento às 16h15


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Aicmofobia A prefeitura de Camaçari segue fugindo para longe da seringa do debate sobre a vacinação dos profissionais de comunicação contra a Covid-19. Medida que reconhece o papel da imprensa e os riscos que a atividade representa, com o contato diário com diversos segmentos da sociedade, inclusive com os políticos, vem sendo adotada em mais de 50 municípios do estado, inclusive na capital, e centenas de cidades do país.


Aicmofobia 2 Na contramão desse processo, gestão do alcaide Antonio Elinaldo (Democratas) chegou a anunciar intenção de vacinar, mas recuou, provavelmente enxergando uma seringa na ´recomendação` contrária a imunização dos profissionais de imprensa, feita pelo Ministério Público Estadual (MPE).


Aicmofobia  Mesmo respaldados por decisão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), que derrubou pedido semelhante do MPE contra a vacinação dos profissionais de Salvador, e o apoio da imprensa, Elinaldo e seu secretário de saúde, o vereador licenciado, doutor Elias Natan (PSDB), preferiram não arriscar e tiraram o braço.


Aicmofobia 3 Apesar de divulgar em alguns veículos da imprensa sua disposição de vacinar, assim que possível, justificando que esperava apenas a chegada de novas doses de vacina, a gestão não fez mais que dar um passo para frente e dois para trás. Essa ´seringa de ar` fica clara com a ausência de um plano de cadastramento dos que seriam habilitados para a imunização, como fez Lauro de Freitas e outras cidades. Sem esses números, a prefeitura não tem como saber quantas doses iria usar para ajustar sua conta apertada de candidatos à vacina.


Aicmofobia 4 Agora, por mais que se esquive, o alcaide enfrenta o desgaste ao figurar na lista dos prefeitos que não reconhecem a importância do trabalho dos repórteres, fotógrafos, cinegrafistas e demais profissionais que atuam na linha de frente, cobrindo, inclusive, suas ações e movimentações de combate a pandemia em Camaçari.


Aicmofobia 5 Quem resumiu esse ´bota e tira braço` foi o jornalista e escritor Jolivaldo Freitas, no seu texto “Vacina. Jornalistas. MP e desobediência civil”, postado na seção Colunistas do Camaçari Agora (Confira). Joli, como é conhecido, resumiu com uma dose:´Camaçari afrouxou.


E aí, doutor? Com quase 6 mil (5.816) pessoas que deveriam, mas não tomaram a segunda dose da vacina contra a Covid-19 em Camaçari, a secretaria de saúde do município (Sesau) precisa dizer o que vai fazer, ou está fazendo para reduzir esse risco.


E aí, doutor? 2 Anunciado de forma solta, na segunda-feira (7), como se fosse um número qualquer, a pasta comandada doutor Elias Natan não informa caminhos, como outras cidades, que montaram um sistema de busca ativa, onde equipes de agentes de saúde vão de casa em casa procurando os retardatários. Muito mais que anunciar números como se pouco representassem, a Sesau precisa apresentar ações efetivas para ampliar o cerco de proteção contra o avanço do coronavírus.


João Leite Filho joaoleite01@gmail.com - Editor


8/6/2021 Fechamento às 19h45


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Astigmatismo As obras de ´requalificação` da praça do Divino Espírito Santo, parte integrante do conjunto histórico, que tem como peça principal a centenária igreja, em Vila de Abrantes, Camaçari, seguem ignorando o bom senso e o cuidado com o patrimônio, com a história da cidade, e com o dinheiro público que o poder municipal deveria cumprir como missão constitucional.


Astigmatismo 2 Depois dos alertas da comunidade e de historiadores, repercutidos pelo Camaçarico (Confira), e posteriormente reforçada com a importante ação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-Camaçari), cobrando do Ministério Público Estadual (MP) a suspensão das obras, debate sobre a necessidade de rediscussão do projeto avança, mas de forma lenta e perigosa.


Astigmatismo 3 Apesar do propósito de continuar com as obras, prefeitura que alega não realizar escavação, portanto não ameaça o sítio arqueológico existente no local, já mostra sinais de recuo após a visita técnica ao local, que reuniu na última terça-feira (1), representantes da OAB, da Igreja, do conselho de cultura, e das seretarias de cultura (Secult) e governo (Segov), além dos responsáveis pela obra.


Astigmatismo 4 A OAB-Camaçari contesta e defende a suspensão dos trabalhos e a realização de estudos por especialistas das universidades federal (UFBA) e estadual (Uneb). Para a OAB, esses atrasos e omissões, patrocinados pela prefeitura, só aumentam os riscos de comprometimento da integridade de importante marco histórico localizado no chamado retângulo da igreja.


Astigmatismo 5 Sem o aval do MP para parar a obra, atraso termina prejudicando importante trabalho de resgate da memória do município que teve seu processo de fundação no século XVI, justamente nessa área, com a chegada dos jesuítas. Expectativa da OAB, segundo apurou a Coluna, era que o MP fosse além do pedido de informações e, por segurança,  recomendasse a  suspensão dos serviços.


Astigmatismo 6 Patrocinado pela prefeitura, esse jogo de empurra conta com o apoio de três estruturas municipais. As secretarias de infraestrutura (Seinfra), financiadora da obra; do desenvolvimento urbano (Sedur), também omissa ao autorizar construção com um alvará que sequer levou em consideração componentes históricos do local e seu entorno. Fecha o cerco a pasta da cultura (Secult), que deveria cuidar do patrimônio e alertar as demais esturturas, mas nada fez.


Astigmatismo 7 A Coluna lembra que é de autoria da Secult o processo de Tombamento da Igreja do Espírito Santo. Iniciado em 2016, processo aprovado semana passada, pelo conselho de cultura do município (CMCC), destaca com fotos e documentos antigos, a área da referida praça como sítio histórico.  


Astigmatismo 8  Com sua edição apoiada pela prefeitura, através da  lei federal Aldir Blanc, o livro "Do Joanes ao Jacuípe, uma história de muitas querelas, tensões e disputas locais",  do historiador Diego Copque, é outra fonte com informações preciosas que indicam a existência do sitio arqueológico. Reforçam essa necessidade de  revisão do projeto da praça, as indicações do instituto do ptrimôio histórico nacional (Iphan).


Astigmatismo 9 Cabe ao alcaide de Camaçari, Antonio Elinaldo (Democratas), decidir se quer prosseguir com o equívoco, ou mandar parar a obra e colaborar com a realização dos estudos da área por especialistas. Prosseguir, é gastar dinheiro da municipalidade e avançar sobre outro sítio, o da prática de improbidade administrativa.


O presidente do sindicato dos metalúrgicos de Camaçari, Júlio Bonfim, discorda da nota ´Fora de linha`, postada na Coluna de 1º de junho (Confira). Em seu ´direito de resposta`, publicado na íntegra, abaixo, o dirigente contesta o Camaçarico e garante que apenas exerceu seu direito e sua obrigação de defender os trabalhadores.


Resposta ao site Camaçari Agora

Em virtude de texto publicado no site www.camacariagora.com.br, eu, Júlio Bonfim, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, esclareço que em nenhum momento comemorei as demissões no Complexo Ford. Essa afirmação é falsa, e fruto da desinformação. Com o fechamento da fábrica não há motivo para festejar. Ao contrário, tentamos o tempo todo reverter a situação, para manter a fábrica funcionando. Mas, como isso não foi possível, nós procuramos minimizar o sofrimento dos trabalhadores, conquistando com muita determinação o melhor plano de demissão incentivada do Brasil (que teve adesão de 97% do chão de fábrica), com os melhores valores, garantindo aos funcionários indenização e outros direitos que fazem justiça ao tempo de trabalho na empresa.

 







Resposta  Bonfim, que classifica a nota como sendo uma ´afirmação falsa, fruto da desinformação`, parece que não prestou atenção ao aprovar o material publicitário em que festejava a importância do sindicato nas negociações dos  benefícios para os trabalhadores demitidos.


Resposta 2 Como mostram as imagens da peça publicitária, a entidade não apenas festeja ao informar que o “SINDICATO CONQUISTA MELHOR PDI DO BRASIL NA FORD”. Na mesma peça, onde explica ser o “VALOR CORRESPONDENTE AO PLANO DE DEMISSÃO INCENTIVADA & RESCISÕES DOS COLABORADORES”, destaca: “+ de 1 BILHÃO INJETADO NA BAHIA”.


Resposta 3 A Coluna, que em nenhum momento contestou a importância da atuação do sindicato no processo de negociação, mostra justamente o equívoco do festejo da entidade com a ´injeção` de R$ 1 bilhão, o equivalente a quase 200 milhões de dólares, na economia baiana.


Resposta 4 Esse é o tipo de comemoração que não cabe sequer em peça ou ação midiática da secretaria da fazenda do estado (Sefaz), estrutura da máquina pública que enxerga os números de forma fria e impessoal. Se usasse, seguramente sofreria críticas por tentar positivar um número que é fruto de uma conta que diminui empregos e multiplica aflições, ainda mais nesse momento de crise econômica potencializada pela pandemia.


Resposta 5 A Coluna reconhece a importância e a luta do sindicato dos metalúrgicos, e do seu presidente Júlio Bonfim, mas lembra que não cabe a uma entidade de trabalhadores destacar como positiva um suposto benefício gerado com o desemprego de mais de 5 mil trabalhadores.


João Leite Filho joaoleite01@gmail.com - Editor


3/6/2021 


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Fora de linha O presidente do sindicato dos metalúrgicos de Camaçari, Júlio Bonfim, segue na contramão e promovendo barbeiragens inadmissíveis para um experiente dirigente sindical. Sempre guiado pela vaidade pessoal, Bonfim agora extrapola ao festejar as demissões dos empregados da Ford, como se nessa tragédia, que atingiu milhares de famílias, tivesse algum componente positivo.


Fora de linha 2 Sob o pretexto de anunciar a conquista do melhor PDI (plano de demissão incentivada e rescisões) da Ford no Brasil, dirigente protagoniza campanha publicitária na internet, onde festeja o que chama de  “+ de R$ 1 bilhão injetado” na economia do estado com o pacote de desemprego.


Fora de linha 3 Destacada figura do PCdoB, o vaidoso Bonfim, que sempre se incluiu nas peças publicitárias patrocinadas pelo sindicato, precisa de um recall urgente. Diferente do marketing de oportunidade, quando se aproveita determinado momento para reforçar uma imagem, no caso o sindicato que, por princípio, briga pelo trabalhador e pelo emprego, o presidente do sindicato dos metalúrgicos de Camaçari prefere apostar num outro marketing. De forma equivocada se projeta  como o grande salvador, ao usar um prejuízo para a classe trabalhadora, como peça de vantagem pessoal.


Calculadora As secretarias de saúde de Camaçari (Sesau) e do estado (Sesab) seguem com calculadoras diferentes nessa pandemia. De acordo com a prefeitura, município registrou 543 óbitos e 21.373 casos desde o início da pandemia, enquanto o governo do estado conta 555 óbitos e 21.789 casos. Conta rápida mostra que existe uma diferença a mais de 12 mortos e 416 novos casos na calculadora da secretaria de saúde do estado.


Calculadora 2 A conta, que a secretaria comandada pelo vereador licenciado, Elias Natan (PSDB), não se preocupa em esclarecer, não é diferente no mês a mês. Agora em maio, a prefeitura contou 53 óbitos e 1.942 novos casos. Já a secretaria de saúde do estado registrou 1.469 casos e 40 óbitos, uma diferença de 13 mortos e 473 novos casos a mais na comparação com a soma da Sesau.


Calculadora 3 A distância não é diferente nas agulhadas. De acordo com o último boletim com dados de segunda-feira (31), fornecido pela secretaria de saúde do município, 48.037 foram vacinadas em Camaçari com a primeira dose, enquanto que 18.361 finalizaram a imunização com a segunda dose.


Calculadora 4 Já no boletim distribuído na noite de segunda-feira (31), pela secretaria de saúde do estado (Sesab), Camaçari aplicou a primeira dose em 46.118 pessoas, e a segunda dose em 18.044 pessoas. Na conta do fura braço, prefeitura de Camaçari aparece com uma diferença a mais de 1.919 vacinados com a primeira dose, e 317 imunizados com a segunda dose.


Foco A secretaria comandada pelo doutor Natan não enfrenta problemas apenas com os números da pandemia. Também exibe dificuldades de se conectar com o momento e as necessidades impostas pela Covid-19 para determinadas profissões.


Foco 2 A Sesau segue muda, diferente de cidades como Lauro de Freitas, que iniciou nesta terça feira (1/6) a vacinação contra a Covid-19 dos profissionais de imprensa, e outros cerca de 30 municípios do estado que também entenderam a importância e o risco de conter a contaminação de repórteres, cinegrafistas e demais profissionais que trabalham na linha de frente da notícia sobre o coronavírus.


Foco 3 Como outros secretários municipais, o titular da pasta de Camaçari ignora que o trabalho da imprensa é serviço essencial definido por decreto federal de março do ano passado, agora reforçado por Indicação, de autoria do vereador Junior Borges (Democratas), aprovada pelo Legislativo de Camaçari.


Calibre Camaçari fechou maio com uma discretíssima queda no número de assassinatos em relação ao mesmo mês do ano passado. Neste ano foram 20 mortes violentas, enquanto que em maio de 2020, a secretaria de segurança pública (SSP-BA) contou 21 assassinatos.


Calibre 2 No balanço janeiro/maio, feito pela Coluna, Camaçari registrou 90 assassinatos, 22 a menos que o mesmo período do ano passado. Município contou 198 assassinatos em 2020, mesmo número de 2019, ano pré-pandemia.


João Leite Filho joaoleite01@gmail.com - Editor


1/6/2021 Fechamento às 12H27


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Compromisso O Conselho Municipal de Meio Ambiente de Camaçari (COMAN) emitiu Nota em que cobra a suspensão das obras de requalificação da praça do Divino Espírito Santo, em Vila de Abrantes. No documento, que a Coluna publica na íntegra abaixo, o COMAM lembra que a praça integra uma paisagem e faz parte de um sítio arqueológico cadastrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).


Compromisso 2 Na nota, o conselho lembra que durante escavações realizadas nos anos 1970 no local, que a entidade chama de “campo santo indígena em que tupinambás e guaianases eram sepultados”, foram descobertos “vestígios arqueológicos, como faiança portuguesa, inglesa e louça de Macau, moedas, estruturas funerárias, além de pratos de Veneza, da Índia e de Macau, que constaram estes últimos, do inventário dos jesuítas, datado de 1758”.


Compromisso 3 O documento, assinado pela presidente do COMAM, Ana Mandim, sugere ainda que o município instale no local um monumento que exalte a importância do sítio arqueológico para Camaçari, para a Bahia e para o Brasil.


Compromisso 4 Já o Conselho Municipal de Cultura de Camaçari (CMCC), presidido pelo advogado e subsecretário da pasta da cultura (Secult), Luciel Neto, preferiu o estranho e inexplicável silêncio obsequioso sobre tão importante questão. Durante reunião extraordinária, na última segunda-feira (21), o CMCC votou, por unanimidade, favorável ao processo de tombamento da Igreja do Divino Espírito Santo, mas preferiu atravessar a rua e passar longe da discussão do projeto de requalificação  da praça (Confira).


Compromisso 5 Colegiado, que apesar de ter quase metade dos seus 21 assentos ocupados por representantes eleitos pela sociedade civil, enquanto a outra parte é assumidamente ´chapa branca`, sequer apresentou moção ou qualquer manifestação sobre tão importante questão que diz respeito a sua atuação e compromisso com a história da cidade que deveria zelar. O destaque ficou com os 4 conselheiros eleitos pelos movimentos socais que entraram mudos e saíram calados.


Compromisso 6 Coordenado pela museóloga Kátia Cunha, processo de tombamento precisa agora sair do papel e virar realidade com ações efetivas de preservação e restauro do templo, como o próprio e fundamentado estudo destaca. Cabe agora à Secult, junto à Arquidiocese de Camaçari, comandada pelo bispo Dom Petrini, outro que também não se manifestou sobre a importância de revisão do projeto da praça, construírem caminhos para viabilizarem recursos junto ao município, estado e governo federal, outras estruturas, e o setor privado, como Cofic e a Acec.


Compromisso 7  Destaque da reunião foi o ex-pároco da Igreja do Divino Espírito Santo. Diferente dos estudos técnicos que embasaram o reconhecimento, com ressalva para a importância do entorno, no caso o retângulo localizado em frente ao templo, o padre Luiz Orlando de Oliveira preferiu ignorar essa constatação ao negar que a área, que tem a igreja como elemento principal, possua em seu subsolo objetos valor histórico.


Compromisso 8 A manifestação do religioso contraria documentos da própria Igreja Católica que registra essa ocupação iniciada pelos jesuítas no século XVI. Segundo fontes ligadas à Igreja, ouvidas pela Coluna, o padre Luiz Orlando, pároco da Igreja de Vila de Abrantes por mais de 20 anos, e que tem ainda em seu currículo os cargos de secretário de agricultura do governo Ademar Delgado (2013/2016), e de assessor no primeiro governo Antonio Elinaldo (2017/2020), sempre se mostrou contrário ao tombamento.


Íntegra do documento do COMAM


COMAM apoia interrupção das obras na praça de Abrantes e sugere construção de monumento


O Conselho Municipal de Meio Ambiente de Camaçari se associa às manifestações em favor da imediata interrupção das obras de requalificação da Praça de Abrantes, de acordo com o proposto pela Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Camaçari, por líderes comunitários e cidadãos preocupados com o respeito e a preservação da história deste Município.


O local hoje ocupado pela Igreja do Divino Espírito Santo, o adro que a cerca e a praça fronteiriça é sítio arqueológico cadastrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e marco da fundação da Vila de Abrantes no século XVI.


Na Igreja estão os restos mortais de ilustres homens públicos do Brasil Colônia, entre eles o jesuíta português Fernão Cardim (1540-1625), historiador autor do livro “Tratado da Terra e Gente do Brasil”.


Ao ser reformada a igreja entre 1968 e 1976, nas escavações para a construção de um novo piso foram localizados vestígios arqueológicos, como faiança portuguesa, inglesa e louça de Macau, moedas, estruturas funerárias, além de pratos de Veneza, da Índia e de Macau, que constaram estes últimos, do inventário dos jesuítas, datado de 1758.


No terreno defronte à Igreja, hoje transformado em um canteiro de obras, existiu durante quase três séculos, um “campo santo” indígena em que tupinambás e guaianases eram sepultados. Com a mudança de status de aldeamento para vila, o cemitério se tornou multiétnico e passou a receber os corpos dos moradores da vila e de localidades adjacentes, até 1883.


Sob a terra hoje revolvida sem qualquer cuidado, existem vestígios históricos que, resguardados e investigados com cuidado e rigor profissional, serão legado cultural e valiosa contribuição ao estudo da história da Bahia e do Brasil.


Tudo isso desaparecerá se as obras não forem interrompidas imediatamente. Depois de atendidos os requisitos arqueológicos e históricos para o retorno às obras, o COMAM sugere que, como ocorre em outros países, o México, por exemplo, no local se edifique um monumento que exalte a importância do sítio arqueológico e o explique didaticamente a turistas e moradores do litoral norte da Bahia.


Maio 2021 Ana Mandim -Presidente


Tesourada Se depender do vereador Jamesson Silva (PSL), o alcaide Antonio Elinaldo (Democratas), o seu companheiro de partido e vice-prefeito José Tude, seus secretários e subsecretários, não terão direito a reajuste nos salários.


Tesourada 2 Projeto de Lei, que o vereador apresenta nos próximos dias, simplesmente revoga Lei atual que reajusta, a partir de janeiro de 2022, o salário do prefeito dos atuais R$ 16.811 para 26.859. Votada em dezembro do ano passado, projeto também engorda em mais de 50% o salário do vice-prefeito e dos secretários, que saltam dos atuais R$ 15,4 mil para 24,6 mil. Já um subsecretário, hoje com pouco mais de R$ 12 mil, chegaria perto de R$ 20 mil mensais.


Tesourada 3 Pela sua proposta, nem seus pares no Legislativo escapam dos cortes. Projeto votado pela antiga composição da Câmara define um aumento de cerca de R$ 2,5 mil para os 21 vereadores que passarão a receber pouco mais de R$ 15 mil.


Tesourada 4 Mesmo integrando a base elinaldista, Jamesson entende que esses aumentos vão gerar o que chama de ´efeito cascata` com reajustes para outras categorias. Segundo disse à Coluna, os reflexos desse aumento vão além da ampliação das despesas da máquina municipal. Expõe o governo de forma negativa ao ampliar privilégios numa cidade que sofre com o desemprego, agora agravado pela pandemia.


João Leite Filho joaoleite01@gmail.com - Editor


27/5/2021 Fechamento às 20h20


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Modelagem O ex-prefeito de Camaçari, o petista Luiz Caetano, tem nova tarefa no esquema do governador e companheiro de legenda, Rui Costa. Além de ajudar na articulação política do governo, com o comando da pasta de Relações Institucionais (Serin), Caetano tem como missão principal ampliar o alcance da candidatura a governador do senador e seu padrinho Jaques Wagner.


Modelagem 2 Pacote também inclui ajuda na articulação das ações do estado no combate à Covid-19, junto a prefeitos. Desse arsenal, que seguramente ajuda a viabilizar os voos políticos futuros, seu e de seu grupo, a missão sanitária é a mais complicada, pois mexe com interesses econômicos nas cidades, que insistem em relaxar as medidas restritivas para não desagradar segmentos do empresariado municipal. Caetano vai precisar de muito jogo de cintura para não se queimar. Se as articulações derem certo, beleza. Mas, se as coisas não andarem, os casos continuarem crescendo, mesmo com vacinação, e uma terceira onda de contaminação chegar, como já falam alguns especialistas, o petista não vai deixar de levar parte dessa culpa.


Modelagem 3 De qualquer modo, faturando, ou com desgaste, Caetano, que não é bobo, não vai ficar sozinho no prejuízo. Secretário de estado, portanto atuando no ´atacado`, o petista vai poder aliviar essa sua culpa e do governo do estado, transferindo e alegando descuido do ´varejista`, no caso os prefeitos, que de fato executam as políticas de saúde e tomam decisões que atingem de forma direta a população.


Modelagem 4 No caso de Camaçari, sua principal base e cidade que quer voltar a governar pela 4ª vez, a partir de 2025, o quadro é outro. Em caso de recrudescimento, ou retardo na implementação de ações mais efetivas de combate ao coronavírus, Caetano não vai deixar de usar a máquina do estado para repassar o ônus para a gestão do alcaide e adversário político, Antonio Elinaldo (Democratas), e seu secretário da saúde, o vereador licenciado Elias Natan (PSDB), hoje seu ex-aliado.


Modelagem 5 Nada satisfeito com a decisão de ter que se articular e conviver de forma mais direta com o inimigo, por conta das ações conjuntas contra a Covid-19, entre Estado e Município, Elinaldo, vai precisar construir sua vacina. O alcaide, que já enfrenta problemas de relacionamento com sua base de apoio vestindo modelos diferentes e até antagônicos, vai precisar sair do isolamento e se aglomerar com quem pode somar, para poder enfrentar esse novo momento.


Figurino O vereador e presidente do Legislativo de Camaçari, Junior Borges (Democratas), saiu na frente e não esconde seu desejo de ser o candidato da base governista na disputa pela prefeitura em 2024. Com rota definida, o demista já exibe o inequívoco sinal desse desejo, ao inaugurar nas redes sociais, o modelito “Fala aí, Junior Borges”.


Figurino 2 Usando o Instagram para responder perguntas de eleitores, `JB´, que mesmo sem fazer referência a qualquer outro nome da sua base, não deixa de dar recado sobre um passado recente e mal-amanhado, quando reafirma que: “a gente trabalha”. Mas, como todo político, Junior Borges não esquece a tradicional e respeitosa ressalva sobre sua presença no desfile, ao lembrar que, “quem vai decidir se isso vai acontecer ou não, é nosso Deus e a população “.


Cabide Depois de Téo Ribeiro, agora assessor do Legislativo de Camaçari, e salário de R$ 8,5 mil, outro ex-vereador amparado foi o também petista José Marcelino. Assim como Téo, presidente do Legislativo no biênio 2013/2014, Marcelino, seu sucessor nos 2 anos seguintes (2015/2016), já está devidamente vestido de assessor, com salário de R$ 8,5 mil, no gabinete do deputado Bira Coroa (PT).


Cabide 2 Dos reprovados nas urnas de 2020 pelo PT, apenas Jackson Josué segue sem cargo. Nomeação na máquina do estado só depende do ex-vereador acenar para o ex-prefeito e secretário da Serin, Luiz Caetano, ou aceitar paletó de outra grife partidária, ainda que dentro do guarda-roupa do governo Rui.


João Leite Filho joaoleite01@gmail.com - Editor


25/5/2021 Fechamento às 17h50


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Olhar A prefeitura de Camaçari, infelizmente ampliando a sua visão de que patrimônio recuperado é património que precisa ser demolido e reconstruído, recebe mais um atestado desse descuido com a sua história. O alerta consta no estudo da pesquisadora e museóloga Kátia Cunha Melo Moreira dos Santos, sobre o “Tombamento em Instância Municipal da Igreja do Espírito Santo”.


Olhar 2 Encomendado pela secretaria de cultura de Camaçari (Secult), trabalho ajuda a clarear e precisa  ser levado em consideração pelo alcaide de Camaçari, Antonio Elinaldo (Democratas), no prosseguimento das obras de requalificação da praça de Vila de Abrantes.


Olhar 3 Com 251 páginas, recheadas de fotos, gravuras e documentos, estudo que  sustenta a necessidade de tombamento da Igraja, comprova de forma clara a necessidade de um olhar mais profundo sobre o templo e o seu entorno, em especial a área  localizada na frente da igreja, onde está sendo  realizada a polêmica obra de requalificação  comandada pela secretaria de infraestrutura (Seinfra). O documento será apresentado em reunião extraordinária, para apreciação e votação dos 21 conselheiros do Conselho de Cultura de Camaçari, na próxima segunda-feira (24), a partir das 14h, no plenário Osvaldo Nogueira, da Câmara de Vereadores de Camaçari.


Olhar 4 A Coluna teve acesso ao documento e destaca  trechos que reforçam essa necessidade de revisão do projeto da praça. Na pagina 194 do referido trabalho,  a museóloga diz sem rodeios: “É importante ressaltar que, o bem a ser tombado está situado em área urbana, de maneira que a proteção de seu entorno envolve procedimento complexo quanto aqueles voltados para o tombamento dos centros históricos, tais como a 191 BOURSCHEID, ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE S.A. Projeto de Diagnóstico Arqueológico Interventivo..., op. cit. 192 Diego Copque historiador IGREJA DO ESPIRITO SANTO 195 participação de múltiplos agentes sociais, diferentes legislações, projetos urbanísticos e ainda a necessidade da limitação ao direito de propriedade em nome do interesse cultural coletivo.”


Olhar 5 Mais adiante, o documento, apesar de específico sobre a necessidade de tombamento da Igreja do Espírito Santo, destaca o compromisso do agente público e a necessidade de preservação desse tipo de patrimônio: “A responsabilidade de conscientização sobre o significado do entorno em suas diferentes dimensões cabe aos profissionais de diversas áreas, às instituições, às comunidades locais e a outros agentes relacionados com os bens patrimoniais, para que se tomem decisões deveriam sempre considerando as dimensões tangíveis e intangíveis do entorno.” O estudo prossegue  exibindo toros de urnas funerárias antigas, e outras peças de grande importância arqueológica, encontradas em escavações na área que hoje está reconstruída a praça.


Olhar 6 Já na página 211 do parecer técnico, a museóloga  Kátia Cunha Melo registra de forma clara a  sua preocupação com essa preservação quando cobra do município um cuidado especial com a área localizada na parte frontal da igreja: “Considero de suma importância um olhar mais amplo sobre o processo de tombamento que englobe a grande Praça da Matriz onde está localizada a Igreja do Espirito Santo. Por ser um sítio detentor de um subsolo de valiosos resquícios arqueológicos. Deve ser delimitada como entorno imediato da Igreja a área proposta para proteção, evitando-se mais futuras descaracterizações sendo inserida no livro do tombo arqueológico, etnográfico e paisagístico”


Olhar 7 Apesar da grita da população, de historiadores, e até de políticos compromissados com a história do primeiro núcleo urbano da região, como mostrou o Camaçarico (Confira), a secretária da Seinfra, a doutora Joslelene Cardim, segue tratorando esse passado. Mesmo reconhecendo a importância da praça, que ela classifica de “área de inestimável valor histórico, o Sítio Arqueológico da Praça de Vila de Abrantes”, conforme documento ssinado por ela, que a Coluna teve acesso, a secretária avança no seu projeto sem a preocupação que deveria pôr em prática.


Olhar 8 Mas, o descuido parece ser endêmico e avança sobre outras estruturas da prefeitura de Camaçari. A secretaria de desenvolvimento urbano (Sedur), pasta que deveria ter observado esses aspectos, antes de emitir o licenciamento da obra da praça, reforça essa cultura do descompromisso. Alvará nº 051/2020, emitido em maio do ano passado, que a Coluna teve acesso, sequer faz ressalva à questão do patrimônio e de todo o seu entorno. Simplório, apenas libera a obra e ponto.


Olhar 9 Com histórico inegável, a doutora Joselene, que tem carta branca do prefeito, também esteve à frente no processo de demolição de parte do centro antigo da cidade (Confira). Nesse caso, contou com o beneplácito da pasta da cultura (Secult), comandada pela secretária Márcia Tude.


Olhar 10 Por ironia, o projeto de tombamento é aberto com uma citação do poeta e jornalista gaúcho, Mario Quintana (1906/1994), que diz:  “O que mata um jardim não é o abandono. O que mata um jardim é esse olhar vazio de quem por ele passa indiferente”.   


João Leite Filho joaoleite01@gmail.com - Editor


20/5/2021 Fechamento às 15h46


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Tabuleiro A anulação da decisão que tornava o ex-prefeito de Camaçari, Luiz Caetano (PT), inelegível e sem direitos políticos, por conta da Lei da Ficha Limpa (Confira), mudou completamente o cenário político e o consequente jogo de forças em Camaçari. Com a decisão unânime pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), na sessão da última quinta-feira (13), o também ex-deputado federal, não só pode brigar pela retomada do segundo mandato conquistado em 2018, que sequer pode assumir, como realizar outros voos.


Tabuleiro  2 Com o vento soprando a seu favor, reforçado pelo efeito´Lula livre`, e suas consequências na disputa estadual, com aumento do poder eleitoral do companheiro e padrinho Jaques Wagner, para o governo do estado, o experiente Caetano faz mistério e aguarda o momento certo para anunciar seu futuro. Certo, segundo fontes caetanistas ouvidas pela Coluna, só seu desejo de voltar ao comando da prefeitura, em janeiro de 2025. Com 3 mandatos (1986/1988, 2005/2008 e 2009/2012), o petista pode  bater o recorde com 4 períodos, caso vença em 2024. Hoje, está empatado com José Tude (Democratas) com 3 mandatos (1989/1992, 1997/2000 e 2001/2002).


Tabuleiro 3 Nesse jogo de paciência, o 3 vezes alcaide alimenta as especulações sobre seu nome para ocupar uma secretaria no governo do companheiro de legenda Rui Costa. Nessa conjuntura, a retomada do mandato legislativo, buscando nova vaga no Congresso Nacional, nas eleições de 2022, fazendo uma possível dobradinha com a esposa, Ivoneide Caetano, como candidata a deputada estadual, é um desses cenários. Se ele vai para uma secretaria de estado, como defende  Wagner, terá mais tempo e proximidade para seu projeto de retomada do poder  de Camaçari. Prepara o salto para o 4º mandato, enquanto Ivoneide segue para a disputa, nesse caso para a Câmara dos Deputados, em Brasília.


Tabuleiro  4 Independente dessa composição, o momento é favorável para Caetano, que alimenta e reforça a congregação da militância, amplia seu campo gravitacional trazendo de volta, e até jogando  para cooptar novos reforços para sua base.


Tabuleiro  5 Diferente de cenário pós-decisão do TJ-BA, o alcaide Antonio Elinaldo (Democratas) tinha  jogada e caminhos definidos. Agora, com Caetano na disputa, a  partida zera e o petista vai fazer tudo para não vai perder o direito da vantagem do primeiro movimento.  


Tabuleiro  6 O demista vai ter que redesenhar sua estratégia, inclusive sua relação com os aliados e o funcionamento da sua máquina. Corrigir os erros, se cercar e aceitar o compartilhamento das experiências dos ex-prefeitos José Tude e Helder Almeida, e demais quadros, hoje escanteados, serão fundamentais para avançar e saltar para além da burocracia sem currículo e leitura rasa da cidade e seus meandros.


Espuma  Renovado nesta semana, o decreto da prefeitura de Camaçari, estabelecendo normas para comercialização de bebidas alcoólicas durante o final de semana, é mais uma medida difícil de cumprir pela própria gestão do alcaide Antonio Elinaldo (Democratas). Foi assim na semana passada, e pode se repetir neste final de semana, caso o índice de ocupação da UTI com pacientes de Covid-19 fique igual ou superior a 75%.


Espuma 2  De acordo com o decreto, que no seu parágrafo 7º diz: “Fica autorizada a comercialização de bebida alcoólica aos finais de semana no Município de Camaçari, enquanto a taxa de ocupação dos leitos de UTI se mantiver em percentual igual ou inferior a 75% (setenta e cinco por cento), por 5 (cinco) dias consecutivos “, a prefeitura não poderia ter permitido a comercialização de bebidas alcoólicas no último final de semana.  


Espuma 3  Ao esquecer de averiguar as condições de cumprimento do decreto, como mostra o próprio Boletim Covid-19 da secretaria municipal de saúde (Sesau), a prefeitura prega o relaxamento. Essa contradição fica clara com os números dos boletins dos dias 13 e 14 (quinta-feira e sexta-feira), portanto 2 dias antes do final de semana. Nesses dias, o sistema de UTIs estava com 8 dos 10 leitos (80%) ocupados com pacientes com o coronavírus, enquanto outros 2 leitos da mesma UTI (20%) eram usados por casos suspeitos e em investigação.


Placebo  Exibir postagem nas redes sociais pedindo a CPI da Covid em Camaçari é muito pouco. Patrocinada pela oposição na Câmara de Vereadores, ação precisa ir além da sessão legislativa e se fundamentar em documentos, como fez o Senado, para pedir esse tipo de investigação das contas e medidas adotadas pela secretaria de saúde do município (Sesau) para conter a pandemia.


Placebo  2 Apesar do consenso, entre oposição e parte da bancada governista, sobre a falta de transparência da pasta comandada pelo vereador licenciado, doutor Elias Natan (PSDB), vereadores precisam cobrar esses números, durante a próxima Audiência Pública de prestação de contas dos primeiros 4 meses deste ano, como determina a lei. Com prazo regimental para ser realizada até o final deste mês de maio, audiência pública, na atual conjuntura política, com ampla maioria governista (17 X 4), será a oportunidade da oposição cobrar tudo do doutor Natan.


Placebo  3 Cabe aos vereadores oposicionistas, e aos governistas que exibem comprometimento efetivo com a cidade, se prepararem para questionamentos precisos e fundamentados. Afinal, abrir esse prontuário é fundamental para que a população fique sabendo como está sendo gesto esse dinheiro.


Placebo 4 Se o doutor Natan não esclarecer essas dúvidas durante a sessão, prevista para o próximo dia 26, segundo apurou a Coluna, aí só a CPI e seus desdobramentos imprevisíveis. Não vai ser fácil viabilizar essa Comissão Parlamentar de Inquérito. Com 5 eleitos pela oposição, mas apenas 4 atuando de fato, formação da CPI vai precisar de 3 votos de vereadores da base governista para formar os 7 (1/3) necessários para aprovar a sua criação.  


No ar Todas às quartas, entre às 19 e 20h, esse editor conversa sobre política na Sauípe FM 102,9. O Programa do Oswaldinho, apresentado pelo radialista Oswaldo Marcolino, também pode ser acessado pelo link da emissora http://www.radios.com.br/play/14555 , ou pelo Facebook  https://m.facebook.com/Programa-de-Oswaldinho-242236606676892/


João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor


18/5/2021 Postagem às 17h15


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Delay  Precisou do alerta feito da imprensa, e da consequente intensa repercussão nas redes sociais, para que a secretaria de saúde de Camaçari (Sesau), comandada pelo vereador licenciado pelo PSDB, o médico Elias Natan, se posicionasse sobre a presença de casos, inclusive com óbitos, da variante do vírus “PI de Manaus”, considerada pelos especialistas mais agressivo e letal.


Delay 2 Em nota pouco esclarecedora, divulgada 2 dias depois de receber o “Comunicado de Alerta” nº 8, de 4 de maio de 2021, da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), a prefeitura através da Sesau informou apenas que vem intensificando os cuidados, e aguarda o envio de mais “detalhes sobre o assunto”. De lá para cá, nenhuma informação.


Delay 3 Omitir informação da população não ajuda a combater o avanço da pandemia do coronavírus. Nesse momento, onde se discute a volta às aulas e a redução das medidas restritivas, que por falta de uma fiscalização real pela prefeitura, seguem além do tamanho definido pelo decreto municipal, todo cuidado é pouco.


Delay 4 O doutor Natan, que não atende telefone e não conversa com a imprensa, está devendo esclarecimentos. Tem sorte por contar com o beneplácito de seus pares, na Câmara de Vereadores. Até a oposição, que deveria ser mais ágil e direta, segue a mesma receita e não convoca o agora vereador licenciado para detalhar números sobre a Covid e as ações da Sesau no município.


Delay 5 Sob o argumento de que necessita de 7 votos, mas só possui 5 vereadores para convocar o secretário de saúde, como manda o Regimento Interno da Casa, movimento tem todos os sintomas da síndrome do espirito de corpo.


Delay 6 O doutor Elias Natan, vereador de 3 mandatos, deve deixar de lado esse artifício legal e  tomar a iniciativa, indo até o plenário do Legislativo. Afinal, ele está secretário, mas foi eleito vereador para defender a cidade e cumprir a Lei que exige transparência com o dinheiro do contribuinte.


Tempo certo Enquanto o Legislativo de Camaçari cochila, e se conforma com os números parciais, a CPI da Covid no Senado segue em ritmo acelerado. A Coluna teve acesso a pedido de informações da CPI sobre gastos do município com a pandemia. Requerimento assinado pelo senador Ciro Nogueira (PP-Piauí), datado de 29 de abril, pede à prefeitura de Camaçari cópias de empenhos/contratos das ações orçamentárias, notas fiscais e ordens bancárias com detalhamento das fontes dos recursos.


Currículo  Graças à sua briosa equipe de assessores, planejadores, formuladores, e etc, a gestão do alcaide Antonio Elinaldo tem se notabilizado como  descompromissada com o patrimônio histórico e todo o legado deixado pelos antepassados de Camaçari.


Currículo 2 A última ´marretada` foi a obra de requalificação da praça principal de Vila de Abrantes. Sem nenhum cuidado, compromisso e escuta da população, em especial historiadores, a prefeitura resolveu modernizar a praça situada sobre um sítio arqueológico, datado do século XVI.


Currículo 3 Dessa vez, diferente do crime praticado com a demolição do casarão sede dos 3 poderes e do antigo cinema, a Ordem dos Advogados do Brasil OAB-Camaçari entrou no circuito. A expectativa é de que, com o olhar do Ministério Público, como mostrou o Camaçari Agora (Confira), o projeto seja  refeito e respeite a história da área onde se implantou o primeiro núcleo urbano com o aldeamento, e todo o seu entorno da histórica igreja.


Currículo 4 Segundo apurou a Coluna, a notificação pedindo informações, mas sem recomendar a suspensão das obras, feitas pelo MP, não foi suficiente para sensibilizar a doutora Joselene Cardim, titular da secretaria de infraestrutura (Seinfra). Até a tarde desta quinta-feira (13) os trabalhos seguiam normalmente.


Compromisso Cresce o coro de vozes em defesa da democratização do acesso ao livro “Do Joanes ao Jacuípe, uma história de muitas querelas, tensões e disputas locais", do professor, historiador e pesquisador Diego Copque. O vereador Tagner Cerqueira (PT) apresentou indicação ao alcaide Antonio Elinaldo (Democratas) para que autorize a aquisição de exemplares da publicação para distribuir com bibliotecas das escolas da rede municipal.


Compromisso 2 Outra importante medida do Legislativo é o Projeto de Lei retroage em 200 anos a data de fundação da cidade. Proposta de autoria do vereador Jamesson Silva (PSL) muda esse marco no calendário que passaria para 29 de maio de 1558, portanto 463 anos neste 2021. Com a alteração, o 28 de Setembro continuaria sendo celebrado, mas como data de elevação do aldeamento do Espírito Santo à categoria de Vila da Nova Abrantes do Espírito Santo, em 1758.


João Leite Filho joaoleite01@gmail.com - Editor


13/5/2021 Fechamento às 16h54


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Nem-nem O livro “Do Joanes ao Jacuípe, uma história de muitas querelas, tensões e disputas locais", do professor, historiador e pesquisador Diego Copque, segue contaminando de forma positiva a cidade e significativa parte dos seus representantes. Como mostrou Coluna, a publicação vem semeando no município a necessidade de conhecer sua história, independente de nascido ou adotado, fortalecendo assim o sentimento de pertencimento.


Nem-nem 2 Valiosa pesquisa virou série na internet, respalda mostra fotográfica, inspira o mestre Bule Bule. Até a Câmara de Vereadores já se movimenta para homenagear o autor e aproveitar parte da história da cidade, desvendada por Copque, para ampliar sua lista de honrarias.


Nem-nem 3 Nessa lista de homenagens e reconhecimentos do importante trabalho, independente de qualquer valoração sobre a política e suas estratégias de uso e beneficiamento de determinadas situações, pelos agentes políticos, chama a atenção o distanciamento do alcaide Antonio Elinaldo (Democratas).


Nem-nem 4 Enquanto seus adversários, aliados no Legislativo, e governistas dentro da sua própria estrutura de gestão entram nessa justíssima fila de homenagens e aplausos, o prefeito, principal personagem da cidade, se omite no festejo e reforço dessa ´vacina` de orgulho num momento de dor e carência causados pela pandemia.


Nem-nem 5 Ao manter fora de sua agenda o autor de um trabalho que resgata a história e a importância social e política de Camaçari na historiografia da Bahia e do Brasil, o alcaide, que exibe tempo para ouvir lobistas e gente preocupada apenas com o lucro, descuida do seu papel constitucional. “Do Joanes ao Jacuípe, uma história de muitas querelas, tensões e disputas locais" não é uma publicação ficcional ou de caráter político partidário. O livro de Diego Copque vai além da história oral e da pesquisa simplória. Mergulha em arquivos e documentos, aqui e além mar, e exibe com provas históricas a necessidade de reposicionamento da data de fundação de Camaçari, uma das mais antigas do Brasil, e sua importante presença nos festejos da Independência da Bahia.


Nem-nem 6  Trabalho diz para toda Camaçari que seus antepassados não foram meros espectadores. Foram atores que contribuíram para esse feito coroado com o 2 de Julho de 1823. Redesenhar o trajeto do ´Fogo Simbólico`, incluindo Camaçari e a vizinha Dias DÀvila, além de  ampliar a presença dessas cidades nos festejos de forma efetiva, é  trabalho para ontem. Ainda na gestão do alcaide Elinaldo, em 2023, a Bahia festeja os 200 anos de Independência.


Nem-nem 7 Ao sinalizar apartheid de um importante momento da história do município, o demista Antonio Elinaldo comprova ausência de assessoria com capacidade para entender e convencer o chefe do importante momento.  


Nem-nem 8 Essa caminhada na contramão, alertada pelo Camaçarico, e legitimada pelo sempre omisso Conselho de Cultura do município, não é de agora. Começou ainda na gestão do antecessor, o ex-petista e depois sem partido, Ademar Delgado.


Nem-nem 9 Nada é tão ruim que não possa piorar. Foi assim no processo de demolição do casarão centenário que sediou os 3 poderes no município, em junho de 2019, como mostrou o Camaçarico (Confira). Na mesma marretada, durante a primeira gestão do alcaide reeleito em novembro, também virou escombros o antigo cinema, outra referência localizada no coração da cidade. Dessa sanha equivocada, e só explicada pela total desconexão com a história de Camaçari, só escapou a antiga estação de trens. Propriedade da Ferrovia Centro Atlântico (FCA), histórico marco da cidade, cedido em comodato ao município, para ser transformado em centro de memória, segue em interminável reforma sem prazo para conclusão.


Nem-nem 10 Mas, essa história de descaso com o livro, que agora delicia e até movimenta quem sempre lhe ignorou, tem cronologia. Pesquisa, pronta há mais de 3 anos, como mostrou em várias postagens o Camaçarico, peregrinou por mesas do poder, que mesmo com apresentação, prefácio e introdução reconhecendo sua importância e necessidade, não fugiu do epílogo, onde o educado ´não` adiava o desejo de uma cidade e de um povo conhecerem sua história.


Nem-nem 11 Foi assim nas secretarias da educação (Seduc), comandada pela professora doutora Neurilene Martins; e da cultura (Secult), com Márcia Tude. Só neste ano, com a pandemia e a verba federal da Lei Aldir Blanc, o livro conseguiu virar papel através de edital de seleção de projetos coordenado pela Secult.


Nem-nem 12 O mesmo padrão de leitura superficial prosseguiu nas duas últimas gestões da Câmara de Vereadores. Projeto foi inicialmente apresentado ao presidente Oziel Araújo (2017/2018), na época do PSDB e base aliada do governo municipal. No biênio seguinte (2019/2020), com o demista Jorge Curvelo comandando a Casa do Povo, o entendimento não foi diferente.


Nem-nem  13 Essa falta de compreensão atinge outro importante segmento. Descaso do empresariado com projetos culturais da cidade é outra marca do polo industrial de Camaçari e das grandes redes de alimentos e outros produtos. Fecham essa triste lista o Cofic, com sua teia de inter-relação com as empresas instaladas no maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul.


Nem-nem  14 Ampliar esse projeto, com a produção de uma nova edição, inclusive em versão digital, que contemple estudantes, escolas públicas, bibliotecas e outras instituições, é obrigação e realinhamento com a história de Camaçari.


João Leite Filho joaoleite01@gmail.com - Editor


 10/5/2021


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Caminhada O educador Sócrates Magno é candidato a deputado federal nas eleições de 2022. Em conversa com o editor da Coluna, Sócrates que disputou a prefeitura de Camaçari pelo PSOL, disse que sua postulação não é escada para uma nova disputa em 2024. Garante que é um projeto definido pela direção nacional do partido, hoje com 10 assentos no Congresso Nacional, e nenhum representante do Nordeste.


Caminhada 2 É preciso fortalecer a presença do partido no Nordeste, onde a Bahia tem um simbolismo especial e exibe um quadro de desigualdade e de condução política que precisa ser mudada em favor da população. Sócrates, que somou pouco mais de mil votos e ficou em 4º lugar na disputa, vencida pelo alcaide reeleito, Antonio Elinaldo (Democratas), garante que chegou a vez do PSOL.


Caminhada 3 Aposta que sua candidatura vai ganhar as ruas de Camaçari, em contraposição aos projetos clientelistas e desconectados com a realidade da população do atual grupo político, e do antigo detentor do poder, o PT, que tenta voltar ao comando da cidade, mesmo mantendo uma construção política equivocada e distante dos princípios de um partido de esquerda.


Caminhada 4 Nessa caminhada para mudar esse quadro, Sócrates assegura que conta com o apoio de figuras como a deputada Luiza Erundina, ex-prefeita da capital paulista, o deputado Marcelo Freixo (RJ), e de Guilherme Boulos, candidato a presidente nas eleições de 2018.


Resgate O livro “Do Joanes ao Jacuípe, uma história de muitas querelas, tensões e disputas locais", do professor, historiador e pesquisador Diego Copque, começa a influenciar de forma direta e positiva no reconhecimento de seus importantes filhos e sua contribuição histórica, totalmente ignorada e desconhecida até antes da publicação.


Resgate 2 A Câmara de Vereadores de Camaçari prepara projeto de resolução instituindo duas honrarias. Por sugestão do historiador, feita ao presidente da Casa, Junior Borges (Democratas), serão criadas a Comenda Pedro Reis e a Medalha Ambrósio Pires.


Resgate 3 O caboclo Pedro Reis foi o primeiro vereador descendente de índio eleito, em 1758, para a primeira Câmara criada com a elevação do antigo aldeamento a condição de Vila de Abrantes. Já a medalha Ambrósio Pires, para homenagear figuras que se destacaram na cultura e na educação no município, resgata a importante contribuição do primeiro ator índio do Brasil.


Tabuada  A velha fórmula dos ´100 dias de governo` segue em uso, até por quem nem deveria fazer essa conta. Com a reeleição do alcaide Antonio Elinaldo (Democratas), e a manutenção de boa parte dos titulares das secretarias, não existem motivos para exibir avanços nesse período, como se a gestão estivesse começando em janeiro. O número real é 1.560 dias. A conta é simples. Basta multiplicar os dias do ano, pelos 4 anos (2017/2020) do primeiro mandato, 365 X 4 = 1.460 + os 100 dias desse segundo governo.


B. O. O mês de abril registrou queda no número de assassinatos em Camaçari. De acordo com a   secretaria de segurança pública do estado (SSP-BA) foram contados 22 homicídios. É o menor registro na comparação com 2020, com 31 mortes violentas, e empatado com 2019, também com 22.


B. O. 2 No balanço dos primeiros 4 meses do ano, 2020 conta 91 assassinatos, 29 a mais que nesse ano (62 assassinatos), e 27 a mais na comparação com 2019 (64 mortes). Já na conta total, foram 198 assassinatos em 2020, e o mesmo número em 2019.    


Harmonia Camaçari perde para a Covid-19 mais um filho ilustre. Dessa vez foi Evandro Amaro, fundador e comandante da Fanesc, a Fanfarra Estudantil de Camaçari. Foi com Evandro, 51 anos, que a Fanesc deu um salto e avançou para o time das melhores fanfarras do Brasil, com um título nacional e 5 estaduais.


Harmonia 2 Inovador, Evandro foi o grande responsável pela consolidação do segmento bandas e fanfarras em Camaçari, com a movimentação que resultou na criação de outros dois conjuntos musicais: a Fanesva (Banda Marcial de Vila de Abrantes), e a Fanesp (Associação Cultural Banda Marcial Estudantil de Parafuso). Esse ex-bamuqueiro e fanesqueiro de coração vai fazer falta.


Desarmonia Mesmo festejado pelo poder, com direito a registro ´post mortem` no site da prefeitura, festejando sua importâcia para a cultura da música de Camaçari, Evandro enfrentava dificuldades de saúde e financeiras. Exonegado do cargo que possuia na gestão municipal, agaurdava a nova nomeação que nunca veio.  


João Leite Filho joaoleite01@gmail.com - Editor


 4/5/2021 Atualização às 13h48


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