Usar dinheiro do Orçamento para começar a ressarcir as pessoas que foram lesadas e tiveram descontos indevidos nas suas aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A proposta vem sendo estudada pelo governo federal. Segundo o novo presidente presidente, Gilberto Waller Júnior, o ressarcimento será feito na própria folha de pagamento do benefício. O dirigente não informou a fonte dos recursos. Segundo Waller, a prioridade não é apenas punir os responsáveis por fraudes em descontos indevidos, mas “sanear” a autarquia.
Em pronunciamento no rádio e na TV em função do Dia do Trabalhador, no dia 1º de maio, o presidente Lula havia anunciado que determinara à Advocacia-Geral da União uma ação para processar associações e obrigá-las a ressarcir os aposentados.
O governo também prepara a medida que acaba e proibir o desconto de associações e sindicatos na folha de pagamento de aposentados do INSS. Medida enfrenta reações de entidades que defendem a manutenção da cobrança, mesmo após o escândalo envolvendo fraudes superiores a R$ 6 bilhões.
A medida exigiria aumento de gastos e de endividamento público. Além disso, o Poder Executivo ainda não concluiu uma análise sobre o tamanho total das fraudes e qual valor precisaria ser devolvido.
Após a operação da Polícia Federal, que identificou ntidades que cobraram mensalidades sem autorização dos aposentados, o governo suspendeu as cobranças e os acordos das associações com o INSS que permitiram os descontos. O modelo, no entanto, não foi completamente extinto.