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Calibre Camaçari segue na 3ª posição no ranking de crimes violentos letais intencionais (CLVIs) da Bahia. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, entre janeiro e setembro deste ano o município somou 94 assassinatos. No mesmo período de 2024, quando também apareceu na mesma posição estadual, a SSP informou 131 CLVIs, uma redução de 37 assassinatos.
Calibre 2 Ainda segundo os dados postados no site da SSP-BA, município com cerca de 312 mil habitantes fica atrás de Feira de Santana, com 164 CLVIs e população mais que o dobro (660 mil). A primeira é a capital Salvador (2,4 milhões de habitantes) com 523 registros de assassinatos nos 9 primeiros meses de 2025. Total de todos os municípios no período soma 2.826 assassinatos.
Calibre 3 Já na conta de homicídios por cada 100 mil habitantes, Camaçari aparece em primeiro entre as três cidades, com índice de 30,1 casos. Feira de Santana aparece em segundo com taxa de 25 casos por 100 mil, e Salvador com 21,7 por 100 mil.
Calibre 4 Camaçari fechou outubro com 4 assassinatos, segundo apuração da Coluna, com base em informações postadas na imprensa local. Somados aos 94 oficiais até setembro, município registrou 98 assassinatos nos 10 primeiros meses deste ano. Número de CLVIs entre janeiro e outubro fica abaixo dos 149 contados no mesmo período de 2024. Também é o menor número de assassinatos no município nos 10 primeiros meses do ano desde 2017.
Calibre 5 Com dificuldade de obtenção de números precisos junto às autoridades policiais do município, veículos de imprensa vivem numa verdadeira gangorra. Estranhamente essas informações que deveriam ser centralizadas, são divulgadas de forma solta, dando margem a imprecisões por parte dos veículos de comunicação. Perde a população e as próprias forças de segurança, SSP-BA e PM, que não sinalizam a necessária transparência.
Calibre 6 Para se ter ideia dessa dificuldade, o 12º Batalhão da PM (Camaçari), postou na sua página do Instagram um card onde comemora a “redução de 71% nos crimes violentos letais intencionais” na sua área de atuação. O 12º BPM só não informou os números que respaldam essa significativa queda.
Maré A candidatura a deputado estadual do vereador Tagner Cerqueira (PT) segue em modo espera e ainda sem os movimentos naturais de postulação pra valer. Aguarda o sinal do chefe, o alcaide Caetano, responsável pelo ´superbonder` que vai unir o partido município em torno do seu nome, fundamental para seguir com chances na disputa.
Maré 2 Outro que também busca votos no mesmo campo governista, o titular da pasta de Relações Institucionais (Serin), Ademar Lopes, segue mais solto e dentro do cronograma de candidato. Desfilando com toda a corda e usando tudo a que tem direito da estrutura municipal para seu projeto de Assembleia Legislativa, Lopes, hoje no PSB, aguarda a melhor corrente para seguir na disputa.
Maré 3 No PSB, onde as chances já pareciam pequenas com linha de corte de 61 mil votos para se eleger, com base nas urnas de 2022, o quadro complicou. O partido, com duas das 63 cadeiras, agora projeta cinco vagas com a migração de deputados com mandato. Com essa mudança, Lopes busca novas rotas e o Avante aparece no horizonte como alternativa.
Maré 4 Diferente do adversário, o ex-alcaide Antonio Elinaldo (Uniãio), com chances reais e até tido como um dos estaduais eleitos com boa votação no partido, Tanger e Lopes aparecem numa outra conta. Mesmo com o fortalecimento de Lula, pelo visto mais uma vez o grande cabo eleitoral em Camaçari, os governistas vão encontrar dificuldades na construção de bases no estado. Daí a lembrança da sempre atual máxima do médico Zé Ellis. O ex-vereador e secretário das pastas de saúde e educação da Camaçari dos anos 1980, não titubeava no diagnóstico: “É candidato, mas não é para ganhar”.
Maré 5 Depois de buscar abrigo na base do governador Jerônimo (PT) e negociar a volta ao grupo do alcaide Caetano, a candidata a vice na chapa encabeçada por Flavio Matos (União), a ex-vereadora Professora Angélica, volta para a corrente oposicionista. Se filiou ao PSDB, onde deve ajudar a compor a cota de mulheres candidatas a deputada federal nas eleições de 2026. Com trajetória política confusa e pouco consistente, vereadora eleita pelo PP com 937 votos no pleito de 2020 é outro nome que lembra Zé Ellis: “É candidata, mas...”.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
3novembro2025 Fechamento: 17h55
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O Minha Casa, o recuo do alcaide Luiz Caetano e as eleições de 2026
A viagem da secretária de saúde e o passaporte da oposição descuidada
A mudança da P&D da BYD é freio para a formação de mão de obra na Bahia
Argamassa Depois de anunciar em fevereiro que iria cancelar as quase 24 mil inscrições para o Minha Casa de Camaçari, o alcaide Luiz Caetano (PT) voltou atrás e validou o processo de seleção para as 1.712 unidades habitacionais que serão construídas no município.
Argamassa 2 O recuo de uma medida que até o começo do ano era respaldada por um festival de “irregularidades” identificadas pelo Conselho Gestor do Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social de Camaçari, não deixa de ter relação direta com as eleições de 2026.
Argamassa 3 Anular as inscrições realizadas entre agosto e novembro do último ano de governo do seu antecessor, o alcaide Antonio Elinaldo (União), era mexer num vespeiro com reflexos diretos e indiretos em mais de 120 mil pessoas, e que só beneficiaria seus adversários.
Argamassa 4 Afinal, realizar novo processo de inscrição cutucaria os brios de 23,8 mil famílias que se achariam lesadas no seu direito. Os resultados políticos negativos bateriam justamente em ano que o PT e partidos aliados precisam reeleger o presidente, o governador, dois senadores e fortalecer seu grupo com maioria das bancadas na Câmara Federal e Assembleia Legislativa.
Argamassa 5 Com a manutenção do processo, que passa por filtros legitimados pelos programas de habitação popular da Caixa Econômica, cerca de 22 mil sabem que ficarão fora e não terão do que reclamar. Escolha, ainda segundo esses critérios na chamada Faixa 1, com renda de até dois salários mínimos, pouco mais de R$ 3 mil, caberá ao município.
Argamassa 6 O que o alcaide Caetano precisa fazer é passar a limpo o Minha Casa, onde esses conjuntos habitacionais, verdadeiras cidades, sejam dotados de serviços públicos básicos como transporte, áreas de lazer, segurança e uma política de construção de convivência entre essas famílias vindas de locais e até realidades diferentes.
Argamassa 7 Muito pouco, quase nada, foi feito de estrutura mínima nesses conjuntos que somam mais de 23 mil imóveis entregues pelo programa federal em Camaçari nas duas últimas décadas. Consertar o que está errado, justamente por não aplicação das políticas públicas, é a reforma que o município pode e precisa fazer.
Diagnóstico A secretária Rosângela Oliveira, segue firme no comandando da pasta da saúde em Camaçari (Sesau), e deve retomar as atividades presenciais nos próximos dias. As “férias” na Europa, alardeada de forma injusta pela oposição, não passou de uma viagem às pressas de uma mãe envolvida num problema de ordem familiar urgente.
Diagnóstico 2 Segundo apurou a Coluna, a doutora Rosângela não vai sair e até vem avançando de forma satisfatória no comando da pasta. A crise com a superposição de poderes, com a sua sub, Gabriela Mendes, já está resolvida. O alcaide Luiz Caetano (PT) finalmente entendeu e moveu peças na estrutura da Sesau que estavam impedindo o fluxo desejado e necessário para a titular andar com tranquilidade.
Diagnóstico 3 A doutora Rosângela pode até deixar a pasta em 2026, por outros motivos. É listada como um dos nomes para substituir a titular da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), Roberta Santana, potencial candidata nas eleições legislativas do próximo ano. Nesse caso, o alcaide Caetano teria de mexer na pasta, o que necessariamente seria uma solução dentro da atual estrutura da Sesau.
Cabeça e braços A desistência da BYD de instalar na Bahia um centro P&D (pesquisa e desenvolvimento), confirmado para o Rio de Janeiro, é perda significativa para a formação de mão de obra qualificada na região.
Cabeça e Braços 2 Unidade P&D, que chegou a ser chamada de ´novo vale do silício brasileiro` não apenas permitiria a formação de uma massa crítica de engenharia de software automotivo. Cavalo de pau da montadora chinesa, que segue em Camaçari com sua estrutura de montagem de carros pré-prontos, deixa a UFBA, com seus cursos de engenharia criados no campus de Camaçari, justamente para atender em especial os baianos nesse novo mercado, distante dessa via e de prováveis apoios financeiros.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
27/outubro/2025 Fechamento:17h01
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Camaçari e a desconexão entre planejamento da cidade, cultura e resgate da história
Paisagem Segue sem respostas as denúncias sobre o cochilo, isso quando não atropela a legislação, por parte da prefeitura de Camaçari, na fiscalização do uso do solo em uma das regiões mais valorizadas de todo o litoral baiano.
Paisagem 2 A emblemática Guarajuba, que a Coluna chama de ´Condado`, tal a sua capacidade de atrair investimentos públicos pensados apenas numa elite privilegiada e longe do foco no interesse coletivo, segue acima de qualquer fiscalização. Não faltam exemplos de construções e/ou ocupações de áreas públicas sem os devidos esclarecimentos da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Sedur), como é de sua obrigação legal.
Paisagem 3 Na última edição a Coluna voltou a comentar sobre a rua transformada em área privada. Também citou a construção de um hotel em uma zona que deveria ser de preservação ambiental como contrapartida na construção de um loteamento na mesma Guarajuba.
Paisagem 4 Essa estranha conexão de ações entre a Sedur do governo do alcaide Antonio Elinaldo (2017/2024) e a nova Sedur da gestão 04 do petista Luiz Caetano, se reforça com licenças dadas e depois retiradas para empreendimentos. O PDDU prometido e não revisado pelo atual gestor é outro exemplo.
Paisagem 5 Dificuldades avançam em outra área, a da cultura, onde a direção da Secult, prestes a fechar seus primeiros 300 dias, nada informa sobre o novo cine-teatro. Construído sob os escombros do antigo cinema, demolido de forma criminosa e descompromissada no governo do alcaide Elinaldo, equipamento localizado no coração da cidade segue sem conclusão desde a gestão passada.
Paisagem 6 Nessa conexão, onde o planejamento se mostra precário, o descuido com a história da cidade só reforça o atestado de pouco entendimento sobre sentimento de pertencimento e compromisso com o passado, o presente e o futuro. Juntas e misturadas, aí incluídas a pasta da educação (Seduc), ações do governo continuam distantes da necessidade de resgate de outro pilar: os 467 anos de fundação da cidade, em 1558.
Paisagem 7 Diferença de 200 anos, que orgulha e mobiliza qualquer cidade, começou a ser sinalizada deforma modestíssima na gestão passada, mas foi totalmente ignorada durante os festejos de 267 anos de emancipação política, no mês passado, já no novo governo.
Paisagem 8 Infelizmente, Camaçari continua misturando fundação, ocorrida no aldeamento do Espírito Santo, com a emancipação política em 1758. Afinal, para ser emancipada, Camaçari precisou existir.
Paisagem 9 Outras datas e marcos, como o sítio histórico de Vila de Abrantes, seguem longe do merecido e necessário cuidado como memória. Respaldo não falta. Universo ainda maior e com riqueza de detalhes e comprovações documentais podem ser conferidos nos livros do professor, pesquisador e historiador Diego Copque. É só querer.
Paisagem 10 É nesse cenário de apagamento e poucas referências culturais que Camaçari prepara a eleição para o novo Conselho de Cultura. A eleição pelo voto direto de 11 representantes da sociedade organizada, nas cadeiras de música, teatro, literatura, artes e comunicação, está marcada para dia 29 de novembro. Os outros 10 assentos são de livre indicação do governo municipal.
Paisagem 11 Colegiado, com total de 21 representantes, infelizmente é conhecido pela sua passividade e omissão no debate e fiscalização das coisas da cultura, como determina seu estatuto. Agora, dá marcha à ré com nova configuração que subtrai dois assentos, quando deveria ampliar seu raio de ação.
Paisagem 12 As duas vagas, uma do Cofic e outra da Cidade do Saber (CDS), foram abolidas. O comitê de fomento do polo, provavelmente achando que não existe nenhuma conexão entre cultura e a atividade produtiva num dos maiores complexos industriais integrados do planeta, renunciou à vaga. Já a CDS deixou de ser ONG e agora integra a cota do governo.
Paisagem 13 Dentro, mas ´por fora`, a Associação Comercial e Empresarial de Camaçari, também sem entender a importância de participar do debate sobre a produção cultural numa cidade com mais de 300 mil habitantes e peso econômico diferenciado no mapa do país, segue, mas com histórico de baixa frequência nas reuniões.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
20/outubro/2025 Fechamento: 17h57 |
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Os vereadores de Camaçari e a lei ´total flex` para eleição da nova Mesa Diretora
As irregularidades na valorizada Guarajuba e a omissão da gestão do alcaide Caetano
A BYD muda planos e troca a Bahia pelo Rio, onde vai montar seu centro de pesquisas
Preventiva Como havia comentado a Coluna em agosto (Confira #mce_temp_url#), a bancada oposicionista, com maioria apertada de 12 dos 23 votos, sugeriu e garantiu a aprovação, semana passada, da mudança na data da eleição para a Mesa diretora da Câmara de Vereadores de Camaçari. Escrutínio que tradicionalmente acontece nos primeiros dias do ano em que a nova direção do Legislativo assume o comando dos trabalhos, foi antecipada para 2026, o último ano do biênio (2025/2026) da atual gestão.
Preventiva 2 Mudança é mais um casuísmo dos oposicionistas, em boa parte liderados pelo ex-alcaide Antonio Elinaldo (União), que tentam manter o poder no Legislativo por mais dois anos (2027/2028).
Preventiva 3 Não vai ser fácil. Diante da conjuntura com ao menos dois do time dos 12, de namoro e exibindo sinais visíveis de sintonia com o alcaide Luiz Caetano (PT), receita vai depender da conjuntura política do próximo ano.
Preventiva 4 Em janeiro, mês da antiga regra, a votação acontecia já com os novos eleitos conhecidos: governador, deputados estaduais e federais, os dois senadores e o presidente da República. No outro biênio a mesa é definida pelo recém-eleitos.
Preventiva 5 Daí o detalhe ´total flex`da mudança na Lei Orgânica Municipal, com a definição da data entre 1º de agosto e 15 de dezembro, sendo o dia do escrutínio fixado 30 dias antes pelo presidente. Na atual conjuntura o vereador Niltinho Maturino (PRD), tido como um dos quadros de total confiança do ex-alcaide Elinaldo, comanda o processo e está impedido por lei de ser reeleito.
Caminhos Não pediu para esfriar o ex-vereador Flavio Matos (PL) no seu projeto de troca na disputa por uma cadeira na Câmara Federal por uma vaga de deputado estadual. Essa foi a versão ouvida pela Coluna sobre a pauta da conversa que o ex-alcaide de Camaçari e candidato a deputado estadual, Antonio Elinaldo (União), teve com o João Roma, comandante do PL no estado.
Caminhos 2 Ainda segundo apurou o Camaçarico, o papo foi sobre matemática eleitoral, mas em outras bases fora de Camaçari, onde Elinaldo e o PL, com os mesmos candidatos a governador, ao Senado e à presidência da República, se compõem.
Condado O ex-ministro dos governos Lula e Temer, e chefão do MDB da Bahia, Geddel Vieira Lima, voltou a disparar contra o aliado Luiz Caetano (PT). Depois de cobrar providências para reverter a invasão de uma rua em Guarajuba, transformada em área privada, o alcaide de Camaçari agora é convidado por postagem nas redes sociais a se mexer contra a invasão de uma área verde de cerca de 2 mil metros quadrados, onde foi construído o Hotel Boutique Guarajuba.
Condado 2 Bem ao seu estilo ´bateu, levou`, Geddel linca sem arrodeios o mesmo empresário, identificado pelas iniciais “FF”, no roteiro das duas ocupações ilegais. Mesmo autorizadas na gestão do antecessor, o alcaide Antonio Elinaldo (União), um forte motivo para contestação da gestão 04 do petista, nada vem sendo feito para restabelecer o interesse coletivo.
Condado 3 Nesse mix de problemas como invasões, ocupações e até atos praticados com o aval, ou por conta da omissão da Secretaria de Desenvolvimento Urbano do município (Sedur), o caso de uma rede de supermercados reforça essa lista de demoras e dificuldades para o município cumprir a lei.
Condado 4 Segundo apurou a Coluna, a Justiça já mandou a prefeitura de Camaçari expedir o alvará de construção de um centro de compras na mesma valorizada Guarajuba. Autorização, que chegou a ser festejada pelo então alcaide Elinaldo, com direito a foto e justificada no site da prefeitura como geração de novos e postos de trabalho e mais impostos para o município, terminou sendo anulada pelo mesmo gestor.
Cabeça e braços Deu curto-circuito a promessa da BYD de transformar a Bahia, mais especificamente Salvador junto com Camaçari, onde instalou uma fábrica de veículos elétricos e baterias, no ´novo vale do silício brasileiro´. A confirmação da mudança de planos da montadora chinesa, que agora anuncia o Rio de Janeiro como sede do seu centro P&D (pesquisa e desenvolvimento), foi feito oficialmente no sábado (11), dois dias depois de inaugurar sua unidade em Camaçari.
Cabeça e braços 2 O centro, anunciado para ser instalado na Bahia, em agosto de 2023, será voltado para o desenvolvimento de automóveis autônomos (sem motorista), com custo estimado em cerca de R$ 30 milhões. "É uma cidade muito bonita, com muita energia e inovação. Estabeleceremos nosso centro de P&D aqui, com foco em direção autônoma e em áreas como combustível flex", disse disse Wang Chuanfu, presidente global da montadora BYD.
Axé O Babalorixá, historiador e doutorando em Difusão do Conhecimento pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), João Borges, avança mais uma etapa nos seus estudos com temporada de 2 anos na África. Servidor de carreira do município de Camaçari, Borges aproveita para mergulhar e entender melhor as raízes do ´continente mãe` e suas conexões com o Brasil e a Bahia.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
13/outubro/2025 Fechamento: 17h50 |
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Camaçari fecha setembro com o menor número de assassinatos desde 2017
Cidade segue entre as mais violentas do país e exibindo registros conflitantes sobre mortes
A aprovação das contas do alcaide Caetano e a omissão dos vereadores oposicionistas
Teoria e prática A confirmação da aprovação das contas de 2012, último ano da gestão 03 do alcaide Luiz Caetano, dá bem a dimensão da dificuldade de articulação da oposição ao petista na Câmara de Camaçari. Inicialmente reprovadas e depois revistas e aprovadas com ressalvas pelo mesmo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), contas levaram mais de 2 anos para chegar ao Legislativo de Camaçari.
Teoria e prática 2 Demora na finalização do processo foi decisiva para facilitar a sua aprovação, quinta-feira (02), em segunda e última votação. Mesmo com maioria de 12 votos a favor do relatório do Legislativo Municipal que contrariava parecer do TCM e entendia que as contas deveriam ser rejeitadas, número não foi suficiente para impor derrota a Caetano.
Teoria e prática 3 Pela legislação, processos de contas só podem ser reprovados por dois terços, 16 votos. Como a oposição soma apenas 12 votos, o parecer do TCM foi mantido. Sem alternativa, restou aos oposicionistas reforçar a falsa narrativa de que a Câmara de Vereadores rejeitou as contas.
Teoria e prática 4 Reviravolta que saiu da desaprovação para a aceitação com ressalvas ocorreu graças ao novo entendimento do conselheiro e relator do processo, Nelson Pelegrino. Essas mesmas contas foram rejeitadas por parecer do conselheiro antecessor e relator, Paolo Marconi, e votadas pelo TCM.
Teoria e prática 5 Com a nova leitura do conselheiro e ex-deputado federal petista, Caetano ficou livre da condenação por inelegibilidade. Também fica longe de embaraços para uma possível disputa pelo 5º mandato ou qualquer outro voo político eleitoral. Isso sem falar no carimbo de gestor traquino com o dinheiro do contribuinte.
Teoria e prática 6 Demora, que mudou a conjuntura de votos no TCM, e o entendimento sobre as contas de 2012, não deixou de contar com a omissão do Legislativo de Camaçari durante a última da gestão do alcaide Antonio Elinaldo (União). Mesmo com 18 dos 21 votos, portanto muito além dos necessários dois terços (14 votos), a Câmara de Vereadores não se mobilizou para pressionar o TCM a liberar o parecer em poder do conselheiro Pelegrino, desde sua posse em outubro de 2021.
Teoria e prática 7 Foi assim com o presidente Ednaldo Borges (2021/2022) e com o sucessor Flavio Matos (2023/2024), também do União. Mesmo comandando uma Casa com maioria folgada de votos, nada fizeram para que o TCM acelerasse o andamento da revisão e enviasse o parecer final para votação pelo Legislativo ainda no ano passado.
Teoria e prática 8 Nesse jogo de conveniência política, apenas o vereador Jamesson da Silva (PL) e o presidente do Novo, Cleiton Pereira promoveram ações políticas efetivas questionando a demora no envio das contas para o Legislativo de Camaçari e a mudança de parecer.
Teoria e prática 9 Em 2015 o TCM condenou o então ex-prefeito Caetano ressarcir com recursos pessoais cerca de R$ 4,5 milhões referentes a gastos com publicidade sem comprovação, e pagar multa de R$ 36 mil. Com a revisão da decisão, aprovada pelo TCM em junho deste ano, o petista não vai precisar devolver recursos aos cofres públicos, ficando apenas com a obrigação de pagar R$ 6 mil de multa.
Calibre Camaçari fechou setembro com 2 assassinatos, segundo apuração da Coluna, com base em informações postadas na imprensa local. Número de crimes violentos letais intencionais (CLVIs) é o menor de todo o ano de 2025 e o mais baixo de todos os meses do ano desde 2017.
Calibre 2 Já na soma dos nove meses do ano, os 88 apurados, sendo 86 informados pela SSP-BA até agosto, mais os 2 contados pela Coluna em setembro, período também aparece com o menor número de assassinatos dos últimos 9 anos.
Calibre 3 Mais uma vez a diferença entre os números apurados pela Coluna e os finais e sempre maiores, apresentados pelas autoridades policias, volta a aparecer nos registros de setembro. De acordo com material informativo distribuído pela prefeitura de Camaçari, com base em dados fornecidos pela Polícia Militar, Camaçari registrou 4 assassinatos em setembro, portanto dois a mais, ou 100% acima dos apurados pela Coluna. Por essa conta, setembro fechou com 90 assassinatos. Ainda assim é o menor desde 2017, tanto na conta geral mensal, como na soma dos nove primeiros meses do ano de 2025.
Calibre 4 Nota da prefeitura também compara os CLVIs de setembro desde ano com o mesmo mês do ano de 2024 e informa 4 homicídios a menos que os 10 do ano passado. Mais uma vez as autoridades de segurança exibem um número menor que os 15 contados e divulgados pela Coluna no seu balanço mensal de setembro de 2024.
Calibre 5 Os dois assassinatos contados pela Coluna em setembro deste ano ocorreram dia 12, na Localidade conhecida como Malícia, região de Vila de Abrantes. Assassinatos de mãe e filho, segundo a polícia, o alvo dos criminosos, foi um ´acerto de contas`.
Calibre 6 Queda no número de assassinatos contados e divulgados pela Coluna desde 2017, não pode ser traduzida de forma simples como redução da violência, como costumam informar as autoridades policiais. Estatísticas sobre crimes elucidados e o resultado de operações que efetivamente mostrem recuo das facções criminosas no município e toda a sua teia de crimes são fundamentais para confirmar na prática a narrativa de redução da violência.
Calibre 7 Números do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que coloca Camaçari na 4ª posição no ranking nacional de cidades mais violentas do país em 2024, antes em 2º lugar (2023), confirmam esses poucos avanços. Especialistas dizem que violência no município continua alta, preocupante e exigindo ações mais complexas e integradas, inclusive com o aparelhamento e requalificação das polícias.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
6/outubro/2025 Fechamento: 17h40
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Caetano e as dúvidas sobre mudanças no secretariado e a sucessão em 2028
Elinaldo amplia tropa na rua e busca votação recorde para estadual em Camaçari
Flavio Matos inaugura o ´paz e amor` e quer fazer dobradinha com o ex-alcaide
Receita Depois de atrasos nos salários e descumprimento de outras cláusulas do contrato de prestação de serviços médicos, a prefeitura de Camaçari finalmente resolveu tomar uma atitude e suspendeu a parceria com o Instituto Campinas de Atenção e Assistência à Saúde, Educação e Assistência Social (ICAASES).
Receita 2 Como denunciou a Coluna em julho, o ICAASES vinha desrespeitando cerca de 100 profissionais, entre médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais. Em proporção ainda maior, descompromisso também colocava em risco a qualidade do serviço de atendimento médico no município, há muito tempo com resultados abaixo do esperado.
Receita 3 Infelizmente, mas sempre no mesmo modus operandi, onde a única vítima é a população, o caso ICAASES repete uma velha fórmula do descuido de quem presta o serviço e de quem contrata e não fiscaliza o serviço bancado pelo dinheiro público.
Receita 4 Nesse diagnóstico de descuido fica clara a parcela da Secretaria de Saúde de Camaçari (Sesau), corresponsável e pagador por um contrato mensal de cerca de R$ 2 milhões, R$ 23 milhões/ano pelo serviço.
Receita 5 Conforme nota distribuída pela própria prefeitura, “a extinção contratual não comprometerá o pagamento dos colaboradores, uma vez que a empresa possui créditos a receber da Sesau, o que assegura a quitação dos vencimentos.” Esses “créditos” podem ser resumidos como atraso no pagamento das faturas por parte da prefeitura e o não cumprimento de outras obrigações por parte da ICAASES.
Movimento O grupo do ex-alcaide Antonio Elinaldo (União) segue tomando gosto e ocupando espaço nas ruas. O desfile principal da festa de 267 anos de emancipação política de Camaçari, no último domingo (28), na sede do município, reforçou esse entendimento e segue com luz amarela no comando do opositor.
Movimento 2 Mesmo com presença predominante do grupo político no poder, comandado pelo alcaide Luiz Caetano (PT), avanço da oposição reforça entendimento de que o quadro não é bom e exige a necessidade de mexida no secretariado.
Movimento 3 Vaidoso e sempre avesso a passar atestado de fragilidade, com a possível troca de nomes no primeiro escalão e outros postos chaves, para corrigir erros e melhorar a imagem do governo, o Caetano-04 sabe que precisa ajustar o time. Afinal, a disputa eleitoral de 2026 é logo ali e as avaliações dos próprios governistas é de que a gestão precisa melhorar.
Movimento 4 Quem também botou a cara na rua foi o ex-vereador e candidato a gestor na disputa de 2025 pelo União, Flavio Matos. Agora no PL e candidato a deputado federal, Matos desfilou com seu grupo sem querer polemizar e, pelo visto adotou o estilo ´paz e amor`. Disse à Coluna que continua esperando o aceno do ex-líder Elinaldo para definir uma dobradinha com o ex-alcaide na vaga de candidato a deputado estadual.
Movimento 5 Amarrado até o pescoço com a reeleição do federal Paulo Azi e a eleição do estadual e agora candidato a federal Manoel Rocha, ambos do União, Elinaldo vai ter que administrar esse jogo de apoios estimado em cerca de 20 mil votos na sua principal base. Número, como mostrou a última Coluna, fica longe dos 30 mil votos dados nas eleições passadas.
Movimento 6 O ex-alcaide, mesmo empolgado com o movimento das ruas, esconde os números sobre seu projeto de deputado estadual. Disse que espera somar cerca de 20 mil votos em Camaçari. Se a projeção for real, pule fica longe dos cerca de 40 mil apoios locais estimados pela deputada federal Ivoneide Caetano (PT). Mesmo não sendo concorrentes diretos, e sem a máquina municipal, votações servem como termômetro na medição do peso político dos dois principais grupos.
Movimento 7 Já na disputa direta com os estaduais da base caetanista, Elinaldo leva vantagem, avaliam oposicionistas e até governistas. Certo nesse espaço governista, só a candidatura à reeleição Junior Muniz (PT).
Movimento 8 De olho em 2026 e nos reflexos de 2028, quando disputa o mandato 05, aos 74 anos, ou indica um nome, Caetano ainda não confirmou as candidaturas a estadual do vereador Tagner Cerqueira (PT) e do seu secretário da pasta de Relações Institucionais, Ademar Lopes (PSB).
Movimento 9 Mesmo com poucas chances de eleição, Lopes tende a disputar uma das 63 cadeiras na Assembleia. Com o seu PSB fora da federação, formada pelo PT, PCdoB e PV, legenda comandada pela deputada federal Lídice da Mata no estado precisa somar votos.
Movimento 10 Já a indefinição sobre a postulação do vereador Tagner, também com eleição difícil para o Legislativo Estadual, vai além da simples soma de votos para o PT e reforço de seu capital político com boa votação em Camaçari.
Movimento 11 Tagner, o secretário da pasta de Serviços Públicos (Sesp), Hidemburgo Teles, o TT, e a vice-prefeita, Déa Santos são peças de um tabuleiro ainda não exposto, mas já imaginado.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
29/setembro/2025 Fechamento: 17h55
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Risco O projeto de desmonte da Casa da Criança e do Adolescente de Camaçari, conhecida pela sigla Cica, volta a ganhar força com a gestão 04 do alcaide Luiz Caetano (PT). Já é tema de conversas preocupadas, entre servidores e técnicos da unidade, o risco de sua transferência para outro local. Espaço passaria a integrar um novo projeto que vem sendo chamado de `corredor cultural`, onde o eixo gravitacional é a vizinha Cidade do Saber (CDS), equipamento criado por Caetano em 2007.
Risco 2 Se confirmado, o movimento de descuido da gestão com o projeto de inclusão pela arte/educação, com o diferencial do acolhimento e acompanhamento social, psicológico e pedagógico, se repete e amplia, como fez o petista nos seus governos 02 e 03 (2005/2012).
Risco 3 Essa preocupação com o destino da Casa da Criança e do Adolescente, gerida pela pasta do Desenvolvimento Social e Cidadania (Sedes), já é visível com um núcleo estranho aos princípios do espaço. Desde agosto que parte do Cica é ocupado por uma estrutura para atender um projeto da Secretaria de Esportes e Juventude (Sejuv).
Risco 4 Criado pelo alcaide José Tude, e completando 36 anos neste 2025, o Cica é responsável pelo apoio e incentivo na formação de centenas de jovens. Um dos destaques é o cantor e compositor Denny Denan, da Timbalada, nascido em Camaçari e aluno da casa, onde aprendeu os primeiros movimentos da música.
Risco 5 Com uma equipe de profissionais de primeira linha e um histórico de resultados numa Camaçari onde a desigualdade persiste e até avança, a Casa da Criança e do Adolescente enfrenta esse processo desde a inauguração da Cidade do Saber (CDS), em 2007.
Risco 6 Pelo visto, a Casa da Criança e do Adolescente, que ganhou o apelido de ´primo pobre` pela Coluna, é mais uma vez o alvo de um equívoco.
Apagão A ausência de resposta da prefeitura de Camaçari sobre a licitação de R$ 47 milhões/ano para o aluguel de 249 veículos a combustão, de um total de 251 contratados, mostra que a gestão do alcaide Luiz Caetano (PT), segue com carga baixa.
Apagão 2 Ao ignorar questionamento feito pela Coluna de 8 de setembro (Confira #mce_temp_url#) sobre a contratação de apenas dois veículos, portanto menos de 1% da frota com motorização elétrica, a gestão não apenas se distância do debate mundial sobre a crise climática e opções limpas de desenvolvimento urbano.
Apagão 3 Exibe postura incompatível com os pilares da gestão pública representada pela sigla LIMPE: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência. Também sinaliza desconexão com um futuro que exige ajustes constantes e ausência de medos.
Container O projeto do ex-vereador Ednaldo Borges, de assumir o comando municipal do PSD, caminha para longe do destino que o ex-elinaldista e agora caetanista esperava. O atual presidente da empresa de Limpeza Urbana de Camaçari (Limpec) tentou, por cima, através do senador Angelo Coronel, a sua entrada com amplos poderes na legenda.
Container 2 Movimento terminou descartado pelo senador Otto Alencar, chefão do partido no estado. A Coluna apurou que o PSD de Camaçari só sai do comando do médico e ex-vereador Vital Sampaio se ele quiser abrir mão do posto.
Container 3 O ex-vereador pelo União e derrotado nas eleições de 2024, quando ficou na quinta suplência do seu ex-partido, com 1.242 votos, pode até entrar no PSD. Não assume cargo na executiva, muito menos terá certeza de legenda para disputar uma cadeira de deputado estadual no pleito de 2026.
Container 4 Esse é o segundo movimento de Borges desde o fracasso nas urnas do ano passado. Também tentou movimento parecido no PSB, onde até assinou ficha de filiação.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
15/setembro/2025 Fechamento: 17h50 |
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Risco O projeto de desmonte da Casa da Criança e do Adolescente de Camaçari, conhecida pela sigla Cica, volta a ganhar força com a gestão 04 do alcaide Luiz Caetano (PT). Já é tema de conversas preocupadas, entre servidores e técnicos da unidade, o risco de sua transferência para outro local. Espaço passaria a integrar um novo projeto que vem sendo chamado de `corredor cultural`, onde o eixo gravitacional é a vizinha Cidade do Saber (CDS), equipamento criado por Caetano em 2007.
Risco 2 Se confirmado, o movimento de descuido da gestão com o projeto de inclusão pela arte/educação, com o diferencial do acolhimento e acompanhamento social, psicológico e pedagógico, se repete e amplia, como fez o petista nos seus governos 02 e 03 (2005/2012).
Risco 3 Essa preocupação com o destino da Casa da Criança e do Adolescente, gerida pela pasta do Desenvolvimento Social e Cidadania (Sedes), já é visível com um núcleo estranho aos princípios do espaço. Desde agosto que parte do Cica é ocupado por uma estrutura para atender um projeto da Secretaria de Esportes e Juventude (Sejuv).
Risco 4 Criado pelo alcaide José Tude, e completando 36 anos neste 2025, o Cica é responsável pelo apoio e incentivo na formação de centenas de jovens. Um dos destaques é o cantor e compositor Denny Denan, da Timbalada, nascido em Camaçari e aluno da casa, onde aprendeu os primeiros movimentos da música.
Risco 5 Com uma equipe de profissionais de primeira linha e um histórico de resultados numa Camaçari onde a desigualdade persiste e até avança, a Casa da Criança e do Adolescente enfrenta esse processo desde a inauguração da Cidade do Saber (CDS), em 2007.
Risco 6 Pelo visto, a Casa da Criança e do Adolescente, que ganhou o apelido de ´primo pobre` pela Coluna, é mais uma vez o alvo de um equívoco.
Apagão A ausência de resposta da prefeitura de Camaçari sobre a licitação de R$ 47 milhões/ano para o aluguel de 249 veículos a combustão, de um total de 251 contratados, mostra que a gestão do alcaide Luiz Caetano (PT), segue com carga baixa.
Apagão 2 Ao ignorar questionamento feito pela Coluna de 8 de setembro (Confira #mce_temp_url#) sobre a contratação de apenas dois veículos, portanto menos de 1% da frota com motorização elétrica, a gestão não apenas se distância do debate mundial sobre a crise climática e opções limpas de desenvolvimento urbano.
Apagão 3 Exibe postura incompatível com os pilares da gestão pública representada pela sigla LIMPE: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência. Também sinaliza desconexão com um futuro que exige ajustes constantes e ausência de medos.
Container O projeto do ex-vereador Ednaldo Borges, de assumir o comando municipal do PSD, caminha para longe do destino que o ex-elinaldista e agora caetanista esperava. O atual presidente da empresa de Limpeza Urbana de Camaçari (Limpec) tentou, por cima, através do senador Angelo Coronel, a sua entrada com amplos poderes na legenda.
Container 2 Movimento terminou descartado pelo senador Otto Alencar, chefão do partido no estado. A Coluna apurou que o PSD de Camaçari só sai do comando do médico e ex-vereador Vital Sampaio se ele quiser abrir mão do posto.
Container 3 O ex-vereador pelo União e derrotado nas eleições de 2024, quando ficou na quinta suplência do seu ex-partido, com 1.242 votos, pode até entrar no PSD. Não assume cargo na executiva, muito menos terá certeza de legenda para disputar uma cadeira de deputado estadual no pleito de 2026.
Container 4 Esse é o segundo movimento de Borges desde o fracasso nas urnas do ano passado. Também tentou movimento parecido no PSB, onde até assinou ficha de filiação.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
15/setembro/2025 Fechamento: 17h50 |
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Conectada O pacote de R$ 47 milhões/ano para o aluguel de 251 veículos pela prefeitura de Camaçari só reforça o entendimento geral da distância entre o discurso e a prática da gestão 04 do alcaide Luiz Caetano (PT). A nova mentalidade sobre mobilidade, os veículos elétricos fabricados em Camaçari, as políticas de mudança da matriz energética, e o município no debate mundial sobre novas tecnologias, propostas do petista durante a campanha eleitoral, enfrentam dificuldades nesses primeiros 270 dias da gestão.
Conectada 2 Contratos no setor de transportes, com custos de cerca de R$ 4 milhões mensais, e exigência de motorização por fontes tradicionais e derivadas de petróleo para mais de 99% dos veículos licitados mostram justamente a opção da gestão de Camaçari pelo velho modelo a combustão.
Conectada 3 Dividida em três lotes, a licitação para aluguel das mais de duas centenas de veículos possui apenas duas unidades com exigência de motorização elétrica. Esses dois veículos formam com outros dois de tração a diesel, justamente o pacote de quatro blindados que reforçarão a segurança pessoal do alcaide e de seus mais próximos.
Conectada 4 Ao não mudar a velha lógica e definir parcela significativa dessa frota licitada, formada pelos modelos sedan, hatch, crossover, suv, pick-up, caminhões ônibus e motocicletas, na sua totalidade com farta opção na motorização elétrica disponível no mercado, a prefeitura de Camaçari não apenas se exclui da lista dos municípios que já adotam essa prática sustentável.
Conectada 5 Sem sequer definir um cronograma de transição dessa frota do convencional para o elétrico, Camaçari amplia sua distância do debate mundial sobre a crise climática e opções limpas de desenvolvimento urbano.
Conectada 6 Conta de gente do ramo automotivo, ouvida pela Coluna, estima que numa solução modesta e dentro da oferta do mercado, ao menos 25%, cerca de 60 veículos que o município vai alugar, poderiam ser elétricos. Medida geraria significativa economia de recursos para os cofres do município, redução da emissão de poluentes, além de incluir Camaçari nos novos negócios gerados por essa rede de serviços e abastecimento na tomada.
Conectada 7 Esse feio de mão movido a combustão atrasa não apenas a obrigação do poder público de contribuir para a redução da poluição. A gestão do petista também deixa de faturar politicamente com o foguetório da melhoria da qualidade de vida dos cerca de 300 mil habitantes de Camaçari.
Conectada 8 Ao optar pela quase totalidade da frota de veículos a serviço da prefeitura com motor tradicional e emissor de gases poluentes, o governo municipal sinaliza ausência de um modelo. Licitação mostra que a prefeitura de Camaçari sequer possui um projeto embrionário de gestão nessa tendência global de mobilidade sem poluição.
Conectada 9 Movimento não ajuda Camaçari a se inserir como potencial polo de desenvolvimento de inovações no setor. Sediar e festejar a unidade brasileira da BYD, a maior fabricante mundial de veículos elétricos, é pouco e não garante esse salto. A própria montadora chinesa pode ser uma parceira na construção desse novo e irreversível necessário cenário.
Conectada 10 Com 9 meses de gestão e sem tempo para perder, o alcaide Caetano precisa construir uma agenda ampla e transversal com novas propostas e negócios. Não dá para planejar nada que não comtemple o município com seus 785 km² de área, diversidade com rios, matas, dunas, praias, história e cultura.
Conectada 11 Mesmo priorizando o seu complexo industrial integrado, principal motor de geração de impostos, emprego e renda, Camaçari não pode continuar descuidando do seu potencial turístico e da força e perspectiva de crescimento na produção de alimentos, se insistir em desprezar sua agricultura. Sem esse novo olhar fica difícil gerar qualificação e riquezas para a população nesse novíssimo mercado de tecnologias limpas.
Sinais Apesar da máquina, sempre favorável ao grupo político no poder, a presença da militância petista e demais partidos da base caetanista deixaram a desejar no desfile do 7 Setembro, na Gleba E. Com tamanho parecido, mesmo sem a vantagem do Diário Oficial, os oposicionistas liderados pelo ex-alcaide Antonio Elinaldo (União) mostraram que estão vivos e estimulados. É aguardar o termômetro do desfile do dia 28.
Sinais 2 Mesmo com pouca, quase nenhuma chance de se eleger deputado federal, o ex-vereador Flavio Matos (PL) segue vivo e incomodando. O motivo é a capacidade do ex-candidato a prefeito pelo grupo elinaldista de fazer estragos nas contas de votação dos federais Paulo Azi e Manoel Rocha, ambos do União, em Camaçari. Resistência de Matos, a um ano das eleições, tem deixado estressados o ex-alcaide Elinaldo e seus capas pretas.
Calibre A diferença entre os números apurados pela Coluna e os finais e sempre maiores, apresentados pela SSP-BA, aparecem até nas contas oficiais exibidas pelas forças policiais do estado. Durante balanço da violência nos primeiros seis meses de 2025, a prefeitura de Camaçari informou em julho, com base em dados fornecidos pela PM, que o município registrou 77 assassinatos entre janeiro e junho. Número não bate com os 78 CLVIs informados pela SSP-BA no seu último boletim postado dia 14 de agosto.
Calibre 2 Camaçari fechou agosto com 9 assassinatos, segundo apuração da Coluna, com base em informações postadas na imprensa local. Número mensal é o 3º mais alto do ano. Fica atrás de maio (13) e abril (10), e igual a janeiro. Já na soma dos oito meses do ano, os 93 apurados é o segundo menor número de assassinatos no período desde 2017, atrás apenas dos 8 registros de agosto de 2018.
Calibre 3 Os 93 de crimes violentos letais intencionais (CLVIs) contados no período reúnem os 9 registros apurados pela coluna em agosto, mais os 78 informados pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) entre janeiro e julho, no seu último boletim, datado de 14 do mês passado.
Lead A jornalista e empresária da área da comunicação, Suely Temporal, será confirmada e empossada presidente da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), em votação com chapa única, próxima quarta-feira (10). Nome foi consensuado a partir da construção do atual presidente da entidade, o jornalista Ernesto Marques, que fecha seu segundo mandato consecutivo (2021/2025). Com a caneta até 2028, Suely, atual segunda vice-presidente da entidade, será a primeira mulher a comandar a ABI, desde a sua criação em 1930.
Lead 2 Já a jornalista Fernanda Gama, eleita em julho, também em chapa única e com ampla aceitação da categoria, comanda o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (Sinjorba), triênio 2025-2028. Ocupa, desde o último dia 19 de agosto, o lugar de Moacy Neves, agora vice-presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).
Lead 3 Jornalismo, ética, IA, comunicação com compromisso coletivo e responsabilidade social, e defesa da categoria são pautas que Fernanda Gama e Suely Temporal vão precisar fazer avançar.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
8/setembro/2025 Fechamento: 12h05
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A rica cidade sede do polo descuida e pouco faz para preservar sua memória A classe política de Camaçari e o negacionismo histórico Apagamento é marca dos grupos que se alternam no poder desde 1985
Negação O descuido da classe política de Camaçari com a história da cidade e a já sem tempo necessidade de seu resgate não deixa de ter analogia com a visão atrasada de que a terra é plana. Na borda do entendimento e longe da esfera dos documentos, a visão curta ao ignorar a data de fundação da cidade, 200 anos antes do que é festejado, é horizonte comum nos dois núcleos de poder que dominam Camaçari nas últimas quatro décadas, desde a volta da eleição direta no município, em 1985.
Negação 2 Tanto o ex-alcaide de dois mandatos, Antonio Elinaldo (União), como o que agora ocupa o cargo de gestor pela 4ª vez, Luiz Caetano (PT), parecem não entender a importância desse reposicionamento do município, sede de um dos maiores complexos industriais integrados do planeta, na cronologia do Brasil.
Negação 3 As marcas desse apagamento são ainda mais profundas e avançam sobre outro importante pedaço da memória da cidade. No Centro Antigo só escapou da marreta a antiga estação de trens, única de pé, revitalizada e transformada em museu. O cinema e o centenário casarão, sede dos três poderes e marco da cidade, foram demolidos no primeiro governo Elinaldo, em 2019.
Negação 4 Poderia ter sido diferente se as gestões anteriores, a 02 e 03 (2005/2012) do petista Caetano, e a do seu sucessor e aliado, Ademar Delgado (2013/2016), tivessem avançado no projeto de recuperação do Centro Antigo. Esses 12 anos de descuido abriram caminho para a visão varejista de desenvolvimento urbano do sucessor.
Negação 5 Não satisfeito com o estrago no centro antigo, o ex-alcaide ignorou a conexão do projeto de tombamento da centenária Igreja do Divino, em Vila de Abrantes e o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) do município. Requalificou a Praça da Matriz sem levar em consideração que a área integra um sítio histórico do século 16, portanto marco inicial da cidade e zona que exigia tratamento diferenciado.
Negação 6 Seguindo esse roteiro de descuido, daqui a duas semanas começam os desfiles em Monte Gordo, Vila de Abrantes e o último, dia 28 na sede do município. Festas cívicas com a participação e escolas e grupos culturais deveriam festejar os 467 anos de fundação da cidade com sua criação na aldeia de Vila de Abrantes, em 29 de maio de 1558. Sem essa revisão também teremos mais um ano lembrando os 267 anos de emancipação como se fosse a data de formação do seu primeiro núcleo urbano.
Negação 7 Movimento que insiste em ignorar os documentos, por consequência a grandeza ainda maior de Camaçari, conta com o apoio da Câmara de Vereadores, que se junta ao Executivo nesse apagamento de 200 anos de história. Mais preocupados com distribuição de cargos e benesses para seus apaniguados, infelizmente todos os 23 vereadores de Camaçari sequer buscam abrir o debate para restabelecer a data de criação do espaço de poder que representam.
Negação 8 Conforme farta documentação, disponível no museu da cidade e em outros espaços de pesquisa, Legislativo tem outra data de criação, em 13 de abril de 1936, portanto 12 anos antes dos 77 festejados em 21 de março de 1948. Data que marca os 89 anos da Câmara de Vereadores tem relação direta com a volta à normalidade depois do intervalo imposto pela ditadura do Estado Novo do presidente Getúlio Vargas.
Negação 9 História do Legislativo é mais antiga e merece um olhar mais cuidadoso. Passa por dois períodos: o Colonial, a partir de 1758, quando se festeja a emancipação, já com assentos para representantes da população, e o período Republicano, a partir de 1889.
Negação 10 Graças aos livros e pesquisas do professor e historiador Diego Copque, e de outros pesquisadores de Camaçari, movimento pelo resgate dessa memória e da sua materialização em espaços públicos ganha corpo com o apoio de gente da cidade. Urgência desse debate conta até com raríssimas exceções na assessoria do governo municipal.
Negação 11 Postado semana passada no Colunistas do Camaçari Agora, o artigo “Origem do bairro do Limoeiro e os 467 anos de fundação de Camaçari” do professor Copque volta a alertar sobre a necessidade desse olhar. É leitura necessária.
Negação 12 Dificuldades dos poderes Executivo e Legislativo sobre seus papéis fazem lembrar o baiano Rui Barbosa: “Não falsifica a História somente quem inverte a verdade, senão também quem a omite.” Ainda há tempo de começar a corrigir esse equívoco já nos festejos de setembro. É só querer mudar a narrativa.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
1º/setembro/2025 Fechamento: 17h05
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Ilustração da artista Kalundewa
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O sistema de saúde pública em Camaçari e a contribuição da rede particular
Melhoria do atendimento à população passa pela compensação dos impostos não pagos
Hospitais e clínicas somam cerca de R$ 30 milhões em dívidas
Diagnóstico Não deixa de ser um passo importante, mas poderia ter um alcance ainda maior, o convênio da Secretaria de Saúde de Camaçari (Sesau) com um hospital particular da cidade, para assegurar atendimento especializado com cirurgias eletivas e outros procedimentos para a população carente e sem plano de saúde, residente no município.
Diagnóstico 2 Bancado pelo programa federal Mais Acesso a Especialistas (PMAE), atendimentos via convênio com o governo estadual e remunerado pelo SUS precisam ser ampliados com novas ações. Formas existem e precisam ser usadas para reduzir esse déficit no atendimento que só piora o sistema público de saúde com mais doenças e mortes.
Diagnóstico 3 Como comentou a Coluna, postada em 7 de abril, sobre os primeiros 100 dias da gestão, dificuldades vão além da montagem da equipe de governo. Esbarram na ausência de recursos suficientes para o funcionamento mínimo do sistema de saúde numa cidade com cerca de 300 mil habitantes e mais de 400 mil cadastrados no Sistema Ùnico de Saúde, daí a necessidade de ampliar essa oferta de serviços.
Diagnóstico 4 Ações de emergência, como mutirões de consultas e exames podem, devem e precisam ser realizados com o apoio da rede privada do município. Essa conta de custos, seja descontado dos impostos não pagos, ou com o município bancando parte dessa conta, precisa avançar com novas fórmulas.
Diagnóstico 5 Sem números oficiais, dívidas de clínicas e hospitais da cidade com impostos municipais, estimados por fontes da Coluna em cerca de R$ 30 milhões, ajudariam a reduzir de forma significativa a fila de espera por atendimentos médicos. Número não é pequeno e se aproxima do orçamento mensal da Sesau, aí incluído o repasse federal do SUS.
Diagnóstico 6 Sem informar custos e a previsão de pessoas atendidas pelo programa lançado semana passada, a prefeitura sabe que esse número de procedimentos seria muito maior e mais eficaz com a complementação desse justo e necessário encontro de contas com todas essas estruturas privadas.
Diagnóstico 7 Instrumentos não faltam, como o contrato de compensação tributária, vigente mas ainda não usado nesses quase 9 meses do novo governo municipal do alcaide Luiz Caetano (PT). Modelo criado na gestão do antecessor, o alcaide Antonio Elinaldo (União), chegou ser aplicado antes e durante a pandemia da covid-19, mas ficou muito aquém do seu poder de ajudar a reduzir esse quadro de desigualdade.
Diagnóstico 8 Mesmo em minoria, não seria obstáculo para o governo 04 do petista aprovar no Legislativo um outro mecanismo municipal de transformação desses créditos em atendimentos médicos, caso seja necessária uma nova construção jurídica. Quem da maioria oposicionista, formada por 12 dos 23 vereadores de Camaçari, vai ficar contra um projeto que melhora o sistema de saúde dos seus eleitores?
Diagnóstico 9 Seja com modelo novo ou usando e ajustando o em vigor, a receita passa pela vontade política de avançar e criar parceria e responsabilidade de todos com a saúde no município. Esse é o remédio que a população tanto precisa.
Referência Hoje, 25 de agosto, é dia de festejar a consciência sem os equívocos da patrulha. Dia do saber pertencer e de ajudar a construir e ampliar esse pertencimento com leveza e respeito. Hoje é dia de samba, de sambar, de feijão, de arte, de orgulho, de beleza, de acolhimento. É dia de Axé, do Afoxé Filhos de Eulina, dia do reviver a força e o mistério da expressão ´naganinga, nagonê`. Hoje é dia de comemorar os 76 anos bem vividos e semeadores de Arlindo Lindu. Parabéns, Mestre! Vc é referência e orgulho de Camaçari.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
25/agosto/2025 Fechamento: 11h58
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Leia no Camaçarico
Vereadores oposicionistas querem antecipar eleição da Mesa com medo das urnas
As eleições para o Conselho de Meio Ambiente e o recuo dos movimentos populares
O acarajé e a fritura do planejamento na prefeitura de Camaçari
Fragilidade Com maioria apertada de 12x11, e em constante insegurança, diante do histórico fisiológico, somado à pressão do alcaide Luiz Caetano (PT), para trazer ao menos um para seu lado, os oposicionistas da Câmara de Camaçari discutem mudança na data de eleição da Mesa Diretora, biênio 2027/2028.
Fragilidade 2 A Coluna apurou que ideia é antecipar para agosto a escolha no novo presidente e demais membros. Capitaneados pelo presidente do Legislativo, vereador Niltinho Maturino (PRD), antigovernistas não querem arriscar zebra com votação em 15 de dezembro, já com os novos eleitos definidos: governador, deputados estaduais e federais, 2 senadores e presidente da República.
Fritura Depois do atestado de descuido com a continuação, sem a necessária revisão do projeto da praça Montenegro, como mostrou o Camaçarico, a gestão de Camaçari, do alcaide Luiz Caetano (PT), comete mais um equívoco ao tentar derrubar o tacho do Acarajé da Rosa, famosa quituteira da praça Abrantes.
Fritura 2 Instalada no local há cerca de 40 anos, portanto marca da paisagem e referência de qualidade na gastronomia da cidade, Rosa vem enfrentando constrangimentos por conta de um projeto desconectado com a realidade que apenas vem tentando corrigir.
Fritura 3 Reconstruído com a requalificação da praça Abrantes, na gestão do alcaide Elinaldo (União) e sob o esquadro da secretária de obras (Seinfra), a doutora Joselene Cardin, quiosque precisou de ajustes para funcionar dentro das necessidades exigidas para um ponto de baiana do acarajé. Modificações feitas com recursos da própria microempresária, que não foi ouvida durante a definição do projeto, terminaram sendo questionadas pela nova Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), que chegou a dar ultimado sob ameaça de interdição.
Fritura 4 Depois de reconhecer que queimou a mão, a pasta comandada pelo doutor Rodrigo Nogueira finalmente recuou. O azeite quente das redes sociais, onde o equívoco viralizou, deixou a lição de que planejamento sem o tempero da tradição e da representatividade vira receita indigesta no cardápio de uma cidade.
Espelho O Conselho Municipal de Meio Ambiente de Camaçari (COMAM) escolheu na última sexta-feira (15) os 6 representantes da sociedade civil. Na votação direta entre os 11 inscritos e habilitados, dois não compareceram, deixando representações sem suplência e reduzindo ainda mais o já limitado peso dessas categorias no processo de participação no colegiado.
Espelho 2 Foram eleitos representantes dos institutos Restinga e Cidade Verde, nas vagas para entidades ambientalistas. A cadeira comunidade científica ficou com a UniFamec (Centro de Educação Metropolitana). Já a Associação de Agricultores e Piscicultores de Cancelas/Jordão vai ocupar a vaga dos representantes dos trabalhadores do setor de atividades primárias.
Espelho 3 O assento com direito a voto das entidades sindicais de trabalhadores no COMAM ficou com o Sindborracha, Sindicato dos Trabalhadores dos Artefatos de Borracha de Camaçari e Simões Filho. Representante dos trabalhadores de um setor altamente poluidor, o Sindborracha vai precisar mostrar atuação compromissada com a luta ambiental no COMAM. O outro candidato habilitado, que estranhamente gazetou, foi o Sispec, o Sindicato dos Professores da Rede Pública.
Espelho 4 Coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), processo eleitoral teve seu formato criticado por parte dos representantes. Sem acatar mudanças, vaga destinada a associações de moradores terminou em empate, com cada uma das três habilitadas assegurando o voto na sua entidade, como previam as quixas.
Espelho 5 Disputa se resumiu ao Conselho Comunitário de Itacimirim e Barra do Pojuca (Conseg), Associação dos Moradores dos Condomínios de Guarajuba (Ascon) e Associação dos moradores do condomínio Busca Vida. Essas duas últimas associações são conhecidas por formarem uma espécie de condados formados por moradores da classe A e mais focadas em melhorias nos seus espaços.
Espelho 6 Apesar de Camaçari somar dezenas de entidades, desarticulação política e/ou descaso com o fortalecimento das associações de moradores no conselho, movimento deixa o COMAM com uma representação distante dos movimentos populares que tanto a administração do alcaide Caetano diz defender.
Espelho 7 O resultado foi a eleição da associação de Busca Vida, beneficiada pelo critério do desempate por ser a mais antiga. Questionamentos contra o condomínio Busca Vida não são poucos. Dificuldades de não moradores do condomínio, em especial de Vila de Abrantes, acessarem a praia e áreas de preservação, e avanço sobre espaços de marinha estão entre as queixas amplamente divulgadas na imprensa.
Espelho 8 Colegiado tripartite com 18 membros e importante na definição da política ambiental de Camaçari, o COMAM tem outros 6 representantes do governo e número igual no setor produtivo, ainda sem escolhas.
Acredite Os senadores Jaques Wagner (PT), Otto Alencar e Angelo Coronel, ambos do PSD, somam anualmente pouco mais de R$ 205 milhões em recursos disponíveis para gastarem com emendas parlamentares na Bahia.
Acredite 2 Volume de poder de cada um dos senadores, R$ 68,5 milhões, não fica muito longe da gorda bolsa dos 39 deputados federais baianos. Os R$ 48,1 milhões de emendas parlamentares que os federais têm direito para gastar como desejarem, é quase metade de um mês do orçamento de Camaçari.
Acredite 3 Os quase R$ 2 bilhões das chamadas emendas pix, soma das cotas dos 39 representares da Bahia no Congresso, talvez explique as ajudas estranhas, como o R$ 1,5 milhão destinado pela deputada Ivoneide Caetano (PT) para ajudar na construção do novo prédio do Ministério Público de Camaçari. Valor equivale a quase 20% dos R$ 8,7 milhões que a parlamentar distribuiu para ações em Camaçari neste ano, segundo informou sua própria assessoria.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
18/agosto/2025 Fechamento: 12h05 |
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* A Secretaria de Desenvolvimento Social e os invisíveis * Cidade do Saber completa 18 anos e ainda não virou a chave * O assassinato de um adolescente de 14 anos e a violência em Camaçari * O Giro na Cidade e a força da TV via internet
Esquecidos Com carência de técnicos e dificuldades para realizar até o básico, como distribuição de cestas, kit enxoval e outros benefícios, a Secretaria de Desenvolvimento Social de Camaçari (Sedes) vem dando uma aula de como não cumprir as políticas públicas determinadas pelo Sistema Único da Assistência Social (SUAS).
Esquecidos 2 Os tropeços da gestão da doutora Jeane Gleide são tão grandes, para uma pasta com orçamento diferenciado e ajuda federal, que nem o Espaço Conviver funciona. Inaugurado na gestão 02 (2005/2008) do alcaide Luiz Caetano (PT), centro de apoio e acolhimento a dezenas de idosos está com suas atividades suspensas. Mais grave que a reforma iniciada no começo do ano e sem data para acabar, é a falta de alternativa de atendimento.
Esquecidos 3 Apesar do discurso de fazer diferente, a nova Sedes segue a fórmula do antecessor. Continua sem enxergar o seu real papel. Lista dos invisíveis vai além da população 60+. Se completa com a redução das ações do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua, o Centro Pop, e a Casa da Criança e do Adolescente, isso sem falar na precariedade das outras unidades que formam a rede SUAS.
Esquecidos 4 Relegada a condição de ´primo pobre` desde a inauguração da Cidade do Saber (CDS), em 2007, também na gestão 02 do alcaide Caetano, espaço de educação e inclusão de jovens carentes do município é outro exemplo. Numa Camaçari cada vez mais violenta e excludente, a Casa da Criança segue funcionando sem a estrutura e os avanços necessários que assegurem condições mínimas de competitividade a seus alunos. Quadro só não é pior por conta da dedicação e qualificação do seu time de técnicos e educadores.
Esquecidos 5 Tragédia, antes vivida apenas pelo primo pobre, atravessa a rua e se reforça com o agora ex-primo rico. Se nada mudar, a Cidade do Saber, fechada para reformas e comandada por outra pasta, a da Cultura (Secult), volta a funcionar sob a velha lógica do escolão.
Esquecidos 6 Como registrou a Coluna em várias postagens, estrutura festejada desde a sua criação, dentro e fora de Camaçari, graças a um eficiente projeto de marketing, a Cidade do Saber se distanciou do que deveria ser seu eixo, ao não executar uma política eficaz de inclusão real de jovens.
Esquecidos 7 A prefeitura de Camaçari, patrocinadora do projeto, que completou 18 anos em março, errou e queimou dinheiro público ao optar e insistir na equivocada e problemática gestão do Instituto Professor Raimundo Pinheiro. Sem nenhuma transparência, ONG com seus penduricalhos, salários astronômicos e transformada num cabide de empregos para aliados, foi responsável pela gestão do equipamento nos 10 primeiros anos de funcionamento da CDS.
Esquecidos 8 Apesar das pressões do sucessor e aliado de Caetano, Ademar Delgado, a poderosa ONG foi maior e seguiu gerindo o projeto. Mesmo com o afastamento da ONG na gestão seguinte, essência da desigualdade na CDS continuou nos 8 anos do adversário do grupo petista, o alcaide Antonio Elinaldo (União).
Esquecidos 9 Apesar de exibir significativos avanços, a CDS terminou somando monumentais recuos, como o fim dos projetos musicais sinfônicos, de dança, de artes cênicas, de esportes, de pessoal técnico para o setor de entretenimento. Com programação cada vez menos representativa, a cidade perdeu até o estímulo de ir ao 2º maior da Bahia, o Teatro Cidade do Saber (TCS), com danosas consequências no orgulho e sentimento de pertencimento da sua população.
Esquecidos 10 Fechada para mais uma reforma, a Cidade do Saber chega na sua maioridade precisando virar sua chave, justamente sob a gestão do seu criador. A CDS só tem futuro real se for passada a limpo.
Calibre Camaçari fechou julho com 6 assassinatos, segundo apuração da Coluna, com base em informações postadas na imprensa local. Chama a atenção no levantamento de julho o assassinato de um adolescente de 14 anos, no dia 23, no bairro Gleba E. Facções criminosas e seu mercado da droga, tidas pela polícia como responsáveis por esse e outros assassinatos no município, seguem avançando e ampliando poder na sede, orla e zona rural.
Calibre 2 Se confirmado com o número mensal, ainda não informado no site da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), julho aparece com junho como os meses com os menores números de mortes violentas de 2025.O recorde do ano foi em maio, com 15 registros, segundo apuração do Instituto Fogo Cruzado. Já na soma dos 7 meses do ano, os 83 assassinatos apurados extraoficiais também aparecem como o menor no período desde 2017.
Calibre 3 Dos 83 de crimes violentos letais intencionais (CLVIs) contados no período reúnem os 6 registros apurados pela coluna em julho, mais os 77 informados pela SSP entre janeiro e junho, no seu último boletim. Número final pode ser maior, já que levantamento dos meses anteriores mostra diferença entre os apurados pela Coluna e os números finais apresentados pela SSP-BA.
Referência O programa Giro na Cidade e a TV Connect Brasil completam nesta terça-feira (12), 10 anos de informação, histórias e entretenimento. Transmitido pelo YouTube e comandado pelo comunicador Edilson Alves, programa é líder nas tardes de Camaçari e Região Metropolitana. Completam o time dessa produção de sucesso o repórter Antônio Cruz, a produtora Nani Lima, o comentarista Gilson Farias, e a diretora geral de Sâmia Cordeiro.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
11/agosto/2025 Fechamento: 20h18
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O Sindicato dos Professores de Camaçari e os dois discursos
O recuo do TCM e o alívio da oposição no Legislativo
O ex-vereador Val Estilos e a navalha da política
O livro do professor Diego Copque, a Flipelô e a história ignorada
Nota vermelha Não é bom sinal a queixa de falta de professores e pessoal de apoio em escolas do município, feita pelo Sindicato dos Professores. Denúncia não partiu da oposição. O Sispec, entidade de trabalhadores na educação, ligada ao PT e sob forte influência do vereador licenciado e atual secretário de educação, Marcio Neves (PT), usou as redes sociais nos últimos dias para cobrar melhorias no setor de forma direta ao alcaide Luiz Caetano (PT).
Nota vermelha 2 Mesmo expondo uma caderneta cheia de problemas, como falta de merenda, queixa sobre fardamento dos estudantes, transporte escolar e estrutura, o Sispec segue junto e misturado e não deixa de dar sua contribuição nessa avaliação que precisa melhorar. Segundo apurou a Coluna, o mesmo sindicato que reclama de falta de pessoal tem tirado professor da sala de aula para reforçar seus quadros na organização sindical.
Respiro O Legislativo de Camaçari retoma nesta terça-feira (5) os trabalhos em plenário e na maioria das atividades, depois do recesso de mais de 45 dias, desde a segunda quinzena de junho. Volta aliviado com o recuo do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) que depois de considerar irregular e mandar suspender o pagamento das gratificações por condições especiais de trabalho (CET) de cerca de 150 funcionários da Câmara de Vereadores de Camaçari, deu marcha à ré.
Respiro 2 O TCM acatou os argumentos do Legislativo, comandado pelo presidente Niltinho Maturino (PRD), de que não houve ilegalidade e que a suspensão do reforço salarial prejudicaria o bom e necessário andamento dos trabalhos na Câmara de Vereadores. Gasto, que só nos primeiros 6 meses do ano somaram cerca de R$ 3 milhões, devem dobrar até dezembro fechando em algo em torno de 7,5% dos cerca de R$ 78,7 milhões que a Câmara tem direito anualmente para bancar suas despesas.
Respiro 3 Manutenção dos cerca de R$ 500 mil mensais, valor que pode até aumentar, traz alívio não apenas para servidores e nomeados. Mantém a tranquilidade entre os 23 vereadores, em especial os 12 da base oposicionista que seguem sem esse motivo para zanga na barricada anticaetanista.
Lâminas Sem pentes e tesouras suficientes para enfrentar os donos do salão oficial da política camaçariense, o ex-vereador Val Estilos elegeu o vereador Tanger Cerqueira (PT), um mero ´barbeiro` nesse cenário, como o responsável pelo seu rompimento político, e parece que até pessoal, com a vereadora Sales Brito.
Lâminas 2 Eleita pelo PSD com 1.919 votos, graças ao capital político do ex-vereador e usando a grife Sales de Val Estilos, a vereadora mudou o leiaute político. Descoloriu a antiga marca e agora segue sob o visual político Sales Brito, e orientação do alcaide Luiz Caetano e da sua esposa, a deputada federal Ivoneide Caetano, ambos do PT.
Lâminas 3 Com o segundo mandato cassado em 2021, por abuso de poder econômico, Val Estilos teve que construir uma alternativa para se manter no poder. Apostou na auxiliar de confiança e agora vive uma situação delicada. Rompido com o time do ex-alcaide Antonio Elinaldo (União), migrou para o grupo do então candidato e agora gestor em 4º mandato, o petista Caetano.
Lâminas 4 Acostumado a exercer o mandato de vereador com atuação intensa no salão da política, Val Estilos sempre contrariou de forma particular os secretários de saúde de plantão, tal a sua desenvoltura no seu trabalho eleitoral de assistência a eleitores. Com temperamento forte e sempre com intensas cobranças, terminou perdendo espaços preciosos.
Lâminas 5 Com volta difícil, mas nunca impossível em política, ao antigo grupo liderado pelo ex-alcaide Elinaldo (União), Val Estilos precisa reconstruir seu espaço com o estojo de trabalho que sobrou no salão do caetanismo. Vai precisar segurar a mão se quiser garantir o que ainda resta para construir projeto alternativo para 2028. Fazer diferente é experimentar a máquina zero do caetanismo.
História O livro "De Benedicta & Tibério à Mãe Stella de Oxóssi: a vida em tempo de viver (1850-2025)", do pesquisador, professor e historiador Diego Copque, é uma das novidades da Flipelô. Lançamento do 3º livro do professor na Festa Literária Internacional do Pelourinho será no próximo sábado (9), a partir das 16h, no atelier Mário Edson Fotografias e Artes, na ladeira do Boqueirão, Santo Antonio Além do Carmo.
História 2 Mesmo sem o reconhecimento necessário pelas autoridades de Camaçari, que insistem em ignorar a história do município, o professor Copque segue festejado por quem se importa com suas pesquisas e seus reflexos para conhecer o passado e entender melhor o presente e o futuro da cidade.
História 3 Felizmente, e não poderia ser diferente, sua intensa e valiosa contribuição para a esclarecer momentos importes da história de Camaçari, da Bahia e do Brasil, com os livros já publicados: “A presença do Recôncavo Norte da Bahia na Consolidação da Independência do Brasil” e “Do Joanes ao Jacuípe - uma história de muitas querelas, tensões e disputas locais”, é motivo de festejo e ampla repercussão. Não é pouco e só faz crescer o número de estudiosos e gente preocupada com o olhar além do muro que reposiciona Camaçari no contexto histórico brasileiro.
História 4 Nessa 9ª edição, a Flipelô homenageia o escritor baiano Dias Gomes, que entre as muitas contribuições literárias, ficou conhecido pelo grande público com o personagem Odorico Paraguaçu, o prefeito na série televisiva “O Bem-amado”. O coronel e líder político da não tão fictícia cidade baiana de Sucupira se notabilizou, entre outros equívocos, justamente por ignorar a história.
História 5 Aberta ao público, a Flipelô movimenta o Centro Histórico de Salvador entre a próxima quarta-feira (6) até domingo (10), com palestras, debates, lançamentos de publicações, saraus, e muitos outros eventos para todas as idades e gostos.
Imagem O fotógrafo camaçariense Marilton Trabuco segue trajetória ascendente e já assegura nome num mercado competitivo e exigente. Com um amplo portifólio de participação e premiações em mostras nacionais e internacionais, como o 28º Salão Nacional de Arte Fotográfica, agora em agosto, em Londrina (PR), o diretor do Clube de Arte Fotográfica Camaçari (CAFC) avança no foco. Foi um dos jurados da 3º Brazilian International Photography Circuit, com exibições de trabalhos nos meses de julho e agosto, em São Paulo e Salvador.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
4/agosto/2025 Fechamento: 18h25
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Calibre A queda de Camaçari para a 4ª posição no ranking nacional de cidades mais violentas do país não tem lugar para festejo e continua sendo motivo para preocupação. Segundo estudo do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado semana passada, município que ocupava o 2º lugar em 2023, com 272 Mortes Violentas Intencionais (MVIs), caiu para 239 em 2024, uma redução de 33 registros, o equivalente 12,1%.
Calibre 2 Ainda de acordo com o Anuário (Confira o link ) a taxa de assassinatos no município se mantém elevada, com 74,8 mortes por 100 mil habitantes. Índice de Camaçari segue longe da média nacional de 20,8 por grupo de 100 mil habitantes.
Calibre 3 Apesar de descer duas posições, Camaçari segue exibindo números preocupantes. É o município com maior número absoluto de assassinatos na lista das cinco cidades do país com as maiores taxas de MVIs por cada 100 mil habitantes, parâmetro do Anuário para definir as mais violentas do país. No estado da Bahia, Camaçari só fica atrás de Salvador, com 8 vezes mais habitantes (2,4 milhões) e 873 assassinatos em 2024.
Calibre 4 Com 239 assassinatos em 2024, Camaçari supera a pernambucana Maranguape, com 87 MVIs, população de cerca de 100 mil habitantes e listada como a mais violenta do país, com índice de 79,9 assassinatos por 100 mil habitantes. Camaçari também ultrapassa em número de mortes violentas a conterrânea Jequié, 2ª no ranking com 131 assassinatos, taxa 77,6 por 100 mil, e população que soma cerca de 160 mil, pouco mais da metade dos 300 mil habitantes de Camaçari.
Calibre 5 Outro município baiano listado é Juazeiro, 3º no ranking nacional com 194 assassinatos em 2024, taxa de 76,2 por 100 mil e população de quase 240 mil habitantes. Cabo de Santo Agostinho fecha a lista dos 5. A cidade pernambucana com população de pouco mais de 200 mil habitantes contou 159 assassinatos no ano passado e exibe taxa de 73,3 MVIs por 100 mil.
Calibre 6 Mesmo com números nada favoráveis e preocupantes, a prefeitura de Camaçari resolveu festejar a redução e até atribuir à nova gestão, iniciada em janeiro, os méritos pela redução da violência nos primeiros 6 meses deste ano. Em release divulgado e amplamente reproduzido pela imprensa, a prefeitura informa queda de 16,3% no número de homicídios no período.
Calibre 7 Citando dados do 12º Batalhão de Polícia Militar (12º BPM), a prefeitura de Camaçari informa que o primeiro semestre deste ano somou 77 homicídios, 15 a menos que os 92 registrados no mesmo período de 2024.
Calibre 8 Nessa conta oficial, nem o primeiro semestre de 2024, muito menos os números do mesmo período deste ano batem com a apuração da Coluna. Com levantamento mensal desde 2017, a Coluna reúne dados divulgados na imprensa local, confronta e atualiza os números com os exibidos, sempre com atraso, pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA).
Calibre 9 Com base em números apurados e divulgados pela imprensa, a Coluna somou 72 crimes violentos letais intencionais (CLVIs) no primeiro semestre deste ano, 5 as menos que os 77 informados pela PM.
Calibre 10 Já no primeiro semestre de 2024 a Coluna contou 81 assassinatos nos seis primeiros meses de 2024, portanto 11 a menos que os 92 informados pela PM para o mesmo período.
Calibre 11 Números mostram que a imprensa não vem tendo acesso aos números reais, só divulgados posteriormente pelas forças de segurança do estado. Mesmo com essa dificuldade na obtenção de informações, sem a transparência necessária, não dá para negar que o número de assassinatos em Camaçari vem registrando queda nos últimos anos.
Calibre 12 Como informou a Coluna de 7 de julho, portanto antes da divulgação do Anuário, redução do número de assassinatos se repetiu nesse primeiro semestre de 2025. Os primeiros seis meses deste ano registraram o menor número de assassinatos desde 2017. Queda também foi anotada pela Coluna no mesmo período de 2024, com os menores números de assassinatos desde 2017. Período do ano passado somou números iguais aos primeiros semestres de 2020 e 2019.
Currículo Cerca de 100 profissionais, entre médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais experimentam o desrespeito do Instituto Campinas de Atenção e Assistência à Saúde, Educação e Assistência Social. Entidade identificada pela sigla ICAASES segue descumprindo acordo com os profissionais contratados para realizarem atendimento nas unidades de saúde do município de Camaçari.
Currículo 2 O descompromisso, que ajuda a piorar a qualidade dos serviços prestados à população pelo município, tem o aval da secretaria de saúde de Camaçari. Pela lei, a Sesau não é apenas responsável pela contratação. Também precisa fiscalizar o cumprimento dos contratos com a ICAASES que somam pouco mais de R$ 23 milhões e possuem validade de um ano, até abril de 2026.
Currículo 3 Atuando no município desde os primeiros meses da gestão do alcaide Luiz Caetano (PT), o ICAAASES segue sem pagar os salários de junho. Denúncias indicam que o instituto também não vem cumprindo obrigações trabalhistas como o recolhimento do FGTS.
Currículo 4 Mesmo festejando 37 anos de história e exibindo no seu site o slogan “Acolher, conhecer, cuidar e acompanhar”., o ICAASES sequer cita Camaçari no seu mapa de atuação. Lista apenas Campinas (São Paulo) onde tem sede e foi fundado, e Barbacena (Minas Gerais).
Celebração Ancestralidade, resistência, arte e fé formam a receita da 3ª Mostra Raiz e Identitária da Bahia. Comandado pelo mestre Plínio @mestreplinioyo e pela mestra Joseane @mestrajoseane, encontro aberto ao público acontece sábado e domingo próximos, dias 2 e 3 de agosto, na Associação Egbé Cultural Senzala do Samba, bairro do Natal, em Camaçari.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
28/julho/2025 Fechamento: 13h27
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Alerta O descompromisso das gestões municipais de Camaçari com a produção de alimentos, em especial com a agricultura familiar e toda a sua cadeia de empregos e geração de riquezas, não está empurrando apenas o município para fora do mapa desse importante pilar da economia. Vem devastando áreas e reservas ambientais com a transformação do município numa grande zona urbana, com todos os prejuízos que esse formato equivocado possibilita.
Alerta 2 Ao insistir apenas na matriz industrial, ignorar a economia criativa e até tratar o turismo de forma amadora e sem a conexão horizontal com a terra, a água em abundância dos rios e lagoas, sua rica flora e fauna, e a história do município, Camaçari aposta no retrocesso.
Alerta 3 Essa triste realidade está exemplificada de forma clara e ampla no estudo realizado pelo Instituto Restinga em parceira com o Sindicato dos Agricultores Rurais de Camaçari. Intitulado “Colapso Rural de Camaçari-BA”, trabalho discute caminhos para reverter essa tendência com associações, lideranças e grupos ligados a agricultura familiar.
Alerta 4 Estudo que a Coluna teve acesso com exclusividade mostra o declínio da população rural e a consequente redução da sua importância econômica. Menos de 3% da população, cerca de 10 mil pessoas, segundo o Censo IBGE-2022, é formada por gente ligada ao campo.
Alerta 5 Redução é fruto de um êxodo impulsionado por fatores estruturais como a precariedade de serviços, ausência de políticas públicas e pressões fundiárias crescentes por parte da especulação imobiliária.
Alerta 6 Números desse descuido se reforçam com a comprovação de que apenas 9% das estradas vicinais são pavimentadas. A zona rural também enfrenta dificuldades com o fechamento das escolas do campo e desmonte de postos de saúde e de outras estruturas de apoio.
Alerta 7 O abandono da pasta da agricultura e sua função vital para o desenvolvimento econômico do município é visível com a redução de participação de 2,8% do Plano Plurianual em 2016, para apenas 0,24% no PPA de 2024. Ainda segundo o estudo, 2026 exibe um quadro ainda mais grave, com a pasta da agricultura administrando apenas a distribuição de sementes e doações de equipamentos.
Alerta 8 Processo de destruição da terra como lugar de crescimento e futuro se reforça de forma grave com a restrição ao crédito para pequenos agricultores. Essa estratégia excludente do chamado “racismo territorial” vem esmagando comunidades quilombolas e tradicionais, empurradas pelos loteamentos de luxo, diz o estudo.
Alerta 9 O estudo “Colapso Rural de Camaçari-BA” também mostra a relação direta com a necessidade de revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) de Camaçari. Atualizado pela prefeitura em 2023 sob questionamentos de grupos ambientalistas, pequenos produtores rurais do município, e até por grupos econômicos que se sentiram alijados na divisão do bolo, novo PDDU flexibilizou de forma perigosa o uso dos recursos naturais com a regulamentação de áreas de Preservação Permanente (APP).
Alerta 10 Novo PDDU também reduziu o tamanho mínimo de lotes para múltiplas unidades habitacionais para favorecer as grandes incorporadoras. O resultado é a permissão para maior adensamento de condomínios na chamada orla marítima do município e na zona rural, além da redução da outorga onerosa para empreendimentos imobiliários de grande porte.
Alerta 11 Ainda segundo o estudo, a área rural sofreu um corte de quase 50%, sendo que 22% virou urbana, com o consequente pagamento de IPTU. Outros cerca de 30% passaram a ser área de proteção ambiental.
Alerta 12 Mudança implica em novo perfil de contribuinte, com o agricultor que pagava o Imposto Territorial Rural (ITR) agora enquadrado como morador urbano e cadastrado no IPTU, imposto mais caro que o ITR. Ainda segundo o estudo, o antigo contribuinte rural corre o risco de perder sua área se não pagar o novo imposto que tem outra dinâmica de cobrança. Também perde direitos como financiamento para benfeitorias agrícolas e até na conta da aposentadoria.
Alerta 13 É preocupada com esse mapa de prejuízos para pequenos agricultores e para a cidade como um todo que as entidades ligadas aos trabalhadores rurais buscam combater esse processo de marginalização e esvaziamento. Desinvestir na agricultura familiar não apenas reduz oferta de alimentos locais. Gera prejuízos para economia do município que passa a depender de forma mais ampla de mercados externos com aumentos de preços e escassez.
Lá e cá O foguetório em cima do Projeto de Lei, aprovado pelo Congresso, que afrouxa as regras de licenciamento ambiental clareia o quintal de Camaçari. Batizada de “PL da Devastação”, conjunto de perigosas regras já encontra respaldo no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) de Camaçari.
Lá e cá 2 Revisão do conjunto de regulações e parâmetros do espaço territorial, aprovada ainda na gestão do alcaide Antonio Elinaldo (União), foi promessa do sucessor e empossado em janeiro deste ano, o petista Luiz Caetano.
Lá e cá 3 Representado no Congresso pela esposa e companheira de partido, a deputada federal Ivoneiede Caetano é uma das vozes contrárias ao projeto. Assim como em Brasília, o alcaide de Camaçari precisa dar o exemplo na sua paróquia, revisando o PDDU. Afinal, fez discursos durante a campanha e assinou “Documento Compromisso” em ato na sede da Ordem dos Advogados-OAB Camaçari, em setembro do ano passado.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
21/julho/2025 Fechamento: 12h30 |
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Espelho A eleição do vereador kaique Ara para presidente do PT de Camaçari ficou arranhada com a fraude na votação realizada no domingo (6). Mesmo em chapa única, processo foi manchado de forma irremediável com a participação de mortos e de ex-petistas, hoje abrigados em outros partidos, como votantes.
Espelho 2 Resultado do PED expõe a legenda como o todo e mostra que o PT de Camaçari vem sendo conduzindo de forma desordenada e contrária ao princípio democrático que tanto prega e cobra dos adversários.
Espelho 3 Fraude também cola no experiente político e alcaide de Camaçari pela 4ª vez. Escândalo demonstra a pouca preocupação de Luiz Caetano com os intestinos da legenda, onde o resultado da militância no dia a dia parece ser o que vale.
Espelho 4 Reconhecer o erro, evitado com uma simples consulta ao sistema “Filiaweb” do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), economizaria esse desgaste. Realizar nova votação é o mínimo que o Partido dos Trabalhadores pode fazer para amenizar mais esse grave prejuízo na imagem da legenda que já não anda boa.
Combustível Sem os cargos que costumavam ter na máquina municipal, quando era governo, a bancada de oposição na Câmara de Vereadores de Camaçari ganhou mais um complicador na sua já frágil construção para se manter unida e fazendo pressão sobre a gestão do adversário, o alcaide petista Luiz Caetano.
Combustível 2 A resistência dos 12 oposicionistas, maioria simples dos 23 votos da Casa, que nada tem de ideológica em quase sua totalidade, foi minada por recente decisão do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Deliberação do conselheiro Plínio Carneiro Filho, datada do último dia 10, acatou pedido de medida cautelar e mandou suspender as gratificações que a gestão do presidente do Legislativo, Niltinho Maturino (PRD), estava pagando a cerca de 150 nomeados.
Combustível 3 Gasto com ajuda a aliados, boa parte ligados ao time do ex-alcaide Antonio Elinaldo (União), somava perto dos R$ 500 mil mensais desde janeiro. São quase R$ 3 milhões que deixam de cevar oposicionistas a partir da folha de julho.
Combustível 4 Corte dessa ajuda a apoiadores vai além dos reflexos diretos no termômetro de satisfação e conforto da bancada oposicionista. Também ameaça a gestão Niltinho que pode ser obrigada a devolver os recursos aos cofres públicos. Medida transforma o caso de improbidade em munição política para seus adversários num novo parâmetro de negociação política e amolecimento da hoje maioria oposicionista no Legislativo.
Medidas O embate entre o ex-alcaide Antonio Elinaldo e o ex-vereador Flavio Matos, candidato a sua sucessão e derrotado na disputa pelo comando de Camaçari, em 2024, pode não terminar com rompimento radical, como muitos apostam e até asseguram.
Medidas 2 Apesar da ofensiva forte e até desproporcional de Elinaldo, que não aceitou o projeto do aliado e companheiro de partido, de uma provável candidatura a deputado federal em 2026, ânimos tendem, ou precisam serenar por uma questão simples de sobrevivência política.
Medidas 3 A conta é simples. Fazer diferente é somar pontos negativos para o grupo comandado no estado por ACM Neto. O próprio ex-alcaide da capital, chefão do União Brasil e provável candidato a governador pela segunda vez, tem demonstrado outro tratamento com Flávio.
Medidas 4 Pressionado pelos acordos de reciprocidade eleitoral com o deputado estadual e agora candidato a federal, Manoel Rocha, também do União, Elinaldo tem usado todos os instrumentos para pressionar o ex-pupilo. Precisa dar cerca de 15 mil votos, se quiser receber valor eleitoral parecido nas bases do filho e herdeiro político do deputado federal José Rocha, raposa da velha política e sem perder uma eleição há 47 anos, desde a primeira disputa em 1979.
Medidas 5 Sempre com um tom acima, como a recente manifestação desproporcional a familiares de Flavio Matos, comportamento é típico do modelo de liderança que não controla impulsos e mostra de público suas garras. Tentativa de encurralar o ex-vereador pode criar uma reação imprevisível com sérios prejuízos na sua base municipal. Flavio Matos, segundo apurou a Coluna, vai se manter na oposição ao petista Caetano e fechado com o projeto de ACM Neto.
Medidas 6 Mesmo que tome o caminho do PL, legenda mais provável e onde não se elege federal com menos de 80 mil votos, de acordo com o último pleito, os agora inimigos vão ter de ajustar o discurso. É simples: terão os mesmos candidatos ao governo do estado, na disputa das duas vagas no Senado, e na eleição de presidente da República.
Medidas 7 Com Elinaldo na disputa por uma das 63 cadeiras da Assembleia Legislativa, e Flávio Matos, caso mantenha sua postulação ao Congresso Nacional, muitos votos sairão casados das urnas de Camaçari. Não dá para ignorar o entendimento do eleitor antipetista sobre votar em quem conhece e apostar com menos dúvidas de erro. Avaliação de proximidade na hora do voto é sempre levada em consideração.
Medidas 8 Reação de Elinaldo, independente de acordo ou rebeldia de Flavio em sair candidato, termina sinalizando fragilidade nas contas para sua eleição tranquila de deputado. No União, a linha de corte, ou seja, não elege com menos de 70 mil votos, segundo projeções atuais.
Medidas 9 Em debate na mídia e redes sociais, briga de velhos aliados só é bom para um lado. O petista Caetano, adversário real de Elinaldo e Flavio, assiste, torce e até faz movimentos com seu exército para que essa briga dure.
Consenso A jornalista Fernanda Gama é a futura presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Bahia (Sinjorba). Votação de confirmação, na sede da entidade e urnas itinerantes nas redações dos veículos de comunicação da capital e interior, acontece terça e quarta (15 e 16).
Consenso 2 Também com mandato de três anos (2025/28) e chapa única, o comando da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) terá outra mulher. A cearense Samira de Castro, que disputa seu segundo mandato, terá como 1º vice o baiano Moacy Neves, atual presidente do Sinjorba.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
14/julho/2025 Fechamento: 11h30 |
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Impedimento Mesmo com tarifas reajustadas, a Bahia Norte segue descuidando da conservação das vias do Sistema BA-093 e BA-099. O destaque é a Parafuso (BA-535), principal rodovia da malha administrada pela concessionária e com maior fluxo de veículos de todo o conjunto formado por pouco mais de 194 quilômetros de pistas. É da responsabilidade da Bahia Norte a segurança de milhares de motoristas que circulam nas vias de integração do polo industrial de Camaçari, no principal acesso à sede do município, e regiões vizinhas.
Impedimento 2 Buracos, sinalização precisando de revisão, filas por nos insuficiência de guichês no pedágio, e até afundamento de trechos da via Parafuso, lembram o quadro deixado por total incapacidade de oferecer um bom serviço aos usuários por outra concessionária: a Via Bahia. Dona das guaritas de cobrança de pedágio nas BRs-324 (trecho Salvador a Feira de Santana), e 116, entre Feira de Santana e a divisa com Minas Gerais, concessionária terminou perdendo o contrato por total descaso com o consumidor.
Laços Tássio Brito, atual secretário de finanças do PT e membro da corrente EPS, comandada no estado pelo deputado federal Valmir Assunção, é o novo presidente estadual do partido. Apoiado pelo senador Jaques Wagner e por outras correntes petistas, Tássio Brito tem relações muito próximas com Camaçari.
Laços 2 Confirmado em pleito realizada no domingo (6), Tássio não apenas amplia seu poder dentro da legenda, como soma reflexos positivos ao seu grupo de apoiadores em Camaçari. É casado com a dirigente municipal Ara Brasil. Candidata a vereadora nas eleições passadas, Ara tem histórico familiar de militância. É filha de Carlos Silveira, ex-dirigente partidário e um dos fundadores do PT de Camaçari.
Laços 3 Ligado ao movimento dos Sem Terra, Tássio chegou a ganhar um concorrente local na disputa, o vereador Tagner Cerqueira, lançado pelo alcaide de Camaçari. Mesmo sabendo se tratar de uma candidatura sem chances, diante da conjuntura estadual, Luiz Caetano não perdeu a oportunidade para exibir seu pupilo como moeda numa possível negociação e, por tabela, promover o reforço midiático do seu provável candidato a deputado estadual.
Laços 4 Nesse mesmo pleito, que também definiu as direções nacional e municipal, com mandatos até 2029, o vereador Kaique Ara foi eleito em chapa única, presidente do diretório de Camaçari com 3.081 votos dos 3.354 votantes. Somou 87 a mais que Tássio, o vencedor estadual e mais votado no município. Já na disputa pelo comando nacional, ainda sem números finais, o candidato Romênio Pereira ficou em primeiro com 2.932 votos, enquanto Edinho Silva, o nome do presidente Lula, somou apenas 136 votos em Camaçari.
Perna curta Infelizmente, não resiste o discurso de “resgate histórico”, usado por figuras do governo de Camaçari, para o projeto de Lei do presidente Lula (PT), que transforma o 2 de julho em “Dia Nacional da Consolidação da Independência do Brasil”. A prática mostra que nenhum esforço foi feito pelo município, já sob nova direção, para contar para a cidade e para a Bahia a importância dos seus ancestrais nas lutas finalizadas um ano depois do 7 de Setembro de 1822.
Perna curta 2 Neste 2025, o terceiro que inclui oficialmente o município como participante ativo nesse processo histórico, oficializado com a inclusão de Camaçari no roteiro do Fogo Simbólico da Independência, presença no desfile do 2 de Julho, quarta-feira passada, atendeu apenas a interesses da política paroquial.
Perna curta 3 De um lado o alcaide Luiz Caetano (PT) e seu grupo político apareceram no Centro Histórico da capital apenas para saudar e gerar discursos e imagens ao lado do presidente Lula e seu grupo político.
Perna curta 4 Na mesma pegada cívico eleitoreira estava o ex-alcaide Antono Elinaldo, colado no time puxado pelo chefe político ACM Neto e pelo gestor de Salvador, Bruno Reis, todos do União Brasil.
Perna curta 5 Com os caboclos de volta ao panteão da Lapinha, a conta que fica é de mais um ano sem participação de Camaçari na festa maior da Bahia. Pior que isso. Mesmo com farto material de comprovação histórica, Camaçari segue sem projeto para contar aos seus munícipes a importância da região na consolidação da Independência da Bahia.
Calibre Camaçari fechou junho com 6 assassinatos, segundo apuração da Coluna, com base em informações postadas na imprensa local. Se confirmado com o número mensal, ainda não informado pela SSP, junho é o mais baixo dos seis primeiros meses de 2025. Já na soma do semestre, os 72 apurados extraoficiais, também aparecem como o menor no período desde 2017.
Calibre 2 Os 72 de crimes violentos letais intencionais (CLVIs) contados no período reúnem os 6 registros apurados pela coluna em junho, mais os 66 informados pela SSP entre janeiro e maio, no seu último boletim, datado de 16 de junho. Número final pode ser maior, já que levantamento dos meses anteriores mostra diferença entre os apurados pela Coluna e os números finais apresentados pela SSP-BA.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
7/julho/2025 Fechamento: 16h07 |
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Retrato Incluída oficialmente desde 2023 nos festejos pela Independência da Bahia, Camaçari completa mais um ano sem lembrar a data com a magnitude que merece. Festejo pela passagem pelo município do Fogo Simbólico do Recôncavo Norte, na tarde desta segunda-feira (30), fui tudo o que Camaçari planejou para lembrar tão importante momento da história.
Retrato 2 Descuido só não foi total, graças à atuação da secretaria de cultura (Secult) que ajudou a organizar o ´percurso da tocha` no município e assegurou uma programação com apresentações artísticas no Paço Municipal, onde aconteceu o ato principal.
Retrato 3 Ainda que na correria, produziu um vídeo sobre a importância do município nas lutas que culminaram com o 2 de Julho de 1823. Postado nas redes sociais, material da Secult terminou sendo o único registro oficial sobre o que deveria ser uma cobertura ampla de tão importante momento histórico do município.
Retrato 4 Como nos anos anteriores, a contribuição decisiva dos nativos (indígenas), portugueses aliados, mestiços, e negros escravizados e libertos, foi esquecida com ausência de uma programação nas escolas do município.
Retrato 5 Apesar da lei que determina a inclusão da história local no currículo das escolas, a estudantada segue órfão de tão valioso conjunto de informações sobre seus antepassados. Nada de semana de estudos, palestras ou debates sobre a importância da região, com núcleo histórico principal em Vila de Abrantes, nas lutas que encerraram o domínio português há 202 anos.
Retrato 6 Descuido que a Coluna vem cobrando, mesmo antes da oficialização da importância de Camaçari nessa luta, se reforça com a ausência do município, com suas fanfarras de primeira linha, grupos culturais e escolas, no desfile cívico da próxima quarta-feira (2/7), pelas ruas do Centro Histórico de Salvador.
Retrato 7 A ausência de planejamento da data se reforça com a tradicional corrida 2 de Julho, na manhã de quarta-feira (2), pelas ruas da sede do município. As camisetas fornecidas aos participantes, ou qualquer outro material do kit, não fazem referência de forma afirmativa sobre a participação do município nas lutas da Independência.
Retrato 8 As pesquisas e livros do professor, pesquisador e historiador Diego Copque, reposicionando Camaçari na história da Bahia e do Brasil, não deixam dúvidas e mostram a necessidade de revisão de datas. Estudos que mostram a fundação do município 200 anos antes do hoje festejado ano de 1758, não perecem importar para a elite governante municipal, independentemente da cor partidária.
Retrato 9 Infelizmente, a necessidade de contar essa história emociona e contamina apenas a cidade real dos nativos e não nascidos na cidade, comprometidos com os sentimentos de resgate e pertencimento. A expressão “tudo como dantes” dá bem a dimensão desse novo momento onde só a narrativa muda.
Retrato 10 De mãos dadas com o Executivo, Câmara de Vereadores de Camaçari faz a sua parte nesse emperramento ao ignorar a necessidade de revisão da data de fundação da cidade e da sua própria criação. Os dados são públicos e comprovados por farta documentação que mostra a fundação do Aldeamento do Espírito Santo, hoje distrito de Vila de Abrantes, em 29 de maio de 1558, o que coloca Camaçari entre as mais antigas do Brasil, com 477 anos.
Retrato 11 Revisão desse calendário também se aplica de forma singular ao Legislativo. Agora, sob a direção do presidente Niltinho Maturino (PRD), Câmara precisa avançar e sair da discussão miúda do ´time vermelho X time azul`, para a formulação de proposições de reais interesses da cidade. Registos comprovam que a criação da Casa de Câmara e Cadeia ou Paço do Conselho, data de 1758, longe dos 77 anos festejados pelo Legislativo em março.
Retrato 12 O 30 de junho, dia do Fogo Simbólico em Camaçari, é também a virada do ano na sua segunda metade. Data é duplamente simbólica para o governo 04 do alcaide Luiz Caetano (PT) que precisa avançar, corrigir os muitos erros dos 181 primeiros dias e mostrar nos próximos 184 dias do ano um projeto consistente de gestão.
Retrato 13 Para enfrentar o nada confortável, para seu grupo político, ano eleitoral de 2026, o petista vai precisar segurar a tocha e fechar 2025 com histórias reais.
Legenda De autoria do artista Marcelo Gomes, imagem da Coluna é detalhe de uma das esculturas comemorativas do Fogo Simbólico em Camaçari
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
30/junho/2025 Fechamento: 19h03
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A miopia da prefeitura de Camaçari mira projétil certeiro na Aldeia Hippie de Arembepe
O “Selo Transparência” do Ministério Público e o pipoco dos gastos com festejos juninos
Munição A operação policial, semana passada, que resultou na morte de quatro e ferimentos em outras duas pessoas, todos acusadas pelas forças policiais de integrarem a facção criminosa Comando Vermelho (CV), na região da Aldeia Hippie, em Arembepe, é mais um capítulo no processo de despreparo dos gestores de Camaçari.
Munição 2 Ao ignorar a necessidade de preservação da Aldeia Hippie, importante espaço de beleza, história e simbolismo do movimento da contracultura dos anos 1970, a prefeitura de Camaçari ajudou a ferir da forma mais perversa uma referência, única em todo o mundo, que deveria proteger.
Munição 3 A última gestão municipal, liderada pelo alcaide Antonio Elinaldo (União), desprezou argumentos consistentes de parte de sua assessoria sobre a requalificação da Aldeia. Não entendeu a necessidade de ampliação daquele espaço numa grande âncora, com reflexos para muito além de Arembepe, da Bahia e do Brasil.
Munição 4 Minimizou a importância de referenciar um equipamento com poder mundial de atração de visitantes. Ignorou a necessidade de construção de parcerias para garantir a viabilização do detalhado estudo que sua gestão elaborou e ele engavetou. Não percebeu o potencial de geração de emprego e renda com a Aldeia requalificada. Ao não entender nada, a gestão municipal de Camaçari simplesmente disparou o primeiro tiro, com grosso calibre, contra o que deveria defender. Violência, nunca antes visto na região, inaugurou um novo e perverso processo.
Munição 5 Essa incompetência não é recente, mas tem marca mais intensa nos últimos anos. Ao apostar no projeto especulativo de Guarajuba, onde o município derramou mais de R$ 22 milhões com obras cosméticas de destruição e reconstrução de passeios e praças, que exigiriam apenas melhorias, a prefeitura de Camaçari atestou sua total ausência de foco.
Munição 6 Sem ouvir quem deveria, seguiu o preconceito e excluiu a Aldeia do “Programa de Integração e Desenvolvimento Urbano, Social e Ambiental”, com valor total de 80 milhões de dólares, cerca de R$ 440 milhões a dinheiro de hoje. Preferiu apostar na pule da política miúda dos especuladores de Guarajuba, só para ficar num exemplo, uma das polêmicas obras financiadas pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe, conhecido pela sigla CAF.
Munição 7 Ignorou a necessidade de um olhar diferenciado da Aldeia, várias vezes cobrado pela Coluna, por entidades, artistas, produtores culturais, pesquisadores, em reportagens, artigos e livros. Miopia só atestou o estreito entendimento da sua liderança como gestor, sobre o conceito de cidade, de comunidade, de pertencimento, de laços históricos e culturais de cada região da rica e diversificada Camaçari.
Munição 8 Ao esquecer a Aldeia, o alcaide Elinaldo não fez mais que ajudar a anexar esse pedaço singular do município ao nocivo, perigoso e em constante crescimento mapa territorial da violência.
Munição 9 Ainda é possível refazer esse olhar, enxergar além do muro. Com toda a sua carga acumulada de alto astral, a velha e sofrida Aldeia Hippie continua valendo. Precisa e merece essa presença.
Pólvora Apesar do foguetório pelo apoio de todos os municípios baianos ao “Selo Transparência 2025” do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), o projeto de fiscalização dos gastos das cidades com os festejos juninos segue precisando de ajustes para não dar chabu.
Pólvora 2 Segundo o MP-BA, o Painel dos Festejos Juninos registrou até o dia 6, data final para o fornecimento de informações pelas 417 prefeituras baianas, gastos que somam R$ 426 milhões com contrações artísticas. Confira no link do MP #mce_temp_url#
Pólvora 3 Camaçari, com o seu Camaforró, entre os dias 20 e 23, aparece no site do MP-BA somando gastos de R$ 3,6 milhões com a contratação de 9 atrações. Mas, números não batem com os divulgados pela própria prefeitura. Pela lista de atrações enviada aos veículos de comunicação, no último dia 5, portanto antes do prazo final de fornecimento de informações para o MP-BA, o Camaforró listava 24 atrações.
Pólvora 4 Soma dos gastos de Camaçari com a contratação de Bell (R$ 700 mil), Leo Santana (R$ 600 mil), Natanzinho Lima (R$ 600 mil), Manu Bahtidão (R$ 450 mil), Tarcisio do Acordeon (R$ 450 mil), Flavio José (R$ 250 mil), Cavalheiros do Forró (R$ 220 mil), Estakazero (R$ 190 mil), e Mestrinho (R$ 150 mil), exibida na página eletrônica do Ministério Público chega a R$ 3,6 milhões.
Pólvora 5 Somando esses R$ 3,6 milhões referentes às 9 contratações informadas no site do MP-BA, às outras 15 atrações, de acordo com apuração da Coluna, conta ultrapassa os R$ 6 milhões.
Pólvora 6 Mesmo com a discriminação das fontes de custeio por origem (municipal, estadual ou federal), incluídas no levantamento deste ano, cerca de metade dos valores gastos com atrações na festa de Camaçari não foram informados ao MP-BA.
Pólvora 7 A Coluna apurou que esse volume está sendo bancado pelo Governo do Estado, através da Sufotur, antiga Bahiatursa. Uma simples conferida mostra que, diferente de Camaçari, a transparência nas informações das fontes pagadores, sejam receitas próprias dos municípios, bancadas pelo Governo Estado e ou Governo Federal, vem sendo praticada por outras cidades, como Jequié, Iraquara, Jeremoabo e Tucano.
Pólvora 8 Com apenas metade dos custos com atrações informados, Camaçari aparece em 16º na lista das cidades que mais gastam com os festejos juninos, segundo o MP-BA. Já com a soma dos apoios que vão além dos cofres municipais, Camaçari sobe para o top5, liderado por Cruz das Almas com R$ 9,4 milhões.
Pólvora 9 Nesse rol de atrações que não aparecem informadas por Camaçari ao MP, mas com cachês identificados a partir da comparação com apresentações em outras cidades listadas na tabela do mesmo Ministério Público, os destaques são: Henry Freitas e Matheus Fernandes, cada um com pagamento de R$ 565 mil. A cantora Solange Almeida com cotação de R$ 350 mil, fica um pouco acima de Tierry (R$ 300 mil). No terceiro time, com remuneração de R$ 250 mil por show, aparecem Adelmário Coelho, Devinho, Kevi Jonny e Nuzio Medeiros.
Pólvora 10 Com valores menores, ainda segundo pesquisa feita pela Coluna, aparecem Klessinha (R$ 150 ml), Bimbinho (R$ 50 mil), Edy Xote (25 R$ mil), Nadja Meireles (R$ 25 mil), Filé de Camarão (R$ 25 mil), e Elvis Salgado (R$ 10 mil). Conta de cachês dessas atrações soma pouco mais de R$ 3 milhões.
Pólvora 11 Nessa cota que ultrapassa com folga os R$ 6 milhões não estão incluídos os custos com palco, iluminação e produção de todo o Camaforró. Fontes ouvidas pela Coluna estimam que essas despesas fiquem acima dos R$ 2 milhões, fechando a conta do Camaforró em mais de R$ 8 milhões.
Estrutural A doutora Joselene Cardin continua fazendo escola. Mesmo fora da gestão de Camaçari, agora controlada pelo petista Luiz Caetano, a ex-titular da pasta de infraestrutura do governo do alcaide Elinaldo (União) manteve no coração da Seinfra seu legado de desrespeito à legislação que regula as normas de mobilidade.
Estrutural 2 Sem piso táctil e com mobiliário urbano instalado de forma aleatória, a nova Avenida Getúlio Vargas, agora com piso compartilhado pedestre/veículos, foi inaugurada semana passada pelo novo governo sem os cuidados mínimos exigidos na lei.
Estrutural 3 Sem a obrigatória pista guia para deficientes visuais, e com jarrões ornamentais colocados de forma aleatória na via, conjunto segue longe da função humanização/segurança. Nesse conjunto de relapsos, não dá para esquecer a sempre distraída fiscalização do Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF), financiador da obra.
Estrutural 4 A Coluna registrou em várias postagens os equívocos nas obras de requalificação na região central da cidade, com destaque para a praça Montenegro e a travessia da via férrea, na avenida Eixo Urbano. O descaso segue, agora sob nova direção, com o doutor José Mário Lima Bastos, titular da Seinfra desde janeiro.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
16/junho/2025 Fechamento: 13h05
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