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Compromisso O polêmico Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) de Camaçari ganha mais um capítulo e pode voltar para a versão 2008, com a anulação de todo o processo de revisão e aprovação do plano, realizado entre 2022 e 2023. Uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN), impetrada no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), no último dia 30 de abril, busca zerar tudo e começar um novo debate sobre a legislação que organiza todo o espaço urbano do município.
Compromisso 2 Assinada pela direção estadual do PSOL, mas com origem e respaldo nos debates e queixas do Instituto Restinga, movimento dos agricultores e grupos ambientalistas de Camaçari, a ADIN se sustenta em três pilares. Descumprimento do rito legal que definia reuniões acessíveis à toda a população; prejuízo para os munícipes, em especial pequenos agricultores, com a transformação de mais de 20% da área rural em urbana e consequente aumento de impostos.
Compromisso 3 A ação também ganha força com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que considerou inconstitucional dispositivos da política do meio ambiente e proteção à biodiversidade na Bahia. Lei transferia amplos poderes para os municípios, gerando distorções e fortalecendo o avanço da especulação imobiliária sobre áreas antes preservadas.
Compromisso 4 Aprovado em dezembro de 2023, na gestão do alcaide Antonio Elinaldo (União), o PDDU segue, nesses quatro meses da gestão Luiz Caetano (PT), sem nenhuma sinalização de que será revisado. Mexida no PDDU foi tema de debates e virou Carta Compromisso das entidades ambientalistas, com o apoio da Ordem dos Advogados (OAB-Camaçari), em setembro do ano passado.
Compromisso 5 Documento se comprometendo com a revisão do PDDU, definição de um programa mínimo de políticas e ações ambientais, correção das distorções na atual legislação e a criação de uma secretaria ou estrutura de gestão do meio ambiente, foi assinado pelo então candidato e hoje gestor de Camaçari.
Dead line Por falar em meio ambiente, Camaçari tem até 30 de junho para realizar a sua conferência municipal das cidades. Municípios com seus delegados eleitos de forma democrática cumprem a etapa seguinte com participação no encontro estadual. A 6ª Conferência Nacional das Cidades acontece em outubro em Brasília.
Narrativas O alcaide Luiz Caetano quebrou a tradição do seu partido e legendas aliadas ao não realizar manifestação em praça pública no Dia do Trabalhador. Neste primeiro ano do seu 4º mandato como gestor de Camaçari, o petista aboliu os discursos em cima do trio elétrico, as atrações artísticas, e todo o aparato comum da militância na festa do 1º de maio. Preferiu apostar na “1ª Corrida da Classe Trabalhadora”.
Narrativas 2 Os protestos, comuns no antigo formato, com queixas sobre desemprego, arrocho salarial e custo de vida, ganharam nova dinâmica com a prova pelas ruas centrais da sede do município. Trocou a reflexão do ato político pelos 5 quilômetros de flexão, com direito a selfies e imagens nas redes sociais.
Calibre Camaçari fechou abril com 10 assassinatos, segundo apuração da Coluna, com base em informações postadas na imprensa local. Número, se confirmado pela SSP, com dados atualizados até março, mostra queda nos registros na comparação com o mesmo mês nos últimos 9 anos. Abril/2025 só supera o mesmo mês de 2023, com 9 registros de crimes violentos letais intencionais (CLVIs).
Calibre 2 Confirmados pela SSP os 44 CLVIs no primeiro quadrimestre deste ano, período registrou o menor número de assassinatos dos últimos 9 anos. Fica muito próximo dos 45 mortes violentas contadas entre janeiro e abril de 2024, o primeiro quadrimestre mais baixo desde 2017.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
5/maio/2025 Fechamento: 18h35
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Validade Está cada dia mais na conta do improvável, a promessa de campanha do alcaide Luiz Caetano (PT), de construir o Hospital Municipal de Camaçari. A avaliação de que o projeto ´dançou` não é apenas de oposicionistas. Ouvidos pela Coluna, governistas com a cabeça no lugar também avaliam como difícil o cumprimento da jura de palanque.
Validade 2 A constatação, ainda segundo essas fontes, se confirma com a decisão do governo do estado de ampliar o Hospital Geral de Camaçari (HGC), que vai ganhar 20 novos leitos de UTI. Pacote de mais de R$ 60 milhões em obras na saúde foi anunciada no sábado (26), em Camaçari, durante ato político com as presenças do governador Jerônimo e do ministro da saúde, Alexandre Padilha.
Validade 3 Com custo total de construção estimado em R$ 80 milhões, unidade municipal com 50 leitos e previsão do mesmo número de 20 UTIs para o novo HGC, representaria um investimento de cerca de R$ 40 milhões (50%) para os cofres municipais. Também entra nessa conta a despesa mensal de manutenção do hospital municipal, estimada em cerca de R$ 20 milhões.
Validade 4 Somadas aos cerca de R$ 5 milhões mensais de despesas de manutenção com as duas novas UPAs (Abrantes e Monte Gordo), já que as construções serão bancadas pelos governos do estado e federal, conta da saúde só vai crescer.
Validade 5 O alcaide Caetano sabe que as despesas com saúde vão precisar caber nos cerca de R$ 500 milhões/ano, isso com o remanejamento no orçamento. Ainda entra nessa conta de novas despesas a Policlínica, com previsão feita pela secretária de saúde do estado, Roberta Santana, de começar a funcionar em dezembro.
Ruído O alcaide Caetano parece que anda desaprendendo, não ouve conselhos, precisa calibrar sua assessoria, ou todas as três opções. Durante entrega da requalificação do antigo Arquivo Público, que agora passa a se chamar Arquivo Histórico de Camaçari, o petista gastou parte do seu tempo, e dos presentes, olhando para o retrovisor, quando deveria ´virar a chave` do discurso. Falou do antecessor e até do atrito entre Elinaldo e o seu pupilo, o candidato derrotado por ele, Caetano, o ex-vereador Flavio Matos, que insiste em ser candidato a deputado federal na contramão do acerto do seu grupo político encabeçado pelo União Brasil.
Ruído 2 Durante ato no novo espaço, que se propõe a resgatar e preservar a memória de Camaçari, Caetano esqueceu de citar a criminosa ação de destruição do patrimônio pelo antecessor. Novo prédio foi erguido no mesmo local onde existia o centenário casarão demolido pelo antecessor. Foi sede dos três poderes e morada de duas importantes figuras da história da cidade: o capitão português João Francisco da Costa e o desembargador Montenegro.
Ruído 3 Atestado de incompetência e descompromisso com a memória da cidade, marca do ex-alcaide Antonio Elinaldo (União), também incluiu a demolição total do antigo cinema. Estrutura que formava com a estação de trens, única de pé, o conjunto remanescente do centro antigo de Camaçari, o novo cine-teatro segue sem projetor e com as cortinas fechadas. A nova secretaria de cultura (Secult) não informa, mais de 100 dias após início do governo, sobre o andamento das obras e a data de inauguração do novo espaço.
Gravitando Quase um flash. Esse foi o tempo de lançamento e pouso forçado do foguete da pré-candidatura a deputado federal do ex-vereador Flavio Matos (União). Viagem curtíssima foi suficiente para mostrar o risco de desintegração ao se afastar do cosmo que não poderia se distanciar. Se insistisse, seria esmagado pela gravidade e viraria poeira, antes da primeira volta completa e ao redor do planeta oposição.
Gravitando 2 Sem traje, sem combustível e sem um roteiro com o mínimo de segurança para tal viagem, o ex-presidente do Legislativo de Camaçari e candidato na disputa a alcaide no pleito de 2024, agora busca um hangar para recompor a fuselagem e os motores. Com peso e massa menores depois da empreitada, vai ter que esperar 2028, quando deve tentar voltar ao Legislativo, ou, quem sabe, substituir Elinaldo que deseja comandar Camaçari pela terceira vez.
Replay Depois do sucesso das obras mais caras, prazos nunca cumpridos e atropelo à legislação, com consequentes prejuízos para Camaçari e seus efeitos políticos negativos para seu grupo político, a engenheira Joselene Cardin protagoniza e polemiza em novo cenário.
Replay 2 Chefa das obras no vizinho município de Lauro de Freitas, a ex da mesma pasta da infraestrutura (Seinfra), em Camaçari, já colecionava desafetos antes mesmo dos 100 dias do governo da alcaidessa Débora Regis (União), completados no começo de abril. Vereadores se queixam da má vontade da secretária, que sequer atende os pleitos da base aliada do governo municipal. Indicada pelo ex de Camaçari, Antonio Elinaldo (União), espécie de padrinho generoso e tutor da inexperiente gestora de Lauro, a doutora Joselene segue fazendo escola.
Respeito O Terreiro de Jauá lamenta e repudia a informação equivocada divulgada pelo site Alô Juca, de que o local foi cena de crime no último dia 23. Sob o título “Tiroteio em Jauá”, texto fala em “morte de um suspeito e na apreensão de um revólver calibre 38 e uma quantidade de drogas no Terreiro de Jauá, em Camaçari”.
Respeito 2 Em contato com a Coluna, o terreiro garante que não existiu nenhuma ocorrência envolvendo policias e bandidos na área do templo. Informa ainda que deu queixa no mesmo dia da falsa notícia, na 18ª Delegacia Territorial, e entrou com ação judicial pedindo o restabelecimento da verdade.
Respeito 3 Liderado pelo sacerdote Tata Laercio Sacramento, o Terreiro Manço Quilembecuetá Lemba Furamã é tombado como Patrimônio Cultural pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) desde 2006. O Terreiro de Jauá, como é conhecido, tem uma trajetória de respeito, divulgação e preservação da cultura ancestral africana.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
28/abril/2025 Fechamento: 19h10
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Modus operandi A Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) do governo do ex-alcaide Elinaldo parece que fez escola, para tristeza e prejuízo da população. A constatação está nas obras na região central de Camaçari. A praça Montenegro, entregue com foguetório na última sexta-feira (11), pelo alcaide Luiz Caetano, nessa sua gestão 04, é o que se poderia chamar de arremedo da antiga praça, requalificada pelo próprio petista no seu governo 02, e que tem a Catedral do padroeiro São Thomaz de Cantuária como principal referência.
Modus operandi 2 Projeto meia-boca aprovado pela sempre distraída Corporação Andina de Fomento (CAF), financiadora da obra, é o que se poderia chamar de retrocesso no planejamento do espaço urbano e suas necessidades de equipamentos confortáveis, com utilidade, bonitos e duradouros. Só para ficar num exemplo, os antigos bancos e mobiliário em liga de aço da Montenegro foram substituídos por assentos de baixa qualidade e comprovada vida útil curta para um bem público com uso intenso e diverso.
Modus operandi 3 Obra apressada para marcar os 100 dias de governo, empurra Caetano para o equívoco, quando deveria refazer o projeto e até esperar para entregar o equipamento casado ao primeiro trecho de cerca de 100 metros do calçadão multiuso da avenida Getúlio Vargas.
Modus operandi 4 Nesse pacote de descuidos da Seinfra, a passarela sobre a via férrea é outra marca. Travessia, que precisa de urgente restauração, foi motivo de preocupação do alcaide. Por determinação do próprio Caetano, a passarela, transformada em camarote de fiéis durante a missa campal do padroeiro, em janeiro, foi parcialmente interditada durante o evento.
Modus operandi 5 Outro acesso que se integra à praça é a travessia por rampas da avenida Eixo Urbano. Passagem que também dá acesso ao Museu de Camassary, localizado na antiga estação de trens, segue em desacordo com a legislação federal sobre mobilidade. Passagem incompleta que impede a travessia de cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção foi marca da gestão do alcaide Elinaldo.
Modus operandi 6 Sem um planejamento esperado para os 100 primeiros dias, tal sua experiência de 3 governos municipais anteriores, a gestão do petista Caetano terminou se perdendo no oba-oba das entregas nada convincentes. Os resultados nesses pouco mais de três meses iniciais mostram descuido no planejamento durante a fase de transição, como registrou o último Camaçarico (Confira#mce_temp_url#). Surpreende pelo histórico do gestor a ausência de uma narrativa alternativa a essa falha, com a transformação dos chamados 100 dias num período de apuração e levantamento da herança do antecessor. Fase que poderia ter terminado agora com a definição das metas do governo e o início da execução do que foi planejado.
Modus operandi 7 Nem de um jeito, nem de outro, só resta agora ao alcaide Caetano ajustar a máquina e acelerar. Ano que vem tem eleições para presidente, governador, dois senadores, deputados federal e estadual. Vai ser o teste para quem tem voto e apoio da população.
Perna curta Acabou o casuísmo do Legislativo de Camaçari que queria legislar sobre o Orçamento do município, responsabilidade do poder Executivo. Depois de rejeitada pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), mudança que reduzia de 100% para apenas 2% o percentual autorizado para abertura de créditos suplementares, foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Perna curta 2 Armadilha na Lei Orgânica, que poderia ser desmontada em caso de vitória de Flavio Matos (União), foi aprovada pela maioria elinaldista no final da legislatura passada. Com a desvantagem numérica de 11 dos 23 votos no Legislativo do alcaide Caetano, restabelecimento do poder total de manobrar o orçamento ao seu bel-prazer demorou quase 3 meses e só foi decidida na Justiça.
Teatrinho E o vereador Ivandel Pires, jogando nos dois lados do campo desde o primeiro turno das eleições municipais do ano passado, agora está oficialmente fora do União Brasil. O edil, que de forma não oficial marchava com o então candidato a alcaide e agora gestor, o petista Luiz Caetano, finalmente teve seu cancelamento oficializado.
Teatrinho 2 Processo de expulsão, oficializado pelos votos unânimes dos membros do diretório, começou em março com o pedido feito pelos quatro vereadores do União. Ação seguiu com prazo de 15 dias para defesa, que preferiu não se pronunciar sobre a acusação de traição ao estatuto do partido.
Teatrinho 3 Decisão sem efeito sobre o mandato do vereador, apenas expõe a legislação brasileira que dá ao eleito o mandato, como sendo sua propriedade, e afasta qualquer punição por infidelidade partidária. E o eleitor, que votou em gato achando que era por lebre, que se lixe.
Calibre Camaçari fechou março com 6 assassinatos, segundo apuração da Coluna, com base em informações postadas na imprensa local. Número não é apenas o mais baixo do primeiro trimestre janeiro/março de 2025. Também é o menor para o mês de março dos últimos 9 anos.
Calibre 2 Número de crimes violentos letais intencionais (CLVIs) contados em março pela Coluna pode ser maior, já que levantamento dos dois primeiros meses deste ano somavam 17, mas subiram para 26, segundo dados postados em 24 de março no site da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA). Somados aos 6 assassinatos de março, os 32 CLVIs continuam colocando o primeiro trimestre de 2025 como o mais baixo desde 2017.
Parabéns O Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Bahia completa 80 anos nesta segunda-feira (14). O Sinjorba foi criado em 1945 para defender os direitos da categoria, valorizar o jornalismo, e a imprensa livre, responsável e comprometida com a informação de qualidade. Ato comemorativo será na noite desta segunda-feira, no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Bahia, em Salvador.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
14/04/2025 Fechamento: 19h01 |
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Retrato Prestes a completar 100 dias de governo, o alcaide Luiz Caetano (PT) chega na próxima quinta-feira (10) sem muito o que comemorar. Nessa gestão 04 Caetano não parece o comandante cheio de gás, propostas inovadoras, articulação e capacidade de irradiação do seu otimismo que costumava espalhar nos seus governos anteriores.
Retrato 2 A alardeada ´herança maldita` do antecessor e adversário histórico, Antonio Elinaldo (União), não tem sido suficiente para justificar a falta de avanço e diferencial da gestão nesses meses iniciais. Culpar os números, agora públicos com a transparência digital, e impossíveis de serem escondidos, apagados e manipulados, de forma que não sejam desnudados, só mostra que o processo começou fora de cálculo.
Retrato 3 Com exceções, a equipe escolhida para gerir a máquina municipal parece não ser a ideal. Movimentos nesses quase 100 dias mostram que parte do secretariado/gestores não exibe a experiência necessária para atender as necessidades de um município de 300 mil habitantes, polo industrial referência global e dono de uma das maiores arrecadações do país.
Retrato 4 Descuidos não faltam na gestão que teve novembro e dezembro, já com a certeza de comando da máquina, para finalizar as ações dos primeiros meses, independente dos nomes que iriam liderar as pastas. Conta que reforça essa apatia se amplia com o período anterior ao mês de outubro, dedicado às duas eleições no município, quando foi discutido e definido o plano de governo, no famoso “Diga aí, Camaçari”, que recolheu sugestões e ajudou na montagem da espinha dorsal da gestão.
Retrato 5 Nesse balanço vale destacar as frustrações da população e até de parte de aliados, em especial na área da saúde. A dificuldade de entendimento entre a secretária indicada pelo governador Jerônimo, sem experiência na gestão do SUS (Sistema Único de Saúde) em um município do tamanho de Camaçari, se amplia com os movimentos nada cirúrgicos da 02 da Sesau, técnica de total confiança do alcaide. Esse conflito, resultado da fata de um planejamento de ações, lá nos meses que antecederam a posse em 1º de janeiro, tem exibido resultados negativos para a gestão que não conseguiu mostrar para a população a tão propalada ´virada de chave`.
Retrato 6 As dificuldades herdadas, como falta de medicamentos nos postos, insuficiência de médicos, e déficit na oferta de consultas e exames exigiam ações de ´Emergência`, só para lembrar a chamativa e midiática marca dos primeiros meses da sua primeira gestão (1986/1988). Nesse receituário faltou um mutirão de consultas e exames. Não interessa qual seria o custo, nem que fosse necessário a formação de parceria com rede privada de saúde do município, como ocorreu na pandemia. A população esperava e precisava ser atendida.
Retrato 7 Também entra nessa conta a indefinição sobre construções e datas de inauguração do Hospital Municipal, e das UPAs de Vila de Abrantes e Monte Gordo, promessas de campanha. Em andamento, apenas a Policlínica. Sob os auspícios do governo do estado e data inicial para setembro deste ano, vai precisar ficar pronta antes das eleições de 2026.
Retrato 8 Outro gargalo é o sistema de transportes. Responsabilidade da STT (Superintendência de Trânsito e Transportes), estrutura mesmo em marcha lenta, atropela prazos, promessas e enfrenta dificuldades para colocar nas ruas o sistema emergencial de transporte por ônibus. Segundo apurou a Coluna, mesmo com o subsídio de R$ 40 milhões, aprovados pelo Legislativo, valor da tarifa não será reduzida e deve ficar entre R$ 5 e R$ 7, quando deveria custar metade, já que a eleitoreira ´tarifa zero` ninguém mais fala.
Retrato 9 Completa esse quadro de direção nada segura o projeto de implantação do sistema de ônibus elétricos. Outra promessa de campanha, carimbado com verba de R$ 95 milhões do governo federal e prazo para apresentação de estudos nesse abril, projeto segue sem informações sobre data e horário de embarque do usuário.
Retrato 10 A pouca afinação entre o que fazer e como fazer também atinge e cria problemas estruturais nas pastas da cultura (Secult), do desenvolvimento social (Sedes) e na secretaria do desenvolvimento urbano (Sedur). Na Secult a divisão e o excesso estrelismo na disputa e definição das ações não faz a pasta andar como deveria. Como já comentou a Coluna, dúvidas sobre a conclusão e inauguração do novo equipamento erguido sob os escombros do antigo cinema, e a volta da programação do Teatro Cidade do Saber (TCS) só ampliam esse desconforto da população e da artistagem com a gestão.
Retrato 11 Na Sedes, o gargalo é justamente o entendimento e aplicação do SUAS (Sistema Único da Assistência Social). Faltam educadores sociais para ações como abordagem e cumprimento de medidas de combate a direitos violados. O Centro POP, que atende a pessoas em situação de rua, está praticamente desativado. A outrora referência Casa da Criança e do Adolescente, ´primo pobre` das duas últimas gestões do alcaide Caetano, que preferiu apostar na sua Cidade do Saber (CDS), se arrasta desde fevereiro, com a retomada das aulas, carecendo de professores, educadores, equipamentos e até merenda.
Retrato 12 Nessa falta de planejamento não dá para cumprir a promessa de ampliação da rede CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), sem equipar e colocar para funcionar de forma eficiente as atuais 7 unidades. Como em muitas outras estruturas da máquina municipal, o não acolhimento dos técnicos de carreira do município e sua expertise na aplicação das políticas públicas está fazendo a chave emperrar nas mãos nem sempre habilidosas dos apaniguados políticos.
Retrato 13 A Sedur, com atuação aquém da velocidade que deveria imprimir, segue sem sinalizar a revisão do PDDU, prometida por Caetano durante a campanha. Ainda no conjunto do plano diretor, nenhuma definição sobre a nova política ambiental, o funcionamento do conselho de meio ambiente (COMAM), e os reflexos ambientais com as regras de novas construções, como prédios de até 7 andares na orla. Indefinição também atinge o bolso do pequeno contribuinte com a transformação de áreas rurais em urbanas e o consequente aumento do IPTU.
Retrato 14 Nesse filme nada recomendado da Sedur, o simbólico Parque das Dunas de Abrantes e Jauá segue abandonado, assim como não se fala mais na secretaria de meio ambiente, ou na criação de uma estrutura alternativa que contemple as necessidades de um município com rica diversidade de ecossistemas e leonina ação de grileiros e da especulação imobiliária.
Retrato 15 Não dá para descuidar da gestão de um espaço territorial formado por instalações industriais e suas muitas linhas de produção. È preciso assegurar o equilíbrio necessário para conter esses impactos diversos sem destruir um rico, singular e diversificado conjunto, que tem como limite 42 quilômetros da costa atlântica, e avança por rios, lagoas, dunas, rico amplo aquífero e regiões de mata, num total de 785,4 quilômetros quadrados.
Retrato 16 Na lista das grandes estruturas que lidam diretamente com a população, a pasta da educação é a única que segue com melhor avaliação nesses 100 dias. Mesmo com planejamento, a Seduc ainda precisa de ajustes. Escolas com carência de professores e falta de merenda que impedem o turno integral em algumas unidades são correções urgentes. Próximo passo é o pulo da qualidade na sala de aula, elevando o município a melhores patamares nos índices de avaliação do ensino.
Retrato 17 Nesse conjunto de dificuldades excessivas, surpreendendo até adversários, tal o histórico de expertise do político Luiz Caetano, 70 anos, três vezes alcaide de Camaçari (1986/1988 e 2005/2012), vereador, deputado estadual, deputado federal e secretário de estado, a atualização do modo gestão é urgente.
Retrato 18 Mudar o que for necessário é virar sua própria chave e entender que a gestão pública passa por novos parâmetros de qualidade e princípios políticos. São apenas 100 dias, mas fundamentais para entender que a ordem precisa ser ajustada para os próximos 1.361, até 31 de dezembro de 2028. Não é favor. É obrigação de quem se candidatou a missão de atender as necessidades desse novo contribuinte, hoje patrão e eleitor empoderado e conectado com as novas tecnologias.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
07/04/2025 Fechamento: 19h05
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Bê-á-bá No último Camaçarico o editor errou na digitação e postou 71 anos. Apesar de corrigido com o acréscimo dos 6 anos, de acordo com a conta oficial de 77 anos de criação, informada pela Câmara de Vereadores de Camaçari, número continua distante da data real. Mesmo alertado sobre necessidade de correção, com base em comprovação documental, Legislativo insiste em diminuir a sua história.
Bê-á-bá 2 Luta antiga do historiador, pesquisador e autor de dois livros sobre a história da cidade, o professor Diego Copque prova que o Legislativo de Camaçari é ao menos 12 anos mais antigo, isso se a conta tomar por base a Câmara Municipal do município de Montenegro, na Vila de Camassary.
Bê-á-bá 3 Cópia da Ata de Instalação, disponível no Museu da Cidade, localizado na antiga estação de trens, comprova que o Legislativo foi criado em 13 de abril de 1936. Casa funcionou até 1937, quando foi fechada pelo golpe do Estado Novo de Getúlio Vargas.
Bê-á-bá 4 Data pode ser ainda mais antiga se o Legislativo revisar sua história e avançar sobre a antiga Vila de Abrantes, hoje parte do município de Camaçari e festejada como a povoação mais antiga da região. A chamada Casa de Câmara e Cadeia da Vila da Nova Abrantes do Espírito Santo foi fundada em 28 de outubro de 1758. Aí, a conta vai para 267 anos de criação da primeira Casa Legislativa do município que hoje é Camaçari.
Bê-á-bá 5 Descuido com a história, suas referências e marcos não é equívoco apenas do Legislativo. O próprio poder Executivo insiste em ignorar a data de fundação da cidade e festejar sua emancipação política no 28 de Setembro de 1758 como sendo sua data maior. Camaçari é, na verdade, 200 anos mais antiga. Nasce em 29 de maio de 1558 com a fundação do Aldeamento do Espírito Santo.
Bê-á-bá 6 Com um Legislativo que na sua maioria nunca foi ao Museu da Cidade, e uma lista de alcaides que também seguem a mesma cartilha do desconhecimento e apagamento, resgate precisa ser provocado por outras entidades representativas do município.
Bê-á-bá 7 Movimento pode começar pelo curso de História do campus Camaçari da Universidade do Estado da Bahia (Uneb). Corrigir essas datas não é apenas ampliar o orgulho de uma cidade no seu contexto na formação do Brasil. É respeitar a história.
Números E a disputa paroquial pelos votos para deputado estadual em Camaçari segue animada. O festival de Arembepe, encerrando nesta segunda-feira (31), foi o primeiro grande palanque. O ex-alcaide Antonio Elinaldo (União) desfilou inflado pelas dificuldades dos primeiros 90 dias do governo do sucessor e adversário histórico Luiz Caetano (PT). Na aposta por uma das 63 cadeiras da Assembleia Legislativa da Bahia, grupo elinaldista prevê mais de 30 mil votos na sua base. Completa a estratégia de chegar à ALBA com a marca dos 80 mil votos um nada modesto roteiro de viagens de fortalecimento, convencimento e consequente ampliação de apoios pelo estado.
Números 2 Além dos acordos menores com vereadores e lideranças da Região Metropolitana, o ex-alcaide (2017/2024) faz dobradinha em parte do estado com o federal Paulo Azi. Outras apostas consideradas mais gordas são Lauro de Freitas e o grupo do estadual Manoel Rocha, com expectativa de render cerca de 15 mil votos, número igual ao dado por Elinaldo ao aliado nas eleições de 2022. Com apenas um mandato de estadual, o duas vezes alcaide de Coribe quer trocar a Assembleia Legislativa pelo Congresso Nacional, substituindo assim o papai José Rocha, também do União, que se aposenta depois de 8 mandatos consecutivos.
Números 3 Já na banda caetanista, a estratégia do chefe parece ser pulverizar candidaturas na tentativa de reduzir o potencial local do adversário Elinaldo. Nessa fórmula ´Rexona`, aliados do petista dizem que os votos da máquina municipal somados à força da militância dos partidos da base são suficientes para eleger mais de um. O vereador Tagner Cerqueira (PT) largou na frente, mas ganhou concorrente.
Números 4 O companheiro de governo, o titular da pasta de relações institucionais (Serin), Ademar Lopes (PSB), é o outro postulante local. Conta se amplia com o deputado petista e candidato à reeleição Junior Muniz. Nome preferencial de Caetano nas eleições de 2022, Muniz não deve repetir os quase 16 mil votos na base de Camaçari.
Stand-by Ficou para a próxima sexta-feira (4) o julgamento da ação que pede o afastamento do vereador Dentinho do Sindicato (PT), pelos crimes de importunação sexual e violência de gênero contra a ex-vereadora Professora Angélica (PP). Decisão do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), estava marcada para a sessão da última quarta-feira (26), mas foi mudada a pedido do juiz relator, desembargador eleitoral Danilo Costa Luiz.
Stand-by 2 Com final imprevisível, pode se arrastar, caso a maioria dos 7 juízes do TRE decida acatar o pedido o Ministério Público Eleitoral. Batalha pode chegar ao TSE e até ao Supremo.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
31/03/2025 Fechamento: 20h |
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Presentão Uma “lambança”. Esse foi o presente que os vereadores de Camaçari deram à cidade no aniversário dos 71 anos do Legislativo. Justamente, na véspera da data que costumam reafirmar seu compromisso com a Lei e com a população, os vereadores resolveram atropelar o Regimento Interno que rege o funcionamento da Casa Legislativa.
Presentão 2 Depois de rejeitarem o projeto de Lei que dava a um espaço na orla de Guarajuba o nome do empresário do ramo imobiliário, João Fonseca, falecido em outubro do ano passado, os mesmos vereadores colocaram a proposta novamente em pauta. Numa jogada ensaiada entre elinaldistas e caetanistas aprovaram por unanimidade o mesmo projeto em nova primeira votação. Pelo novo calendário, a segunda e última votação deve acontecer na sessão desta terça-feira (25).
Presentão 3 O jogo perigoso começou na sessão do último dia 11, quando o projeto de autoria do vereador Dentinho do Sindicato (PT) foi rejeitado em primeira votação, como registrou a Coluna (Confira). Pelo Regimento da Casa, projeto derrubado só poderá voltar no próximo período legislativo, em 2026.
Presentão 4 Mas, a reação foi rápida para corrigir o vacilo dos liderados do alcaide Luiz Caetano (PT) e do ex Antonio Elinaldo (União). Só após a derrota, a ausência do autor do projeto na sessão foi usada como justificativa regimental para anular a votação do dia 11. Até então não existia impedimento legal para a colocação da proposta em plenário, tal a certeza da sua aprovação.
Presentão 5 O resultado foi o apagamento virtual e a volta do projeto para nova votação. Como se não existisse nenhum impedimento legal, a mesma proposição, rejeitada no dia 11, foi aprovada com o apoio de todos os 18 vereadores presentes na sessão do dia 18.
Presentão 6 Na primeira sessão a proposta foi rejeitada com os votos contrários dos vereadores Luizão (Republicanos), Wagner (PSB), e das vereadoras Sales de Val Estilos (PSD) e Neidinha (PT), responsável pela polêmica da sessão. Foi ela quem abriu a discussão, inicialmente se posicionando pela abstenção, por considerar a homenagem injusta. Ainda segundo ela, o empresário homenageado era conhecido por ´explorar` pais e mães de família da região de Monte Gordo.
Presentão 7 A vereadora, que estranhamente não compareceu à sessão do dia 18 para reafirmar sua posição contrária ao projeto, também não se manifestou contra a manobra de seus pares que anularam a votação do dia 11, com o retorno da proposição do zero.
Presentão 8 Na primeira votação a proposta de autoria do vereador Dentinho do Sindicato (PT) só contou com os votos favoráveis dos vereadores Kaique Ara e Tagner (PT).
Presentão 9 A grita da petista Neidinha não embaralhou apenas a base caetanista. O movimento da petista, segunda suplente no exercício do mandato, com a ida do eleito Marcio Neves para a pasta da educação (Seduc), e do primeiro suplente Teo Ribeiro, para a secretaria de esportes (Sejuv), sensibilizou até os oposicionistas.
Presentão 10 Os elinaldistas, puxados pelo ex-petista Jackson Josué (União), engrossaram a discussão com a proposta de abstenção. Resultado, subiram no muro os vereadores oposicionistas Jackson Josué, Maurício Qualidade e Dudu do Povo, do União; Jamesson (PL), Tarcisio Coiffeur (PSDB), Manoel Jacaré (PP) e Jamelão (Cidadania). Quem também seguiu no ´nem lá, nem cá` foi o caetanista João Dão (PSB).
Presentão 11 Agora, se não acontecer nenhum questionamento na Justiça, é marcar a data da festa de batismo do novo logradouro, quem sabe enriquecido com um busto ou uma estátua.
Marreta e borracha A propaganda da prefeitura sobre obras de requalificação na região central da sede de Camaçari precisa de ajuste urgente, caso queira se pautar pela verdade. A nova gestão resolveu copiar a anterior, que insistia em chamar a região de ´Centro histórico`.
Marreta e borracha 2 Desse conjunto, que não passa de um ´Centro antigo` só tem como remanescente a antiga estação de trens, transformada em museu. Provavelmente por ser imóvel privado foi salvo da sanha destruidora da gestão do alcaide Elinaldo (União).
Marreta e borracha 3 Região perdeu o status ´Centro histórico` com a demolição do cinema, equipamento de meados do século passado, e do centenário casarão, morada dos fundadores da cidade e posteriormente sede dos três poderes. Reconstruídos do zero, o cinema e casarão pertencente às famílias João Francisco de Costa e Desembargador Montenegro, ganharam novas fachadas e ares antigos, muito comuns em projetos fakes.
Marreta e borracha 4 A retomada das obras na região central, com a construção de calçadões e vias compartilhadas entre pedestres e veículos é outro ponto de interrogação. Financiado pela CAF, a Corporação Andina de Fomento, projeto de requalificação se arrasta e vem sendo redesenhado desde a gestão do alcaide Elinaldo (União). Agora, com o sucessor Caetano (PT), os serviços avançam, mas as dúvidas sobre estacionamento, trânsito e até de drenagem continuam uma incógnita.
Marreta e borracha 5 Por falar em centro, não se tem notícia de visita da secretária de cultura, Elci Freitas, às obras do cineteatro. Com cronograma arrastado desde a gestão passada, nada se sabe sobre inauguração do novo espaço. Já o vizinho Arquivo Público segue de pires na mão esperando equipamentos e estrutura para ser, de fato, o guardião da história da cidade.
Cidadania A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Subseção Camaçari, empossa a nova diretoria, triênio 2025-2027, nesta quarta-feira (26), a partir das 18h, na sua sede, região do centro administrativo. Entidade segue presidida pelo advogado Eduardo Requião, com Livia Araújo (vice-presidência), Vanusa Bebert (secretaria geral), Tiago Papaterra (secretaria geral adjunta), e Rosângela Souza (tesouraria). A subseção Camaçari abrange os municípios de Dias d’Ávila, Mata de São João, Itanagra e Madre de Deus.
Além do muro A urbanista Juliana Franca Paes, presidente da Sociedade Brasileira de Urbanismo (SBU) parece ser a única técnica com atuação em Camaçari com presença confirmada no Smart City Expo Curitiba. As inovações urbanas e as soluções que impactam o mundo serão debatidas de amanhã (25) até quinta (27), por especialistas globais, empresas e gestores municipais que apostam no futuro. Encontro na capital paranaense também sedia a 120ª Reunião do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes de Mobilidade Urbana e Trânsito.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
24/03/2025 Fechamento: 20h10 |
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Ressaca O que parecia ser um passeio à beira mar, terminou virando uma maré de março. Por maioria, a Câmara de Vereadores de Camaçari rejeitou a proposta de homenagear o empresário do ramo imobiliário, João Fonseca, com nome de praça em Guarajuba, orla do município.
Ressaca 2 Projeto de autoria do vereador Dentinho do Sindicato (PT) foi rejeitada numa votação histórica, já que esse tipo de proposição é aprovada sem contestação. O que parecia ser mais uma sessão passa tudo, o plenário da última terça-feira (11) mudou essa lógica.
Ressaca 3 Com o questionamento da vereadora Neidinha (PT), que criticou a mudança do nome e chegou a acusar o empresário homenageado de ´explorar` pais e mães de família da região de Monte Gordo, a votação tomou outro rumo. Ao declarar que se abstinha na votação, manifestação da vereadora desencadeou uma onda de recuos. O resultado surpreendeu: 4 votos contra a mudança do nome da praça, 7 abstenções e apenas 2 favoráveis.
Ressaca 4 Números vão além do desconforto com a homenagem. Mostram a total desarticulação da base governista. Caetanistas têm encontrado dificuldade para afinar o discurso entre os 11 da bancada. Legislativo de Camaçari conta com 23 vereadores.
Ressaca 5 Segundo apurou a Coluna, uma manobra está sendo articulada para colocar o projeto novamente em votação, o que fere o Regimento. Até parecer da procuradoria jurídica do Legislativo está sendo sugerido como forma de manter o projeto nesta legislatura. O Regimento Interno da Casa é claro ao mandar engavetar projeto rejeitado em primeira votação. Proposta, ainda segundo o Regimento, só pode ser reapresentada no próximo período legislativo, em 2026.
Ressaca 6 Além de rejeitado, projeto provoca ondas e marolas. Segundo apurou a Coluna, essa região vizinha à praia de Guarajuba já teve marco em homenagem aos pescadores, além de possuir outros dois espaços com nomes oficiais. Área próxima ao mar é conhecida como praça Almerindo Pereira da Cruz, o famoso pescador Ferrinho de Monte Gordo, pai do ex-vereador Wilton de Ferrinho. Mais adiante, outro espaço batizado de praça da Juventude, teve nome oficializado pelo Legislativo através de projeto do então vereador Naival Santana, na gestão 02 do alcaide José Tude.
Replay A condenação dos ex-diretores do Instituto de Seguridade do Servidor de Camaçari (ISSM), Maurício Santos Costa (diretor superintendente), e Márcio Jordan Melo (diretor administrativo e financeiro), pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), parece ser prática não tão incomum na instituição que administra e paga pensões e proventos a aposentados e pensionistas do município.
Replay 2 Além de ressarcir cerca de R$ 4,2 milhões aos cofres públicos, com recursos próprios e de forma solidária, a dupla terá de pagar multa de R$ 50 mil, cada um, por prejuízo causado ao erário com aplicações de recursos do ISSM em fundos de investimentos, nos anos de 2017 e 2018, os dois primeiros da gestão-01 do alcaide Antonio Elinaldo (União).
Replay 3 Canetada da conselheira Aline Peixoto, na sessão do último dia 11, também pega duas servidores de carreira da prefeitura que foram punidas com multa de R$ 6 mil para cada uma. Como cabe recurso para todos, decisão do TCM não se finaliza e deve render, como se espicham outras condenações.
Replay 4 Também por aplicações do dinheiro do ISSM, lá em 2008, o ex-diretor superintendente, Natanael Fernandes, e o então diretor administrativo e financeiro, Genésio Feitosa, foram condenados a ressarcirem pouco mais de R$ 3 milhões aos cofres públicos. Tanto na gestão Elinaldo, como no governo Caetano, os diretores foram exonerados dos cargos pela mesma prática. Aplicaram o dinheiro do contribuinte em fundos e negócios que o mercado costuma chamar de “podres”, por não oferecerem a necessária segurança para investimento.
Replay 5 No caso dos gestores indicados por Elinaldo o processo segue e deve entrar em transe, como a ação, com mais de uma década, contra os ex-gestores do governo do petista Caetano. Já na Dívida Ativa, portanto cumprida todas as etapas de contestação que a lei permite, agora aguarda a execução. A Coluna apurou que o montante individual, com valor original de pouco mais de R$ 1,5 milhão, já ultrapassa os R$ 8 milhões para cada um dos ex-gestores.
Filtro Se depender do publicitário e marqueteiro baiano Sidônio Palmeira, autoridades governamentais não vão poder mais repassar informação de bastidor aos jornalistas. Sob a condição de sigilo, prática conhecida no jargão jornalístico como ´em off´, faz referência a gravador desligado.
Filtro 2 Em reunião com assessores do governo Lula, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência defendeu a morte da prática comum na imprensa. Profissionais de comunicação precisam dessas dicas para driblar o controle da informação imposta pelos governos e outras estruturas de poder. Como a proposta vazou, graças ao ´off` de alguma fonte presente, a proposta de Sidônio terminou virando ´on`.
Banquete A chef e expert em culinária de matriz africana, Solange Borges, entra de vez no cardápio da gastronomia nacional. Realiza pelo 4º ano o Festival do Dendê, fundamental na valorização e fortalecimento da cultura do dendê e sua cadeia produtiva no estado da Bahia. Realizado entre os dias 12 e 16, em Camaçari, encontro reuniu chefs de todo o país. Uma das estrelas foi o famoso chef Alex Atalla, que comandou a cozinha no último dia do evento.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
17/03/2025 Fechamento: 18h25
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Imagem Camaçari está entre as cidades brasileiras com os mais altos índices de desigualdade entre homens e mulheres. De acordo com o estudo “Piores Cidades Para Ser Mulher”, da consultoria Tewá 225, Camaçari é um dos destaques entre os municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes. Em 3º no ranking nacional, Camaçari com nota 16,79, considerado “Muito baixo”, fica atrás apenas de Paranaguá (PR) e São Pedro da Aldeia (RJ).
Imagem 2 O primeiro ranking nacional sobre a qualidade de vida das mulheres nas grandes cidades brasileiras reúne dados de 319 municípios (Confira ). Avaliação usou indicadores como representatividade política, a presença de mulheres que não estudam e nem trabalham, feminicídio e desigualdade salarial.
Imagem 3 Realizado em outubro de 2024, estudo mostrou que Camaçari não é o único município baiano entre os 50 piores do país, onde a adoção de políticas públicas mais assertivas virou necessidade urgente. Paulo Afonso, com pontuação 23,78, aparece em 14º; Eunápolis (25,55) em 22º; Luís Eduardo (26,55), em 27º; Ilhéus (26,90) em 31º; Simões Filho (28,12) em 38º, e Teixeira de Freitas (28,49) na posição 42.
Imagem 4 Fora dos 269 municípios com notas vermelhas, mas na lista dos com avaliação “Baixo”, Vitória da Conquista aparece na posição 277 e pontuação 40,32; Santo Antonio de Jesus (40,41) posição 280. Por último aparece Salvador com pontuação 41,70, em 297º lugar.
Calibre Camaçari contou 59 mortes em 16 chacinas em menos de 3 anos. Desse total, 6 chacinas foram resultantes de ações e operações policiais que deixaram 24 mortos. De acordo com levantamento do Instituto Fogo Cruzado, desde julho de 2022, quando essa estatística começou a ser realizada pela entidade, a Região Metropolitana de Salvador soma 373 mortes em 100 chacinas.
Calibre 2 Na conta geral da RMS, Camaçari fica em segundo lugar, atrás de Salvador, com 243 mortes resultantes de 63 chacinas, sendo 46 em ações e operações policiais.
Calibre 3 A última chacina foi registrada terça-feira de Carnaval (4), com 12 mortes, em Fazenda Coutos, Subúrbio Ferroviário de Salvador. Número se equipara a outra chacina também envolvendo PMs. A Chacina do Cabula, no dia 6 de fevereiro de 2015, poucos dias antes do Carnaval, também deixou 12 mortos. O termo chacina é usado para o assassinato de 3 ou mais pessoas em um mesmo local e pela mesma causa.
Calibre 4 Camaçari fechou fevereiro com 7 assassinatos, segundo apuração da Coluna, com base em informações postadas na imprensa local. Número é menor que os 10 registros de janeiro, informados no site da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA). Os 17 registros dos dois primeiros meses de 2025 são iguais aos contados no bimestre janeiro/fevereiro de 2024.
Calibre 5 Na comparação com os meses de fevereiro dos últimos nove anos (2017 a 2025) esse é o com menor número de assassinatos. Fevereiro de 2024 somou 9 crimes violentos letais intencionais (CLVIs).
Cinzas Tem secretário que está precisando de um tratamento a base de semancol. Ao invés de apostar na discrição que o cargo exige, segue buscando os holofotes das redes sociais, mesmo sabendo que não será candidato em 2026. Com credencial fornecida pelo Governo do Estado, um dos patrocinadores do carnavalesco camarote Expresso 2222, o auxiliar do alcaide Luiz Caetano (PT) aproveitou para fazer tudo que deveria evitar no famoso espaço de celebridades criado pela família Gilberto Gil, no circuito Barra/Ondina.
Cinzas 2 O descuido com a imagem parece ser uma marca dos caetanistas. Outra festa que rendeu fotos e vídeos, comuns em visitantes empolgados, foi o aniversário do PT, no final de fevereiro, no Rio. O resultado foi a inversão com descarte do cenário da festa política, substituído pelas paisagens da cidade maravilhosa.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
10/03/2025 Fechamento: 18h03
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Olhares A indefinição do governo Luiz Caetano (PT) já passou do período natural e justificado de ajuste de quem está chegando. Com praticamente dois meses (54 dias), governo já vem sendo reconhecido por aliados e adversários, como muito aquém do esperado e previsto, diante da experiência do político 3 vezes gestor municipal, deputado estadual, federal, vereador e secretário de estado.
Olhares 2 Já tem aliado dizendo que o governo ´não tem cara`, anda ´batendo cabeça` e continua com ´secretarias amarradas`. Nessa avaliação consensuada entre adversários e apoiadores mais isentos, para deleite da oposição, a secretaria da saúde (Sesau) lidera o top-3, com o seu comando ministrando receitas diferentes para o mesmo paciente. A pasta do desenvolvimento social (Sedes) também segue com dificuldades para aplicar as políticas públicas, quando escanteia os técnicos prata da casa. A outra que caminha com dificuldade é a secretaria do desenvolvimento urbano (Sedur), dizem fontes da Coluna. Para não dizer que não se falou em flores, a exceção entre as pastas de ponta é a educação (Seduc), funcionando de forma afinada desde o começo da gestão.
Olhares 3 Se Caetano não definir e corrigir rápido esse quadro, vai permitir rachaduras e consequente prejuízos para seu projeto de poder com reflexos nas sucessões do aliado Jerônimo e do companheiro Lula. Sabe que no calendário da política tem pouco mais de um ano para virar o jogo. Abril de 2026 é considerado limite para a consolidação da gestão e seus ganhos com reflexos positivos capazes de influenciar o eleitorado nas eleições de outubro.
Olhares 4 Nessa cadeia de perde e ganha, sinais aparecem de forma ainda mais intensa na base mais próxima, onde a reeleição da sua esposa, a deputada federal Ivoneide Caetano é prioridade zero. Virada de chave, como gosta de dizer, também ameaça o projeto de fazer do companheiro de legenda, o vereador Tagner Cerqueira, um estadual para chamar de seu. Não vai ser fácil. O fiel seguidor, escalado para fazer contraponto ao histórico adversário, o ex-alcaide Elinaldo (União), que também mira uma cadeira da Assembleia Legislativa, já perdeu a primeira prova, quando não se elegeu presidente do Legislativo.
Olhares 5 Sem maioria para aprovar tudo e fazer o que planeja, o alcaide Caetano-04 precisa negociar com a bancada oposicionista para seguir avançando com seu projeto de governo. Além da dificuldade de gestão, Caetano governa com um orçamento engessado, onde só pode remanejar 2%, quando seu antecessor podia até ´subir no telhado`.
Olhares 6 Essa manobra, aprovada pelo Legislativo de maioria oposicionista ainda na Legislatura passada, nunca recebeu as críticas merecidas e necessárias da oposição, hoje governo. O resultado está aí. Ganhou a eleição, mas não virou o placar desfavorável num plenário de 23 vereadores.
Olhares 7 Precisando desesperadamente reverter esse quadro, que mesmo desenhado desde o resultado das urnas do segundo turno, portanto conhecido e exigindo caminhos alternativos para a gestão, Caetano descuidou. Fora do poder executivo desde 2012, Caetano parece que não se reciclou, experimentou novos formatos, muito menos agregou nomes novos e experimentados à sua gestão.
Olhares 8 Agora, é tentar reverter esse quadro e botar a máquina para andar, não interessa o modus operandi. Acenos de todos os tamanhos e formatos não faltam. Apertado e precisando de no mínimo mais um vereador para mudar o placar de 12 a 11 em seu favor, o alcaide de Camaçari virou refém de um jogo miúdo que pode se estender, não se sabe até quando.
Olhares 9 Segundo apurou a Coluna, o petista tem autorizado o pagamento de rescisões contratuais de aliados de vereadores oposicionistas, e até assegurado acomodações em cargos nas estruturas máquina municipal e estadual, como forma de adoçar os adversários.
Olhares 10 Nesse jogo de encantamento e salamaleques o vereador Dudu do Povo (União) parece que virou crush do alcaide. Recebeu referências carinhosas de Caetano em dois momentos do seu discurso durante os trabalhos de abertura do Legislativo, no último dia 18. O feroz antipetista até o ano passado foi destacado com o diferenciado “abraço forte”, ao ter seu nome citado. Não satisfeito, o alcaide repetiu o mimo com novo aceno no mesmo discurso: “meu querido Dudu do Povo”. Ao lado do companheiro de oposição Manoel Jacaré (PP), Dudu sempre foi listado entre os vereadores oposicionistas com grandes chances de aderirem ao projeto do novo governo.
Olhares 11 O problema, ou a solução, a depender do lado, é que os vereadores descobriram que podem mais, querem mais e conseguem mais. Resta saber como vai ficar a gestão pública da cidade nesse jogo de toma lá, dá cá.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
24/02/2025 Fechamento: 18h30
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Medida A Câmara dos Vereadores de Camaçari reabre os trabalhos com sessões no plenário, nesta terça-feira (18), sem nenhuma novidade ou mudança de figurino. Com exatos 49 dias de gestão, o alcaide Caetano-04 experimenta uma nova forma de fazer política.
Medida 2 Acostumado a governar com maioria no Legislativo e impor suas vontades e desejos, agora com o placar ainda que apertado de 12 oposicionistas contra seus 11 aliados, o petista tem mudado a pisada e negocia. Não está sendo fácil se ajustar a esse novo calçado, dizem fontes ouvidas pela Coluna.
Medida 3 Mesmo com a conjuntura política nacional com Lula calçando sapato apertado e Jerônimo pisando com cuidado, quebrar essa nova lógica e voltar ao conforto sem os calos e apertos é mira que vai perseguir sem descanso.
Memória Com tudo a fazer e praticamente nada encontrado, como organização e catalogação de acervo, e cuidado com documentos e outras peças da memória de Camaçari. Esse é o retrato da coordenação de patrimônio da Secretaria de Cultura (Secult). Missão do novo gestor, o sacerdote Táta Ricardo Tavares, é implantar uma política de preservação dos bens culturais de Camaçari, materiais ou imateriais, e começar a construir um conceito sobre sentimento de pertencimento.
Memória 2 Não vai ser fácil, tal a tradição de descuido e descompromisso com a cultura e a memória da cidade, como vem mostrando a Coluna. Líder do terreiro Lembá, o sociólogo e ex-presidente da Câmara de Patrimônio Histórico Artístico, Arqueológico e Natural do Conselho Estadual de Cultura (CEC), Táta Ricardo começou cobrando atenção especial à centenária Igreja do Divino, em Vila de Abrantes. Como mostrou o último Camaçarico (Confira#mce_temp_url#), igreja tombada carece de reforma urgente. A Coluna vem denunciando o abandono do templo e de todo o sítio histórico e arqueológico, que só regrediu com a equivocada requalificação da praça da Matriz (Confira#mce_temp_url# ).
Memória 3 A Coluna apurou que o novo coordenador de patrimônio, o sociólogo e ex-presidente da Câmara de Patrimônio Histórico Artístico, Arqueológico e Natural do Conselho Estadual de Cultura (CEC) solicitou semana passada da Defesa Civil uma inspeção técnica de ´urgência` no templo. O Camaçarico vem denunciado o estado de abandono e descaracterização da centenária igreja, com risco de desabamento de partes da construção, como o altar mor, parcialmente destruído pelos cupins, forro e peças sacras precisando de restauro. Lista de problemas inclui ainda as ameaças externas, como fiação elétrica e ocupação irregular do entorno do templo.
Memória 4 Principal referência histórica da cidade e da região, a Igreja do Divino precisa entrar como prioridade na agenda do governo do alcaide Luiz Caetano (PT). Agora é hora de fazer valer os apoios palavrados de Lula, Jerônimo, Wagner e Rui. O Caetano-04 precisa virar sua chave e encarar a cultura e o patrimônio como prioridades. Só não transforma o templo em referência de recuperação e preservação se não quiser.
Memória 5 Além de listada entre as primeiras do Brasil, quadrado formado pela praça e a igreja, principal referência, tem registros da forte presença de habitantes na região muito antes da chegada dos jesuítas em meados do século 16 (1558). É com esse peso histórico e antropológico dos tupinambás, dos negros escravizados e dos europeus que a igreja e a praça da Matriz precisam ser vistas e ter sua história publicizada.
Memória 6 Nesse processo de resgate, cabe ao alcaide ampliar esse leque de apoios buscando a iniciativa privada. Sensibilizar os chineses da ´queridinha` BYD para bancar esse projeto ainda sem custo, mas seguramente possível dentro do astronômico orçamento da montadora, uma das maiores do planeta, é argumento para convencer quem diz querer transformar Camaçari na sede do seu novo polo mundial de tecnologia.
Dois pesos e... O ordenamento do comércio ambulante no centro de Camaçari cumpriu a sua primeira etapa com a retirada dos tabuleiros e carrinhos. Solução para deixar passeios e ruas quase livres foi empurrar o problema com a acomodação desses micropontos de vendas na já desordenada e sufocada Feira de Camaçari.
Dois pesos e ...2 Cabe agora ao doutor Hindemburgo Teles, o Tetê, comandante da Secretaria de Serviços Públicos (Sesp), fazer um estudo amplo e colocar em prática um novo modelo para essa atividade crescente.
Dois pesos e ...3 Antes, precisa fazer cumprir lei sem diferenças e determinar aos comerciantes que retirem suas bancas e produtos expostos nas calçadas de frente a seus estabelecimentos. Diferente dos ambulantes, esses empresários conhecem a legislação, mas sempre dão um jeitinho com a complacência da prefeitura.
Indefensável A nova chefe da Defensoria Pública Geral do Estado da Bahia (DPE/BA), doutora Camila Angélica Canário de Sá Teixeira, precisa colocar na sua agenda de visitas prioritárias a unidade de Camaçari. Instalada num casarão na região do centro administrativo municipal, estrutura carece de tudo. Problemas para agendamento de atendimentos, controle de acesso com entrada até de animais, e nenhum conforto, como bebedouros para matar a sede da população carente que recorre aos serviços da DP como única alternativa de defesa de suas demandas judiciais.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
17/02/2025 Fechamento: 14h20 Atualização: 20h40
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Pertencimento A morte da turista paulista, vítima do desabamento da cobertura artística do forro da igreja de São Francisco, em Salvador, é alerta radical que não deveria acontecer. Em Camaçari, o exemplo mais significativo desse abandono com o patrimônio artístico e cultural é a Igreja do Espírito Santo. Coração de um sítio histórico que antecede a chegada dos portugueses ao Brasil, com história fortalecida a partir de 1558, com os padres jesuítas, templo precisa de urgente restauro e um olhar mais amplo sobre seu entorno.
Pertencimento 2 Graças à incúria da Igreja Católica, sempre de mãos dadas com os poderes públicos municipal, estadual e federal, esse patrimônio só faz diminuir. Listada entre as mais antigas do Brasil, igreja do Divino foi construída no século 17 (meados de 1600), e tombada pelo município em 2021. O convento anexo ao templo terminou completamente demolido nos anos 1960, levando com os escombros uma parte significativa da história do Brasil, de Camaçari e sua importância na luta pela Independência da Bahia.
Pertencimento 3 Movimento de apagamento da memória de Camaçari teve seu último capítulo com a reforma promovida pelas gestões do alcaide Antonio Elinaldo (União), entre 2017 e 2024. Financiada por dinheiro internacional da Corporação Andina de Fomento (CAF), que não cumpriu sua função de fiscalizar, projeto de requalificação da praça da Matriz foi coordenado pela secretaria de infraestrutura. Com o aval do chefe, a secretária Joselene Cardin ignorou completamente a legislação, os questionamentos da imprensa e o apelo de historiadores, como o professor Diego Copque e de pesquisadores como José Fernando, morador e figura referência de Abrantes.
Pertencimento 4 O resultado foi a ampliação da destruição da praça da Matriz, antigo ´quadrado` e primeiro aldeamento com registros de mais de 400 anos de história da região ocupada pelos índios tupinambás, colonos portugueses e africanos escravizados. Sem resgatar e destacar as referências do seu importante passado, como a construção de um museu, ou até um memorial, a antiga gestão sequer promoveu um amplo debate com a comunidade sobre a importância histórica da região. Miopia avança e se amplia com a falta de um projeto mais amplo com o resgate e proteção do entorno da centenária igreja.
Pertencimento 5 Agora, com o município sob nova direção, a população e a história esperam do alcaide Luiz Caetano (PT), que tanto alardeia os apoios do governador e do presidente Lula, um projeto robusto de recuperação e resgate desse importante pedaço da história de Camaçari, da Bahia e do Brasil.
Pertencimento 6 Desafios não faltam para o alcaide Caetano-04, que nada fez para proteger o patrimônio da cidade nos seus três governos anteriores (1986/1988, 2005/2012). Histórico nesse quesito é amplo, geral e irrestrito, com zero de ações do seu sucessor e aliado, e igual descompromisso de seus antecessores adversários.
Pertencimento 7 Ampliar essa caminhada não será missão fácil para a nova secretaria de cultura, que logo nos primeiros dias de gestão visitou e prometeu reforma total da Cidade do Saber. Criada pelo petista, a CDS foi festejada nos dois últimos governo de Caetano como joia e farol de um novo tempo.
Pertencimento 8 Nessa agenda obrigatória de referências históricas, os destaques no coração da sede do município são o antigo cinema e o casarão centenário. Morada do poderoso João Francisco da Costa e da família do desembargador Montenegro, imóvel também foi sede dos três poderes. Mesmo com esse histórico, foi demolido no governo Elinaldo para dar lugar a um projeto fake até hoje inacabado. Fúria da marreta, quando o correto era recuperar as fachadas e estruturas originais dos dois imóveis, foi liderada pela então titular da Secult, Marcia Tude, filha do ex-vice e três vezes alcaide do município, José Tude. Equívoco só não atingiu a antiga estação de trens por se tratar de bem privado.
Pertencimento 9 A real situação do novo cineteatro, com construção e inauguração prometidas desde o governo passado, e a destinação do prédio vizinho, fantasiado de arquivo público, é agenda urgente para a nova titular da Secult. Completam essa pauta inadiável da doutora Elci, visitas técnicas às localidades de Cordoaria e Parafuso, só para ficar nessas referências mais urgentes de patrimônio material e imaterial.
Pertencimento 10 Nesse conjunto de demandas urgentes que precisam ser referências numa gestão que promete ´virar a chave`, a construção desse novo momento precisa ser transversal e envolver outras secretarias e o Conselho Municipal de Cultura de Camaçari. Se quiser mudar, vai precisar deixar o CCMC funcionar sem a tutela da Secult. Distante da sua real função fiscalizadora e formuladora, o apenas homologatório CCMC precisa voltar a se reunir. Com mandato até agosto, a atual composição do colegiado, formado por representantes da sociedade organizada e governo, precisa entrar nesse debate sobre patrimônio, cultura popular e sentimento de pertencimento.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
10/02/2025 Fechamento:19h05
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Dois pesos e ... A necessária retirada dos ambulantes do centro de Camaçari é tabuleiro maior que se imagina e exige um mix de ações que não podem se resumir a simples remanejamentos e limpeza das vias públicas.
Dois pesos e ... 2 Transferir essas pessoas para o Centro Comercial, conhecido como a Feira de Camaçari, é mais que mudar o problema de lugar. A fórmula foi usada na gestão passada, com a improvisação de novos pontos de vendas no maior espaço de comércio popular da cidade.
Dois pesos e ... 3 Se quer ´virar a chave´, como prometeu na campanha, a gestão Caetano 04 precisa de um estudo complexo para definir esse novo desenho do comércio e a relação do município com esse universo em expansão de micro vendedores de frutas, verduras e outras mercadorias e serviços, provocada pela crise econômica e baixa qualificação de boa parte da sua população. Esses pais e mães de família não ocupam com suas bancas, carrinhos e outras formas de exposição e venda de produtos diversos apenas a área central da cidade. A desordem no comércio em Camaçari só tem crescido e hoje ocupa todos os espaços públicos, seja no centro, nos demais bairros da sede, ou nas localidades do município. São praças, ruas, passeios, qualquer área, incluindo aí espaços de preservação ambiental e patrimônios naturais, que se imagine adequado pelo candidato a empreendedor para montar sua guia.
Dois pesos e ... 4 Inchada e descaracterizada do seu projeto original, com limites e espaços definidos abolidos, a Feira de Camaçari virou uma bagunça, onde se pode tudo e a população não se sente confortável, muito menos contemplada com preços e serviços de qualidade. Alimentado pela demagogia da política, o maior espaço comercial da cidade e um dos maiores e com mais volume de vendas da região virou um grande negócio para seus permissionários e protetores da política.
Dois pesos e ... 5 Com serviços básicos bancados pela prefeitura, como energia, água, segurança e limpeza, que não custam aos cofres públicos menos de R$ 1 milhão mensais, a Feira de Camaçari cresceu e se apresenta hoje como um equipamento que agride a paisagem e até a mobilidade das pessoas. Pontos de vendas distribuídos por critérios políticos e sem nenhuma contrapartida financeira pelo uso do espaço público avançam sobre suas áreas de circulação internas e externas. Até os passeios do seu entorno foram ocupados por esses equipamentos comerciais, contribuindo para transformar o centro da cidade ainda mais caótico.
Dois pesos e ...6 Desgaste que o novo gestor enfrenta com as medidas consideradas impopulares de retiradas dos ambulantes das ruas, testa sua capacidade de compromisso de enfrentar o desafio de organizar a cidade e planejar seu futuro.
Incenso Depois da ausência total de prestígio e reconhecimento pela antiga gestão de Camaçari, o povo de santo começa o ano recebendo sinais nada animadores do governo Luiz Caetano (PT). O encontro que o alcaide teria na quinta-feira passada (30), em seu gabinete, com sacerdotes das religiões de matriz africana terminou acontecendo sem a presença do petista.
Incenso 2 Caetano mudou a agenda e foi ao encontro do bispo da Diocese de Camaçari, Dom Dirceu. Reunião na Cúria contou com as presenças de bispos e padres das cidades que formam a Diocese, além de representantes de governos dos municípios vizinhos.
Incenso 3 Acostumados com sinais, o povo de santo terminou sendo recebido pelo ex-vereador e agora o ´02` da secretaria de governo (Segov), José Marcelino. Fontes da Coluna garantem que a conversa com Marcelino, que já foi apoiado pelos terreiros, mas perdeu parte significativa dessas energias por equívocos políticos, passou longe dos objetivos e definições discutidos e documentados na campanha eleitoral entre o candidato Caetano e os pais e mães de santo.
Na pista Como anotou a Coluna em 28 de outubro do ano passado (Confira#mce_temp_url# ) o ex-vereador e candidato a prefeito Flavio Matos (União) segue ensaiando um roteiro que passa pela sua candidatura a deputado federal. Segundo apurou a Coluna, Matos, que somou pouco mais de 77 mil votos (49,08%) na disputa para prefeito de Camaçari, vencida pelo petista Caetano por pouco mais de 2 mil votos, tem a simpatia da maioria dos 12 vereadores da base oposicionista. Mesmo aparentemente considerada conflitante com os interesses do ex-alcaide Elinaldo, candidato a deputado estadual assumido, postulação de Flavio Matos já dá sinais nas redes sociais.
Na Pista 2 Entra aí como o terceiro nome numa construção já amarrada por Elinaldo com o federal Paulo Azi e o estadual que almeja substituir o papai José Rocha no Congresso, Manoel Rocha, ambos do União.
Na pista 3 Diferente de Elinaldo, com capilaridade eleitoral em cerca de 40 cidades, Flavio Matos disputa os votos de Camaçari com a deputada e candidata a reeleição Ivoneide Caetano (PT), além de somar apoios na Região Metropolitana.
Currículo A indicação da engenheira Joselene Cardin para a pasta de obras da prefeitura de Lauro de Freitas é um inequívoco sinal da influência do ex-alcaide de Camaçari, Antonio Elinaldo (União), na gestão da companheira de legenda, Débora Regis. Patrocínio desse e de outros nomes mostra que o apoio dado à correligionária, ex-vereadora e sem nenhuma experiência de gestão, foi consistente ao ponto de mandar para o município vizinho uma técnica que não exibiu uma trajetória de trabalho considerada satisfatória em Camaçari.
Currículo 2 Como mostrou a Coluna em diversas postagens, a poderosa e imexível ex-titular da Seinfra ficou conhecida por ignorar legislações básicas, atrasar obras e refazer cronogramas. As queixas de aliados do governo e os prejuízos para os cofres públicos não foram poucos. Um exemplo foi o ´faz, desfaz e refaz` da avenida Jorge Amado, que só somou prejuízo financeiro para o município e, de quebra, ajudou no desgaste da imagem política do grupo governista. O mais recente exemplo dessa falta de planejamento é a inacabada requalificação da avenida Eixo Urbano Central, principal via do centro do município.
Currículo 3 Com espaço político apertado, claras dificuldades técnicas nesse começo de gestão, e sem maioria no Legislativo, não dá para dizer se a gestão do alcaide Luiz Caetano vai colocar a chave certa e fazer essa apuração dos desmandos da doutora Joselene, servidora de carreira do município desde 2012. Desvendar esses mistérios das obras públicas é o mínimo que se espera do petista.
Calibre Camaçari começou o ano contando 9 assassinatos em janeiro, segundo apuração da Coluna, com base em informações postadas na imprensa local. Confirmado esse número pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), com dados atualizados até novembro do ano passado, janeiro de 2025 é o mês com o menor número de assassinatos desde 2017. Ainda sem dados oficiais de 2025, primeiro mês do ano registrou 4 assassinatos a menos que os 13 contados no mesmo período de 2024.
Calibre 2 Camaçari fechou 2024 com 190 assassinatos. Número de crimes violentos letais intencionais (CLVIs), informados no site da SSP-BA, somam 170 registros até novembro. Soma fecha com os 20 assassinatos apurados em dezembro pela Coluna.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
03/02/2025 Fechamento: 18h25
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Ignição O acordo da prefeitura de Camaçari com o Ministério Público (MP), se comprometendo a implantar um sistema de transporte público por ônibus vai render muitos ajustes até começar a rodar e ganhar velocidade. Proposta emergencial, avalizada pela Câmara de Vereadores, prevê já em fevereiro, 45 ônibus percorrendo 27 linhas na sede, orla e zona rural.
Ignição 2 Ao mandar para a sucata o sistema iniciado na gestão do antecessor, que poderia ser ao menos parcialmente aproveitado, o alcaide Luiz Caetano (PT) desacelera e roda o torniquete do gasto com um novo projeto.
Ignição 3 Enquanto anda de pisca alerta nessa fase emergencial, Caetano busca construir um novo sistema de gestão de transporte público com ônibus elétricos, como prometeu na campanha e vem reafirmando em cada roteiro da sua gestão 04.
Ignição 4 Complexo e cheio de variáveis, o sistema palavrado aos promotores por Caetano fica ainda mais desafiador com a sua promessa de ônibus com tarifa zero. Sem remuneração para um serviço que já chegou a transportar cerca de 1 milhão de pessoas/mês, sistema de transporte por ônibus terá de ser pago pelos cofres da prefeitura. De acordo com dados extra-oficiais apurados pela Coluna, conta soma cerca de R$ 4 milhões por mês (R$ 50 milhões/ano) com custos de gestão e manutenção dessa frota.
Ignição 5 Isso, se mantiver a promessa de tarifa zero de forma ampla, geral e irrestrita. Como em política, forasteiro vira nativo querido e adversário vira aliado nomeado, depois do desmonte do palanque, não dá para descartar a possibilidade de construção de uma nova narrativa com a adoção de um sistema heterogêneo. Camaçari adotaria a tarifa ´zero híbrida`, com custos bancados por parte dos passageiros. Além das isenções obrigatórias para idosos e PCD, viagem 0800 poderia beneficiar desempregados cadastrados, estudantes, isso sem falar no zero total nos finais de semana, já adotado em várias cidades, prometido e nunca cumprido pelo antecessor Antonio Elinaldo (União).
Ignição 6 Com tarifa zero total ou híbrida, o alcaide Caetano vai ter que administrar outros veículos e motoristas perigosos nessa mesma pista para não sofrer abalroamentos. Como ficam os mototáxis e os ligeirinhos com a queda no volume de passageiros que naturalmente serão atraídos pelo custo zero do buzu?
Ignição 7 O ano de 2026 é de eleições para presidente, governador, escolha de dois senadores e deputados federais e estaduais. É um roteiro longo, cheio de pontos de embarque e desembarque de muitos votos.
Regador Quem apostou que as conferências livres da Sociedade Civil de Camaçari, realizada sexta-feira (24); e do Comam-Conselho Municipal de Meio Ambiente, na terça-feira (21), fossem apertar o alcaide Luiz Caetano (PT), não conhece o movimento do regador e a torneira da política.
Regador 2 Mesmo com agenda direcionada para temas mais gerais do país como aquecimento global, com escolha de delegados de Camaçari para a Conferência Nacional de Maio Ambiente, em maio em Brasília, encontros preferiram deixar sem água o caquinho da principal plantinha do movimento ambientalista de Camaçari.
Regador 3 Nada impedia os dois fóruns de produzirem documentos lembrando e cobrando a Carta-Compromisso, assinada em setembro pelo então candidato e hoje alcaide empossado, Luiz Caetano (PT).
Regador 4 Foram essas mesmas estruturas que produziram esse importante encontro finalizado num documento, apoiado pela OAB-Camaçari, onde cobravam o aprimoramento da política ambiental de Camaçari. Documento assinado por Caetano e demais candidatos a gestor do município, destacava como prioridades a revisão do PDDU, da legislação ambiental, e a criação uma secretaria ou estrutura para coordenar as ações ambientais no município.
Coordenadas A urbanista Juliana Paes é a nova presidente da Sociedade Brasileira de Urbanistas (SBU). A ex-secretária de Desenvolvimento Urbano de Camaçari comanda a entidade até 2027. Promete defender a categoria e ampliar o empoderamento da entidade e sua presença nos debates sobre cidades e sua relação direta com a qualidade de vida da população.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
27/01/2025 Fechamento: 18h05 |
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Regador Como será tratada e quais as propostas para o aprimoramento da política ambiental no governo Luiz Caetano (PT). As prometidas revisões do PDDU e da legislação ambiental, e a criação de uma secretaria ou estrutura capaz de garantir presença firme e independente na condução de Camaçari e suas conexões com os novos parâmetros mundiais são interrogações que precisam de respostas.
Regador 2 Essas e outras questões devem constar da pauta de debates da Conferência Livre da Sociedade Civil de Camaçari. Encontro organizado por nada menos que 12 entidades, acontece na próxima sexta-feira (24), no Instituto Arborize, sede do município.
Regador 3 Para ampliar ainda mais as dúvidas e indefinições desse novo momento, e dentro do próprio movimento ambientalista, um segundo encontro, batizado de Conferência Livre do Comam-Conselho Municipal de Meio Ambiente acontece nesta terça-feira (21), também na sede do município.
Regador 4 Expectativa é que encontros lembrem a assinatura, em setembro do ano passado, na Carta-Compromisso, pelo então candidato, agora alcaide de Camaçari, Luiz Caetano. Documento discutido, construído e apresentado por essas mesmas entidades e figuras do movimento ambientalista, teve o respaldo da Ordem dos Advogados OAB-Camaçari.
Regador 5 Para ampliar ainda mais essas dúvidas de um movimento que até então parecia ser monolítico, cada um dos encontros deve eleger um delegado e suas respectivas propostas. Por essa fórmula, Camaçari terá dois representantes e um provável difícil consenso na conferência nacional, prevista para maio.
Regador 6 No meio desse ´ecossistema`, ainda confuso e sinalizando pouco planejamento de ações, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), responsável de forma mais direta pelo cumprimento da legislação ambiental, também emite sinais de descuido.
Regador 7 A Coluna apurou que a Associação dos Auditores Fiscais do Uso do Solo e Meio Ambiente de Camaçari (Afimc) perdeu a queda de braço na luta pela valorização dos servidores de carreira da pasta. Em documento enviado a representantes do governo eleito, no final do ano passado, a Afimc solicitava a desmilitarização da Sedur.
Regador 8 Uma das queixas era justamente o comando da fiscalização ser exercida por um policial militar. Agora, com a nova Sedur do secretário Rodrigo Nogueira, a fórmula não apenas se repete, como destina a função de superintendente da pasta para o mesmo PM que trabalhou na gestão do alcaide Antonio Elinaldo (União).
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
20/01/2025 Fechamento: 19h02
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Holofote O show de Thiago Aquino, sábado (11), como atração principal da festa de Barra de Pojuca, sinaliza que calendário de festas na orla de Camaçari não deve sair barato. O artista com cachê de R$ 350 mil, mostram gastos que seguramente, se não superarem, vão encostar nos R$ 10 milhões.
Holofote 2 São mais 5 festas neste ano, sendo quatro até março, além da de Areias, em junho. Próxima semana o roteiro se repete com lavagem e shows Vila de Abrantes, ainda sem grade de atrações anunciada. Depois vem Monte Gordo e Jauá, esse último com configuração maior. O festival de Arembepe, a mãe da festança, com provável data no final de março, terá quatro dias e um custo que não sai por menos de R$ 4 milhões.
Holofote 3 Ainda sem uma estrutura de eventos totalmente montada e azeitada, a Coluna apurou que a contratação de artistas e de parte da estrutura dessas festas está sendo bancada pelo governo do Estado, comandado pelo aliado e companheiro de partido Jerônimo Rodrigues.
Bastidores A ida do vereador Teo Ribeiro (PT) para secretaria de esportes e juventude (Sejuv) foi mais uma tentativa do alcaide Luiz Caetano (PT) de acomodar aliados. Primeiro suplente da federação de partidos, formada pelo PT, PV e PCdoB, Teo aparecia como o nome ideal para fazer as articulações com a maioria oposicionista no Legislativo, presidida pelo vereador Niltinho Maturino (PRD), e fundamental para garantir certa tranquilidade ao governo Caetano-04.
Bastidores 2 Mas, o imaginado e projetado não deu certo e o vereador Tagner Cerqueira (PT) não conseguiu a maioria dos 12 votos para se eleger presidente, como apostava o novo governo municipal. Sem o Legislativo, Caetano também perde o comando da máquina, de onde projetaria seu pupilo para uma disputa mais confortável por uma das 63 cadeiras da Assembleia Legislativa da Bahia.
Bastidores 3 Sem Tanger na presidência e com uma oposição fortalecida e em grande parte ligada e seguidora das orientações do ex-alcaide Antonio Elinaldo (UnIão), Teo Ribeiro seria esse nome para ampliar e facilitar acordos. Mesmo com esses predicados, terminou fora do plenário, dando lugar a segunda suplente, Neidinha (PT).
Bastidores 4 Missão será do vereador Tagner, indicado líder do governo e sem o risco de ter seu brilho ofuscado por Teo, conhecido pela sua capacidade de diálogo e leveza na condução das conversas com seus pares.
Bastidores 5 Mais complexa com Tagner, relação com a oposição deve contar com a presença de forma mais direta de Caetano, e do próprio Teo, agora dono da bola da Sejuv, nessas conversas. Sucesso nessa empreitada no Legislativo, já que não quis ser secretário, após derrota para a presidência, será decisivo na pavimentação da pista do jovem político no seu projeto 2026. Não vai ser fácil, dentro e fora do Legislativo. Vai disputar apoios com o ex-alcaide Elinaldo, também candidato declarado e assumido a uma cadeira de deputado estadual nas eleições de 2026.
Bastidores 6 Com a decisão de Caetano de apostar em Tagner, cenário segue ainda sem muita clareza. Como fica o jovem vereador em primeiro mandato, Kaique Ara (PT) ? Convidado para a pasta da Sejuv, Kaique recusou e preferiu experimentar e cumprir o acertado com seu eleitorado. Com a missão de líder do PT na Casa, vai trabalhar alinhado com os companheiros Dentinho do Sindicato, Neidinha e Paulinho do Som. Vai ter que adequar sua promessa de um mandato com todo gás, diferenciado, propositivo e ousado, ao projeto de reforço da imagem do aliado Tagner. Esse é o ecossistema que o alcaide Caetano precisa gerir e trafegar.
Próximos capítulos Depois da novela mexicana do primeiro escalão, com anúncio fatiado do secretariado, o alcaide Caetano-04 deve anunciar até amanhã, terça-feira (14), os superintendentes. Posto é equivalente ao extinto de subsecretário, mas terá salário menor. Entre os aliados agraciados estão os ex-vereadores Zé de Elísio na SESP, Zé do Pão na superintendência de trânsito e transportes (STT), e José Marcelino como o 02 da pasta de governo (Segov). Gabriela Mendes, como a Coluna havia listado, será a superintendente na saúde (Sesau). Prazo tem explicação. Nomes precisam entrar na folha de janeiro.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
13/01/2025 Fechamento: 16h02
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Espectadores A escolha da administradora e turismóloga Elci Freitas para a secretaria de cultura de Camaçari (Secult) tem deixado artistas, diretores, produtores e gente do movimento cultural da cidade sem entender a lógica do alcaide Luiz Caetano (PT). Acostumados com o palco, os bastidores e toda a cadeia de produção cultural na cidade, apostavam num nome vindo desse cenário.
Espectadores 2 Lembram, que mesmo sem dizer sim ou não, Caetano sinalizou de forma clara, durante os encontros com a artistagem, suas intenções de prestigiar a classe, resgatar e fomentar a importância cultural da cidade. Citam as manifestações de rua e nas redes sociais em apoio a sua candidatura, o grupo de trabalho cultural na transição, as mais de 200 assinaturas do pacto dos artistas, os encontros com Caetano, um realizado com a presença da ministra da cultura, Margareth Menezes e do titular estadual da pasta, Bruno Monteiro.
Espectadores 3 Dizem que a escolha de uma ex-assessora da ex-deputada Luiza Maia, apesar do currículo com gestão de pessoas, é uma experimentação perigosa apostar numa ilustre desconhecida do movimento cultural. Com a cabeça da pasta sacramentada, resta agora o anúncio dos demais postos chaves da Secult. Expectativa é ajustar o roteiro para fugir dos equívocos das últimas gestões, seja por falta de foco e descuido, ou desconexão com o movimento cultural da cidade.
Conceito Nomes para o secretariado, seja no governo Caetano, em Camaçari, ou qualquer outra gestão, são sempre questionáveis. Existe o time dos que gostam, dos que reprovam, e dos nem sim nem não. O que não pode é escolher um auxiliar que não exiba um currículo de conhecimento, qualificação e sentimento de pertencimento da cidade, esse último fundamental em pastas mais específicas.
Conceito 2 É o caso da secretaria de desenvolvimento urbano (Sedur). A escolha do advogado Rodrigo Nogueira exibe uma configuração nova numa pasta com tradição de comando por técnicos da área de planejamento. Independente de nomes, a Sedur exige um novo roteiro que não pode ser ignorado.
Conceito 3 É nesse complexo universo de legislações e horizontalidades técnicas, onde os princípios de equilíbrio da vida são fundamentais, mas muitas vezes distantes da letra fria da Lei e dos desejos imediatos e nem sempre saudáveis da política, que o doutor Nogueira terá de trafegar e fazer as mudanças necessárias.
Conceito 4 Seu maior desafio é a construção de uma política municipal de meio ambiente aliada ao desenvolvimento urbano numa complexa Camaçari. Sede de um dos maiores núcleos industriais integrados do planeta, Camaçari é ao mesmo tempo um potencial polo de preservação da natureza e do turismo com seu riquíssimo e singular ecossistema de 42 km de praias, rios, lagoas, dunas, fauna e flora.
Conceito 5 Palavrado com os grupos ambientalistas, durante encontro chancelado pela OAB-Camaçari, o então candidato Luiz Caetano (PT) prometeu um olhar diferenciado e cuidadoso. Questões como destruição de reservas ambientais, grilagem de terras públicas em todo o município, e a redefinição de parâmetros construtivos e de ocupação também foram promessas do agora alcaide eleito e já no exercício do poder.
Conceito 6 Tema fundamental para o futuro da cidade foi bem lembrado em recente artigo “Um necessário e possível pacto ambiental”, da jornalista e especialista em questões ambientais, no Colunistas do Camaçari Agora (Confira #mce_temp_url#). Cobrança e vigilância desse compromisso, também defendido pela Coluna e por outros articulistas, como a jornalista Ana Mandin e o advogado Juan Sterfan. Também entram nessa lista de debates e contribuições a urbanista Juliana Paes e o arquiteto Luiz Roberto Cabié, ambos ex-secretários, com larga experiência na área, e lembrados para o comando da Sedur.
Conceito 7 Cabe agora ao doutor Rodrigo, indicado pelo vereador Tagner Cerqueira (PT), mostrar na prática esse novo olhar como gestor. A hora é agora para reafirmar esse entendimento, exibido por ele durante encontros, reuniões e debates sobre o PDDU e outras questões ligadas ao desenvolvimento urbano de Camaçari.
Calibre Camaçari fechou dezembro com 20 assassinatos. Número de crimes violentos letais intencionais (CLVIs) no último mês de 2024 é o segundo maior desde 2017. Só é menor para o mesmo mês de 2021, com 23 assassinatos. Dados foram apurados pela Coluna, com base em informações postadas na imprensa, Números oficiais do ano passado, ainda não foram postados no site da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), que tem última atualização até outubro.
Calibre 2 Já na soma total de assassinatos de 2024, a Coluna encontrou 181 registros. Na comparação dos últimos 8 anos (2017/2024) o ano de 2024 foi o 4º mais violento, atrás de 2023 (241 assassinatos), 2021 (216), e o recordista 2017, com 249 assassinatos.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
06/01/2025 Fechamento: 18h30 |
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Conjuntura A eleição da oposição para o comando da Mesa Diretora da Câmara de Camaçari não chega a ser o fim do mundo. Com a derrota do alcaide Caetano (PT), que queria ver seu pupilo e correligionário, o vereador Tagner Cerqueira, no controle da agenda do Legislativo, o jogo da política ganhou novos e imprevisíveis contornos.
Conjuntura 2 A eleição do vereador Niltinho Maturino (PRD) para presidente do Legislativo, com fortes ligações ao ex-alcaide Antonio Elinaldo (União), é muito mais que um jogo de pressão sob o novo gestor municipal. Caetano vai precisar dos votos da oposição para colocar para andar boa parte dos seus projetos. Nessa conta, o apoio popular tem peso, mas com poder de pressão tão decisivo sobre os vereadores, como se imagina.
Conjuntura 3 Com 11 votos certos, precisa de, ao menos, mais 1 apoio para aprovações simples (12 dos 23), como pedidos de empréstimos, e 5 apoios para formar 2/3 e garantir mudanças mais complexas que implicam em mexida na Lei Orgânica do Município, por exemplo.
Conjuntura 4 Outra pedra no sapato de Caetano, que ele contava com a eleição de Tagner para funcionar como palmilha, é a reprovação das suas contas de 2012 pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Engavetada há cerca de 2 anos pelo conselheiro, amigo e aliado político, o ex-deputado federal Nelson Pelegrino, processo vai ter de andar e chegar no Legislativo. Vai exigir 16 votos, portanto 5 apoios da hoje base oposicionista, para que a decisão seja modificada e aprovada pelos vereadores, livrando assim o alcaide da condenação e até risco de complicações no mandato.
Conjuntura 5 Sem maioria e sem o presidente, o petista também não terá o controle sobre boa parte das 16 comissões permanentes, em especial as poderosas comissões de constituição e justiça e de finanças e orçamento.
Conjuntura 6 Mesmo com o controle dos cargos do Legislativo, que não são poucos, ultrapassa as 40 nomeações, a bancada oposicionista, quase na sua totalidade acostumada com a presença e participação no loteamento dos postos diretos e terceirizados na prefeitura, vai querer mais.
Conjuntura 7 Nesse jogo do aperta e folga, o alcaide Caetano vai precisar ser eficiente e saber compensar parte dessa bancada oposicionista, se quiser reduzir os danos políticos, em especial nesse primeiro ano de governo. Caetano sabe que o sucesso de sua gestão tem relação direta o projeto do PT de manutenção do poder no estado, na Presidência da República, no Senado. Também entra nessa conta a reeleição da esposa, a deputada federal Ivoneide Caetano (PT), e os seus planos para garantir uma representação na Assembleia Legislativa. Sem a presidência da Câmara de Camaçari, praticamente ficou sem pista de decolagem do projeto de fazer o vereador Tagner deputado estadual e se contrapor aos planos do ex-alcaide Elinaldo que também quer uma das 63 cadeiras da Assembleia.
Conjuntura 8 Não foi fácil segurar os 12 vereadores necessários para impedir a virada de mesa planejada por Caetano. Por apenas um voto, a eleição do oposicionista Niltinho seguiu no fio da navalha e terminou confirmada pelo entendimento da maioria de que o controle do Legislativo seria fundamental para fortalecer os vereadores, independente das negociações e acordos futuros com o governo municipal.
Conjuntura 9 Segundo apurou a Coluna, nome de Niltinho só foi confirmado no final da manhã de quarta-feira (1º) portanto a pouco mais de 4 horas da votação. Reunidos num hotel da cidade desde o começo da manhã, os 12 mais o alcaide Elinaldo, ironicamente o número 13 do encontro, fechou com a votação do nome para presidente. Niltinho Maturino (PRD) somou 5 votos, Dr Elias Natan (PSDB), provável nome para presidir a comissão de saúde, obteve 4 apoios. O terceiro votado, com o aval de 3 colegas, foi Dr Samuka (PRD), cotadíssimo para comandar a poderosa comissão de constituição e justiça.
Conjuntura 10 Conjuntura com o prefeito em minoria no Legislativo, tido como improvável e fora do cenário político de Camaçari nos últimos 40 anos, vai precisar de um Caetano versão 04 de verdade e capaz de virar sua própria chave.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
02/01/2025 Fechamento:13h20
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Fechadura Finalmente, o alcaide eleito de Camaçari, Luiz Caetano (PT), informou a data de divulgação dos nomes do seu secretariado. O anúncio, não se sabe ainda se completo ou parcial, será na manhã de segunda-feira (30), portanto a pouco mais de 48 horas para a posse. Seja qual for o secretariado escolhido, o governo Caetano-04 começa dando sinais.
Fechadura 2 Diferente da escalação de um time de futebol, onde o mistério dificulta o conhecimento dos movimentos do adversário, a demora na montagem/anúncio da sua equipe de secretários só reforça as dúvidas da torcida, seja a adversária azul, ou a aliada vermelha, sobre a certeza do treinador na montagem do melhor time. A escolha da equipe de auxiliares será o primeiro indicativo dessa chave e sua capacidade de virada e realização de um governo novo e inovador, que Caetano tanto prometeu durante a campanha.
Fechadura 3 Dúvidas e mistério sobre o primeiro escalão têm razões e ficaram cada vez mais claros se voltarmos ao resultado do 27 de outubro, quando o petista venceu no segundo turno o adversário Flavio Matos (União) com uma vantagem de 2.902 votos, o equivalente a menos de 2 pontos percentuais. Essa diferença, que no primeiro turno foi de apenas 559 votos, mostrou a fundamental ajuda do governo Lula, e das lideranças do senador Wagner, do ministro Rui Costa, do senador Otto Alencar, e do apoio decisivo, irrestrito e sem limites do governador Jerônimo. Acostumado a decidir sozinho, como fez praticamente nos três mandatos anteriores, Caetano sabe que, principalmente em política, não existe almoço grátis.
Fechadura 4 Não é o secretariado, mas a conjuntura política de Camaçari mostra que a Câmara de Vereadores segue funcionando, umbilicalmente ligada e cumprindo os desejos do alcaide de plantão. No dia 1º de janeiro, que a Coluna chama de ´quarta-feira sem lei`, será decidido quem vai sentar na cadeira de presidente do Legislativo, biênio 2025/2026. Os elinaldistas cantam vitória e anunciam 12 nomes, de um total de 23, para garantir a cabeça e as outras 5 vagas na Mesa Diretora.
Fechadura 5 Conta perigosíssima, por um voto apenas, foi mais elástica. Somava 14 até recentemente, quando Ivandel Pires (União) e Luizão Costa (Republicanos), sempre listados pela Coluna como candidatos fortes a adesistas ao caetanismo, compartilhavam a mesma mesa e jurava fidelidade ao grupo elinaldista. Para virar esse placar, a chapa caetanista, com o vereador Tanger Cerqueira (PT) na cabeça, precisa apenas de um votinho para inverter a conta em 12 a 11.
Olhares Não existe risco de recuo da BYD no seu projeto de expansão no Brasil, a partir da sua fábrica de veículos, baterias e componentes em Camaçari. Com muitos olhos bem abertos, principalmente os dos concorrentes, o estilo chinês e sua relação de trabalho com seus empregados vão precisar mudar e se adequar às leis brasileiras e seus reflexos de imagem corporativa na poderosa internet.
Olhares 2 Os primeiros alertas, ainda que atrasados, mas importantes, já estão sendo dados, como vem mostrando o Camaçari Agora. A atuação do Ministério Público do Trabalho (MPT) comprovando as péssimas condições vividas pelos chineses contratados para ajudar na montagem da fábrica e consideradas trabalho análogo à escravidão, expuseram e colocaram dúvidas sobre a atuação do Brasil nessa fiscalização.
Olhares 3 O mais novo e emblemático capítulo é a decisão do governo brasileiro de suspender a emissão de vistos de trabalho temporário para a BYD, numa clara demonstração de que a legislação que regula essas permissões não vinha sendo fiscalizada.
Olhares 4 Entra nessa conta não apenas as autoridades federais. O governo do estado, com sua pasta de trabalho, emprego e renda (Setre) também não fez o dever de casa, enfocando apenas no midiático e politicamente vantajoso processo seletivo para futuros empregados brasileiros na montadora.
Olhares 5 Ainda dentro dessa equivocada lógica, não se ouviu nenhuma manifestação do alcaide eleito, Luiz Caetano (PT), do ainda gestor municipal, Elinaldo Araújo (União), muito menos de vereadores que tanto discursam e usam as redes sociais para pregar a defesa dos trabalhadores.
Olhares 6 Fecha essa cadeia dos ´olhinhos fechados`, o sindicato de trabalhadores da construção civil e montagens de Camaçari (Sinditiccc). Mesmo com função primordial de garantir o exercício do emprego de forma digna e nunca descuidar na fiscalização desse pilar, representação falhou na sua promessa, feita pelo seu presidente, Bira do Sinbditiccc, em outubro, durante o lançamento da pedra fundamental da montadora em Camaçari.
Olhares 7 Essa estranha relação da BYD com seus empregados começou a ser denunciada em novembro. O Camaçari Agora e a Coluna Camaçarico acompanham desde o início das denúncias de maus tratos a trabalhadores chineses. Depois noticiou a fiscalização do Ministério Público do Trabalho. Prosseguiu com a notícia sobre a interdição das obras na BYD Camaçari. Informou a tentativa de se vitimizar dos chineses. Por último, a decisão do governo de suspender as licenças para trabalhadores chineses.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
28/12/2024 Fechamento: 21h01
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Rosa em choque Tem efeito prático quase zero, a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TER) de condenar o vereador Dentinho do Sindicato (PT) por importunação sexual e violência de gênero contra a vereadora Professora Angélica (PP). O vereador de Camaçari não vai ser preso, muito menos perder o mandato. Terá até 2028, quando provavelmente disputará sua 4ª reeleição para tentar se livrar da pena de inelegibilidade que só vale daqui a 4 anos.
Rosa em choque 2 Crimes cometidos em meados de 2022 terminaram passando impunes graças a omissão da Câmara de Camaçari e do alcaide Antonio Elinaldo (União) que preferiu ignorar a agressão sofrida pela aliada. Nessa conta, a vereadora, sem assessoria e outros apoios, também falhou por falta reação mais dura e articulação com os movimentos sociais.
Rosa choque 3 Ocorridas no plenário do Legislativo, manifestações que deveriam ter sido rechaçadas de forma dura pelo então presidente Ednaldo Junior Borges (União), seguiu como se nada tivesse acontecido nos dois anos seguintes do atual presidente Flavio Matos (União), candidato a alcaide na chapa da qual a vereadora foi vice.
Rosa choque 4 Caso não expôs apenas os aliados conservadores. As mulheres do campo progressista também se omitiram. Ninguém viu manifestação da deputada federal Ivoneide Caetano (PT) condenando a agressão praticada por seu companheiro de partido. A ex-deputada Luiza Maia, que se caracterizou pela luta em defesa das mulheres, e agora retoma o protagonismo político no município, com a volta de Luiz Caetano (PT) pela 4ª vez ao poder, também nada falou.
Rosa choque 5 Caso da agressão à vereadora Professora Angélica só expõe o perigoso corporativismo machista da Câmara de Vereadores de Camaçari e dos demais atores e estruturas políticas da cidade, independente da matiz ideológica. Omissão mostra que a luta por direitos iguais ainda é uma bandeira que sobe e desce de acordo com as conveniências.
Saco fechado E o alcaide eleito de Camaçari segue ajustando o figurino do secretariado. Previsão inicial, como informou a Coluna, é de anunciar no começo da próxima semana os nomes das chamadas ´secretarias meio`, bloco formado pelas pastas da administração, finanças, governo, relações institucionais. Nessa agenda ainda imprevisível de Luiz Caetano (PT), as datas e os nomes podem mudar.
Saco fechado 2 Na bolsa de apostas, parte desses nomes checados pela Coluna, e outros anunciados como certos e prováveis, por parte da imprensa e redes sociais, dois nomes aparecem bem posicionados: o vereador eleito Marcio Neves (PT) para a pasta da educação (Seduc), e o assessor Ademar Lopes para a secretaria de relações institucionais (Serin). O jornalista Geraldo Honorato na pasta da comunicação, a ser criada, também é praticamente o único dentro do recorte de Caetano, que vem falado num nome da cidade para a missão. Dúvidas não faltam nesse processo. E, se o chefe avaliar ser mais vantajoso destinar outra missão para o colaborador?
Saco fechado 3 Lista inclui ainda a educadora e empresária Adriana Marcele para a secretaria de desenvolvimento econômico (Sedec); o auditor da secretaria da Fazenda do estado, Luiz Augusto Reis para a finanças (Sefaz). Segundo apurou a Coluna, Paulo Cesar, hoje na Sefaz de Dias D`Avila, recusou o convite para voltar a colaborar com a nova gestão Caetano no comando da Sefaz. Independente de laços familiares, o advogado Edmilson Santos, irmão da vice-prefeita eleita, Dea Santos, inicialmente listado para a procuradoria, é cotado para a controladoria.
Saco fechado 4 Segundo apurou a Coluna, as causas da dor de cabeça de Caetano são as pastas da cultura (Secult), desenvolvimento social (Sedes), esportes e juventude (Sejuv) e desenvolvimento urbano (Sedur). Seja quem for, a saúde (Sesau) terá solução técnica capaz de desenrolar a gestão nos primeiros dias de governo, tal o grau de dificuldade que vai encontrar com o cancelamento de contratos. A enfermeira Rosangela Oliveira, vinda de Mutuípe e com larga experiência em gestão, poder ser esse nome.
Saco fechado 5 Nesse processo ainda pouco claro, indicativo da dificuldade de Caetano contemplar aliados e agradecer os apoios que vieram de fora e de cima, sem os quais não teria logrado êxito, conjuntura local exibe outro nome que andava esquecido e volta aos holofotes. A ex-deputada estadual Luiza Maia não pode ser ignorada nos projetos de curto e médio prazos. Inflada nos últimos dias e até lembrada para a pasta da educação, Luiza tem amplo currículo de contribuição ao município, ocupando pastas municipais e na linha de frente de várias disputas eleitorais. Pode emplacar a pasta da mulher ou, quem sabe, do desenvolvimento social (Sedes), já que os potenciais nomes sofrem objeções conflitantes com o próprio sistema único da assistência social (Suas).
Saco fechado 6 Com a eleição da mesa diretora da Câmara de Vereadores caminhando para a confirmação de Tagner Cerqueira (PT), graças aos apoios de 3 dos 14 eleitos pela base elinaldista, conta fecha em 12, maioria apertada, mas fundamental para a primeira fase. Estratégia é garantir ao menos mais 4 votos, formando assim maioria de 75% (16 votos) para aprovar as mudanças que que o alcaide Caetano planeja para poder governar com tranquilidade.
Saco fechado 7 Com o desconforto da dúvida, que toma conta e estressa toda a cúpula do novo governo, tal o mistério do chefe, nomes precisam ser definidos e anunciados até a próxima sexta-feira (30). A não ser que o Caetano versão 04, inove tomando posse sozinho.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
22/12/2024 Fechamento: 17h48
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Tic-Tac Com a sua diplomação, dos 23 vereadores eleitos, suplentes, e da sua vice, quarta-feira (18), os prazos para o alcaide Luiz Caetano (PT) entram na fase final. Se não surpreender até depois de amanhã, decisão pouco provável até para os aliados, serão 13 dias para o dead line da definição e anuncio do seu time de secretários e a complicada escolha do seu candidato a presidente do Legislativo, na disputa do dia 1º de janeiro.
Tic-Tac 2 Apesar dos almoços, selfies e declarações de unidade, os 14 vereadores eleitos pela base do atual alcaide Antonio Elinaldo (União) não perecem tão monolíticos como alardeiam. O vereador Ivandel Pires (União) com postagens reticente nas redes sociais, desfilando e se deixando fotografar ao lado dos vencedores, e o vereador Luizão Costa (Republicanos), são tidos como certos na conta do PT. Resta saber quem será o 12º elemento que garantirá a maioria dos votos necessários para eleger o presidente e os demais 5 cargos da mesa diretora.
Tic-Tac 3 No time dos 14 a indefinição/preocupação com espaços na máquina municipal, a partir de 2025, segue ampliando as esperanças do alcaide Caetano em conquistar muito além dos 3 apoios mínimos. Caetano quer o companheiro Tagner para presidente do Legislativo. Muito mais que petista, o jovem político em segundo mandato é certeza de 100% de cumprimento das diretrizes traçadas pelo chefe.
Tic-Tac 4 Outro nome nesse mesmo figurino caetanista, com elasticidade, mas sem riscos, é Dilson Magalhães (PP). Com bom trânsito em grande parte do time dos 14, Dilson foi oficialmente elinaldista até o primeiro turno. Seu estilo aberto e afável garante um capital político que não pode ser desprezado num governo que vai precisar de maioria para governar. Como antecipou a Coluna (Confira#mce_temp_url#), novo governo terá sérios obstáculos, aprovados pelo atual Legislativo e que precisarão ser desmontados para que possa botar a gestão para andar. O PT soma entre certos e eleitos pela sua base de partidos aliados apenas 9 dos 23 votos.
Tic-Tac 5 A escolha do secretariado é outra consumição para o alcaide eleito. Apesar da imagem externa de tranquilidade, demora não é bom sinal. Caetano pode quebrar esse clima com o anúncio de parte do secretariado antes do Natal. Uma fórmula que vem sendo discutida, segundo apurou a Coluna, seria anunciar os titulares das chamadas pastas `meio´: administração, finanças, controladoria, procuradoria, governo e relações institucionais. O nós são saúde, educação, desenvolvimento social, desenvolvimento urbano e esportes já fazem parte do time que imprime uma cara mais visível do governo.
Tic-Tac 6 Diferente das outras eleições, quando ganhou praticamente com seu time local, dessa vez Caetano teve padrinhos fundamentais para sua vitória no tenso e complicado 27 de outubro. Lula, Wagner, Rui e Jerônimo seguramente vão influenciar na montagem desse time. Nova conjuntura política do PT no estado, necessidade de transformar Camaçari na vitrine estadual e nacional não são elementos que serão desprezados na montagem desse secretariado.
Tic-Tac 7 Mesmo sob essa mira, Caetano sabe de cor e salteado a velha regra de não nomear quem não pode exonerar. Lição que o alcaide Elinaldo ignorou e deu no que deu, ou melhor, ainda está dando, com a nomeação e manutenção por 8 anos da filha do seu vice José Tude (União), Marcia Tude para a pasta da cultura.
Sem choro Não tem explicação a retirada da espécie Camaçari do passeio lateral da feira. O descuido com a árvore símbolo da cidade, replantada há cerca de 3 anos, e já com mais de 2 metros de altura, como mostra registro feito antes das obras, parece ser o derradeiro presente da doutora Joselene Cardin. Sumiço, também comprovada com recente imagem do local, tem a digital da comandante da pasta de obras e responsável pelo o projeto de requalificação da avenida Eixo Urbano e seu entorno.
Sem choro 2 Por falar em fim de governo, máquina municipal entra em transe a partir do dia 23, próxima segunda-feira. Despedida do alcaide Elinaldo, depois de 8 anos de poder, começa com o recesso de final de ano. Trabalho até dia 31, só para a turma do essencial.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
16/12/2024 Fechamento: 18h10 |
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