Agora vou contar uma
Piada boa é contada. Piada escrita é meio sem graça. Nunca comprei livro ou revista de piadas. Mas hoje me arrisco a escrever algumas, que acho primorosas, junto com alguns casos verídicos.
O menino de 7 anos só falava em trepar.
A mãe resolveu levá-lo a um psicólogo, que mostrou ao garoto um caderno cuja primeira página era toda branca, e perguntou:
"O que você está vendo aqui?"
"Branco, doutor, branco é vestido de noiva, noiva é casamento, doutor, casamento tem lua de mel, trepar, doutor, trepar.
Aí o psicólogo mostrou a segunda página, que era toda azul:
"E aqui você vê o quê?"
"Azul, doutor, azul é mar, mar é praia, doutor, praia é mulher de fio dental, trepar, doutor, trepar.
O psicólogo conversou mais um pouco e disse à mãe que trouxesse o garoto na próxima semana.
No dia da consulta, quando o psicólogo abre a porta lá está o taradinho com mais 20 meninos.
"O que é isso?", pergunta o doutor. "Eu trouxe meus colegas pro senhor mostrar aquele livro de putaria que me mostrou na semana passada".
XXX
Se atentar muito para o politicamente correto, você perde a piada. Então o português estava na Avenida Sete, em Salvador, e viu um camelô vendendo naftalina em pacotinhos com 10 bolinhas.
"Para que serve isso?"
"Pra matar barata", disse o camelô.
"Então me dê um pacotinho".
No dia seguinte o português voltou lá no camelô e pediu 10 pacotes de naftalina. Ouviu do camelô:
"Meu senhor, eu não tenho nada com isso, o meu negócio é vender, mas pra que o senhor quer tanta naftalina se as bolinhas de um pacote já dão pra matar todas as baratas de uma casa?"
"Um pacote é pra quem tem boa pontaria", respondeu o português.
XXX
Passo na feira de Caculé, Bahia. O feirante começa a montar a barraca e há uns repolhos bonitos sobre uma lona no chão. "O senhor pega aquele repolho ali pra mim, pois tenho problema de joelho?"
"Vixe, danou, e eu tô ruim da coluna."
XXX
Dizem que antes da Covid a pessoa no elevador tossia para disfarçar o peido. Hoje peida pra disfarçar a tosse.
XXX
O maluco (paciente psiquiátrico) está no pátio do hospício puxando uma lata amarrada num cordão. Passa um médico e lhe diz: "Aí, hein, brincando com o seu cãozinho".
"Cãozinho o quê, doutor? O senhor não está vendo que isso é uma lata de goiabada vazia amarrada a um barbante?"
O médico pede desculpa e, depois que se afasta, o maluco coloca a lata no colo, dá três tapinhas carinhosos e diz:"Aí, hein Totó, enganamos mais um".
XXX
Estou na praia do Porto da Barra e preciso saber as horas. Passa um cara com um colete cervical, de relógio, e pergunto:"Por favor, você pode me dizer que horas são ?" "Foi acidente".
XXX
Minha neta Gabriela, 6 anos, pergunta a Mateus: "Meu pai, será que um dia a gente vai morar em outro planeta?
XXX
A caminhonete do circo percorre a cidade avisando que procura novas atrações: "Se você sabe fazer algo diferente, apareça amanhã em nosso picadeiro para fazer um teste".
A fila estava grande. O dono do circo começou a chamar os candidatos:
"O senhor sabe fazer o quê?"
"Sou trapezista".
"Pode ir embora. Já temos trapezista demais. O próximo..."
"Eu sou palhaço".
"Estamos cheios de palhaços. Queremos novas atrações que emocionem o público, que façam o espectador vibrar. Vá embora. Próximo..."
"Eu sei imitar passarinho", disse um rapaz magrinho e muito tímido".
"Ô, seu idiota, você acha que o público é idiota, que vai pagar pra ver um idiota como você imitar passarinho, piu-piu, piu-piu? Suma daqui!"
Decepcionado, o rapaz voou e sumiu por um buraco que havia no alto da lona.
Chico Ribeiro Neto chicoribe@gmail.com nasceu em Ipiaú (BA) é jornalista profissional, começou na Tribuna da Bahia. Trabalhou na sucursal da Revista Manchete em Salvador e na sucursal do Jornal do Brasil em Porto Alegre. No jornal A Tarde foi editor de Economia, chefe de Reportagem e secretário de Redação
Opiniões e conceitos expressos nos artigos são de responsabilidade do autor
05/junho/2025