A retirada de recursos da caderneta de poupança em julho superou os depósitos em R$ 12,7 bilhões e representou a maior retirada já registrada para meses de julho desde 1995. De acordo com o Banco Central (BC), no mês de julho os depósitos somaram R$ 290,4 bilhões. Já as retiradas totalizaram R$ 303,1 bilhões.
Ainda segundo o BC, no acumulado dos sete primeiros meses deste ano os saques de recursos da tradicional caderneta de poupança superaram os depósitos em R$ 63,2 bilhões. Esse também é o maior valor da série histórica. A cifra supera o recorde anterior, de 2016, quando R$ 43,7 bilhões líquidos foram retirados da poupança.
A saída de recursos coincide com a baixa rentabilidade da poupança, que tem perdido para a inflação. Mesmo com a Selic subindo para 13,75% ao ano e com a inflação anual ainda na casa de dois dígitos, a poupança seguirá com o retorno travado em 6,17% ao ano + TR (Taxa Referencial).
Simulações mostram que diversos investimentos em renda fixa são mais atrativos, com uma rentabilidade líquida (descontada a inflação projetada e o imposto de renda) de até mais de 7% para o período de 12 meses.
Entre as modalidades com maior retorno projetado estão as debêntures incentivadas, que são títulos emitidos por empresas para financiar seus projetos e operações, LCI (Letras de Crédito Imobiliário) e LCA (Letras de Crédito do Agronegócio). Todas essas aplicações são isentas do pagamento de imposto de renda (IR).