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Nada será como antes


José Cupertino é secretário de desenvolvimento da orla de Camaçari e ex-vereador

Acordar, respirar se espreguiçar coisas simples, mas que tem um valor inestimável nesses tempos de pandemia. Quantos hoje não poderão fazer essas coisas simples? Quantos estão hoje em hospitais e em clínicas em filas aguardando a hora de serem atendidos? quantos estão aflitos com os seus entes queridos acamados com sintomas em respiradores ou entubados?


Quantos voltarão dessa viagem tenebrosa que o vírus proporciona? Quanto  desespero, quantas dúvidas, quanto medo de ser atingido por esse cruel carrasco, que há um ano vem aterrorizando o mundo, desafiando a ciência e a medicina, se reiventando, criando novas cepas e se apressando em infectar mais e mais.


Quando ele surgiu há um ano na China, ninguém podia imaginar qual seria a extensão dos danos que ele causaria à humanidade, pensou-se que com os avanços da medicina, com a tecnologia de ponta das indústrias farmacêuticas, logo se conseguiria manter o mostro sob controle, que com algumas providências, como fechar fronteiras, usar máscaras fazer uma higienização cuidadosa evitaria-se a propagação dessa praga avassaladora, tudo isso foi feito. 


Muitas vidas foram ceifadas, muitas salvas, por conta da luta incansável dos abnegados profissionais da saúde por todo o mundo, a batalha parecia que estava sendo vencida, os índices de infecção foram reduzidos, as ocupações de leitos caíram, desativaram-se espaços que tinham sido criados no primeiro momento.


De repente, de forma abrupta e inesperada, o vírus investe em uma segunda onda, com mais força, como em uma guerra, na qual os generais criam e estabelecem as suas estratégias e atacam os inimigos com mais soldados e com maior poder bélico.


Algumas sociedades foram pegas de supresa, pois haviam abaixado a guarda, aí foi e está sendo o "Deus nos acuda ", os governantes mais cuidadosos se reorganizaram de imediato e voltam a criar dispositivos de combate aos vírus, que até virou verbo, pois outro dia perguntei a uma amiga por outro amigo e ela me respondeu " fulano covidizou " achei engraçado, mas fazer o que!? É mais uma mutação, o vírus está virando verbo.


Ainda teremos que conviver por algum tempo com essa situação de total confusão, de um lado os governantes responsáveis tentando a todo custo proporcionar ao povo melhores condições para o enfrentamento da praga, de outro, os políticos inescrupulosos, falando asneiras e tentando tirar vantagens pecuniárias e dividendos políticos nessa hora de aflição, enquanto uma parte da população segue à risca as determinações das autoridades. Já outros  insistem em ignorar as orientações, fazem festas, se aglomeram e quando o contagio aumenta, culpam as autoridades.


O comércio fechado traz apreensão para os comerciantes que assistem as receitas despencarem e a real iminência da falência bater à sua porta, o desemprego aumentando a cada dia. E os governantes entre a cruz e a espada, se não fecham o comércio são chamados de negligentes, se fecham são taxados de algozes da economia.


O que precisamos no momento é de equilíbrio, de união, de se buscar uma fórmula que leve em consideração que vidas devem ser protegidas contra o vírus, mas que o total colapso da economia, também causará grandes e trágicas consequências. Então que os governantes tenham discernimento necessário para encontrar essa solução.


De uma coisa estou certo, por enquanto não podemos usar aquele ditado "está tudo como dantes no quartel de Abrantes " pois Abrantes não mais será como antes, nem o mundo será o que foi.
Até breve. Um forte abraço


José Cupertino idalinan@hotmail.com é secretário de desenvolvimento da orla de Camaçari e ex-vereador


Opiniões e conceitos expressos nos artigos são de responsabilidade do autor

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