A alta de preço em produtos da cesta básica em agosto afetaram duas vezes mais as famílias mais pobres em relação as ricas. De acordo com estudos realizados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) os pobres tiveram uma inflação de 1,53% enquanto que para a famílias ricas o impacto dos custos representou apenas 0,07%. São consideradas com renda muito baixa aquelas com menos de R$ 1.650,50 por mês. É classificada como renda alta aquela maior que R$ 16.509,66.
No mês de agosto, a alta nos alimentos e bebidas teve impacto de 0,20 ponto percentual para os mais pobres e mais 0,05 na cesta dos mais ricos. A alta anual está concentrada em produtos como arroz (19,2%), feijão (35,9%), leite (23%) e ovos (7,1%), segundo o Ipea. No mesmo mês, a queda nos preços das mensalidades escolares favoreceu as famílias de maior renda.
Ainda segundo o estudo do Ipea, à exceção do segmento de renda mais alta, todas as demais faixas apresentam uma trajetória de inflação em aceleração em 12 meses. Para os mais ricos, o indicador está em 1,54%, para os mais pobres, em 3,20%, mais que o dobro. Nas faixas de renda intermediária, a inflação varia de 2,06% a 2,87% no período.