Depois de 5 dias no cargo, mesmo sem tomar posse, o ministro da educação, professor Carlos Alberto Decotelli, pediiu demissão. O governo publicou na edição desta quarta-feira (1º) do "Diário Oficial da União" o ato que tornou sem efeito a nomeação do professor. A partir desta quarta-feira, Bolsonaro definirá o substituto de Decotelli. Será o quarto ministro da Educação em um ano e meio de governo. O primeiro, Ricardo Vélez Rodríguez, permaneceu pouco mais de 3 meses no posto; o segundo, Abraham Weintraub, 14 meses; e Decotelli, 5 dias.
A saída vem depois que instituições de ensino contestaram títulos que Carlos Alberto Decotelli incluiu em seu currículo, a permanência do ministro se tornou insustentável. O professor declarou um título de doutorado na Argentina, que não foi obtido. também foi denunciado por plágio na dissertação de mestrado da Fundação Getúlio Vargas (FGV), e no pós-doutorado na Alemanha.
As titulações estavam declaradas no perfil pessoal de Decotelli na plataforma Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTIC). A plataforma integra dados de currículos, grupos de pesquisa e de instituições em um único sistema. Ela é autodeclaratória – são os próprios pesquisadores que atualizam os dados – e é considerada um padrão nacional para registro da vida acadêmica. G1