A cantora e atriz Laurinha Arantes criticou a pouca importãncia que prefeitura e governo do estado dão á cultura baiana. A primeira cantora da Banda Cheiro de Amor, que esse ano completa 40 carnavais, se considera uma excluída pelo patrocinadores da festa. "Eu nunca fiquei fora do Carnaval, embora o poder público me renegue, não me contrate. Mas eu consigo contratos por fora, como é o caso de Carlos Pitta. É a segunda vez que eu faço com ele, recebo um cachê digno e faço participação", disse a cantora que se
Segundo Laurinha, a ingratidão é muito grande. "Dizer que eu sou lembrada pelo poder público não, porque a Bahia é ingrata com seus precursores. Muito ingrata. Enquanto outros estados, como Pernambuco, valorizam o artista que veio antes, dando a ele um palco especial, cachê digno, a Bahia renega".
Laurinha ainda sugeriu que não vai atrás dos gestores para pedir espaço. "Eu não sou mendiga pra ficar batendo em nenhum gabinete, nem beijando prefeito, nem puxando gravata de governador. Todo mundo sabe da minha existência. Sabe por quê? Eu tô no Museu do Carnaval, que foi levantado por eles mesmos. Eles me procuraram, procuraram minha história. Eu tô lá. Se eles não me contratam é porque não querem. Se eles não querem, eu vou buscar outros meios de não ficar fora do carnaval, porque eu amo, carnaval é minha vida. Então todos os anos de alguma forma eu canto", desabafou.