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Desembargadora movimentou R$ 13 milhões em 57 contas bancárias


MPF considera incompatível a movimentação bancária de Maria das Graças Osório Pimentel leal

A desembargadora Maria das Graças Osório Pimentel leal, afastada por decisão do Superior Tribunal de Justiça do cargo de 2ª vice-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), movimentou R$ 13.378.630,84 nos últimos 6 anos e possui 57 contas bancárias ativas. Os  dados são do Relatório de Análise Preliminar de Movimentação Bancária 001, encartado nos autos da Operação Faroeste, deflagrada na terça-feira (19). 


O rastreamento bancário da desembargadora indica que no período entre 13 de janeiro de 2013 até agora, dos pouco mais de R$ 13 milhões, R$ 1.934.189,43 ‘não apresentam origem/destino destacado’, diz o relatório.


Maria da Graça é uma dos 4 magistrados acusados  de integrar uma organização criminosa dentro da corte estadual que vendia sentenças judiciais em processos de grilagem de terras na região oeste da Bahia, de acordo com o Ministério Público Federal. Além de Maria da Graça, foram afastados de suas funções o presidente do TJ da Bahia, Gesivaldo Nascimento Britto, os desembargadores José Olegário Monção Caldas e Maria do Socorro Barreto Santiago, e, ainda, os juízes de primeiro grau Marivalda Almeida Moutinho e Sérgio Humberto de Quadros Sampaio.


Para o ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça, não é crime ter 57 contas bancárias ativas, mas acha suspeito. “Apesar de não ser crime, quando considerado de forma isolada, ganha foros de suspeição diante do grande volume de transações eletrônicas, cheques e depósitos em dinheiro de origem não identificada, a pontilhar mecanismo típico de lavagem de dinheiro, numa gramatura possivelmente associada à corrupção”.


Do crédito total nas contas da desembargadora Maria da Graça (R$ 6.709 925,15) no período, R$ 2.007.885,43 compõem a rubrica pagamentos salariais. “Um volume de ganhos totalmente incompatível com os vencimentos recebidos como servidora pública”, destaca o ministro.


O Ministério Público Federal, responsável pela investigação afirma que a desembargadora teria conseguido inviabilizar a constituição de uma comissão para investigá-la no Tribunal de Justiça da Baha. O motivo seria a ‘dificuldade’ do órgão para ‘comport a comissão com desembargadores que aceitem apurar os fatos em questão.


Os investigadores também listaram 54 ligações dirigidas a Adailton Maturino, apontado como suposto mentor do esquema de corrupção. As chamadas foram realizadas entre 03 de julho de 2013 e 10 de abril de 2014. Em depoimento, a desembargadora afirmou que o contato era ‘em virtude de orações que ela fazia’ para a mãe de Adailton, que tinha problemas de saúde. 


Além das ligações suspeitas com Adailton Maturino, registros telefônicos indicam que Maria da Graça efetuou outros 114 telefonemas para Roberto Tadeu Hosório Pimentel Leal, suspeito atualmente detido por envolvimento com tráfico de drogas e ataque a carro-fortes. Estadão

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