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Google admite que ouve conversas dos seus usuários


O Google admitiu que “especialistas em linguagem” contratados pela empresa escutam aproximadamente 0,2% das conversas mantidas pelos usuários com seu assistente virtual, o que significa que uma parte dessas interações não é completamente privada.


O objetivo, segundo a Googlen informou na quinta-feira (11) é melhorar a qualidade do serviço. A revelação lança luz sobre uma prática que as empresas em geral evitam divulgar, embora se saiba dentro do setor que isso, em maior ou menor medida, é algo habitual.


A suposição habitual, frequentemente reiterada pelas empresas que administram assistentes virtuais, como Amazon, Samsung e Apple, além do Google, é que as conversas entre um usuário e seu assistente são totalmente privadas, e que a interação ocorre exclusivamente mediante inteligência artificial, ou seja, os únicos que “ouvem” o usuário seriam robôs.


A revelação foi feita pelo diretor de produtos de buscas da empresa californiana, David Monsees, que publicou um post no blog oficial do Google respondendo a uma reportagem do canal belga em língua holandesa VRT NWS, que teve acesso a cerca de mil gravações de indivíduos anônimos.


Esses áudios foram entregues à emissora por um dos especialistas contratados pelo Google na Bélgica para escutar trechos das conversas e “compreender assim as particularidades e sotaques de cada idioma em específico”.


O Google,  que prometeu “tomar medidas” por causa do vazamento dos áudios, por considerá-los uma “violação” de suas políticas de segurança de dados – admitiu contar com “especialistas em todo o mundo” cuja função é escutar e transcrever “uma pequena parte dos diálogos para nos ajudar a compreender melhor esses idiomas”.


A empresa de Mountain View garantiu que os fragmentos analisados não ficam associados às contas dos usuários, e que os especialistas são orientados a não transcreverem sons ou conversas de fundo que não sejam dirigidas ao Google.


Entretanto, a televisão belga foi capaz de identificar “endereços postais e outras informações sensíveis” nas gravações, o que lhes permitiu entrar em contato com as pessoas cuja voz tinha sido gravada e confirmar que efetivamente se tratava delas.


“Um casal de Waasmunster (Bélgica) reconheceu imediatamente a voz de seu filho e do seu neto”, informou a VRT NWS a título de exemplo. O Google disse que o assistente virtual só envia as gravações de áudio quando detecta que o usuário está interagindo com o assistente, ao dizer, por exemplo, “Ei, Google”, e que dispõe de várias ferramentas para evitar as “ativações falsas”, ou seja, que o software interprete um som erroneamente como a palavra-chave para ser ativado.


Apesar disso, a VRT NWS disse que, de cerca de mil falas à quais teve acesso (todas em holandês), 153 eram conversas em que o assistente foi acionado sem ninguém ordenar, apenas interpretando erroneamente algum som. O canal disse ter ouvido, entre outras, conversas na cama, entre pais e filhos, telefonemas profissionais, discussões e cenas tanto de sexo como de violência. El País

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