O presidente afastado da Vale, Fábio Schvartsman, afirmou durante a CPI de Brumadinho no Senad, que não existiam dados ou informações que indicassem risco nas barragens da mineradora antes do acidente em Brumadinho, Minas Gerais. Segundo o executivo, as áreas técnicas da empresa e as auditorias independentes contratadas atestavam que as barragens estavam seguras.
Segundo Fábio Schvartsman, cada área ou localidade tem autonomia financeira e organizacional para gerir os negócios, e não chagava à cúpula da Vale qualquer informação sobre a falta de segurança das barragens. Ele disse que considera ter sido enganado pelos técnicos da empresa e da auditoria externa que não foram capazes de identificar e alertar os riscos.
As explicações do presidente afastado da Vale, durante sessão na quinta-feira (28), irritaram os senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito. A senadora Rose de Freiras, do Podemos capixaba, criticou o fato da empresa não encontrar os responsáveis pela tragédia.
Em abril de 2018, em entrevista ao site de notícias Valor Econômico, Fábio Schvartsman afirmou que a segurança das barragens era impecável, isso já depois da tragédia em Mariana, também em Minas. Nove meses após a declaração, a barragem de Brumadinho rompeu deixando 216 mortos e 88 desaparecidos, segundo dados da defesa civil mineira divulgados nessa quarta-feira (27). Agência Brasil