O líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Camacho, o Marcola, transferido semana passada para a Penitenciária Federal em Brasília, é classificado como um interno “doutrinado”. Segundo a direção do presídio ele obedece aos comandos, cumpre as regras e não apresenta nenhuma resistência. No Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), que proibe saída para tomar banho de sol diário de duas horas, Marcola ele está instalado em uma cela de 14 metros quadrados com uma pequena fresta por onde o sol entra.
Ao desembarcar em Brasília, na última sexta-feira (23/3), o preso perguntou porquê havia sido transferido. Ele e outros três integrantes do PCC se instalaram na última semana em Brasília, após serem transferidos da penitenciária de segurança máxima em Porto Velho (RO). Desde fevereiro, outros três presos da facção já tinham chegado ao Distrito Federal, mas a unidade funciona desde 16 de outubro de 2018 e também pode abrigar delatores.
Diretor do sistema Penitenciário Federal, Marcelo Stona reforçou que não há risco da presença de Marcola e outros presos de facções criminosas no DF. Isso porque, segundo ele, não há qualquer tipo de contato físico entre os visitantes e os presos. Ainda segundo a direção do presídio, todas as conversas são gravadas. As visitas ocorrem semanalmente e têm duração de três horas.
Quem não está em RDD tem direito a duas horas por dia de banho de sol. A inteligência da penitenciária faz uma separação dos presos que podem ou não ficar juntos. É o único momento do dia que eles têm contato físico e visual, mas o limite é de 13 pessoas.
Agentes monitoram os presos em quatro torres de segurança com spiners posicionados. Embora haja o limite de 13 presos em banho de sol, os servidores só permitem a comunicação até em três presos.
Esse é o único momento do dia que os presos saem da cela. Também têm a permissão de estudar e assistir aulas dentro do sistema. Correio Braziliense