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Uso do álcool a partir dos 55 anos acelera mortes e acidentes


O número de internações e mortes de pessoas com mais de 55 anos relacionadas ao consumo de bebidas alcoólicas apresentou crescimento de 6,9% e 6,7%, respectivamente, no ano de 2016, em comparação a dados de 2010. É o que mostra uma análise inédita sobre o tema realizada pelo Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa). Ainda segundo o estudo,  houve redução no número de internações e mortes parcial ou totalmente atribuíveis ao álcool em todas as faixas etárias abaixo dos 54 anos.


Em 2010, 31,06% dos pacientes internados por alguma situação relacionada com a bebida tinham mais de 55 anos. Em 2016, o porcentual passou para 37,96. No caso de óbitos, o índice saltou de 55,81% para 62,52%. Para o Cisa, o crescimento pode estar relacionado a fatores diversos, desde o aumento de consumo nessa população até a transição de pessoas da faixa etária anterior que ficaram mais velhas, tendo em vista que a bebida causa efeitos em longo prazo.


"Esse é um dos resultados inesperados do relatório que fizemos. Não começamos a trabalhar com os idosos como um problema forte, mas, quando fomos ver, eles são um grupo de pessoas com um problema grave, sem ter políticas públicas para eles e sem treinamento específico de recursos humanos. Os médicos não fazem diagnóstico aprofundado, não sabem como tratar nem como prevenir", afirma o médico psiquiatra Arthur Guerra, presidente executivo do Cisa.


Membro do conselho consultivo da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead), a psiquiatra Ana Cecilia Marques diz que o hábito de beber é grave para as pessoas com faixas etárias mais avançadas pelo fato de agravar doenças e por causa de limitações do organismo relacionadas à idade. "A evolução de beber é para doenças muito graves e que vão levar a um desfecho de morte. Trazendo esse hábito para essa faixa etária, vai complicar tudo o que tem em doenças crônicas e se espera que essa mortalidade cresça mesmo. A aptidão de metabolizar o álcool é menor, porque o fígado tem menos enzimas. O impacto do álcool nesses órgãos de desintoxicação é maior."


A publicação "Álcool e a Saúde dos Brasileiros - Panorama 2019" observou ainda quais Estados tiveram as maiores taxas de mortes relacionadas ao álcool no ano de 2016. O Espírito Santo lidera o ranking com 44,2 mortes por 100 mil habitantes. Na sequência, estão: Pernambuco (42,4 mortes/100 mil), Paraíba (41,6 mortes/100 mil) e Rio Grande do Sul (41,5 mortes/100 mil). Amapá (16,7 mortes/100 mil), Amazonas (20,7 mortes/100 mil), Pará (21,8 mortes/100 mil) e Roraima (22,4 mortes/100 mil) têm as menores taxas. As causas estão sendo analisadas pelos pesquisadores. Estadão

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