Uma barragem da mineradora Vale se rompeu e outras duas transbordaram na manhã desta sexta-feira (25) em Brumadinho, cidade da Grande Belo Horizonte. Os rejeitos atingiram uma área administrativa da empresa, onde havia funcionários, além da comunidade Vila Ferteco. O governo de Minas Gerais confirmou que 7 corpos foram encontrados entre os rejeitos da barragem que se rompeu em Brumadinho (MG) nesta sexta (25). As vítimas ainda não foram identificadas.
Segundo o governo mineiro, nove pessoas foram retiradas da lama com vida e cerca de 100 pessoas que estavam ilhadas foram resgatadas. A Vale informou ao governo que havia 427 pessoas na mina, 279 delas resgatadas com vida.
O acidente da tarde desta sexta-feira atingiu a parte administrativa da Vale. Trabalham na unidade 613 pessoas, em três turnos, além de 28 profissionais terceirizados. O receio é de que o número de vítimas no acidente desta sexta seja bem mais elevado, sobretudo de funcionários da empresa.
O presidente da Vale, Fábio Schvartsman, afirmou que não sabe se o sistema de sirenes e alertas foi acionado quando a barragem se rompeu.
A equipe acompanha também o risco de os dejetos atingirem o Rio Paraopeba. Caso esse cenário se concretize, há possibilidade de o abastecimento de Belo Horizonte ser atingido. Uma operação de emergência, para envio de água para áreas afetadas pelo abastecimento, já começa a ser desenhada.
Em 5 de novembro de 2015, o rompimento de uma barragem da Samarco também em Minas, entre Ouro Preto e Mariana, soterrou o distrito de Bento Rodrigues e matou 19 pessoas. A lama que desceu da barragem destruiu flora e fauna, além de ter atingido o Rio Doce e alcançado o Oceano Atlântico pelo litoral do Espírito Santo, onde está a foz do curso d'água. O rompimento é considerado o maior desastre ambiental do Brasil. Estadão