O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu 0,21% em novembro. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) essa é a menor taxa para o mês desde a criação do Plano Real. Em outubro, o índice havia marcado alta de 0,45%. Em 12 meses, a inflação até novembro acumulou alta de 4,05 %. No ano, o índice aponta alta de 3,59%.
A mudança da bandeira tarifária de energia elétrica contribuiu para o movimento, dizem analistas, já que passou de bandeira vermelha dois, com custo mais elevado, para bandeira amarela em novembro. A agência do setor já determinou que não haverá tarifa extra em dezembro. A energia elétrica foi responsável por diminuição de 0,16 ponto porcentual no IPCA. Ele aponta que os combustíveis também causaram a queda, derrubando os preços de transportes. "A queda nos combustíveis foi causada, principalmente, pela gasolina, que caiu 3,07%. Foi o segundo maior impacto negativo individual, que foi 0,15 ponto percentual", afirma.
O piso da meta de inflação do Banco Central é de 3%. Em 2017, o IPCA foi de 2,95%, obrigando o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, a se explicar em carta aberta ao então ministro da Fazenda Henrique Meirelles pelo descumprimento da meta.
Dos nove grupos de produtos e atividades, cinco tiveram quedas nos preços em novembro: habitação (-0,71%), transportes (-0,74%), vestuário (-0,43%), saúde e cuidados Pessoais (-0,71%) e comunicação (-0,07%). Os quatro grupamentos que não fecharam o mês com taxa negativa foram educação (0,04%), alimentação e bebidas (0,39%), artigos de residência (0,48%) e despesas pessoais (0,36%).