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Cubanos e brasileiros formados fora do Brasil têm notas parecidas

Os médicos cubanos têm desempenho similar ao de brasileiros graduados fora do país no Revalida, o exame que permite a profissionais formados no exterior atuar no Brasil. Os dados constam de balanço  do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira Legislação e Documentos (Inep), responsável pela avaliação, com base na mais recente edição da prova. Aplicada em 2016, teste mostrou que  24,3% dos cubanos foram aprovados no exame, enquanto entre os médicos brasileiros, o índice foi de 28,5%. A média de todas as nacionalidades é de 24,8%.


O Revalida é composto de duas etapas: a primeira é uma prova escrita, com questões de múltipla escolha e discursivas, e a segunda, uma prática, com simulações de situações frequentes no SUS. Em 2016, cerca de 37,8% dos cubanos foram aprovados na primeira etapa. Entre os brasileiros, o índice foi de 37,5%, dentro da média geral. Já entre os selecionados para a segunda fase, o índice de aprovação dos cubanos foi de 64,4%, pouco abaixo da média geral, que é de 66%. Entre brasileiros formados no exterior que passaram para a segunda etapa, o índice de aprovação foi de 75,9%.


Desde 2011, 459 cubanos foram aprovados no Revalida, de acordo com os dados do Inep. Não há informações sobre quantos desses participantes são integrantes do Mais Médicos. Na quarta (16), o governo de Cuba anunciou o fim da parceria com o Brasil no programa, o que deve levar à saída de 8.332 médicos. A decisão é atribuída a críticas de Bolsonaro à qualidade da formação dos médicos e à intenção manifestada por ele em modificar o acordo com a Opas (Organização Pan-americana de Saúde), responsável por intermediar a vinda dos profissionais cubanos ao país. Entre as mudanças que o presidente eleito defendeu, estava a exigência de revalidação do diploma.


Ainda assim, a procura dos cubanos pelo Revalida tem aumentado nos últimos anos. Dados do Inep obtidos pela Folha mostram que, em 2016, 1.456 profissionais do país se inscreveram para participar da avaliação. Em 2011, foram só 14. Já em 2014, após a criação do Mais Médicos, 32 profissionais da ilha buscam o exame, seguidos de 159 no ano seguinte. Atualmente, os cubanos são a segunda nacionalidade que mais procura o exame, atrás apenas de brasileiros formados no exterior que somaram 2.919 participantes em 2016.


Ao contrário de anos anteriores, em que as duas fases do exame ocorriam no mesmo ano, a segunda fase ainda da edição do Revalida 2017 foi aplicada apenas neste final de semana --após quase um ano da aprovação na primeira etapa. Já a edição de 2018 não chegou a ter edital anunciado e não não há nem sequer previsão para isso.  O motivo para o atraso foi uma enxurrada de ações judiciais ainda na primeira etapa do Revalida. Segundo o Inep, ao menos 1.377 participantes optaram pela via judicial para inscrição na prova.


Criado em 2013, o Mais Médicos permite que profissionais estrangeiros atuem no Brasil sem ter o diploma revalidado. Neste caso, eles passam a ser considerados "intercambistas". Com informações da Folha de São Paulo

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