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Mulher brasileira está tendo cada vez menos filhos

 É o que mostra o relatório Situação da População Mundial, do Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa-ONU). De acordo com o estudo,  a família brasileira tem uma média de 1,7 filho, quase 3 vezes menos que na década de 1960, quando essa média era de 6 filhos. A taxa de fecundidade no Brasil é inferior à média da América Latina (2) e do mundo (2,5). 


O estudo revela que o Brasil tem o menor índice de fecundidade na comparação com outros 11 países da região da América Latina e Caribe (República Dominicana, Costa Rica, El Salvador, México, Nicarágua, Argentina, Chile, Colômbia, Peru, Uruguai e Venezuela). A brasileira se torna mãe em média aos 26,4 anos. 


Entre os três países com menor taxa de fecundidade, Chile e El Salvador empatam com 1,76 filho. A tendência deve se manter até 2020. “Essa taxa coloca o Brasil abaixo da taxa de reposição, que é de 2,1 filhos por mulher. Ou seja, a população deve decrescer ”, explica Jaime Nadal, representante da Unfpa. De acordo com ele, a expectativa é de um processo de envelhecimento da população “maior e mais acelerado”. “Hoje não só as pessoas têm menos filhos, como vivem mais”, afirma. Ele nota no Brasil dois cenários: casais e mulheres que estão fazendo a escolha de ter número de filhos abaixo do que gostariam de ter - por incapacidade de conciliar vida profissional e pessoal, por exemplo - e ainda mulheres que não podem fazer essa escolha porque não têm acesso a serviços de saúde pública e métodos contraceptivos para evitar a gravidez. 


Estudo também mostra que  as mulheres com zero a 4 anos de estudo têm uma média de 2,9 filhos. As que possuem 12 ou mais anos de estudo não ultrapassam a taxa de 1,2 filho. Para ele, o maior desafio do poder público é dar às mulheres de todas as regiões, faixas de renda e escolaridade “o poder da escolha”. “Têm muito a ver com o direito de meninas e mulheres de completarem o ciclo educativo, viverem sem violência e respeitadas.”


Em menos de 30 anos, a população do Brasil deve estagnar em 233,2 milhões de pessoas. A projeção de população do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que a partir de 2047 a população cairá gradualmente, até chegar aos 228,3 milhões em 2060. Um quarto da população, em 2060, deverá ter mais de 65 anos. Se a taxa de fecundidade total para 2018 é de 1,7 filho por mulher, o número médio de filhos por mulher deverá reduzir para 1,66 em 2060. 


Entre os Estados, as maiores taxas de fecundidade serão em Roraima (1,95), seguido do Pará, do Amapá, do Maranhão, de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul - todos com 1,8. Já os menores índices deverão ser no Distrito Federal (1,5) e em Goiás, Rio de Janeiro e Minas Gerais, todos com 1,55. Ainda segundo a projeção do IBGE, a idade média em que as mulheres têm filhos é hoje de 27,2 anos e deverá chegar a 28,8 anos em 2060. Estadão

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