A candidata da Rede à Presidência, Marina Silva, disse que não pediu reforço de segurança à Polícia Federal (PF) após o atentado contra o presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro. Em sua primeira agenda de campanha após o ataque contra o candidato do PSL, Marina afirmou que o atentado foi um "inaceitável ato de violência". “Não pedi reforço. Nós vamos continuar fazendo a nossa campanha, defendendo propostas, dialogando com a população, reafirmando os compromissos que temos desde 2014 de fazer uma campanha sem violência, sem mentiras, sem desconstrução”, informou.
A presidenciável da Rede fez uma caminhada com apoiadores de sua campanha na tarde de sábado (8/9) pela Rua 25 de Março, no centro de São Paulo, um dos principais pontos de comércio popular da capital paulista. A candidata também entrou no Mercado Municipal, onde conversou e cumprimentou vendedores de frutas. "Nós, eu e Eduardo Jorge, temos pautado a nossa campanha por uma campanha de luta e de paz. E nós queremos contribuir, cada vez mais, para que brasileiros e brasileiras se unam a favor do Brasil", complementou Marina.
"O que vai nos defender contra a violência não é uma arma na nossa mão. O que vai nos proteger contra a violência é amor e respeito dentro do nosso coração", enfatizou.
Terceira colocada nas duas últimas eleições presidenciais, Marina Silva lembrou exemplos da violência física na política brasileira em 2018. Além do ataque contra Bolsonaro, o episódio do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes e o atentado a tiro contra a caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Paraná.
"Eu fico pensando: se Deus o livre aquela pessoa tivesse uma arma de fogo na mão, o que poderia ter acontecido?", ponderou a candidata da Rede em referência ao agressor de Bolsonaro, Adélio Bispo de Oliveira, 40 anos, que usou uma faca para atacar o presidenciável do PSL em Juiz de Fora.
Cada candidato a presidente da República tem direito a uma equipe de segurança de 21 policiais federais especializados em dar proteção a autoridades. No sábado, o diretor-geral da PF, Rogério Galloro, se reuniu com os coordenadores de campanha dos candidatos para falar sobre segurança. Além de Marina, outros quatro presidenciáveis solicitaram segurança da PF durante a campanha: Jair Bolsonaro, Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro Gomes (PDT) e Alvaro Dias (Podemos).
Segundo o Ministério da Segurança Pública, Bolsonaro tem a maior das equipes de segurança entre os presidenciáveis. São 21 policiais federais, sendo que 13 deles estavam acompanhando o candidato durante o ataque. Outros 50 policiais militares reforçavam a segurança do presidenciável em Juiz de Fora.