A venda de contraceptivos hormonais caiu 1,7% no acumulado em 12 meses até fevereiro deste ano. O volume de produtos comercializados caiu dos 164,6 milhões (2015) para 157,4 milhões em 2017. Mesmo com a queda nas vendas registradas nos últimos 3 anos, a receita dos laboratórios com as vendas cresceram 1,83%. “O crescimento baixo era esperado porque o método já é responsável por mais de 90% do mercado. A receita sobe sobre uma base alta”, afirma Wilson Júnior, diretor da Libbs.
Já as vendas de preservativos no período aumentaram 4,7%, e o faturamento, 9,3%. “Isso se deve às campanhas agressivas e à consolidação [com a compra de Olla e Jontex pela RB]”, diz Marcelo Hahn, CEO da Blau, dona de uma marca de camisinhas.
O laboratório projeta para 2018 uma alta de 2% para as vendas de contraceptivos orais, divisão que representa um terço dos seus negócios. O mercado de anticoncepcionais orais também tem sido afetado pelos movimentos que rejeitam seu uso. “A cada certo tempo há ondas antipílula, às quais mostramos que o produto é seguro.”
Na contramão dos métodos orais, as vendas de DIUs (dispositivos intrauterinos), que representam 1,5% do segmento, subiram. O total de itens de cobre vendidos subiu 40%. “O mercado é pequeno, mas cresce por conta de compras públicas e de planos médicos”, diz Elisabeth Slavick, da marca de DIUs Cepeó. “Há crescimento anual de 20% nos últimos cinco anos”, diz Leonardo Mousinho, diretor de contracepção de longo prazo da Bayer, que faz DIUs hormonais. O produto custa até R$ 1.100 em farmácias. Com informações da Folha de São Paulo