Kelvisson Martins de Souza, 18 anos, foi executado na quinta-feira (29/3), dentro do Hospital Municipal Ouro Negro, em Candeias, Região Metropolitana de Salvador (RMS). Ele era suspeito de participar, na noite de quarta-feira (28), do assalto a uma praça de pedágio da BA-524 (km-11), conhecida como Canal de Tráfego, em Candeias. O assalto deixou um motorista morto por atropelamento provocado pela fuga dos bandidos e um policial foi baleado na cabeça.
A delegada Maria das Graças Barreiros, titular em exercício da 20ª Delegacia, afirmou que inicialmente a morte de Kelvisson está sendo apurada como queima de arquivo. "[Os suspeitos] usavam botinas e coletes à prova de balas, mas não posso dar mais detalhes da investigação", acrescentou a delegada.
Kelvisson foi socorrido após levar um tiro no braço e estava custodiado no hospital. De acordo com testemunhas, 4 homens encapuzados invadiram o local e executaram o suspeito que estava numa maca. Segundo a mãe de Kelvisson, a ação foi muito rápida. Por volta das 2h, dois policiais militares que estavam na porta do hospital para garantir a custódia do suspeito saíram da posição. Um deles atendeu a uma ligação no celular e, pouco depois, chamou o outro.
Ainda segundo a dona de casa, os policiais que fazeia a custódia de Kelvisson não mostravam boa vontade. "Um deles [dos PMs] já me dizia tanta coisa ruim, palavras que me machucavam em relação ao meu filho", disse. A mãe de Kelvisson disse que perguntou ao filhop o que teria acontecido. Segunmdo ela, ele teria respondido que estava no posto de lavagem e só lembra que levou um tiro e mais nada. Poucos minutos depois, segundo ela, 4 homens armados e encapuzados ordenaram que ela saísse do quarto. Em seguida, foram ouvidos os disparos. "Não pude ajudar meu filho, não pude. Até tentei, mas uma moça me segurou para eu não morrer também", contou a mãe do jovem.