A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira (26/2) a Operação Cartão Vermelho. A ação cumpre 7 mandados de busca e apreensão no âmbito da investigação que apura irregularidades na contratação dos serviços de demolição, reconstrução e gestão do estádio Arena Fonte Nova. Entre os locais vasculhados pela PF está a residência do ex-ministro e atual secretário de desenvolvimento do estado , Jaques Wagner (PT).
A PF investiga a licitação que culminou com a Parceria Público Privada, segundo as investigações direcionada para beneficiar o consórcio Fonte Nova Participações (FNP), formado pelas empresas Odebrecht e OAS. A obra, segundo laudo pericial, foi superfaturada em valores que, corrigidos, podem chegar a mais de R$ 450 milhões, sendo grande parte desviado para o pagamento de propina e o financiamento de campanhas eleitorais.
Os mandados de busca e apreensão foramexpedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região – estão
sendo cumpridos em órgãos públicos, empresas e endereços residenciais dos
envolvidos no esquema criminoso.
Em decisão de 2016, o Pleno do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE/BA) considerou ilegal o contrato no modelo de Parceria Público-Privada (PPP) que realizou a reconstrução da Arena Fonte Nova, em Salvador, para a Copa do Mundo de 2014. No parecer, os conselheiros do órgão consideraram que houve gastos excedentes nos custos das obras.
O estádio foi reinaugurado, depois de reconstrução no dia 7 de abril de 2013. A arena foi implodida no ano de 2010, após ficar interditado desde o dia 25 de novembro de 2007, quando parte da arquibancada cedeu durante um jogo, matando sete torcedores, em uma das maiores tragédias da história do futebol brasileiro.