As mortes de 12 pessoas entre a noite e a madrugada dos dias 5 e 6 de fevereiro de 2015, completa 3 anos nesta terça-feira (6), que ficou conhecido como 'Cjhacina do cabula', segue sem um desfecho. Depois de a juíza Marivalda Almeida Moutinho ter absolvido de forma sumária 9 policiais militares acusados de matar, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que o processo fosse federalizado. caso o STJ acate o pedido, os PMs serão julgados pela Justiça Federal.
O relator da ação no STJ, ministro Reynaldo Soares da Fonseca, votou a favor da federalização. Para ele, a Justiça estadual baiana não demostrou a “devida isenção para seguir no caso”. O magistrado ressaltou que ficou constatado grave violação aos direitos humanos e possibilidade de responsabilização internacional por descumprimento de obrigações assumidas em tratados internacionais.
O julgamento do STJ foi adiado no final do ano passado e ainda precisa da decisão dos outros ministros da Terceira Seção para ter um desfecho. Não há previsão para retomada. O promotor do MP-BA, Davi Gallo, que acompanhou o caso no início, criticou o andamento do processo.