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José Cupertino


Na cauda do coronavírus 3



Volto mais uma vez a escrever sobre o corona, e não sei quantas vezes ainda escreverei sobre esse assunto, não que seja agradável, discorrer a respeito de uma moléstia que vem arrastando com ela tantas vidas, trazendo dor e tristeza para milhares de famílias espalhadas pelo mundo, mas para quem gosta de escrever, nem sempre lhe é dado o direto de escolher o assunto, ele aflora de acordo com o momento que vivenciamos.


E como o que vivemos hoje é essa terrível guerra, travada, contra um microscópico ser que vem desafiando até agora as autoridades médicas espalhadas pelo mundo, não se deixando pesquisar com sucesso, sinto a necessidade de colocar para fora as minhas reflexões, e as escrevo.


O coronavírus , surge na China, se espalha pelos  Continentes, não deixa nenhum canto do mundo fora desse seu ataque, vem como um sopro da morte, contagia a quem quer que seja, ataca indiscriminadamente países ricos e pobres, frios, quentes ou gelados, nada o detém, nada consegue parar esse exército invisível e letal, os poderosos países tremem diante de tanta agressividade, preparam-se hospitais, leitos, e cavam-se sepulturas, estabelecem-se estratégias para frea-lo, mas ele continua célere na sua nefasta tarefa de matar, parecendo que fez um contrato com a morte de aumentar assustadoramente o número de almas a serem levadas e bater os recordes de outras tragédias que já se abateram sobre a humanidade ao longo da sua história.


Por várias vezes, a humanidade foi colocada à prova diante da mortandade em alta escala;  A Bíblia, nos conta sobre o dilúvio, nos apresenta a arca de Noé e Sodoma e Gamorra. A história registra as 2 grandes guerras mundiais, que juntas tiraram 97 milhões  de vidas, a gripe espanhola mais uma grande tragédia ocorrida nos anos de 1918 a 1920, levou com ela 50 milhões de almas, outros episódios ou atitudes de seres humanos, aos quais não se deram tanta importância também ceifaram de uma forma indiscriminada e criminosa muitos milhões de vidas, haja vista,  a escravidão negra que durante séculos consumiu milhões de almas dos nossos irmãos africanos.


Em todos esses momentos exceptuando o dilúvio e Sodoma e Gamorra, que são passagens bíblicas e portanto tem explicações fora do contexto humano, nos demais episódios sempre se buscam explicações e a história registra as causas que provocaram esses efeitos tenebrosos, as tragédias tinham responsáveis, tinham donos.


A primeira guerra mundial iniciada em 1914 e terminada em 1918, teve como motivo principal as disputas por espaços e territórios entre países europeus, o estopim para a deflagração da mesma foi o assassinato do príncipe do império austro-húngaro Francisco Ferdinando, por um componente de um grupo político da Sérvia, denominado de mão-negra, levando o império austro-húngaro a declarar guerra a Sérvia.


Já a segunda guerra mundial ( 1939 a 1945) , teve diversos componentes que foram se juntando até a Alemanha sob o comando de Hitlher, avançar sobre o território Polonês, deflagrando esse trágico episódio que ceifou quase 60 milhões de vidas e o mundo assistiu estarrecido as barbáreis do Holocausto e dos lançamentos das bombas atômicas  sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. Ficaremos só com esses fatos trágicos que se abateram sobre a humanidade, pois  outros existiram, como : guerras do Vietnam, da Coreia e muitos outros conflitos que foram mais localizados, não afetando assim, todas as partes do mundo.


Mas voltando ao nosso assunto do momento, o coronavírus, que tem uma abrangência universal e não enxergamos os motivos nem os culpados dessa tragédia, muita polêmica ainda veremos sobre o assunto, mas não querendo ser profético, nem criar mais uma teoria, quando não encontramos explicações dentro da lógica humana, recorremos ao divino, ou ao sobrenatural, enfim temos que tentar entender o que se passa à nossa volta.


Fico nas minhas conjecturas, achando que esse episódio um dia será descrito, como sendo mais uma lição que o CÉU, está mandando para a terra, como se nos quisesse chamar a atenção, para a igualdade entre os homens, entre países, nivelando os ricos aos pobres, mostrando a importância dos lares, de como faz falta um abraço, uma reunião de amigos, que como as economias são frágeis, que sem trabalho plagiando Gonzaguinha "o homem não tem honra", que é a massa, a força de trabalho de homens mais simples, que sustenta as grandes empresas, que a área da saúde têm que ter prioridade nas ações dos governos.


Enfim, são tantas as lições, que cada um entenda, e aprenda de acordo, com as seus princípios, valores e convicções, que não deixemos passar em branco essa oportunidade de crescimento como seres humanos, que não deixemos que as mortes tenham sido em vão, que entendamos que podemos ser mais solidários, mais tolerantes, que os países devem se ajudar mutuamente, que somos todos frutos da mesma árvore.


No mais é torcer, para que toda essa agonia passe, que se encontre uma vacina para o covid 19, ou que essa pandemia, que talvez, seja um dilúvio sem águas, mandada pelos céus, cesse do mesmo modo que cessou para Noé. Até breve. Um forte abraço.


José Cupertino evelimbrandao@hotmail.com é secretário de desenvolvimento da orla de Camaçari, ex-secretário de desenvolvimento urbano, ex-vereador de Camaçari


Opiniões e conceitos expressos nos artigos são de responsabilidade do autor


 
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