Dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostram que o uso de medicamentos antidepressivos tem crescido significativamente no Brasil, especialmente após a covid. No primeiro semestre de 2023 os antidepressivos mais receitados, o cloridrato de escitalopram registrou aumento de 81,2% em comparação ao primeiro semestre de 2019, antes da pandemia.
A pesquisa Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em Tempos de Pandemia (Covitel) mostra que a quantidade de pessoas entre 18 e 34 anos diagnosticadas com depressão saltou de 14,9%, no período pré-pandêmico, para 24,7 no primeiro trimestre de 2023. Esse estudo tem a participação da Universidade Federal de Pelotas.
De acordo com especialistas da área de saúde, o motivo dos mais novos apelarem a essas substâncias se deve a eventuais situações psíquicas e emocionais resultantes das cobranças que enfrentam na escola, no trabalho, em casa e no convívio social, situações que se agravam, em alguns casos, pela falta de apoio familiar.