Os trabalhadores com renda entre meio e 1 salário mínimo foram os que mais perderam vagas formais em 2020. De acordo com dados da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho foram 153,6 mil postos fechados. Nos anos anteriores essa faixa era das poucas que vinha registrando crescimento. Já o maior saldo de vagas em 2020 foi entre os profissionais com nível médio completo e nível superior incompleto. O desemprego afetou inclusive os profissionais de nível superior.
No ano passado, as mulheres foram mais afetadas pelo desemprego que os homens. Para elas, foram fechadas 107.018 vagas. Já para os homens, foram criados 202.635 postos de trabalho.
Em 2018 e 2019, a faixa de meio a 1 salário mínimo ficou entre as que mais criaram vagas com um total de 334.876 nos dois anos. Já a de 1,01 a 1,5 salário mínimo vem liderando a criação de vagas nos últimos anos. E no ano passado foi a única que criou postos de trabalho, junto com a de 1,51 a 2 salários mínimos. Já a faixa de até meio salário mínimo, que teve saldo positivo nos anos anteriores, também teve fechamento de vagas em 2020.
Já nos dois primeiros meses deste ano, todas as faixas salariais tiveram saldo positivo de vagas, com destaque para as que estão entre 1,01 e 1,5; e entre 1,51 e 2 salários mínimos. No primeiro bimestre de 2021, foram geradas 659.780 vagas com carteira assinada, enquanto que em 2020, foram 142.690. A metodologia, no entanto, prejudica essa comparação, pois a pesquisa foi alterada a partir do ano passado.
Já nos dois primeiros meses de 2021, todos os níveis de escolaridade tiveram saldo positivo de vagas, com exceção dos analfabetos. Novamente, o nível médio completo lidera o saldo de vagas. G1