A bandeira tarifária vermelha patamar 2, na conta de liuz, começa a valer no mês de setembro. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) citou como justificativa a expectativa de afluência nos reservatórios das hidrelétricas do País, em cerca de 50% abaixo da média. O anúncio vem com maiores custos para a geração de energia elétrica, resultando em um acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.  A bandeira vermelha patamar 2 não era acionada desde agosto de 2021.

“Esse cenário de escassez de chuvas, somado ao mês com temperaturas superiores à média histórica em todo o País, faz com que as termelétricas, com energia mais cara que hidrelétricas, passem a operar mais”, cita a Aneel.

No mês de julho, houve o acionamento da bandeira tarifária amarela pela primeira vez desde abril de 2022. Em agosto, em cenário mais favorável, houve o retorno para a bandeira verde, que não implica cobrança adicional de tarifa.

A mudança de bandeira depende de três gatilhos: o primeiro é o chamado preço de liquidação das diferenças (PLD), sendo que o Custo Marginal da Operação (CMO) é uma das variáveis; o segundo é o nível de risco hidrológico (GSF); o último é a geração fora do mérito de custo (GFOM), quando há o acionamento de usinas com custo maior que o determinado pelo PLD.

Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias indica aos consumidores os custos da geração de energia no País, e visa atenuar os impactos nos orçamentos das distribuidoras de energia.