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Adelmo Borges dos Santos

Me engana que eu gosto


Finda a Eurocopa 23/24 e a Copa América, consagrando a Espanha e a Argentina, que deverão disputar em 2025, a finalíssima, alguns setores da população, diante da aproximação das eleições municipais de outubro 2024, começam a se inteirar das  informações para melhor participar das conversas em salões de beleza, feiras livres, barbearias, bares e esquinas.


Nas andanças pelos “Diga ai” e “Movimentos da verdade”  conversando com formadores de opinião e populares, presentes nos eventos, se destacam:


a) Nos eventos aproximadamente 30% são da localidade os demais (os mesmos) transportados em ônibus fretados para encher o local;


b) A maioria dos presentes não definiram, ainda, em quem votar majoritariamente, tão pouco para o legislativo municipal;


c) Os principais motivos da presença é buscar a possibilidade de firmar um compromisso com um (ou mais) candidato visando uma ajuda financeira durante a campanha, e, uma oportunidade de ocupação (com remuneração mensal) caso o candidato venha a ganhar as eleições;


d) Alguns são candidatos proporcional-laranja no sentido de tentar angariar algum recurso sob o argumento de produzir eventos para a campanha majoritária e/ou vender o apoio a outro candidato que se coloque com possibilidade de se eleger;


e) Enfim todos os candidatos buscando se informar sobre o rateio do fundo partidário (os milhões fartamente divulgados).


Na ansiedade em buscar um lugar na mesa ou como coadjuvante do que sobra do banquete, os eleitores estão armados com contas de prestadoras de serviços (Luz, água, telefone) aguardando que os candidatos batam em suas portas. Outros se envolveram em associações comunitárias e em entidades classistas para potencializar o poder de barganha, passando a compreensão que detêm a liderança e condução da vontade eleitoral dos afiliados.


Tal cenário me reporta ao tempo em que os coronéis (donos de propriedades agrícolas ou de meios de produção), reuniam os seus empregados e determinavam o sufrágio em candidatos de seu interesse, com sinalização de benefício ou ameaça de retaliação para os que não obedecessem. No dia do pleito, o coronel em um terno diagonal branco (bem engomado), chapéu panamá, gravata borboleta e sapato Clark de duas cores, recepcionava os eleitores, que chegavam na boleia do caminhão e mandava o capataz distribuir as chapas para votação. No momento era divulgado o local para uma cachaça e a feijoada com samba duro até o fim da tarde.


Sob a tutela dos coronéis clássicos os trabalhadores tinham pouca possibilidade de desviar o voto para atender sua vontade. Mas nos tempos atuais, os eleitores (populares e/ou candidatos-laranja) se aproveitam de quantos candidatos possam ser possíveis.


Que DEUS e os Orixás nos orientem e nos protejam.


Adelmo Borges dos Santos  adelmook@gmail.com


Opiniões e conceitos expressos nos artigos são de responsabilidade do autor

18/07/2024

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