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Maioria dos brasileiros não sente segurança nas ruas à noite


A sensação de insegurança ao caminhar durante a noite nas cidades brasileiras aumentou nos últimos seis meses. A proporção de pessoas que dizem sentir muita insegurança nas ruas após escurecer chegou a 39%, quase quatro a cada dez pessoas, e aqueles que respondem ter um pouco de insegurança são 26%, segundo pesquisa Datafolha. Ao todo, portanto, dois de cada três brasileiros (65%) dizem sentir algum grau de insegurança ao andar nas ruas durante a noite.


O resultado representa um crescimento de cinco pontos percentuais na quantidade de entrevistados que se sentem muito inseguros em relação à última pesquisa do instituto sobre o tema, em setembro do ano passado.


Houve uma diminuição equivalente na quantidade de brasileiros que respondem sentir-se “mais ou menos seguras” nas ruas da própria cidade: caiu de 26% para 21% no período. Já aqueles que se sentem “muito seguros” são 14%, uma proporção que se mantém estável nas pesquisas desde março de 2022.


A sensação de insegurança teve um aumento mais expressivo nas regiões metropolitanas do país. Mais da metade (52%) dos moradores das grandes cidades e de seus entornos urbanizados diz sentir-se muito inseguro, ante 41% há seis meses.


Só 7% consideram-se muito seguros nas metrópoles —em setembro, eram 9%. Essa proporção chega a mais do que o dobro, 19%, em cidades do interior.


Ao mesmo tempo, os municípios interioranos também tiveram leve piora na percepção da segurança. Há seis meses, 28% dos entrevistados no interior diziam sentir-se mais ou menos seguros nas ruas da sua cidade ao escurecer, e agora são 23%. Aqueles que respondiam sentir-se muito inseguros eram 29%, e agora são 31%.


O Datafolha fez duas perguntas sobre a percepção da violência aos entrevistados: como eles se sentem ao caminhar pelas ruas de sua cidade e do seu próprio bairro. A insegurança cresceu nas duas situações, embora os entrevistados digam sentir-se mais seguros em seu próprio bairro.


Todas as regiões do país tiveram aumento do sentimento de insegurança. O Sudeste apresentou os piores índices e o maior crescimento na proporção de entrevistados que dizem se sentir muito inseguros nas ruas da cidade. Eram 38% em setembro, e agora são 45%.


O sentimento de alta insegurança nas ruas da cidade alcança 37% dos moradores das regiões Centro-Oeste e Norte (na pesquisa Datafolha, as duas regiões têm os dados unificados), 36% da população do Nordeste e 32% no Sul.


Além da discrepância entre metrópoles e interior, homens e mulheres também têm grandes diferenças na percepção de segurança. Enquanto 45% das mulheres se sentem muito inseguras nas ruas da cidade ao anoitecer, 33% dos homens respondem da mesma forma —diferença de 12 pontos percentuais.


Só 15% das mulheres se sentem muito seguras no próprio bairro à noite, mas entre os homens essa proporção é de 24%. O índice de alta insegurança fica abaixo da média entre moradores da região Sul, entre jovens de 16 a 24 anos (28%) e entre aqueles que aprovam o governo Lula (27%).


A percepção da segurança nas ruas teve comportamento similar à opinião sobre a situação econômica do país e da própria vida. Entre aqueles que responderam ao Datafolha que sua própria condição financeira melhorou, 27% dizem que se sentem muito inseguros nas ruas da cidade (abaixo da média nacional) e 21% que se sentem muito seguros (acima da média).


Já entre aqueles que viram sua situação financeira piorar, 53% dizem que ficam muito inseguros na cidade ao escurecer, e só 10% que sentem-se muito seguros.


A clivagem política também aparece como um fator político para essa percepção. Entre bolsonaristas, 49% dizem se sentir muito inseguros e 14% muito seguros. Entre petistas, são 31% aqueles que dizem se sentir muito inseguros e 17% respondem que se sentem muito seguros.


O Datafolha ouviu 2.002 pessoas com mais de 16 anos em todo o país nos dias 19 e 20 de março. A margem de erro geral é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

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