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Quase metade dos brasileiros fazem bico para complementar a renda

Quase metade dos brasileiros com 16 anos de idade ou mais precisaram fazer atividades extras, o chamado ´bico`para complementar sua renda. De acordo com pesquisa feita pela Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec), 45% recorrem ao trabalho extra para   garantir  a sobrevivência. 


A maior parte dos bicos relatados está relacionada com serviços: 33% dos entrevistados citaram ter complementado sua renda com serviços de manutenção, de beleza, de segurança, de motorista, de entregas por aplicativos ou ainda com trabalhos domésticos de faxina, de babá, de aulas particulares e de cuidados com idosos e com animais. 


Outros 28% informaram que levantaram recursos para driblar dificuldades econômicas vendendo mercadorias, incluindo alimentos preparados em casa, objetos artesanais confeccionados manualmente, roupas e artigos usados, cosméticos e produtos de beleza ou produtos em geral, voltados para o comércio ambulante.


O levantamento também revela que 34% dos entrevistados consideram que, nos últimos 12 meses, aumentou a população em situação de rua e 29% dizem ter visto mais indivíduos trabalhando nas ruas. Além disso, 74% avaliam que houve um crescimento do número de pessoas em situação de fome e pobreza. Esse índice é maior nas capitais, chegando a 85%, e cai para 57% em cidades menores, com até 50 mil habitantes.


No Sudeste, chega a 45% a parcela das pessoas que considera existir esse tipo de situação envolvendo shoppings. No Nordeste, chama atenção a menção a hospitais e postos de saúde por 27%, bem acima da média nacional de 19% para esses locais.


Entre as mulheres, 47% afirmaram que já enfrentaram algum tipo de assédio, sendo que 29% delas relataram situações em espaço público, 27% no transporte público e 23% em bares ou restaurantes. Esses percentuais atingem recordes na Região Sudeste, chegando respectivamente a 37%, 35% e 27%.


Além disso, 58% afirmaram que já sofreram ou viram alguém sofrer discriminação em função de sua identidade de gênero ou orientação sexual. Novamente o espaço público se destaca como local onde esses episódios acontecem com mais frequência, tendo sido citado por 30% do entrevistados.


Dados associados à desigualdade na inclusão digital também estão presentes no levantamento. A pesquisa sugere uma população bem dividida em relação ao uso de serviços realizados pela internet. Para 49%, não houve necessidade de recorrer à tecnologia com este objetivo nos últimos 12 meses.


Outros 51% alegaram precisar realizar serviços online nesse mesmo período, sendo que 40% conseguiram e 11% não conseguiram por falta de acesso a computador e à internet ou por outros motivos. Foram consideradas demandas relacionadas à obtenção ou consulta de benefícios sociais, à participação de aulas remotas, ao atendimento de questões de saúde, entre outros.


A necessidade de usar serviços pela internet foi maior entre brasileiros de 16 a 44 anos de idade com renda familiar superior a dois salários mínimos e que moram em capitais ou em cidades com mais de 500 mil habitantes. O percentual também cresce conforme o nível de escolaridade.


O  levantamento encomendado pela organização não governamental Instituto Cidades Sustentáveis (ICS) entrevistou 2 mil pessoas em 128 municípios espalhados por todas as regiões do território nacional, entre 1º e 5 de abril.

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