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Camaçarico 10 de maio de 2021


Nem-nem O livro “Do Joanes ao Jacuípe, uma história de muitas querelas, tensões e disputas locais", do professor, historiador e pesquisador Diego Copque, segue contaminando de forma positiva a cidade e significativa parte dos seus representantes. Como mostrou Coluna, a publicação vem semeando no município a necessidade de conhecer sua história, independente de nascido ou adotado, fortalecendo assim o sentimento de pertencimento.


Nem-nem 2 Valiosa pesquisa virou série na internet, respalda mostra fotográfica, inspira o mestre Bule Bule. Até a Câmara de Vereadores já se movimenta para homenagear o autor e aproveitar parte da história da cidade, desvendada por Copque, para ampliar sua lista de honrarias.


Nem-nem 3 Nessa lista de homenagens e reconhecimentos do importante trabalho, independente de qualquer valoração sobre a política e suas estratégias de uso e beneficiamento de determinadas situações, pelos agentes políticos, chama a atenção o distanciamento do alcaide Antonio Elinaldo (Democratas).


Nem-nem 4 Enquanto seus adversários, aliados no Legislativo, e governistas dentro da sua própria estrutura de gestão entram nessa justíssima fila de homenagens e aplausos, o prefeito, principal personagem da cidade, se omite no festejo e reforço dessa ´vacina` de orgulho num momento de dor e carência causados pela pandemia.


Nem-nem 5 Ao manter fora de sua agenda o autor de um trabalho que resgata a história e a importância social e política de Camaçari na historiografia da Bahia e do Brasil, o alcaide, que exibe tempo para ouvir lobistas e gente preocupada apenas com o lucro, descuida do seu papel constitucional. “Do Joanes ao Jacuípe, uma história de muitas querelas, tensões e disputas locais" não é uma publicação ficcional ou de caráter político partidário. O livro de Diego Copque vai além da história oral e da pesquisa simplória. Mergulha em arquivos e documentos, aqui e além mar, e exibe com provas históricas a necessidade de reposicionamento da data de fundação de Camaçari, uma das mais antigas do Brasil, e sua importante presença nos festejos da Independência da Bahia.


Nem-nem 6  Trabalho diz para toda Camaçari que seus antepassados não foram meros espectadores. Foram atores que contribuíram para esse feito coroado com o 2 de Julho de 1823. Redesenhar o trajeto do ´Fogo Simbólico`, incluindo Camaçari e a vizinha Dias DÀvila, além de  ampliar a presença dessas cidades nos festejos de forma efetiva, é  trabalho para ontem. Ainda na gestão do alcaide Elinaldo, em 2023, a Bahia festeja os 200 anos de Independência.


Nem-nem 7 Ao sinalizar apartheid de um importante momento da história do município, o demista Antonio Elinaldo comprova ausência de assessoria com capacidade para entender e convencer o chefe do importante momento.  


Nem-nem 8 Essa caminhada na contramão, alertada pelo Camaçarico, e legitimada pelo sempre omisso Conselho de Cultura do município, não é de agora. Começou ainda na gestão do antecessor, o ex-petista e depois sem partido, Ademar Delgado.


Nem-nem 9 Nada é tão ruim que não possa piorar. Foi assim no processo de demolição do casarão centenário que sediou os 3 poderes no município, em junho de 2019, como mostrou o Camaçarico (Confira). Na mesma marretada, durante a primeira gestão do alcaide reeleito em novembro, também virou escombros o antigo cinema, outra referência localizada no coração da cidade. Dessa sanha equivocada, e só explicada pela total desconexão com a história de Camaçari, só escapou a antiga estação de trens. Propriedade da Ferrovia Centro Atlântico (FCA), histórico marco da cidade, cedido em comodato ao município, para ser transformado em centro de memória, segue em interminável reforma sem prazo para conclusão.


Nem-nem 10 Mas, essa história de descaso com o livro, que agora delicia e até movimenta quem sempre lhe ignorou, tem cronologia. Pesquisa, pronta há mais de 3 anos, como mostrou em várias postagens o Camaçarico, peregrinou por mesas do poder, que mesmo com apresentação, prefácio e introdução reconhecendo sua importância e necessidade, não fugiu do epílogo, onde o educado ´não` adiava o desejo de uma cidade e de um povo conhecerem sua história.


Nem-nem 11 Foi assim nas secretarias da educação (Seduc), comandada pela professora doutora Neurilene Martins; e da cultura (Secult), com Márcia Tude. Só neste ano, com a pandemia e a verba federal da Lei Aldir Blanc, o livro conseguiu virar papel através de edital de seleção de projetos coordenado pela Secult.


Nem-nem 12 O mesmo padrão de leitura superficial prosseguiu nas duas últimas gestões da Câmara de Vereadores. Projeto foi inicialmente apresentado ao presidente Oziel Araújo (2017/2018), na época do PSDB e base aliada do governo municipal. No biênio seguinte (2019/2020), com o demista Jorge Curvelo comandando a Casa do Povo, o entendimento não foi diferente.


Nem-nem  13 Essa falta de compreensão atinge outro importante segmento. Descaso do empresariado com projetos culturais da cidade é outra marca do polo industrial de Camaçari e das grandes redes de alimentos e outros produtos. Fecham essa triste lista o Cofic, com sua teia de inter-relação com as empresas instaladas no maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul.


Nem-nem  14 Ampliar esse projeto, com a produção de uma nova edição, inclusive em versão digital, que contemple estudantes, escolas públicas, bibliotecas e outras instituições, é obrigação e realinhamento com a história de Camaçari.


João Leite Filho joaoleite01@gmail.com - Editor


 10/5/2021 Postado às 11h20


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