Generosa Mesmo sem uso, os cerca de 70 equipamentos eletrônicos de multa usados pelos agentes da superintendência de trânsito e transportes de Camaçari (STT) seguem com seu contrato de locação sendo pagos religiosamente pela prefeitura desde 2017, quando foi assinado. Os gastos para os cofres públicos, que somam mensalmente pouco mais de R$ 54 mil, ou R$ 650 mil por ano, com o aluguel do chamado ´talão eletrônico`é apenas parte do prejuízo.
Generosa 2 De acordo com o contrato publicado no Diário Oficial do Município, a empresa Martins e Neri Ltda será a responsável pela “locação da licença de uso dos sistemas aplicativos para gestão de trânsito, portal de serviços de trânsito, lavratura de multa eletrônica e rastreamento de agentes, incluindo implantação, treinamento, manutenção, suporte e envelopamento de NAI (Notificação de Autuação de Infração) e NIP (Notificação de Imposição de Penalidade) que atenda o CTB – Código de Trânsito.”
Generosa 3 Segundo apurou a Coluna, sem talão, os agentes da STT estão impedidos de cumprir a lei e aplicar as necessárias multas por infrações de trânsito em Camaçari. Com os equipamentos engavetados desde agosto, por determinação do superintendente, o coronel e ex-comandante geral da PM, Alfredo Castro, a prefeitura também perde receita com a redução considerável no volume de punições de motoristas infratores.
Generosa 4 Mas, o prejuízo vai além do cofres públicos. Termina contribuindo para outros e significativos números negativos no trânsito. A restrição na aplicação da legislação, como multas, campanhas e até realização de blitz, vira acelerador no processo de impunidade e combustível na atuação descuidada do motorista no dia a dia do trânsito, dizem especialistas. Ainda de acordo com estudos, esse afrouxamento termina contribuindo com o aumento de acidentes na cidade e vias do seu entorno.
Generosa 5 A Coluna não consegiu apurar os valores e o volume de multas para fazer a comparação entre agosto e outubro deste ano, quando as multas praticamente foram suspensas, e o mesmo trimestre de 2018, quando os talões estavam em funcionamento. O sistema de controle desses números é considerado pelos próprios servidores da STT como uma verdadeira caixa preta.
Maresia Ainda não foi dessa vez que os participantes do fórum de turismo, que teve a sua 2ª edição realizada semana passada, no Vila Galé, praia de Guarajuba, orla de Camaçari, foram brindados com o anúncio do projeto de requalificação da Aldeia Hippie de Arembepe.
Maresia 2 Segundo apurou o Camaçarico, a proposta que a Coluna antecipou com detalhes em abril (Confira), ainda está na fase do pré-projeto. Só depois dessa fase, com o projeto, quando serão definidos os custos e outros detalhes, será possível saber se a prefeitura terá ou não disposição de viabilizar a proposta de transformar o hoje degradado espaço da contracultura dos anos 1970 num parque ecológico e museu vivo.
Maresia 3 Se depender da vontade do empresariado de hotelaria e restaurante de Camaçari o projeto sai o mais depressa possível. Ouvidos pela Coluna durante o fórum, garantem que o equipamento será um diferencial em todo o país e polo de atração de visitantes, com a consequente geração de emprego renda para os habitantes da aldeia e todo o segmento turístico da região.
Cliente vip A ajudinha do governo do estado ao shopping Boulevard Camaçari, com a transferência do SAC do centro da cidade, para o centro de compras localizado na Via Parafuso, não passou despercebida na audiência pública realizada pela Câmara de Vereadores, que discutiu o comércio do município. Mesmo sem citar a gestão estadual, muito menos seu comandante, o petista Rui Costa, o vice-presidente do Sincomércio, João Flávio, não escondeu a insatisfação: "Quando eu tiro o SAC do centro, eu tiro o movimento que prejudica os comerciantes da região", disse.
Cliente vip 2 Prejuízo para dezenas de micro e pequenos empresários que atuam na rua José Nunes de Matos, todos sob a órbita do SAC, como mostrou o Camaçarico (Confira), foi só alegria para o shopping. A benesse não ajudou apenas na atração de novos consumidores. Reforçou o caixa dos alugueis do Boulevard Camaçari, com a entrada do cliente governo do estado, nesses tempos de poucas vendas e despesas crescentes.
Resistência O quilombo de Cordoaria, zona rural de Camaçari, festeja em grande estilo o seu passado e suas raízes africanas com uma grande comemoração no próximo sábado (30). Programação que fecha o Novembro Negro, apesar de fora do calendário oficial do município, começa com café da manhã e segue durante todo o dia com palestras sobre raízes, respeito e dignidade, meio ambiente, oficinas de turbantes e percussão, além de ações nas áreas de saúde. O evento promovido pelo grupo de ação e assistência ao quilombo de Cordoaria (GAAQC) termina à noite com a escolha da Pérola Negra de Cordoaria.
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João Leite Filho joaoleite01@gmail.com (Editor)
27/11/2019 Atualização às 12h40