Os ex-assessor do deputado federal André Janones (Avante-MG) Fabrício Ferreira de Oliveira disse que vai requerer à Procuradoria-Geral da República (PGR) e à Polícia Federal (PF) uma acareação para apurar denúncia sobre suposta “rachadinha” praticada pelo parlamentar.
Em nota, Janones afirmou que suas declarações foram retiradas de contexto e negou a prática de “rachadinha”. Cefas Luiz gravou um áudio dia 5 de fevereiro de 2019, em uma reunião na qual Janones exigia que funcionários do seu gabinete na Câmara dos Deputados o ajudassem a pagar suas despesas pessoais.
O mecanismo jurídico colocar acusados, testemunhas ou vítimas frente a frente, para que divergências entre as versões de cada um sejam esclarecidas. Junto com Cefas Luiz, outro ex-assessor de Janones, eles acusam o deputado de cobrar de funcionários de seu gabinete o repasse de parte dos salários recebidos. De acordo com os dois ex-funcionários, prática chegava até a 60% dos vencimentos.
A Polícia Federal em Uberlândia (MG) abriu investigação a denúncia anônima contra Janones e a prefeita de Ituiutaba (MG), Leandra Guedes, ex-assessora dele na Câmara, por supostos desvios de emendas parlamentares. A dívida de campanha ao qual o parlamentar supostamente se refere no áudio é de quando concorreu à Prefeitura de Ituiutaba.
Durante essa apuração, os ex-assessores relataram o suposto esquema de “rachadinha”. O caso foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) em maio, porque o deputado possui foro privilegiado, e está sob relatoria do ministro Luiz Fux. A PGR foi acionada por 46 deputados da oposição, que alegaram que a conduta do deputado configura ato de improbidade administrativa.