O presidente Lula da Silva (PT), optou por vetar integralmente o projeto de lei que propunha a extensão da desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia brasileira até o final de 2027.
O senador Ângelo Coronel (PSD) foi um dos primeiros a anunciar que irá trabalhar pela derrubada da medida. Segundo ele, o veto prejudica diversos setores e pode impactar cerca de nove milhões de empregos. Como fica a bancada baiana na Câmara dos Deputados, que na sua totalidade dos 39 votos, aprovou o projeto. O projeto foi aprovado pelo Senado, no final de outubro, e em seguida pela Câmara dos Deputados.
Com a desoneração da folha, a contribuição para a Previdência Social de setores intensivos em mão de obra muda de 20% da folha de pagamento para alíquotas entre 1% e 4,5% sobre a receita bruta. Essa política beneficia principalmente o setor de serviços, que tem faturamento baixo em relação a outros setores da economia, como alguns tipos de indústria, e empregam intensivamente.
O veto integral ao texto é considerado uma vitória para o ministro da economia, Fernando Haddad. Em vigor desde 2012, a desoneração representa uma perda de arrecadação de R$ 139 bilhões para a União até o momento, segundo dados da Receita Federal. Para 2023, a estimativa do impacto é de R$ 9,4 bilhões.