A região Nordeste é a campeã em assassinatos de quilombolas entre 2018 e 2022. de acordo com o estudo “Racismo e Violência Contra Quilombos no Brasil”, dos 32 assassinatos de quilombolas ocorridos nos últimos 4 anos em 11 estados, 21 foram ocorreram no Nordeste, totalizando 65,6% das ocorrências. O estudo miostra que os homens são maioria, com 23 casos registros, contra 9 de mulheres assassinadas.
No geral nacional, a Bahia aparece em segudo lugar, ao lado do Pará e Pernabuco, todos com 4 registros no período. Por estado, o Maranhão lidera com 9 casos, seguido da Bahia, que empara com Pernambnuco, cada um com quatro casos. Em seguida aparece Alagoas (3) e Rio Grande do Norte com 1 registro.
Na Bahia o caso de grande repercussão foi o assassinato, em agosto deste ano, de Maria Bernadete Pacífico, a Mãe Bernadete, do Quilombo de Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, na Região Metropolitna de Salvador (RMS).
De acordo com o estudo, elaborado pela Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) em parceria com a Terra de Direitos, divulgado sexta-feira (17), as principais causas desses ataques foram conflitos fundiários - representando 70% dos casos - e violência de gênero.
A pesquisa também mostra que em 10 das 26 comunidades em que foram registrados assassinatos não há processos abertos no Instituto Nacional de Reforma e Colonização Agrária (Incra), autarquia responsável pela regularização fundiária dos territórios quilombolas.