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A vez de Matildes


Adelmo Borges

A cena política, no Brasil, tem se tornado farta para os profissionais que se utilizam do humor para minimizar as tragédias a que a população brasileira é atingida nos últimos anos. O país alcança o décimo mês consecutivo convivendo com inflação de dois dígitos que coroe a renda dos trabalhadores e  impossibilita honrar com as despesas básicas com alimentação, energia elétrica, água, gás de cozinha e transporte coletivo. Nesta faixa o IBGE aponta 66 milhões de pessoas inadimplentes incluindo cheque especial e cartão de crédito.


O governo tem apresentado o argumento que a principal causa inflacionaria é o período pandêmico aguçado com a guerra da Ucrânia. Em momento algum apresenta motivos pelos quais as reformas tributária, administrativa e política, que dormem no Congresso Nacional, são colocadas em pauta pela maioria governista, assim como não se manifesta sobre as razões em não promover políticas públicas estruturantes voltadas para minimizar as condições de 14 milhões de desempregados. Pelo contrário reduziu a proposta inicial do parlamento com repasses de 600,00 para as famílias carentes para 200,00 no início da pandemia.  


Com relação a politica de preço dos combustíveis, o governo não se interessou em acatar a proposta de formação de um fundo amortecedor dos preços com recursos oriundos dos valores obtidos com os galopantes aumentos do petróleo a nível internacional e a cotação do dólar, por ser acionista majoritário. No momento, por ocasião do período eleitoral (faltando 70 dias para o pleito) apresenta uma proposta no montante de 41 bilhões para conceder ajuda a famílias e seguimentos atingidos pela crise, quando poderia interferir a 24 meses atrás.


Nesse clima, os políticos brasileiros trazem a cena “Mamãe Falei” com comentários inescrupulosos sofre as mulheres ucranianas refugiadas. Outro parlamentar paulista que se vale de “mão boba” para acariciar, disfarçadamente, os seios da colega, o presidente da Caixa Econômica Federal que utiliza do poder para assediar sexualmente as funcionárias da instituição. 


Para não ficar fora do contexto, o vereador de Camaçari conhecido por Dentinho do Sindicato é denunciado pela vereadora Professora Angelica por importunação e assédio na bancada de trabalho em uma Câmara que não tem uma Comissão de Ética constituída. Prato cheio para Matildes em um país, cujo presidente, tem demonstrado desprezo pelas causas das mulheres.


O que causa perplexidade é que nenhum político de Camaçari, com ou sem mandato, tenha se manifestado sobre o assunto. Atualmente se disponibilizam com pré-candidatas e tem como motivação a valorização da mulher e ocupação dos espaços de poder Ivoneide Caetano (PT), Negra Magna (Psol) e Branca Patrícia (PCdoB), além de outras que até então se omitem. Político (a) tem que ter lado. O contraditório, no entanto, é que a Prefeitura Municipal, através da Secretaria da Mulher, publica nota de repúdio, caracterizando uma interferência institucional de um poder sobre o outro com a ocorrência em andamento, passível de esclarecimento.


Que DEUS e os Orixás nos protejam, notadamente as mulheres que buscam, apenas, o direito de participar das atividades profissionais e representativas, e assim, tem que ser respeitadas e preservadas em sua dignidade física, moral e intelectual.


Adelmo Borges Adelmobs@terra.com.br


Opiniões e conceitos expressos nos artigos são de responsabilidade do autor

10/ 07/2022

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