Os baianos não têm bons hábitos alimentares, mesmo tendo o segundo menor índice do país de pessoas que consomem grande quantidade de alimentos ultraprocessados. É o que mostra a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar do dado em relação a comida industrializada, a proporção de pessoas que consomem a quantidade recomendada de frutas ou hortaliças na Bahia é de 9,1%. Índice segundo especialistas, representa uma rotina alimentar ruim e preocupante.
Ainda se acordo com a pesquisa, apenas 6,5% da população adulta da bahia reconheceu consumo alto de alimentos como biscoitos, bolos e salgadinhos de pacote, presunto, salsicha, mortadela, e outros incluídos na categoria de ultraprocessados. O índice equivale a 730 mil pessoas de 18 anos ou mais que consumia, em um dia, cinco ou mais itens desse tipo de alimentos. O percentual da Bahia é maior apenas do registrado no Maranhão (6,3%), e menos da metade do verificado no Brasil como um todo, onde 14,5% dos adultos tiveram um alto consumo deste tipo de alimento no ano passado.
Os dados da pesquisa ainda revelam que o índice de homens com alto consumo de industrializados é maior do que entre as mulheres. E quando se observa a idade, os mais jovens, com idade entre 18 e 24 anos, ingerem este tipo de comida quase cinco vezes mais do que os idosos.
O percentual de adultos com alto consumo de ultraprocessados é mais expressivo em Salvador do que no estado como um todo: 10,5% ou 241 mil pessoas de 18 anos ou mais, identificou o IBGE. Ainda assim a capital baiana tem a quarta menor proporção entre as demais, acima apenas de Natal, no Rio Grande do Norte e seus 9,1%, Teresina, no Piauí, com 9,5% e São Luís, no Maranhão (10,3%).