No meu texto anterior expliquei como se deve separar suas despesas que organizam o orçamento da casa. Disse que despesas fixas são aquelas que o valor é conhecido. Despesas variáveis, aquelas que ainda vamos conhecer o valor. Mostrei que, fazendo a separação de um e outro, fiz refletir sobre: despesas de valor conhecido, se cortam. As que ainda se conhecerá o valor, reduz. Nesta segunda parte, irei te dizer o que fazer com o seu devido dinheiro após orçamento organizado.
Vamos tomar alguém como exemplo: Seu João, autônomo, pai de família, esposa e 2 filhos. Com as contas organizadas e recebendo auxilio emergencial, ele resolve montar a sua lista de compras. Ou seja, pensando ele: o que vou comprar para poder dar o melhor para mim e minha família? Ou melhor, o que será de tão PRIORITÁRIO neste momento difícil? Assim, ele resolve sentar e elaborar aquela velha listinha de compras de supermercado.
Ele desenha uma seguinte tabela colocando os itens em três colunas. Das colunas, segue: Compras essenciais (ou prioritárias), compras eventuais e compras supérfluas (raras). Dessa forma, ele estabeleceu uma certa ordem de prioridade, sentou junto à sua família para definir o que é essencial, o que é eventual e o que é supérfluo. Essencial, diz ele, é o que não pode faltar. Eventual, define-se como uma ocasião, seja necessária ou não. Supérfluo ou raro, é compra que uma vez ou outra se deva fazer.
Perceba que as famílias de baixa renda devem priorizar as compras essenciais. As de média e alta renda, embora priorizam as essenciais, usufruem sem dificuldades as compras eventuais e supérfluas. Concluímos que só podemos garantir algo o que se pode comprar. Conheça onde seu sapato aperta. Faça como o Seu João.
Diego Silva iego.souza@camacari.ba.gov.br é economista, servidor público do Instituto de Seguridade do Servidor Municipal de Camaçari – ISSM. Tem trabalho publicado no mesmo órgão intitulado “Cartilha de educação financeira”
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