A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) nega que o miliciano e ex-capitão do Bope do Rio, Adriano da Nóbrega tenha sido morto por tiros feitos a curta distância, o que caracterizaria execução. Em nora distribuída nesta sexta-feira (14), a SSP-BA contesta a reportagem da revista Veja sobre a morte de Adriano da Nóbrega e diz que que as acusações são "infundadas".
Imagens do corpo do ex-capitão da PM, que a revista Veja teve acesso indicam que ele foi executado. A publicação exibe fotos feitas após a autópsia do ex-policial, morto em Esplanada (BA), no último domingo (9), que mostram que ele também tinha um ferimento na cabeça e uma queimadura no lado esquerdo do peito.
Adriano morreu baleado com dois tiros, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública da Bahia. As perfurações causaram lesões no tórax, no pescoço e na clavícula, além de quebrar sete costelas.
De acordo com a SSP-BA, "as fotografias mostradas não são as imagens oficiais da perícia. Dessa forma, os peritos não podem afirmar se foram de alguma forma manipuladas ou não e, portanto, não podem se manifestar sobre as mesmas. Sobre a lesão arredondada na face anterior do corpo de Adriano, trata-se de equimose, não uma queimadura. É uma lesão contundente, obviamente feita com algo arredondado, que pode ter sido ativamente ou passivamente comprimido contra o corpo".
Na nota, a SSP-BA a´prsenta sua versão para justiuficar que não se pode afirmar que o miliciano foi morto a curta distância. "As lesões de disparo de arma de fogo não foram feitas com proximidade. Essa afirmação só pode ser feita quando há, pelo menos, a zona de tatuagem de pólvora incombusta intradérmica, o que não ocorreu. É impossível afirmar distância dos disparos, sem a reprodução destes, promovida com a mesma arma e munição similar, contra um anteparo [alvo]. Por fim, acrescenta que o corte na cabeça foi por ação corto-contundente, também comum em casos de troca de tiros, onde quedas são frequentes", rebateu a SSP-BA.