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Prefeitura diz que não tem como pagar reajuste em parcela única

A Prefeitura de Camaçari garante que chegou a seu limite de negociação com os servidores e assegura que não tem condições de pagar o reajuste de 10,67%, em parcela única e retroativa a janeiro de 2016, como propõem os servidores. Assegura que continua aberta ao diálogo e apela aos servidores para que entendam a situação do município. 


Em nota distribuída na tarde desta sexta-feira (22), o município reafirma sua proposta de pagar o reajuste salarial de 14,42% em 4 parcelas até 2020 que incluem a inflação de 2018 que foi de 3,75%. Ainda segundo a nota, caso o sindicato dos servidores (Sindsec) não aceite a proposta, a única alternativa é exercer o direito do município recorrer até a última instância da Justiça.


Segundo o procurador Bruno Nova, a prefeitura realizou estudos e projeções e apresentou a proposta de acordo com  concessão do reajuste 10,67%, a incidir sobre o salário de junho de 2019, dividido em 4 parcelas iguais, no percentual aproximado de 2,67% cada, que serão aplicadas nos meses de julho/2019, novembro/2019, abril/2020 e julho/2020. O reajuste correspondente ao índice inflacionário do ano passado será dividido em duas parcelas aproximadas de 1,88%, nos meses de junho/2019 e julho/2019 e julho/2020. A prefeitura propõe ainda que os servidores abram mão do pagamento do retroativo. 


O procurador desmentiu a informação de que o  processo já esteja quase definido e que o cumprimento da decisão  em favor dos servidores se dará imediatamente. Para a prefeitura, mesmo com essa perda, o prejuízo para os servidores será ainda maior caso a questão seja judicializada com uma discussão "que pode se arrastar por anos nos diversos graus de jurisdição, sem que se possa garantir o resultado final e, mesmo em caso de vitória processual dos servidores, ainda ter de aguardar a longa fila dos precatórios", garantiu Bruno Nova. 

Em 2016 o prefeito Ademar Delgado deu reajuste de 10,67% apenas para os  cerca de 1.800 professores, deixando os demais servidores de fora. Essa separação terminou provocando uma distorção e prejuízo para os cerca de 4.500 mil servidores. 

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