Busca:

  Notícia
 
Maioria dos brasileiros com mais de 50 anos tem doença crônica


Levantamento feito pela Fundação Oswaldo Cruz de Minas mostra que 7 entre 10 brasileiros com mais de 50 anos têm alguma doença crônica. O estudo, realizado com base em entrevistas feitas em 70 municípios das 5 regiões do País, revela que 40% dos entrevistados idosos apresentam uma doença de longa duração e 30%, duas ou mais. A hipertensão é a mais comum, seguida por problemas na coluna, colesterol alto e catarata, doença que afeta 1 entre cada 4 brasileiros com mais de 50 anos.


A catarata, no entanto, pode ser corrigida com cirurgias. Questionado sobre o alto número de pacientes que ainda apresentam o problema, o Ministério da Saúde afirmou que o total de operações e investimentos aumentou nos últimos dois anos. De acordo com a pasta, as cirurgias de catarata passaram de 452 mil em 2016 para 483 mil em 2017, um crescimento de 6,7%. Para custear a ação, foram destinados R$ 325,8 milhões no ano passado, 14,2% a mais do que o registrado em 2016. 


Batizado de Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros, o trabalho lançado segunda-feira (1/10) integra uma rede internacional de pesquisas sobre o envelhecimento. Atualmente, o País apresenta 29,3 milhões de idosos. A expectativa é a de que, em 2030, o número de idosos deva superar o de crianças e adolescentes.


Os estudos indicam ainda que apenas metade dos pacientes com hipertensão tem a doença controlada. Pesquisadores consideram que o dado representa um desafio para a saúde pública brasileira. O problema é maior entre o grupo com menor escolaridade e com pior situação socioeconômica.


O fenômeno não surpreende os pesquisadores. Coordenadora do trabalho, Maria Fernanda Lima-Costa observa que a baixa condição socioeconômica é o terceiro fator de risco para a mortalidade em adultos, atrás apenas de tabagismo e inatividade física. “E o envelhecimento do brasileiro é muito desigual”, observa a pesquisadora.


Os estudos revelam, por exemplo, que idosos mais pobres ou aqueles com escolaridade mais baixa apresentam piores indicadores na saúde bucal, praticam menos atividades físicas de forma regular, são mais frágeis, usam menos medicamentos do que o indicado por médicos e reúnem menos condições físicas para trabalhar. Além de apresentarem os piores indicadores da pressão.


A pesquisa avaliou ainda os receios dos entrevistados. O estudo indica que 43% da população brasileira acima de 50 anos receia cair na rua, por causa de defeitos nas calçadas, 30% dizem viver em regiões muito inseguras e 6% já tiveram a casa invadida.  “Não esperávamos resultados tão desfavoráveis”, afirmou a coordenadora Maria Fernanda Lima-Costa. A pesquisadora destaca que, com o envelhecimento da população, a questão urbana assume uma importância primordial.  Os resultados impressionam sobretudo pelo fato de que 85% da população idosa vive em áreas urbanas. 

Mais Notícias

Pesquisa mostra dúvidas do brasileiro sobre melhora na economia
Governo Lula tem os mesmos 33% de avaliação positiva e negativa
Colunistas Angélica Ferraz de Menezes
Itaú Unibanco tem lucro de R$ 9,7 bilhões entre janeiro e março
Aumenta o consumo de alimentos fora de casa das famílias brasileiras
Bolsonaro volta a ser internado com quadro abdominal e erisipela
Sai Moraes e entra Cármen Lúcia no comando do TSE
Coluna Camaçarico
Governador desconversa sobre ´projeto Senado` de Ruy Costa
Excesso de publicidade faz maioria dos consumidores desistir da compra via internet


inicio   |   quem somos   |   gente   |   cordel   |   política e políticos   |   entrevista   |   eventos & agenda cultural   |   colunistas   |   fale conosco

©2024 Todos Direitos Reservados - Camaçari Agora - Desenvolvimento: EL