O Sindicado dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed) publicou uma nota em que se manifesta contra a realização da festa momesca em meio à pandemia. "Por sua própria natureza de festa de multidão, a folia momesca envolve aglomeração, o que implica em aumento significativo de transmissão de doenças virais, o que é historicamente constatado pelos médicos nos atendimentos após o período carnavalesco. Com a pandemia, a propagação da Covid-19 na escala da maior festa popular do planeta poderia ser catastrófica", diz o documento assinado pela presidente da entidade, Ana Rita Luna, distribuído na segunda-feira (22).
O órgão chamou atenção para as pessoas que foram vítimas da Covid-19 nos últimos dois anos, sobretudo, os profissionais da saúde que estiveram na linha de frente em combate à doença. Além disso, o Sindimed citou a quarta onda de novos casos da doença na Europa como exemplo para o Brasil. "O nível de propagação da doença voltou a crescer em países da Europa. Isso ainda pode ocorrer no Brasil. O Sindimed considera que a realização do Carnaval contribuiria para agravar a situação de transmissão e assim o cenário voltaria a piorar dramaticamente na Bahia".
O prefeito Bruno Reis (DEM/UB) revelou que ainda nesta semana vai se reunir com o governador Rui Costa (PT) para decidir sobre a realização do Carnaval em Salvador. "A nossa expectativa é que possa ocorrer, provavelmente, essa semana...Tenho fé de que a decisão está próxima de ser tomada. Se não for agora, vamos ver até quando pode ser adiada". A data prevista para o Carnaval é de 26 de fevereiro a 1º de março.