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Coluna Camaçarico 4 de novembro 2024


Imosec A administração municipal de Camaçari, apesar de rica e com receitas que não se comparam com 99% dos municípios brasileiros, se transformou num caos com boa parte de seus serviços suspensos, com destaque para as áreas de saúde e assistência social. Com a derrota do candidato governista, o vereador Flavio Matos (União), gestão do alcaide Antonio Elinaldo (União), tenta fechar as contas e fugir do cutelo da Lei da Responsabilidade Fiscal e suas implicações legais, como o fim da sua carreira política.


Imosec 2 Exonerações de praticamente todos os quase 2 mil cargos comissionados, corte de gratificações especiais para servidores efetivos e suspensão de contratos com empresas terceirizadas, que joga no desemprego cerca de 1.100 pessoas. Também entra nessa matemática para entregar o município ao sucessor Luiz Caetano (PT), com as contas dentro da lei, a renegociação de contratos com fornecedores, com novas implicações negativas nos serviços prestados ao município nos próximos meses.


Imosec 3 Essa foi a fórmula encontrada pelo alcaide Elinaldo para tentar tapar o rombo nas contas municipais até dezembro, quando encerra seu segundo mandato consecutivo. Com receita anual na casa dos R$ 2 bilhões, incluindo aí arrecadações de impostos, repasses do governo federal e até empréstimos, Camaçari tem uma folha mensal com pessoal de aproximadamente R$ 50 milhões. Enxugar esses números e esperar os cerca de R$ 200 milhões que entram no caixa municipal nos meses de novembro e dezembro, é a aposta para tentar fechar essa conta.


Imosec 4 O tamanho desse descontrole só vai ser conhecido nos próximos dias quando as secretarias apresentarem seus números finais. Segundo apurou a Coluna, além das despesas conhecidas, existem gastos realizados pelas secretarias que não foram empenhados. Fechar essa conta está sendo uma dor de cabeça para os secretários Joaquim Bahia, da secretaria de finanças (Secaf), responsável direto pela calculadora, e Helder Almeida, da pasta da administração (Secad).


Imosec 5 Ainda não dá para prever o resultado político e legal dessa desordem na gestão da cidade. Certeza só o culpado: o alcaide Antonio Elinaldo, responsável direto e sem intermediários por essa diarréia administrativa. 


Cercadinho O alcaide eleito de Camaçari não quer nem falar em secretariado. De férias física da companheirada, a partir da  noite desta segunda feira (4), provavelmente até sexta, Luiz Caetano (PT) mira agora os vereadores eleitos pela base do adversário para fazer maioria e garantir a eleição do seu pupilo Tagner Cerqueira (PT) para a presidência do Legislativo, biênio 2025/2026.


Cercadinho 2 Nos números oficiais de Caetano são nove vereadores, mas a Coluna conta 10 votos como certos, com a adesão do vereador eleito Luizão (Republicanos). Dona e responsável pela maioria dos 2.301 votos de Luizão, apesar da ajuda generosa do time azul, acordo de apoio e adesão passa pela Igreja Universal. Filho e herdeiro político do vereador Bispo Jair (Republicanos), que cumpre até dezembro seu último mandato, Luizão já disse que quem decide é a igreja. Logo!


Cercadinho 3 Lista para fechar o mínimo de 12, maioria apertada dos 23 veeradores para assegurar a chapa, tem mais quatro nomes que aparecem como os mais propensos a aderir. Mesa diretora tem seis cadeiras: presidente, vice-presidente, 1º secretário, 2º secretário e dois suplentes.


Cercadinho 4 Na bolsa de apostas, tanto nas contas do time azul, como no vermelho, aparecem como  aderentes, em ordem alfabética os reeleitos Dudu do Povo e Ivandel Pires, ambos do União Brasil. Outro representante do povo com mandato renovado  e  fortes sinais de troca de time é Manoel Filho (PL), pastor da Assembleia de Deus de Barra do Jacuípe. Manoel Jacaré (PP), eleito para primeiro mandato, apesar de ocupar uma cadeira como suplente na atual legislatura, também é listado como possível apoiador do nome de Tagner. Até o reeleito Niltinho Maturino (PRD), que já foi caetanista e aderiu ao elinaldismo, não pode ser esquecido nessa lista, dizem as fontes da Coluna.


Cercadinho 5 Fazer oposição e sobreviver sem as benesses da máquina municipal não é tarefa fácil para quem se elegeu e se acostumou com esse conforto. É por essa lógica nada republicana que lista dos aderentes ao projeto do petista Caetano pode surpreender com o surgimento de outros nomes.


Cercadinho 6 Atualmente, cada vereador governista tem, ou melhor tinha, com o rodo das exonerações do dia 31 de outubro, entre 50 e 70 postos na administração municipal. Lista inclui cargos graúdos, mas com predominância para nomeados com salários menores e empregos que exigem menor qualificação nas terceirizadas.


Pauta O alcaide eleito, Luiz Caetano (PT), conversa com a imprensa na tarde desta segunda-feira. Encontro não deve anunciar novidades, como secretariado e novos apoios de vereadores com mandato a partir de janeiro, fundamentais para garantir maioria na escolha do seu indicado para presidente do Legislativo. Coletiva, marcada para começar 15h30, num hotel da região central da sede do município, deve tratar das ações que assegurem a continuidade dos serviços municipais até sua posse, como registrou a Coluna nas notas acima e intituladas ´Imosec`. Pelo visto, o alcaide Elinaldo começa a enfrentar a Justiça antes mesmo de deixar o mandato, dia 31 de dezembro.


Troca-Troca  Segue sem data o início de funcionamento do chamado grupo de transição (GT), que informa dados do atual governo para quem  assume a prefeitura de Camaçari a partir de janeiro de 2025.  Segundo apurou a Coluna, grupo técnico do time de Caetano é formado pelo vereador Tagner (coordenador), o vereador eleito Marcio Neves, ambos do PT; o servidor de carreira Hindemburgo Teles, o advogado e irmão da vice-prefeita eleita, pastora Dea, Edmilson Souza; e Ademar Lopes, assessor para  todos os assuntos do chefe Caetano. No time dos que saem e precisam mostrar os números estão os secretários José Gama (Governo), que deve ser o coordenador do time azul, e os representantes das pastas da administração, de finanças, da controladoria, da saúde, da educação e da procuradoria jurídica. Prefeitura aguarda a informação oficial dos nomes do time vermelho para publicar o decreto criando o tal GT.


Calibre Levantamento do Camaçarico mostra que Camaçari registrou 21 assassinatos em outubro. Esse é o maior número de crimes violentos letais intencionais (CLVIs) nos 10 meses de 2024.  Número de outubro, apurado pela Coluna, com base em informações postadas na imprensa,  supera o recordista mês de setembro com 15 assassinatos.


Calibre 2 Somados aos 131 assassinatos informados até setembro, pela secretaria de segurança pública (SSP-BA), ano de 2024 em Camaçari já registra oficialmente 152 CLVIs. Na conta das mortes violentas entre janeiro e outubro dos últimos 7 anos, período de 2024 só fica abaixo de 2022, com 148 registros, e 2018 com 149 mortes violentas.


João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor


04/11/2024 Fechamento: 14h22


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