O desemprego no Brasil caiu de 10,5% no trimestre fevereiro/abril para 9,8% no período março/maio. De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quinta-feira (30), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esta é a primeira vez que a taxa de desemprego fica abaixo de 10% desde o trimestre encerrado em janeiro de 2016, quando ficou em 9,6%.
Apesar da melhora do índice, o desemprego ainda afeta cerca de 11 milhões de pessoas no Brasil. A informalidade atinge 40% dos trabalhadores e a população também sofre com a disparada da inflação.
O resultado também foi o menor para o trimestre encerrado em maio desde 2015, quando estava em 8,3%. O resultado ficou abaixo do piso (9,9%) da pesquisa Estadão/Broadcast, que teve mediana de 10,2% e teto de 10,6%.
Em igual período de 2021, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua ficou em 14,7%. No trimestre encerrado em abril de 2022, a taxa de desocupação estava em 10,5%.
A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.613 no trimestre encerrado em maio, queda de 7,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 249,849 bilhões no trimestre até maio, alta de 3% ante igual período do ano anterior.
A queda da taxa de desemprego do País a 9,8% no trimestre móvel encerrado em maio mostra um mercado de trabalho melhor do que o esperado, avalia o Modal. "A partir do dado de hoje, vamos atualizar nossa projeção da taxa de desemprego e vislumbramos um número abaixo de 10% para o final de 2022 e 2023", afirma o economista-chefe do banco, Felipe Sichel, em relatório.