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Cidade de muro baixo


Adelmo Borges

Nas próximas eleições de outubro de 2022, o prefeito Elinaldo (DEM) enfrentará um teste em relação à aceitação política de sua gestão. Inicialmente deverá mostrar habilidade e liderança para administrar as manifestações de desejo do secretário e ex-prefeito Helder Almeida em um pleito de se colocar a disposição do eleitorado para alcançar uma cadeira na Assembleia Legislativa da Bahia diante da intenção da primeira dama do município em trilhar na mesma direção. Além disso as indefinições do vereador Junior Borges (DEM), presidente da Câmara Municipal e de outros vereadores da base que sinalizam buscar pleiteantes de outras origens, visando futuro apoio em 2024.


Elinaldo foi reeleito em 2020 com 68.927 (53,12%) contra Ivoneide Caetano (PT) que obteve 52.569 (40,52%). No exercício do cargo, em 2018, Elinaldo apresentou preferência por candidatos à presidência, governador, senador e deputado federal e estadual, todos com resultados abaixo da expectativa do grupo do alcaide. Na época 46 candidatos a federal e 73 a estadual foram votados no município dos quais 36% dos federais obtiveram votação acima de 100 votos e 41% dos estaduais, também. Foto semelhante aos mandatos de Eudoro Tude e Luiz Caetano.


Fatos dessa natureza encontram justificativa no modelo de governança e de administração política realizado pelos que exerce e exerceram o cargo de chefe do poder executivo municipal de Camaçari, até então, cujas características são muito próximas. Para chegarem ao poder buscaram um alinhamento com lideranças locais de pequeno, médio e grande porte, considerando a capacidade de aglutinar e convencer eleitores através de promessas pessoais futuras.


Ao assumirem os cargos, as condições estruturais, administrativas e financeira do município não permitiram contemplar os alinhados dentro do prometido, passando a priorizar os vereadores eleitos (no sentido de garantir a governança), algumas lideranças com nítidos potenciais em suas comunidades e designar para seus auxiliares – secretários, assessores e dirigentes setoriais - pessoal técnico e político até então fora do radar eleitoral local.


Passo notório é que nenhum deles, nem durante a campanha, muito menso no exercício do mandato, apresentou à sociedade um projeto de desenvolvimento socioeconômico para a cidade, considerando que obras e edificações seriam o suficiente para manter e/ou aumentar a popularidade.


Assim não auscultaram a população de maneira a saber quais os principais anseios coletivos regionais – sede e orla -, assim como em cada comunidade. Não constituíram uma estrutura de estudos e acompanhamento de suas ações de maneira a auferir resultados de satisfação, tão pouco tomou decisões em direção a constituir ou contratar equipes multidisciplinares que lhe provessem de tais informações. Optaram assim, por métodos de cooptação e do exercício do mando com a caneta em punho.


Como se percebe nas barbearias, bares e em baixo do pé da mangueira, as queixas e as reclamações se multiplicam e são evidenciadas em função dos principais eixos de prestação de serviço à população. Os serviços de saúde submetem os usuários ao sacrifício de chegar pela madrugada para conseguir um atendimento ambulatorial, períodos intermináveis para um tratamento de média e grande complexidade.


Nas escolas problemas com problemas nas instalações e na qualidade da merenda escolar, na mobilidade urbana o péssimo serviço de transportes urbanos oportunizando a presença de deslocamentos em transportes alternativos e no seio do funcionalismo publico municipal, a falta de atualização dos conhecimentos – cursos e treinamentos -, salários defasados, desatualização dos recursos digitais, dentre outros assuntos.


O mundo mudou, as pessoas, mesmo as mais simples, são influenciadas pela mídia e pelas redes sociais e os adversários ficam a observar os mínimos detalhes negativos para explorar politicamente.


Que DEUS e os Orixás nos protejam


Adelmo Borges dos Santos Adelmobs@terra.com.br


Opiniões e conceitos expressos nos artigos são de responsabilidade do autor

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