Os novos estudos do Ministério de Minas e Energia (MME) sobre o horário de verão, solicitados ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) não identificaram economia significativa de energia e, por isso, entende não haver benefício na sua aplicação. A nova avaliação sobre a adoção do horário de verão, que foi encerrado em 2019, foi pedida em razão da atual conjuntura hidroenergética e do momento de crise hídrica pelo qual o País vem passando.
"A redução observada no horário de maior consumo, ou seja, das 18h às 21h, é compensada pelo aumento da demanda em outros períodos do dia, especialmente no início da manhã", concluiu o ONS, segundo informou o MME. Além disso, segundo a análise realizada pelo ONS, "não haveria impacto sobre o atendimento da potência, pois o horário de verão não afeta o consumo no período da tarde, quando se observa a maior demanda do dia".
O horário de verão é estabelecido para começar a zero hora do primeiro domingo do mês de novembro, até zero hora do terceiro domingo do mês de fevereiro do ano subsequente. O último horário de verão atingiu os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.
Historicamente, o Horário de Verão tinha como principal objetivo a redução de consumo de energia elétrica a partir do melhor aproveitamento da luz natural com o adiantamento dos relógios em uma hora. Como nos últimos anos houve mudanças no hábito de consumo de energia da população, deslocando o maior consumo diário de energia para o período da tarde, o Horário de Verão deixou de produzir os resultados para os quais essa política pública foi formulada, perdendo sua razão de ser aplicado sob o ponto de vista do setor elétrico.